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História Deja Vu | SUNSUN - Prólogo


Escrita por: attplease

Notas do Autor


olá, eu tô realmente apegada a essa história que foi uma ideia de uma madrugada minha e tem muita coisa que eu pretendo escrever sobre, espero de coração que vocês gostem tanto quanto eu!!!!!

me sigam no twitter caso queiram falar sobre deja vu: twitter.com/attpIease

Capítulo 1 - Prólogo


O que é um sonho lúcido?

O sonho lúcido acontece quando há a consciência de estar sonhando durante o sonho. Ou seja, não é preciso acordar para saber que as aventuras vividas à noite ocorreram em sua mente.


Kim Sunoo

— Para onde vamos amanhã? — perguntei enquanto encarava meus pés dentro da água, ouvindo o som da cachoeira que caía a poucos metros de onde estávamos sentados. 

— Amanhã? 

— É. Ontem foi louco quando conhecemos aqueles piratas, hoje viemos para essa cachoeira, e amanhã? — insisti na pergunta, vendo o garoto de cabelos escuros rir baixinho. 

— Eu não controlo nada, Sunoo. Os sonhos são seus. — ele sorriu, bagunçando meu cabelo devagar com uma de suas mãos. — E são apenas... sonhos. 

— Eu sei. — fiz um pequeno bico, mordendo meu lábio inferior quando voltei a encarar meus pés na água. — Mas eles parecem mais reais do que a minha vida quando eu acordo. 

— É que aqui dentro quem controla é você, você pode acabar pensando dessa forma porque quando acorda precisa sair da sua zona de conforto. — ele balança os pés junto à mim. — Mas não fique pensando muito sobre isso, Ok? De qualquer forma, eu vou sempre estar aqui por você. 

— Eu sei. — abri um sorriso para o garoto, voltando a ter meus olhos em seu rosto. Eu gostava de olhar para ele e ter a certeza de que o veria novamente. — Mas acho melhor você prender a respiração... 

— Prender a respiraç...

As palavras do garoto foram substituídas por minhas risadas quando o empurrei, o fazendo cair na água. Ele logo voltou para a superfície, passou as mãos no cabelo e me encarou com uma expressão engraçada. 

— Kim Sunoo! Você me paga. — levantei imediatamente quando o escutei, soltando um pequeno grito quando senti sua mão pegar em meu tornozelo e me puxar de forma que eu me desequilibrasse e caísse na água também.

Meu grito foi abafado pela água e eu senti o peso dela em meu corpo quando fui afundando mais, imediatamente abrindo os olhos debaixo d'água e enxergando a figura embaçada do garoto em minha frente, ele estava sorrindo para mim e se divertida com aquela situação tanto quanto eu. Os fios de cabelos pretos dele se movimentavam no ritmo do rio e, então, eu percebi que ele estava tentando falar algo para mim. Eu até tentei ler seus lábios, mas logo desisti. 

Em seguida, usei as minhas mãos para nadar até a superfície, fechando os olhos e os abrindo rapidamente quando senti o vento bater contra o meu rosto, e quando eu percebi, eu acordei do meu sonho.

Três meses.

Já fazem três meses desde esse meu último sonho com ele, ou seja, noventa dias sem ter sonhos lúcidos. Confesso que procurei milhares de tutoriais na internet de como ter sonhos lúcidos, mas nenhum realmente funcionou para mim. Eu nunca comentei sobre isso com ninguém, obviamente eu não queria ninguém me olhando estranho e me achando esquisito por preferir os meus sonhos do que a vida real. Mas tudo bem, o erro realmente foi meu de ter me apegado à algo que eu sabia que um dia poderia nunca mais voltar, o garoto sempre me avisou. O mais irritante disso tudo era o quão real tudo parecia. 

O quão maluco eu iria parecer se alguém conseguisse ler os meus pensamentos? 

— Sunoo! — senti alguém dar um tapinha na minha cabeça, me fazendo despertar dos meus pensamentos e perceber que era Niki, um dos meus melhores amigos. — Porra, pra qual planeta você foi? Ouviu alguma palavra do que eu disse?

