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História Delicada - Apaixonado


Escrita por: Azumy_18

Capítulo 13 - Apaixonado


Fanfic / Fanfiction Delicada - Apaixonado

[...] Tudo iria melhorar, eu tinha fé. [...]

                                                Gabe

Eu ainda tinha dificuldades em passar perto da mesa dela em direção a minha sala e não deixar um recadinho para que viesse me encontrar. Aquelas nossas pequenas reuniões eram as mais esperadas do dia, eu ficava ansioso só de pensar em vê- La, mas depois do que aconteceu, isso tudo acabou. Anna não quer que tenhamos intimidade, ou qualquer tipo de relação além da profissional, e a forma como ela me olhou, uma mistura de raiva e vergonha, foi o fator principal para que eu aceitasse essa terrível condição. Eu jamais tive a intenção de fazer com que Anna se sentisse uma vulgar ou uma mulher qualquer, como ressaltou varias vezes. Isso nunca. Ela não era nem de perto igual às mulheres com quem costumo ficar.  E talvez isso a torne tão especial para mim. Arg! Eu não podia mais sonhar em chegar perto, tinha que manter aquela pose profissional de empregado e empregador. Como eu seguiria com aquilo ate sabe Deus quando? Eu senti seus lábios doces e macios, e me viciei, quero beija- La outra vez, sentir em meus braços. Por Deus, eu ia delirar antes de cumprir minha promessa. Posso dizer que hoje foi um dos piores dias que já tive, ter de ignora- La, agir como se não fosse nada mais do que uma simples funcionária, e pior ainda, me privar de falar seu nome, aquilo foi a coisa mais difícil que fiz. O olhar que me deu antes das portas se fecharem despedaçou em mil pedaços meu coração, eu sabia que a havia machucado, mas não podia fazer de outro jeito, ela me impôs essa regra. Na mesma hora eu quis puxa- La para meus braços, repetir seu nome sem parar enquanto a beijava, mas eu a deixei se virar e ir embora com toda a sua tristeza, e por causa disso eu estava no meu terceiro copo de whisky sentado em meu sofá olhando para as luzes da cidade do meu apartamento. Minha mente se recusava a pensar em outra coisa, somente em Anna. Anna, Anna, Anna, Anna. Tudo estava se resumindo a ela e seu jeito doce:
- O que eu faço? – Entornei o resto da bebida, aquela altura já não sentia mais arder. Quando eu decidi me servir de mais a campainha tocou – Droga! Quem é uma hora dessas? – Deixei meu copo na mesinha ao meu lado e levantei mal humorado. Não precisei abrir a porta para saber quem era, a voz de Ryan se tornou impaciente. Abri a porta e ele entrou sem ser convidado.
- Boa noite
- O que você quer? Não estou a fim de receber visitas
- Nossa. Que mau humor! Não quer receber nem seu amigo?
- Não. Vá embora.
Ele fingiu que não me escutou e foi para a sala olhando para todos os lugares, ele começou a fazer isso desde a vez em que foi surpreendido com uma mulher seminua vindo do meu quarto para a cozinha. Ele afirma que aquilo foi constrangedor, principalmente para ela, já que sua lingerie era praticamente transparente:
- Você parece está se divertindo
Arg. Aquela peste não ia embora nem se eu o arrastasse. Bati a porta com força e voltei para a sala bufando. Abri a garrafa com whisky e despejei em meu copo e me joguei no sofá:
- O que quer?
- Vim te ver, faz tempo que não nos falamos
- Nos falamos hoje de manhã na reunião
- Assunto de trabalho, não de amigos – Ele sentou na poltrona do outro lado da mesinha de centro – O que houve Gabe?
- Como assim?
- Você está ausente, sua cabeça hoje estava longe, duvido que tenha escutado uma palavra do que foi dito na reunião.
- Nada que já não soubesse que falariam. – Bebi metade do que estava no meu copo.
- Essa não é a questão Gabe, mesmo sendo a mesma coisa você sempre está atento, nunca perde o foco, e de uns dias para cá tenho notado que está totalmente fora de órbita, distraído. O que está acontecendo?
- Tem razão, minha cabeça está longe esses dias
