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História Delicada - Você o está defendendo?


Escrita por: Azumy_18

Capítulo 132 - Você o está defendendo?


Fanfic / Fanfiction Delicada - Você o está defendendo?

[...] meu coração batia forte só por um homem, e não era Jaime Cooper. [...]

   
                                                                                                 Anna

Eu estava quase chegando no meu prédio, e a noite estava fria, mas agradável. Eu pretendia dormir no hospital, mas Gabe disse que não precisava, que passaria a noite bem, então cá estava eu colocando a chave na fechadura e abrindo a porta, mas não estava preparada para o que vi a seguir. Todos os meus amigos estavam na sala de casa, Caleb, Jane, Alex, Stuart, Dylan, Luke, Bob, Camila e Sophia:
- O que? – Perguntei sem acreditar. Eles se viraram e assim que me viram deram um grito e vieram me abraçar – Mas o que vocês estão fazendo aqui?
- Como assim o que? Viemos te ver –
Jane disse me abraçando com força.
- Sim, se Sophia não tivesse dito que você estava de volta, jamais saberíamos – Foi a vez de Stuart me abraçar me tirando do chão.
- É muito bom ver todos vocês, estava com saudade – Respondi com alegria.
- Anna, é ótimo ver você de novo, achei que só nos veríamos quando todos fossem de férias para o Brasil – Caleb disse passando os braços por cima dos meus ombros.
- Férias? Vocês iam para o Brasil?
- Sim, nós conseguimos coincidir nossas férias no mesmo mês, alguns iam antes e outros depois –
Alex respondeu – E eles devem agradecer a mim por ter conseguido esse feito.
- Há! Há! Que legal gente, vocês vão adorar o Brasil, e posso conseguir hotéis mais baratos e com boa localização. Ate porque essa turma toda não ia caber lá em casa
– Eu ri olhando para eles.
- Mas então, você vai ficar quanto tempo? – Dylan perguntou.
- Eu não sei, vai depender da saúde de Gabe. Eu sei que se souberam que estou aqui, também já sabem que Gabe está internado e muito mal.
- Sim, a Sophi nos contou, e ficamos preocupados, faz um tempo que ninguém tinha notícias dele –
Caleb falou.
- Mas ele está se recuperando, pouco a pouco. – Respondi mostrando um sorriso.
- Mas vamos nos alegrar um pouco, todos trouxeram algo para comer, vem, você deve está com fome, passou o dia todo no hospital – Sophia puxou minha mão e me arrastou para o terraço onde tinha uma mesa posta com varias pizzas, nachos, cerveja, refrigerante e outras coisas.
Depois de uma hora conversando e rindo, eu estava cansada e queria muito dormir, ficar o dia todo no hospital entretendo Gabe é cansativo, mas faço qualquer coisa para vê-lo bem.
Me sentei debaixo da área coberta e bem a minha frente tinha o canteiro cheio de tulipas, as sementes que Gabe me deu há um tempo, agora estavam lindas, me dediquei por vários dias a elas, pesquisei tudo a respeito do plantio de tulipas, e parece que deu certo. Era um arco íris no canteiro. Luke sentou ao meu lado e tocou minha perna:
- Eu estou tão feliz por ver você de volta. Senti muito a sua falta... Eu me senti mal por você ter ido.
- Por quê? Nada daquilo foi culpa sua
- É, mas... Esquece, é difícil de explicar.
- Luke, há um tempo eu notei que você começa a falar umas coisas, como se quisesse me dizer algo, mas no fim recua. Isso é só impressão minha?
- Hunf! Talvez não –
Ele olhou para a garrafa em suas mãos.
- Então tem algo que quer me contar – Toquei seu braço – Você pode me dizer, eu não vou te recriminar, sabe disso.
- Eu sei –
Ele colocou sua mão sobre a minha – Só é um pouco difícil de dizer, mas uma hora eu crio coragem.
- Luke...
- Não se preocupe, não é nada sério, é coisa minha. –
Ele sorriu sem vontade, mas não me olhou nos olhos. Respirou fundo e perguntou – E o Gabe, como ele está?
- Bem, na medida do possível
- Você veio só por ele?
