1. Spirit Fanfics >
  2. Demon Slayer: A Origem dos Caçadores de Demônios Vol. 3 >
  3. Sob a Fase da Lua: A Busca de Um Amigo

História Demon Slayer: A Origem dos Caçadores de Demônios Vol. 3 - Sob a Fase da Lua: A Busca de Um Amigo


Escrita por: flowermaysnake

Capítulo 6 - Sob a Fase da Lua: A Busca de Um Amigo


Shinobu organizou uma reunião com muita comida para todos os amigos, hashiras e as Caçadoras das Flores, como a Mansão Borboleta era um centro médico, Muichiro concedeu sua casa no alto da colina do Quartel. A Mansão da Névoa foi a última a ser construída e é a mais moderna, a primeira mansão a receber direto na construção, aquecedor e encanamento. Também é muito bem iluminada repleta de janelas enormes que dava a vista para todo o Quartel. 

Todos estavam muito contentes pelos três Tsugukos e celebravam a nova classe Kinoto deles pelo combate em Yoshiwara junto da recuperação.

- Dessa vez alcancei você, engomadinho! - provocava Inosuke para Murata.

- Ainda sou seu superior! E meu nome é MURATA!

O centro da sala estava rodeado pelos jovens, enquanto os Hashiras trocavam bolo e chá apoiados na janela da Mansão, aproveitavam aquele momento como uma tarde de chá, assim como ensinou o Mestre. Pelo trabalho de prioridade alta, era proibido bebidas alcoólicas. Himejima observava todos muito emocionado - “todos tão jovens” - vinha seus pensamentos em meio a lágrimas de alegria - “consigo sentir por essas vozes tão alegres”, um clima harmonioso.

O assunto entrou nas espadas e Inosuke notou que Genya não tinha uma.

- Ei Genya, cadê sua espada?

- Ele é do Esquadrão das Armas, - Respondeu Tanjiro - por isso não tem espada… Por que você tá longe da gente? Senta aqui, tem mais bolinhos.

Genya estava sozinho e tímido longe dos jovens e mais próximo dos Hashiras. Ele fez uma cara feia que deixou todos curiosos.

- Nem que me paguem eu sento perto de você, ESQUECEU QUE QUEBROU O MEU BRAÇO?

Inosuke caiu na gargalhada - CARAMBA, O TANJIRO BATE EM TODO MUNDO!

- Mas isso foi culpa sua mesmo, Genya. - Respondeu sorrindo e de olhos arregalados como se estivesse provocando o interior de Genya - você bateu numa garota.

- PARA DE ME CHAMAR PELO PRIMEIRO NOME, NÃO SOMOS AMIGOS - Ele estava nervoso, mas respondeu se sentando perto dos quatro amigos fazendo todos rirem discretos.

- Esse bolinho de arroz, ta uma delicia, quer um? hum… - Sentiu um cheiro estranho vindo dele.

- O que foi?

- Nada, você tá bem?

- Tô ótimo. Qual é a sua hein?

Tanjiro continuou fitando o caçador sem deixar de prestar atenção na conversa, ele considerava Genya pelos dois participarem da mesma seleção final. O assunto foi se dissipando até cada um apresentar suas espadas, Zenitsu ganhou sua nova espada do mesmo ferreiro do Mestre da Respiração do Relâmpago que treinava no Esquadrão. - Devo muito ao Sr. Toyohara - dizia ele de boca cheia - deixou com o mesmo punhal e guarda mão do vovô. 

- Ele é tio do Kanamori, não brigou com você? - Perguntou Inosuke.

- Ah não, ele estava muito tranquilo.

- Já percebeu que tudo pra você é de mão beijada?

- Idiota...

- Dizem que a espada amarela treme muito, é verdade Sr. Agatsuma? - Perguntou Kyo.

- Sim, tem que ficar sempre dentro da bainha. 

- As espadas rosas são perfumadas - comentou Kanao e todas as caçadoras das Flores confirmaram.

As espadas passavam de mão em mão admiradas por todos, inclusive as novas de Inosuke que sempre ficava às seguindo para ninguém se cortar e com ciúmes delas, é claro.