- E pode me dizer o por quê?
Eu sabia que não adiantava esconder de Ryan, ele saberia de uma forma ou de outra, por mim ou por qualquer pessoa que gostasse de fofoca. E ele também era meu melhor amigo, e é nessas horas que precisamos deles, para tentar nos ajudar com coisas complicadas como essa. Tomei o resto da bebida para me dar coragem e então respondi:
- Estou gostando de uma mulher
- Gostando? Tipo gostar de verdade ou gostar para uma boa noite de sexo?
- Gostar de verdade
- A- ah! Uau! – Ele fez a cara de espantado que imaginei que faria. Não era de se admirar que Anna jogou na minha cara que eu era um cafajeste, ate meu próprio amigo ficou sem reação quando disse que estava gostando de alguém. Ryan olhou para a mesa ao meu lado e apontou – Posso?
- Vá em frente – Se não estivesse tão mau humorado eu teria rido, para entrar nesse assunto comigo Ryan tinha de beber para lhe dar confiança.
- Quem é ela? Onde conheceu? – Ele perguntou enquanto se servia e depois voltou para o seu lugar.
- Eu já havia mencionado sobre ela com você. Trabalha na empresa.
Ryan arregalou os olhos erguendo as sobrancelhas:
- É a tal garota que você mencionou há uns dias? Uma das novatas.
- O nome dela é Anna
- O que aconteceu entre vocês? Já dormiu com ela?
- Há! Se antes eu já não tinha chances, agora tenho muito menos, não depois do que aconteceu.
- E o que aconteceu?
- Eu a beijei
Ryan ficou estático por um instante, tentando entender o erro na história. Eu bufei rindo da reação dele, eu entendia muito bem:
- E qual o problema disso?
- O beijo
- Continuo sem entender
- Anna é diferente das outras, por nenhum momento sucumbiu a mim, e olha que tentei de todas as maneiras conquista- La, mas nada deu certo. Pelo menos era o que eu achava. Ela não demonstrava, mas foi afetada pelas minhas investidas. Então há dois dias quando estava no meu escritório brigando com o idiota do Bob a Anna apareceu e eu pedi para esperar enquanto terminava a ligação, nisso acabei ferindo minha mão com um estilete.
- Você me contou. Não sei o que você tinha para ficar brincando com um negócio daqueles.
- Pois é. Ela também brigou comigo enquanto cuidava do meu machucado. – Passei as mãos pelo cabelo exasperado – Eu não sei o que foi tudo aquilo que senti, ela me tocava e eu sentia um choque por todo o meu corpo, dizia meu nome e tudo parecia mais leve, sorria e tudo a minha volta parecia se iluminar e quando correspondeu ao meu beijo foi como se o mundo estivesse começando a fazer sentido, estava voltando ao lugar.
Eu fiquei calado pensando em tudo o que eu dissera e repassando na cabeça todas àquelas imagens, vendo com riqueza de detalhes todos os traços do seu belo rosto. Eu poderia desenha- La se soubesse, mas tudo o que posso fazer é guardar seu rosto em minha mente. Eu olhei para Ryan e seu queixo estava no chão:
- Caramba. Você está apaixonado
- O que? Não seja tão radical
- Você já percebeu o modo como fala dela? Se não é paixão então o que é?
- Eu não sei, talvez uma atração
- Não, atração é o que você sente pelas suas transas fáceis, você nunca dizia mais do que “ela é muito gostosa”, já com essa Anna você fala de sensações, sentimentos, do que vê quando ela está por perto, o toque, a fala e tudo mais. Você descreve com riqueza de detalhes, e seus olhos brilham quando fala, isso só acontece quando se está apaixonado.
Eu fiquei olhando para o meu amigo pensando se deveria rir da sua cara ou rir da minha por ter a verdade estampada nela, mas eu me recusava a vê- La. O modo como eu falava dela, ele tinha razão, só um homem apaixonado falaria e sonharia com a dona de seus pensamentos. Por Deus, eu estava perdido e apaixonado. Esqueci o copo e peguei a garrafa tomando o que havia restado:
- Vai com calma.
- Do que me adianta admitir está apaixonado? Ela não quer mais nem saber de mim, me disse para ficar longe, jogou na minha cara que eu era um cafajeste que não valia nada.