- Sim. Ryan Lencastre foi ate minha cidade pedir que eu viesse, Gabe tinha perdido o gosto pela vida, não fazia mais nada, não comia direito, não saía, não se exercitava, entrou em depressão.
- Depressão? Minha nossa, isso é muito sério.
- Sim, e fiquei sentindo uma culpa enorme quando soube disso. Foi por minha causa que Gabe parou naquele hospital.
- Não, isso não é verdade, você não tem nada a ver com isso
- É claro que tenho. Eu fui embora, eu não tive nem a coragem de falar isso pessoalmente a Gabe, e ele se afundou em sua tristeza, foi deixando tudo de lado porque achava que merecia sofrer pelo o que me fez. E eu não me sinto bem em saber que um homem está sofrendo por minha causa.
- Acredite Anna, por mais que Gabe tenha feito isso por causa do seu amor, você não tem culpa de nada, ou melhor, os dois não tem culpa.
- Como assim?
- Gabe te ama, e sempre amou, a prova disso é o seu estado atual de saúde, ele está sofrendo de amor, e acredito que só está melhorando porque você está aqui. E eu tenho certeza de que Gabe não te traiu com a outra.
- Como pode ter certeza?
- Nenhum homem que é infiel, após ser descoberto, sofre daquele jeito. No máximo se sentiria mal por uns dias, mas logo esqueceria e seguiria em frente. Não é o caso do Gabe, ele deixou de viver por estar sem você, e se não tivesse voltado sabe-se lá o que teria acontecido.
- Eu nunca pensei que um dia veria você defender o Gabe
- Eu defendo quem é inocente. Eu presenciei o amor de vocês, o quanto são apaixonados um pelo outro, e não é pouca coisa. Acha mesmo que depois de tudo isso o que aconteceu Gabe teve a coragem de te trair?
- Eu realmente não sei Luke... Faz um tempo que não penso nessa história –
Respirei fundo – Sabe, quando eu vi o Gabe daquele jeito, tão debilitado, eu quis pegar ele em meus braços, apertar com força e dizer que eu estava ali, que tudo ia melhorar agora porque estamos juntos... E beijar, eu quis tanto enche-lo de beijos.
- Você ainda o ama
- Acho que mais do que antes
- Então perdoa. Vocês já viveram quase dois meses separados, não perca mais tempo remoendo essa história. Quem ama cuida e perdoa, você está cuidando, agora só falta perdoar.
- Eu quero muito, mas ainda não me sinto pronta, tem algo que está me prendendo, e isso me angustia.
- E o que é?
- Eu não sei, e por isso sinto tanta raiva. É como se algo estivesse faltando, como um encaixe para essa história.
- Acho que entendo, mas você precisa saber o que é, para poder viver em paz com o homem que ama. –
Ele sorriu – Gabe precisa de você, e você também precisa dele. Por mais que não queira perdoar, esse coração não é feito de gelo, no final o amor sempre aquece tudo.  
- Você realmente acha que o Gabe não tem culpa de nada?
- Acho, pelo o que você e sua irmã me contaram, Lauren é uma mulher muito calculista, é capaz de armar uma cena comprometedora.
- Hmm! Não sei, eu procuro não pensar muito nisso
- Pois devia. Ouça, eu sei que agora você está dedicada a cuidar do Gabe, e ajudá-lo a melhorar, e esse tempo que passarão juntos vai ser bom, mas quando o pior passar, eu peço que pense em tudo isso, há muita coisa sem explicação.
- É, talvez você tenha razão –
Suspirei e olhei para ele – Por que você está defendendo meu relacionamento com ele?
- Acredite, não é fácil para mim colocar o Gabe nas nuvens, mas sei admitir a derrota, eu gosto muito de você, e tudo o que eu mais queria era ser seu namorado, e que me amasse assim como o ama, mas isso é impossível, todo o seu coração pertence ao Gabe, eu ou qualquer outro homem antes mesmo de tentar já deve se considerar derrotado.
- Ah! Luke, eu posso não ter me apaixonado por você, mas se tornou meu melhor amigo, estava sempre lá para me escutar e apoiar. E eu desejo de coração que encontre uma mulher que vai te amar como merece.
- Eu espero que sim –
Passei meus braços em torno dele e o abracei apoiando a cabeça em seu ombro.