- Como é a sua espada, Mestre Tokito? - Perguntou Zenitsu.

- Pesada.

- Pesada? - Perguntou Murata curioso - É realmente o oposto da preta então? A espada do Tanjiro é muito leve, parece de brinquedo.

- Nossa, é verdade! - Comentou a caçadora Shinoe que acabara de pegar na recém moldada espada preta. 

Murata estendeu as mão para ela para mostrar, e ele pegou a espada com o polegar e dois dedos e começou a balançar como se fosse um pedaço de papelão. 

- IMPOSSÍVEL! - Exclamou Aoi de boca aberta. - Me dê! - E surpresa, aquela arma parecia mesmo de mentira. - Por que ela tem essa mancha?

- Ah, essa é uma espada antiga do Mestre, ele pediu para o Sr. Haganezuka concertar, ela tinha uma mescla vermelha e ficou assim.

Tanjiro contou brevemente seu encontro com o Mestre na cabana e sobre a história da espada. Ninguém deu muita importância já que o próprio caçador também não acreditava tanto na linhagem do caçador do sol, até comentar sobre os brincos de hanafuda. 

- Então esses brincos são passados por gerações? - Perguntou Muichiro.

- Sim, meu pai usava e meu avô… Diziam que dá sorte e afasta maus espíritos. 

- Eu tenho um desse, mas é um pouco amarelado, e não branco. Senhora Amane que me entregou, disse que o Quartel guardou há muitos anos e que era da minha família.

- Era a família Tsugikuni?

- Sim. - Muichiro respondia tudo calmamente e com o olhar vago distante.

- NOSSA! É a mesma família da espada!

- CARAMBA, VOCÊS SÃO PARENTES! - Comentou Inosuke rindo.

- É CLARO QUE NÃO - Os dois responderam em coro.

- Por que estão irritados?

Todos na rodinha começaram a rir, Muichiro e Tanjiro tinham os mesmos trejeitos de irritação, nem os Hashiras esconderam o riso.

A espada de Tanjiro passeava de mão em mão em meio às provocações de parentesco com o Hashira da Névoa. Uma caçadora das Flores brincou tentando equilibrá-la pela lâmina e Tanjiro teve que tomá-la de volta para ela não se machucar. - Desculpe… - Pediu ela tímida vendo a cara irritada do caçador. 

- Como é o peso da sua espada Mestre Tokito? - Perguntou Murata.

- Bom… Só eu posso levantar, mas se eu tirar da bainha tudo vira névoa. - Respondeu se levantando - Mas tem a do meu irmão…

Em direção a um altar que ficava no corredor para os quartos, apanhou uma espada idêntica à que carregava. Ao tirar da bainha, muitos ali presenciaram pela primeira vez o brilho da espada branca. Uma nuvem flutuante, um pedaço de seda muito bem lavado, não sabiam descrever, e acompanhada pelo raio de sol que entrava no entardecer parecia uma joia recém polida.

- Posso segurar? - Muichiro assentiu e estendeu a mão.

Murata se levantou saltitando e confiante, iria ser o primeiro a segurar uma espada tão brilhante. Segurando firme com a mão esquerda só a soltou quando Murata fechou o punho. Ele foi ao chão junto com ela pela força que seu braço caiu - COMO ASSIM É PESADA DESSE JEITO? - Tentou se levantar junto com ela, mas o máximo que conseguiu foi arrastá-la arranhando o piso da Mansão. 

Muichiro sem surpresa nenhuma voltou para seu lugar.

- Só minha linhagem pode levantá-la - comentou tranquilamente tomando um copo de chá. 

- ENTÃO VAI LÁ TANJIRO! VOCÊ É PRIMO DELE! - Chamou Inosuke fazendo um coro de riso na sala.

- EU NÃO SOU PRIMO DE NINGUÉM!

- Então quer dizer que você é um fraco? - Provocou grudando seu rosto no do amigo.

- FALA ISSO PRA VOCÊ TAMBÉM!