- É uma garota esperta
- Isso não é engraçado. Aquilo doeu. Ela ficou horrorizada quando se deu conta de que estava me beijando, disse que eu a via como uma vulgar, uma dentre tantas com quem já fiquei, ela se sentiu a pior de todas, e eu jamais a vi como alguém ruim ou de alguma maneira da qual disse ser. Anna é pura e meiga, quase uma flor intocada, nunca, jamais passaria pela minha cabeça que ela fosse uma mulher sem escrúpulos.
- Se você diz eu acredito. Mas o que vai fazer agora?
- Eu não sei, ela não vai me deixar chegar perto.
- É provável, pois ela está magoada, mas isso não é o fim de tudo, você pode faze- La mudar de ideia a seu respeito. Vamos lá, você é Gabe Scott, consegue qualquer mulher.
- Qualquer uma, menos essa. Eu já disse, ela é diferente, não quer ficar comigo, pelo contrario, me quer o mais longe possível.
- Porque está com medo de se envolver com você. Não disse que ela falou na sua cara que você é um cafajeste mulherengo? – Eu apenas concordei – Então, ela não quer ser a próxima.
- Isso só está complicando ainda mais minha cabeça
- Isso porque você não está pensando direito, a resposta está na sua frente.
- Então me diga qual é ela senhor sabichão?
- Você precisa trata- La do que jeito que a vê, como a única, uma mulher especial, que merece ser tratada com amor e respeito. Você a quer?
- Sim
- Então demonstre. Faça com que ela perceba que você não quer usa- La, apenas levar para a cama, mas quer algo sério e verdadeiro.
- Eu? Namorar? Nunca me vi fazendo isso.
- Para tudo há uma primeira vez. Se não é um relacionamento sério que quer, então deixe as coisas como estão. Só pelo fato dela se manter longe de você por causa da sua reputação já demonstra que ela não é mulher de casinho, e sim de namoro e vida estabilizada.
- Ah! Eu estou perdido
- Essa decisão só cabe a você meu amigo. Olhe para dentro de você, preste atenção aos seus sentimentos, ouça seu coração ele nunca falha.
- Eu estou confuso
- Eu posso imaginar. – Ele se levantou e veio ate mim sentando ao meu lado – Pense em tudo o que me disse e em tudo o que quer, vai encontrar sua resposta. Se você a quer tanto assim, não será um relacionamento que o fará ter medo, mas sim de perde- La para outro.
Aquilo foi como um espinho entrando em meu ouvido. Anna sendo de outro? Impossível. Ela gosta de mim, eu sei, pela sua maneira de reagir quando está perto de mim, seu olhar intimidado, seu sorriso sincero e angelical, e suas expressões encantadoras. Não, eu não podia deixar que outro tivesse esse privilégio, beijei Anna apenas uma vez e me sinto tomado por ciúmes só de imagina- La nos braços de um homem que não seja eu. Será que eu era capaz de entrar em um relacionamento a dois? Agir e fazer coisas de namorados? A ultima vez que namorei foi na faculdade, e isso tem alguns anos:
- Você vai abrir uma exceção para a Anna? – Eu quase dei um pulo da cadeira quando Ryan me perguntou aquilo. Por acaso ele conseguia ler meu pensamento? – Não precisa ser um gênio para saber em que você está pensando, parece ate que está bolando um plano de guerra que vai dar muito errado.
- É quase isso. Eu realmente não sei o que fazer, estou perdido. Ela me pediu para ficar longe, e se eu tentar me aproximar outra vez e ela fugir?
- Então você vai atrás dela
- Fala como se fosse simples
- Mas também não é complicado. Amigo apenas tente, esse é o melhor conselho que posso lhe dar. Se ela vale a pena, então todo o sacrifício também valerá. – Ele deu um tapinha no meu ombro e então se levantou – Já vou indo, você precisa descansar. Nos vemos amanhã.
Ele começou a se afastar e então falou:
- E vê se para de beber
- Tchau – Joguei minha cabeça para trás recostando no sofá e pensei seriamente em beber mais, só que tinha uma reunião pela manhã, e se ficasse de ressaca com certeza fuzilaria todos na sala. Era melhor deixar a bebida para o final de semana. Fechei os olhos e suspirei alto.