No outro dia quando cheguei ao quarto de Gabe, estava vazio, eu olhei em todos os cantos, mas nada. Fui ate a recepção, e me disseram que ele estava fazendo exames. Menos mal, já estava ficando preocupada. Voltei, ajeitei sua cama, liguei a tv e fiquei esperando.
Meus olhos começaram a pesar, já tem um bom tempo que estou esperando e nada de notícias. Estava quase dormindo quando a porta se abriu me assustando. Eu olhei para o lado e vi o enfermeiro empurrando a cadeira de rodas com Gabe. Fiquei de pé e fui ajudá-lo:
- Nossa, vocês demoraram.
- Esse tipo de exame demora mesmo –
O enfermeiro segurou um braço e eu o outro, então o colocamos na cama. – Ele está sonolento por causa da medicação, mas logo vai despertar, e será bom que tenha algo para comer, já que não comeu nada.
- O que? Por quê? –
Cobri suas pernas ate a cintura.
- Ele precisava estar de estômago vazio para poder fazer o exame
- Ah! Sim. Pensei que ele estivesse se recusando a comer
- Não, não, ele ate reclamou que estava com fome. Então não se preocupe, peça algo leve para ele comer, um mingau vai ser bom.
- Sim, vou fazer isso assim que acordar, obrigada.
- Disponha, assim que os exames saírem o doutor vem conversar com os dois.
- Ok –
Eu o acompanhei ate a porta. Ouvi um gemido, e corri para perto da cama – Gabe?
- Hmm
- Como se sente?
- Minha garganta está seca
- Eu vou pegar água, só um minuto
– Eu fui ate o corredor onde tinha um bebedouro, peguei um copo e enchi de água. Voltei correndo para o quarto e para junto da cama – Aqui, bebe devagar – Ergui sua cabeça, coloquei a beirada do copo em sua boca e devagar derramei a água. Ele bebeu tudo e parecia melhor.
- Eu já estou no quarto?
- Sim, o enfermeiro veio deixar você agora pouco
– Passei a mão em seu cabelo para ajeitar – Está com fome?
- Sim –
Ele respondia ainda de olhos fechados, pareciam muito pesados para abrir.
- E acha que consegue comer?
- Acho que sim
- Tá, eu vou pedir para trazerem algo para você, eu já volto –
Saí do quarto e pedi uma tigela de mingau ao primeiro enfermeiro que encontrei. Voltei para o quarto e Gabe parecia estar dormindo – Acho que ainda está sob o efeito do medicamento. – Acariciei seu rosto suavemente, sua barba estava espetando, e logo cresceria. Eu torcia para que em pouco tempo tudo voltasse ao normal, seu corpo, sua vontade de viver e trabalhar, vou marcar em cima para seguir à risca todas as recomendações. Seu peito subia e descia lentamente, sinal de que estava de fato dormindo. Eu me aproximei e dei um beijo em seu rosto.
Coloquei a tigela de mingau na mesinha e puxei para perto da cama:
- Gabe? – Toquei seu ombro sacudindo-o levemente – Acorde, a comida chegou e é melhor comer enquanto está quente.
- Hmm!
- Vamos, abra os olhos, você come e depois pode voltar a dormir.
- Tá –
Com dificuldade ele acordou, eu apertei o botão na cama e a reclinei para que sentasse. Empurrei a mesinha para perto dele. – Mingau?
- Sim, o enfermeiro disse que você devia comer coisa leve, para não irritar seu estômago.
- Arg. Eu detesto mingau.
- Mas hoje vai comer, melhor do que ficar com fome –
Peguei uma colher cheia, soprei e levei ate a sua boca – Vamos, abra. – Ele torceu a boca antes de abrir, e não teve escolha, comeu.
- Aveia, credo
- Há! Há! Há! Eu lembro que você comia no café da manhã
- Flocos de aveia, e eu misturava com as frutas, nunca era mingau.
- Ok, mas hoje esse é o tipo de aveia que vai comer, e te fará bem, pare de reclamar.
- Tá, que seja –
Ele deu de ombros, segurou minha mão – Eu faço, pelo menos isso.
- Tudo bem –
Entreguei a colher. Foi divertido ver ele comer e fazer careta a cada colherada, acho que ele ia preferir comer ovo cru a mingau. Eu tapava a boca e disfarçava sempre que ele me olhava, ou então resmungava do gosto. Depois que comeu tudo, eu contei a ele sobre a festa surpresa que meus amigos fizeram, e ficou animado em saber que tinham ido me ver, com isso passamos horas conversando sobre cada um que estava na festa ontem, rimos juntos e tudo ficou mais leve. Era bom escutar a risada dele.