Em meio às piadas, Tanjiro se levantou e pegou no punhal da espada, como os outros, ele só conseguiu arrastá-la. Dobrou os joelhos e colocou toda a força nas pernas, que conseguiu tirar a ponta da espada do chão - VAI TANJIRO VOCÊ CONSEGUE! - Ele já estava vermelho - TANJIRO! TANJIRO! TANJIRO! - Mas travado, foi levado ao chão como uma estátua vencida pelo peso. 

- FRANGO! - Provocou Inosuke

- VOCÊ TAMBÉM!

- LUTA COMIGO ENTÃO!

- PRA VOCÊ APANHAR DE NOVO?

- hihihi, o Tanjiro está irritado - murmurou Shinoe com a mão na boca para Kanao que balançava a cabeça sem tirar os olhos do caçador, parecia hipnotizada - é engraçado. 

- Chega… Chega - Pediu Shinazugawa puxando os ombros de Inosuke - Já anoiteceu, você vem comigo. 

- Nem no meu aniversário eu tenho folga?

- É claro que não.

Se despediram com o Hashira arrastando Inosuke e os outros aproveitaram para fazer o mesmo. Muichiro se levantou e pegou sem dificuldade a espada no chão para guardá-la, deixando todos os homens de braços cruzados e cara amarrada.

- É… Parece que vocês não são dignos - comentou Zenitsu.

- O QUE?

- “O que” o que? Não conhece a lenda de Thor? - Ele olhou ao redor, todo mundo fitava ele ofendido - Fala sério, difícil ser extrangeiro neste país…

- Ei Zenitsu - chamou Shinoe saltitando - temos uma missão juntos hoje em Wakayama! 

- Ah, eu não quero não.

- E quem disse que você tá na posição de escolher? - Respondeu Murata agarrando no braço direito do amigo e Shinoe aproveitou para pegar no outro. - Vamos juntos hoje, não vai ser legal? Uma caçadora da pedra, um da água e o outro do Relâmpago! - De sorriso largo passava a mão em um título invisível. 

- Fantástico!

Para Zenitsu só restou revirar os olhos. 

Já Tanjiro, não tinha nenhuma missão agendada naquela noite e estava ajudando Aoi com a organização da casa. Muichiro teria de voltar para o posto na Vila dos Ferreiros, mas observando o caçador, chamou ele para lhe acompanhar. 

- É claro Mestre Tokito, o que aconteceu?

- Seu ferreiro está desaparecido.

- E VOCÊ SÓ ME DIZ AGORA?

- Por que está irritado?

- Me desculpe… - Se acanhou - Estou procurando ele há dias, quero agradecer pela espada. 

- Bom, eu também… Soube que seu olfato é bom, pode farejar. - O comentário não foi por maldade Tanjiro não sabia se agradecia ou se o corrigia.

- Por acaso… Aconteceu alguma coisa?

- Eu suspeito que sim. Meu ferreiro faleceu sábado passado, outros ferreiros disseram que ele foi assassinado, então fui investigar. Chegando na Vila no dia seguinte seu ferreiro não havia voltado para a casa. Iremos procurar pelos dois, embora eu acredite que o meu ferreiro tenha morrido de pura velhice.

Aquele tom de voz era tudo muito estranho para Tanjiro, Tokito estava sério e não sentia nenhum cheiro de maldade ou ao menos preocupação. Sentia como se o Hashira estivesse cumprindo apenas um compromisso de agenda. 

**

Os dois seguiram pela estrada de terra que ligava a Vila em silêncio, agora estava sendo pavimentada então alguns pontos estavam ligeiramente iluminados. 

- Por que se importa tanto com as pessoas? Não tem nada que você prefira fazer para você mesmo? - Perguntou Tokito repentinamente e ele sentiu que a pergunta se direcionava para Genya.

- A vida sempre recompensa as boas ações - Respondeu orgulhoso de si mesmo - Então quando ajudo os outros também estou me ajudando. 

Estranhamente, aquela frase fez Tokito se lembrar de algo.

Os dois agora se tornaram meras sombras no caminho para a Vila, a noite penetrava como nunca antes na primavera e pequenas rajadas de vento faziam os dois por vezes abaixar o rosto direto para seus pés. 