— O quê? — levei minha mão até o local que Nishimura havia batido, fazendo uma careta. — Eu não prestei atenção, o que você disse?

— Que você não prestou atenção eu percebi. — Niki e sua paciência agora se sentavam em minha frente. — eu disse que eu e os meninos vamos 'pra Lan House depois da aula, você vem? 

— 'Pra ficar assistindo você e o Heeseung sendo péssimos jogadores de League of Legends? — ri baixo. — Não, obrigado. 

— Eu não jogo LOL. Não pra valer. — Nishimura revira os olhos, sabendo que aquilo era mentira. — Você e o Jay podem jogar juntos também, como é o nome daquele jogo mesmo?

— Valorant. — respondi imediatamente, era o único jogo online que eu sabia jogar. Jay foi quem me ensinou. — Vou pensar se vou mesmo, temos mais dois períodos de aula depois do intervalo e eu realmente não 'tô no clima pra ficar em Lan House hoje. 

***

Eu fui.

É muito difícil contrariar meus amigos, acho que não existe a palavra "não" no vocabulário deles, principalmente quando se trata de Kim Sunoo usando essa palavra. 
Eu, Niki, Jay e Heeseung somos melhores amigos apesar de sermos completamente diferentes um do outro, acho que é isso que fortalece nossa amizade, sabe? Nós quatro crescemos sendo vizinhos, eu cheguei por último na vizinhança e fui me adaptando aos poucos, porque... digamos que meus amigos eram um pouquinho barulhentos. 

— ME SALVA! Me salva, meu Deus. NÃO! Não, não, não. — Heeseung quase pulava da cadeira enquanto o barulho de seus dedos no mouse ficavam cada vez mais frequentes, assim como sua voz que aumentava mais. — ISSO! Tripple kill!

— Cara, eu também ‘tô jogando. Você não precisa anunciar pro mundo todo o que 'tá acontecendo. — Jay, que era para estar jogando comigo, estava sentado ao lado de Heeseung enquanto eu me mantinha posicionado entre eles com meus braços cruzados. Niki estava do outro lado de Jay.

— O que você 'tá falando, Jay? Você gritou há menos de dez minutos porque morreu pra torre. — Nishimura tinha um sorriso nos lábios ao provocar o segundo mais velho do grupo, me fazendo rir. — Você é muito ruim.

— Niki, se você falar mais uma palavra hoje... eu juro, vão ser as últimas. — Jay respirou fundo e continuou focado em seu jogo, arrancando dessa vez uma risada de todos nós, menos de Nishimura, que agora estava quieto.

— Eu poderia filmar vocês e acabar com qualquer chance de beijarem alguma pessoa novamente. Três nerds jogando League Of Legends em uma segunda-feira pós aula. — fiz uma breve careta, me cansando de ficar em pé e optando por sentar na cadeira vazia ao lado de Heeseung. — Só não vou embora agora porque vocês prometeram pagar um milkshake de morango 'pra mim. 

— E porque não iríamos deixar também! GANHAMOS! — Heeseung diz, vibrando quando a palavra "Vitória" aparece na tela de seu computador. — E falando em aula, vocês lembram do Jake? 

— Jake? — Niki pergunta quase que para si mesmo, tentando lembrar de quem se tratava.

— Aquele australiano que estudava com a gente ano passado? — É a vez de Jay, e só então eu me recordo.

— Ah! O garoto da Austrália, eu lembro dele! Ele era legal, até poderia ter feito parte do nosso grupo se não tivesse voltado 'pra lá. Mas o que tem ele? — perguntei.

— Ele vai voltar 'pra nossa escola, pelo menos foi o que o Jungwon me disse. A professora chamou ele 'pra dizer que teremos dois alunos novos amanhã, um deles é o Jake.

— E o que você tem a ver com isso? — Niki agora tinha sua cadeira virada em direção do mais velho. 