A tarde eu e Gabe resolvemos jogar cartas, eu não era muito boa, mas ele teve paciência para me ensinar, isso nos distraiu e tomou bastante do nosso tempo, o que foi muito bom, já que não pensávamos em coisas tristes e assuntos delicados. Alguém bateu na porta e logo entrou:
- Olá – Doutor Jaime entrou no quarto com seu brilhante sorriso.
- Boa tarde doutor – Cumprimentei.
- Boa tarde Anna, senhor Scott
- Olá –
Gabe fez um simples cumprimento, e eu quase o cutuquei para deixar de ser birrento.
- Vejo que estão se divertindo com as cartas
- Sim, Gabe está me ensinando, é claro que estou perdendo repetidamente –
Ri, e vi Gabe esboçar um sorriso de canto.
- Isso é muito bom, um entretenimento. Eu sou um ótimo jogador, se quiser mais um professor ficarei mais do que feliz em ensinar
Eu pude escutar a respiração pesada de Gabe, e seus punhos se fecharem, e tudo o que eu não queria era que se estressasse. Pigarreei e mostrei um sorrisinho:
- Err... Gentil da sua parte, mas não sou fã de jogos de azar, abri um exceção só por causa do Gabe, sei que ele gosta de jogar e isso serviu como distração, mas obrigada por sua oferta.
- Sem problema, quem sabe podemos encontrar algo que agrade a nós dois