Acordei com uma dor nas costas e na cabeça, parecia um trator havia passado por cima de mim. Eu apoiei minha mão e notei que não estava na minha cama. Abri os olhos ainda me sentindo incomodado e percebi que dormi no sofá. Droga, minha costa tá um bagaço, fiquei em uma posição horrível. Olhei para o relógio no meu pulso e xinguei alto quando vi que estava atrasado. Dei um pulo do sofá sentindo os protestos da minha costa pelo movimento brusco e corri para tomar banho e me arrumar.
Entrei no meu carro e acelerei para a empresa, durante o caminho pedi para Jane comprar um café e deixar na minha mesa junto de um remédio para dor de cabeça:
- Arg! Ryan vai querer a minha cabeça por chegar atrasado.
Eu entrei na garagem e pulei do carro assim que o estacionei. Corri para o elevador que por sorte ainda estava aberto. Comecei a tomar fôlego e aproveitei esses segundos para ajeitar meu cabelo e meu terno, não podia parecer desleixado na frente dos nossos sócios e muito menos dar de entender que perdi a hora. As portas se abriram no meu andar e pulei praticamente correndo em direção a minha sala. Abri a porta e um brilho forte me atingiu, ou talvez tenha sido apenas minha imaginação, pois era Anna. Ela estava na minha sala ajeitando alguns papéis na minha mesa, mas não foi isso que me chamou atenção, mas sim suas roupas, uma calça jeans apertada, blusa social branca solta que ia ate os punhos, sapatilha e o cabelo feito em uma trança raiz. Estava tão linda e jovial que tudo a sua volta parecia brilhar. Deus, eu estava de quatro por aquela mulher, como eu poderia não quere- La?
Anna estava ruborizada, como se estivesse com vergonha por ter sido pega em flagrante. Eu não me importava que ela estivesse em minha sala, por mim poderia está todos os dias, mas eu queria que estivesse mesmo em meu apartamento, no meu quarto, na minha vida. Se ela tivesse passado a noite comigo eu tinha mandado essa reunião para os infernos e passaria o dia ao seu lado. Anna olhou rapidamente para baixo e passou as mãos nos quadris:
- Bom dia senhor Scott
Eu odiava quando me chamava assim e odiava mais ainda colocar a máscara da indiferença:
- Bom dia senhorita Lonergan – Voltei a andar e dei a volta na minha mesa, então vi o copo de café e o remédio.
- Encontrei Jane no caminho e ela estava muito atarefada, me pediu para que trouxesse seu café e o comprimido.
- Sim, obrigado. – Peguei o copo e entornei um pouco – Stuart já chegou? – Liguei meu computador para ver alguns recados, fazia tudo isso sem olhar para ela uma única vez.
- Ainda não, ele me mandou uma mensagem dizendo que está preso no trânsito e chegará tarde.
Fechei os olhos e rangi os dentes. Droga, eu precisava do Stuart na reunião comigo:
- Tudo bem, eu queria que ele participasse de uma reunião que terei agora, mas já que ele não está, então você irá em seu lugar.
- O que? Eu?
Pela primeira vez eu ergui minha cabeça e a encontrei de olhos arregalados:
- Sim. Não se preocupe, não é nada de outro mundo, é apenas para anotar e me ajudar a destacar alguns pontos. Tudo o que falarei é sobre um dos relatórios que me entregaram, então está a par de tudo. Vamos senhorita, estamos mais do que atrasados – Peguei meu celular para não pegar na mão dela. Inferno! Era terrível a sensação de te- La perto e não poder tocar. Me adiantei e na porta esperei que passasse. Já no elevador, o lugar confinador deixava tudo mais tenso e inquietante. Anna estava o tempo todo de cabeça baixa e com as bochechas vermelhas, e não era por causa de calor, já que o espaço era climatizado, mas sim porque estava com vergonha ou apreensiva de está ao meu lado. Deus me ajude, se não eu imprensarei contra essas paredes de ferro e a beijarei ate meu fôlego acabar. Minha mão estava coçando, minha boca não parava quieta, tudo por que eu queria toma- La ali mesmo, todo o meu corpo me implorava para tocar o dela, e vendo- a trocando o peso de uma perna para outra percebi que Anna não estava indiferente.
Finalmente chegamos ao ultimo andar e no trajeto ate a sala expliquei rapidamente o que queria. Ela apenas concordou. Como já era de se esperar Ryan me fuzilou com o olhar, estava vinte minutos atrasado. Dei de ombros e me sentei, Anna sentou em uma cadeira atrás de mim nos fundos e notei o olhar inquisitivo do meu amigo sobre ela. Eu respondi com o olhar de culpa “é ela mesmo”.
No decorrer da reunião Anna veio ate mim três vezes para me repassar um ponto importante que tinha de discutir, apesar de ter sido em cima da hora ela se saiu muito bem, conseguiu entender tudo o que eu havia pedido e o que estava sendo exposto na reunião.
Quando eu pensei que tudo aquilo ia acabar, Ryan avisou sobre uma vídeo conferencia e para piorar era com alemães que não falavam uma vírgula de inglês:
- Nós precisamos de um tradutor, o deles não está disponível – Ryan falou na esperança de que alguém daquela sala soubesse falar, mas ninguém se manifestou.
- Não podemos adiar para outro dia? – Perguntei.
- Não, a finalização do contrato acaba em três dias, eu preciso resolver o problema que estão tendo hoje mesmo.
- Mas não tem ninguém aqui que fale alemão e demorará muito para encontrar um.
Anna tossiu e falou:
- Com licença, desculpe interromper, mas acho que talvez tenha a solução
- Você fala alemão? – Ryan perguntou.
- Não, mas minha irmã fala
- Sophia? – Perguntei.
- Não, minha outra irmã, Vanessa.
- A que está no Brasil?
- Sim
- E como você pretende fazer isso com ela do outro lado da América? – Ryan perguntou um pouco rude e quase pulei sobre seu pescoço para ter mais respeito.
- Por vídeo
- Não sei se dará certo
- Bem é sua única opção no momento, e pelo o que vejo eles estão começando a ficar impacientes – Ela apontou para a tela e os alemães pareciam discutir algo que com certeza era direcionado a nós.
Ryan suspirou e olhou para ela:
- Ela vai atender?
- Ela sempre atende – Anna tirou o celular do bolso e procurou pelo número da irmã e então ligou. Em poucos segundos uma voz feminina soou de seu telefone.