— Jungwon é o representante da turma, mas não vai poder ir à aula amanhã. — Heeseung responde como se fosse algo óbvio, mas continua. — Como ele confia em mim, pediu para que eu mostrasse a escola a eles, e é o que eu vou fazer. Mas não sei quem é o outro aluno, pelo menos o Jake já é mais familiarizado com o lugar.

— Vou torcer 'pra que seja alguém que jogue LOL melhor do que o Jay, quase perdemos hoje. — Nishimura diz, brincando com a morte. 

— Niki, lembra do que eu disse mais cedo?

— Jay, meu querido melhor amigo! Não sei se lembro muito bem. — o mais novo sorri amarelo, soltando uma risada sem graça. 

— É melhor correr. 

E quando percebemos, Jay e Niki estavam correndo pela LAN House de forma semelhante à qualquer episódio de Tom e Jerry. Heeseung apenas me encarou como quem não aguentava mais e eu retribuí o olhar, soltando uma risada que o mais velho logo acompanhou. 

— Vamos pegar seu milkshake logo? 

— Eu tô esperando por essa frase desde que pisei nesse lugar, por favor! — juntei as mãos como as pessoas fazem ao rezar e meu amigo riu. Ele então passou o braço por meu ombro ao se levantar e, em seguida, me acompanhou até a lanchonete da Lan House.

Não demorou muito para Niki e Jay se acalmarem, logo estávamos os quatro juntos tomando milkshake enquanto voltávamos pra casa. Eu sou completamente apaixonado por milkshake de morango, se um dia eu estiver irritado é só me dar um que tudo logo se resolve, é assim que meus amigos lidam comigo desde que convivemos juntos. 

— Vejo vocês amanhã. E por favor, nada de League of Legends, é terça-feira! — falei o final mais alto ao atravessar a rua até minha casa, vendo Niki e Jay balançando as mãos para que eu entrasse logo. 

— Se reclamar, amanhã vai ser pior, Kim Sunoo! — Heeseung gritou do outro lado da rua, me fazendo revirar os olhos enquanto tentava segurar um sorriso, meus três amigos caminhavam juntos em direção de suas casas, suas vozes podiam ser escutadas de longe. 

Não demorei para entrar em casa, eu não fazia ideia de onde estavam meus pais então apenas subi as escadas até meu quarto, deixando minha mochila na cadeira do meu computador e me jogando de barriga pra cima na minha cama.  

Respirei fundo enquanto encarava o teto, eu sabia que precisava deixar de lado essa história de sonhos lúcidos, por isso iria parar de pesquisar sobre e também parar de tentar fazer algo que claramente não funciona mais. Não é saudável ficar preso a algo que não existe. 

— Essa música também não me ajuda muito. — revirei os olhos pelo fato de que quando peguei meu celular e coloquei meus fones de ouvido, a primeira música que tocou no modo aleatório era 11:11 da TAEYEON, e então eu decidi apenas não escutar música naquela noite. Sem músicas tristes por hoje, apenas virei para o lado e adormeci sem nem perceber.

***

A vida de aluno do ensino médio é uma loucura, às vezes você sente como se simplesmente piscasse uma vez, o dia já é outro e você está novamente sentado em uma cadeira esperando a aula começar. Eu até reclamaria disso hoje, mas é impossível ficar mal-humorado sendo amigo do Jay e do Niki, eu e Heeseung nos divertimos muito todos os dias com as provocações dos dois. 

— Vocês não cansam nunca? — Heeseung pergunta enquanto observamos Nishimura tentando arrancar uma fita do cabelo de Jay sem o machucar. — Como essa fita foi parar aí 'pra começo de conversa? 

— O Niki é completamente maluco, não tem como explicar de outra forma. — Jay dá um pequeno gritinho após sua fala, e então nós vemos o mais novo do grupo segurando a fita com alguns fios de cabelo de Jongseong. — Porra, Nishimura. 

— Foi mal, melhor tirar de vez e sentir a dor do que ficar se torturando. — ele dá de ombros e então se levanta da cadeira. — Vou 'pra minha turma.