Eu soltei uma risadinha nervosa sentindo o rosto esquentar. Que merda, eu estava sem jeito. Levantei da cama e dei a volta criando uma distancia entre nós dois, Gabe estava esfumaçando de raiva:
- A que se deve sua visita doutor? – Ele perguntou entre os dentes.
- Oh! Certo. Eu vim trazer os resultados dos seus exames
- E qual foi o resultado?
- Era o que eu imaginava, o senhor tem uma infecção no estômago
- Infecção? Mas como? –
Perguntei preocupada. – Ele mal comia.
- Exato, e quando comia ingeria coisa errada, uma bactéria se alojou em seu estômago e criou todo esse estrago. Por isso sente desconforto quando come. –
Ele suspirou – Mas não se preocupe, hoje mesmo aplicaremos o antibiótico, e passará a noite aqui, caso amanhã apresente uma melhora poderá voltar para casa, mas deve continuar tomando os remédios, ou então essa infecção pode piorar.
- Há! Há! Você escutou? Amanhã poderá voltar para casa –
Segurei sua mão não contendo o gigantesco sorriso.
- Sim, até que fim – Ele suspirou de alívio jogando a cabeça para trás.
- Mas lembrando, deve continuar tomando tudo certinho e na hora correta, ou então terá de voltar ao hospital.
- Não se preocupe quanto a isso, eu ficarei atenta a todos os horários, eu mesma darei, prometo que Gabe irá seguir o tratamento corretamente e ate o fim.
- Eu não duvido, o senhor Scott tem a melhor enfermeira que alguém poderia ter
- Sim, a melhor, e estou muito feliz que está comigo e cuidando da minha saúde
– Ele entrelaçou seus dedos aos meus. Eu me contive para não revirar os olhos. Pode estar nessa cama de hospital, mas nunca perde esse seu lado possessivo. Mas não posso negar, eu sempre gostei. Esse gesto não passou despercebido pelo médico, que ficou um pouco sem jeito, mas parece ter reagido bem.
- Bom, eu já vou indo, tenho outros pacientes para ver. O enfermeiro virá dar a nova medicação, e espero que melhore logo. – Ele olhou rapidamente para os exames, e antes de se virar e ir, falou – Oh! Anna, o café ainda está de pé? Fizeram brownies hoje, o que acha?
- Ah! Sim, é claro –
Olhei no relógio para ver quanto tempo faltava para o encontro – Eu estarei lá.
- Tudo bem, vejo você mais tarde. Até mais. –
Acenou e então saiu do quarto.
- Vai se encontrar com ele?
- Vou, por quê?
- É, parece que você gostou mesmo dele
– Soltou minha mão, e fiquei observando sua reação.
- Jaime é uma ótima pessoa
- Jaime? Agora o chama pelo primeiro nome?
- Ele permitiu –
Dei de ombros.
- Era só o que faltava.
- Gabe eu não entendo por que está com ciúmes
- Não entende? É sério? O cara dá em cima de você na minha frente e você responde toda alegrinha.
- Eu não tenho motivos para destratá-lo, ele está cuidando de você, te salvando, e você não consegue ao menos agradecer.
- Eu agradeço, afinal ele é médico e é seu trabalho salvar vidas, mas paquerar você é algo bem diferente.
– Ele estava bastante irritado – Não somos mais namorados, eu entendo, mas não precisa esfregar na minha cara que você pode refazer sua vida a hora que bem entender, e não ligar para o que eu sinto.
- Há! Isso é muito hipócrita da sua parte, e uma grande injustiça também. Eu vim do outro lado da américa só para cuidar de você, e não estou tentando refazer minha vida com ninguém –
Cruzei os braços.
- Então por que está cheia de sorrisos para esse idiota?
- Gabe, eu estou sendo gentil, eu não estou interessada em ninguém, e saiba que esse encontro é para falar de você, e ele me apresentará uma médica.
- Que médica?
- Alguém que espero que conheça no futuro. Eu irei falar com ela, e Jaime vai me fazer o favor de me apresentá-la, é só isso.
– Ele olhou para o outro lado – Não há motivos para ter ciúmes.
- Hunf! Ele vai arrumar qualquer pretexto para ficar perto de você
- Sim, e daí? Isso não significa que vou aceitar suas cantadas
– Soltei o ar e os braços – Gabe? Você acha que eu viria ate aqui se eu não ligasse para o que você sente? Ou para o que eu sinto? É muito injusto você dizer isso.
Seus ombros cederam e sua respiração saiu pesada. Ele fechou os olhos por um momento e passou a mão na nuca:
- Me perdoe, eu não devia ter dito isso. Tem razão, foi injusto – Ele esticou a mão, e peguei – Falei por raiva.
- Tudo bem, mas não desconfie de novo, eu não estou atrás de ninguém. Tudo o que quero é cuidar de você
- Eu sei –
Ele abaixou a cabeça olhando para nossas mãos e esfregou o polegar sobre meus dedos. A nossa conversa estava encerrada. Notei que seu travesseiro estava torto, me estiquei para puxá-lo pro lado certo.
- Pronto – No mesmo momento Gabe ergueu a cabeça e ficamos nariz a nariz. Seus olhos perfuraram os meus, e vi o meu Gabe de antes, alegre, vigoroso e dono de si, aquele que tanto amava, ate seus defeitos me encantavam. Toda a nossa história veio correndo para me lembrar que nada estava morto, que todo o sentimento continua intacto. Ele estava tão perto, e sua boca quase podia tocar a minha, e eu queria beijá-lo, Deus do céu, como eu queria. Besteira a minha achar que posso rejeitá-lo, no primeiro contato eu já estou salivando e sendo bombardeada com todas as nossas lembranças, das mais felizes as mais íntimas, e em como seu beijo é delicioso, parecia uma droga, me fazia viajar e ver o mundo cor de rosa. Separei ligeiramente os lábios e continuei fitando seus lindos olhos azuis, Deus como eu amo esse homem, e amava ainda mais o modo como ele estava me olhando, com desejo e querendo a mesma coisa que eu, um beijo. Devagar eu me aproximei, um beijo não ia fazer mal. De repente meu telefone começou a tocar quebrando todo o clima, nos afastamos com um suspiro triste e envergonhado, eu fiquei sem saber o que fazer por uns segundos, ate que escutei o toque e corri para atender. Era minha mãe – Eu vou lá fora, é minha mãe.
- Tudo bem – Ele concordou passando a mão no cabelo, e mais do que as pressas eu saí do quarto. Meu coração estava batendo tão rápido, eu mal podia respirar direito. Minha nossa.  
 

 

Continua...


 


Notas Finais


É tudo por hoje meus amores....

kkkkkk Gabe com ciúme, quem sentiu falta?
Muito legal os amigos indo ver a Anna, e gente o que foi aquele mega conselho do Luke? Logo ele que é apaixonado pela Anna, que coisa não?! rsrsrs
Agora, eu aposto que vocês estavam sentindo falta desse momento de cumplicidade deles dois, um quase beijo aconteceu ali, quaaaase (não me matem por não ter deixado acontecer) calma que uma hora vem um daqueles beijo de tirar o fôlego!!

Ok! meus amores, vejo vocês no próximo capítulo, bjss!!!


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