Poucos metros antes da entrada Vila, Tanjiro fungou o nariz. 

- Tem mais alguém aqui! - Pegou na espada.

- Sim, tem mesmo. 

Não havia neblina, eles olharam ao redor em sincronia e ao voltarem para frente, de repente uma silhueta da altura deles apareceu há pouco mais de 10 metros. 

- “Um Oni!” - Tanjiro se posicionou - “O cheiro dele é diferente!”

Não deu tempo de acionar Tokito, o Mestre da Névoa já formava seu golpe tirando a espada da bainha, Tanjiro não enxergou nada, mas ainda sentia o cheiro do Oni. 

Tokito deslizou com os joelhos até o pescoço do Oni - Respiração da Névoa: Iryūgiri - sua posição era perfeita e precisa, sentiu o corte da espada, mas não ouviu nenhuma cabeça rolar. O Oni saltou antes para uma árvore rindo. 

- Conseguiu me pegar? - Debochava Hantengu - Bom, nem tanto não é mesmo? - O corte na testa já havia se curado. 

- Uma Lua Superior? - Perguntou Tokito ainda de costas para o Oni.

- “Eu não to vendo nada!” - MESTRE TOKITO?

- Estou bem… E quem é você?

Tanjiro seguiu a voz suave do Hashira e o cheiro do Oni - Respiração das Chamas - Estava ardendo com confiança fez a sétima forma das Chamas e do Sol. Segurando firme a espada, a ponta da lâmina encontrou o alvo em um giro, Hantengu caiu da árvore e Tokito só precisou impulsionar a espada. 

Sua cabeça foi cortada sem nenhuma dificuldade. 

Tanjiro já havia presenciado aquele tipo de cena, e não baixou a guarda. - MESTRE TOKITO, NÃO GUARDE SUA ESPADA - Gritou imediatamente em que a névoa se foi.

- O que? - Confuso - Por quê?

- MESTRE TOKITO! - Tanjiro tentou segurar o Hashira afastando do Oni caído no chão, mas os dois foram arremessados.

Hantengu havia reaparecido nas costas do Hashira - kekkijutsu - serpentes de pedra saíram debaixo dos pés do Oni fazendo tudo tremer e jogando os dois em direções opostas, com Tokito sendo arremessado aos céus e Tanjiro arrastado no meio da mata. 

**

- Estive procurando por você - Começou Hantengu caminhando até Tanjiro enquanto ele se levantava com dificuldade - Meu mestre lhe enviou um presente especial.

- NÃO QUERO NADA QUE VENHA DE VOCÊS - Se posicionou novamente e o Oni estava bem em sua frente a poucos metros de distância, carregava um trouxa ensanguentado. - NÃO QUERO NADA QUE VENHA DE MUZAN.

Tanjiro não sabia se sentia raiva pela provocação ou se ficava curioso com o cheiro vindo da trouxa. Hantengu emanava uma presença muito diferente de Daki, ele parecia mais ordenado em seus passos e até mesmo falas. De fato era uma criança, mas uma criança amaldiçoada e muito perigosa, não sabia se ele se igualava ao cheiro de Akaza ou mesmo até sua força. Fitou seus olhos. Superior 4. - “Droga! As numerações estão cada vez mais próximas, só que agora eu to sozinho… Não! Não! Você consegue Tanjiro, você já fez isso!”.

- Medo? Eu também sinto cheiro de medo, sabia? Mas… Que tal açucarar um pouco esse medo?

Ele jogou o saco para o alto em sua direção, estava aberto e nele saiu um globo preto. Aquilo rolou e quando chegou em seus pés Tanjiro viu os cabelos longos, nariz arrebitado e um olho cortado. 

Seus pés tremeram e sentiu que ia desmaiar com o cheiro. Aquele cheiro era conhecido, aquela cabeça e rosto embora nunca tenha visto carregava um cheiro especial que estava procurando há semanas. Era seu ferreiro. A cabeça de Hotaru Haganezuka.

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...