— Vai, por favor. Não te aguento mais, criança. — Jay esfrega a cabeça enquanto gesticula para Niki ir embora. 

— Não sou criança. — ele mostra o dedo do meio e então vira de costas, indo até a saída da nossa sala. — Não esqueçam de perguntar para o aluno novo se ele joga melhor do que o Jongseong.

Eu e Heeseung caímos na risada.

— Um dia eu mato esse garoto. 

— Vocês são hilários. — neguei com a cabeça ainda rindo, não demorando para ouvir o primeiro sinal tocar e indicar que a primeira aula iria começar. 

Não demorou para que todos os alunos se ajeitassem em seus devidos lugares, o que não impedia que todos continuassem conversando, nenhum professor havia entrado na sala ainda. Enquanto isso, aproveitei para pegar meus materiais na mochila e os deixar em cima da mesa, não levando nem vinte segundos para finalizar tudo.

— Boa tarde, alunos! 

A barulho da sala foi diminuindo exatamente como os finais das músicas dos anos 2000 – como se o volume estivesse sendo abaixado – até que finalmente um silêncio total se instalasse, e todos respondessem em coro:

— Boa tarde, professora!

— Muito bem. — ela sorriu e se posicionou no centro da sala logo em frente ao quadro. — Antes de começar a aula como costumamos fazer, eu acho que muitos já devem saber que temos dois alunos que estarão se juntando com a gente a partir de hoje, então peço que sejam receptivos e cuidem bem dos seus novos amigos! 

A mulher caminha até a porta da sala e gesticula com a mão, provavelmente chamando os dois alunos novos. Um sorriso se forma em meus lábios quando vejo a figura de Jake passar pela porta, o garoto continuava com o mesmo charme que costumava ter antes de voltar pra Austrália, mas aparentava estar visualmente muito mais legal do que já era. Segundos depois, o outro aluno também passou pela mesma porta.

O sorriso que eu tinha em meu rosto sumiu imediatamente e uma sensação de frio passou pela minha barriga, assim como meu corpo reagiu ao se arrepiar com o que meus olhos estavam vendo.

Não, isso não poderia estar acontecendo. Eu tinha 100% de certeza de que eu estava alucinando. Que merda era aquela? 

— Muitos de vocês já devem conhecer o Jake, ele estudou com a gente ano passado, lembram? Jake veio da Austrália novamente por motivos pessoais, sejam receptivos com nosso novo colega, por favor! — a professora pediu e Jake se curvou para cumprimentar os alunos, logo seguindo até a cadeira que foi indicada pela professora.

Mas meu estômago continuava embrulhado enquanto meus olhos estavam focados no outro garoto. Será que eu iria vomitar? 

— E esse é Park Sunghoon. — a professora o encarava com um enorme sorriso nos lábios, diferente de mim. — Ele veio transferido de outra escola em Seul e vai se juntar conosco nos próximos meses. Sejam receptivos com Sunghoon também, tenho certeza que vão se dar muito bem! Bem-vindo!

Park Sunghoon?
Eu provavelmente estava ficando maluco e vendo coisas, mas esse garoto era completamente idêntico ao garoto dos meus sonhos. 
E sim, eu sabia que já faziam meses desde que vi seu rosto, mas eu não esqueceria dele nem daqui um ano ou mais. O cabelo escuro, a pinta naquele lugar específico do nariz e cada detalhe do rosto eram idênticos, chegava a ser loucura eu estar presenciando aquilo em minha frente. Mas ele tinha detalhes diferentes, mesmo que fossem mínimos. Ele usava... piercings? Será que eu estava enlouquecendo? 

Eu realmente não fazia ideia, mas se eu não enlouquecesse naquele momento, eu provavelmente iria enlouquecer daqui há algumas semanas se esse garoto continuar aparecendo na minha frente.


Notas Finais


obrigada por ler até aqui e até a próxima! <3 comentem, por favor, o feedback de vocês é muito importante!


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