- Oii irmã – Claro que eu não estava entendendo porcaria nenhuma, mas sempre ficava encantando quando a escutava falando português.
- Oi! Mana eu preciso de um favor seu
- Diga
- Como está o seu alemão?
- Acho que ainda está bom
- Ótimo, porque vou precisar que traduza algo do alemão para o inglês
- Como assim?
- Estou em uma reunião com alemães por vídeo conferencia, e eles não falam inglês, tanto lá como cá estão sem tradutor, você foi a primeira pessoa que pensei. Será que pode ser nossa tradutora?
- Hmm! Claro, só vire o celular para a tela do vídeo
Anna explicou o que estava acontecendo e deu a volta na mesa para ficar bem perto da tela e virou o celular:
- Ela traduzirá e o que não conseguirem ouvir eu posso repetir – Todos concordaram com ela. Então sua irmã começou a falar e todos ficaram em silêncio para que nenhum barulho atrapalhasse a conversa. Algumas vezes Anna teve de repetir o que sua irmã disse por não termos escutado, mas tudo correu bem, os alemães pareciam contentes em falar com alguém que soubesse sua língua, o assunto foi sobre a escavação e o possível problema que causaria em uma aldeia caso não tomassem uma contramedida e foi o que nosso chefe fez, ele jamais atentaria contra a vida de inocentes, com certeza preferia perder dinheiro interrompendo seu projeto do que causar danos a outras vidas. Tudo acabou bem e eu estava orgulhoso de Anna:
- Olha vocês nos salvaram – Ryan se aproximou dela sorrindo em agradecimento – Não sei o que faria se não pudesse resolver isso hoje.
- Não foi nada senhor Lencastre, só quis ajudar.
- E ajudou muito, você e sua irmã, eu gostaria de agradece- La
- Ah sim. Vanessa o... – Quando ela virou a tela parou de falar e então suspirou – Desculpe, a conexão caiu.
- Que pena. Eu gostaria muito de agradece- La.
- Eu digo a ela.
- Me desculpe, mas sua irmã já morou na Alemanha para saber falar tão bem?
- Há! Há! Não, é que ela cursou relações internacionais, e era obrigatório saber falar alemão, entre outras línguas.
- Entendi. É uma embaixadora?
- Quase. Em breve será.
- Ela seria muito útil aqui na empresa, não tem intenção de vir trabalhar em Nova York?
- Duvido muito, ela está feliz no emprego novo.
- Bom caso ela mude de ideia, basta me procurar que com certeza terá uma vaga na
empresa.
- Ah! É muito gentil da sua parte, obrigada senhor Lencastre.
- Eu que agradeço
Ryan estava com muitos sorrisinhos para cima dela, e eu sabia que em parte era para me provocar ciúmes, e estava conseguindo, se desse mais um passo na direção da Anna eu quebraria seu pé.
Quando todos foram dispensados disse para Anna me acompanhar ate minha sala para repassar tudo o que anotou.
- Eu vou precisar de todas as suas anotações para fazer o relatório e enviar ao Lencastre.
- Sim senhor, aqui está... – Assim que entramos na sala ela pegou o caderno e antes de me entregar caiu no chão – Droga, desculpe. – Nós dois nos abaixamos para pegar ao mesmo tempo e nossas mãos se encontraram sobre o caderno. Foi inevitável, o choque por nossos corpos nos obrigou a olharmos um para o outro. Seu perfume doce invadiu minhas narinas e eu viajei nesse cheiro, sua boca se separou ligeiramente quando me sentiu tão perto, seus olhos verdes intensos estavam vidrados nos meus, e posso dizer que todo esse processo também acontecia comigo. Por favor, meu Deus, não me deixe fazer isso, eu prometi que ficaria longe, respeitaria seu espaço, não quero que fuja, mas estava ficando cada vez mais difícil não beija- La. Acorde Gabe, você está totalmente apaixonado por Anna.
- Eu... A- ah... – Ela começou a gaguejar sem saber o que dizer.
Olhei para sua boca e ela implorava pela minha. Eu aproximei vagarosamente meu rosto do seu sem quebrar o contato de nosso olhar, queria está alerta caso ela resolvesse sair correndo. Anna, por favor, me deixe entrar na sua vida, eu quero fazer parte dela, parte de você, me deixe entrar, estou enlouquecendo. Eu repetia o mantra para que de alguma forma ela entendesse e me aceitasse. Eu quero você, eu quero você. Eu preciso de você. Me deixe fazer parte disso. Anna.

 

 

Continua...


Notas Finais


Haaaaaaaa Gabe confessou que tambem está apaixonado.
Mas e agora? Como ele vai convencer Anna que seus sentimentos são verdadeiros? Será que ela vai se manter longe ou deixará ele se aproximar???

Hiii ta ficando cada vez mais emocionante kkkk

muito bem meus amores, é tudo por hoje!!! Ate o proximo capítulo, espero que tenham gostado.


bjsssss


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