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História Depois da Tempestade - Bomba Relógio


Escrita por: erikastybrien

Notas do Autor


Oi amores! Espero que aproveitem o capítulo de hoje, algo me diz que vão rs.
Boa leitura!

Capítulo 13 - Bomba Relógio


Fanfic / Fanfiction Depois da Tempestade - Bomba Relógio

Terceira Pessoa 

Mitch não teve outra escolha a não ser subir para o apartamento de Lydia, usando o pequeno elevador do prédio.  

O porteiro havia dito a numeração e o andar do móvel, o que facilitou que Rapp encontrasse rapidamente. Parou em frente a porta com nervosismo, tendo um pressentimento pessimista de que a ideia fosse ruim. 

Respirou fundo, agitou o suposto telefone da ruiva na mão e bateu na porta. Enfiou as mãos nos bolsos em um ato nervoso, dando uma breve olhada de um lado para o outro no corredor vazio. 

A porta abriu enquanto Lydia ria com ingenuidade, focando os olhos em Mitch ainda sorrindo. O cabelo ruivo estava preso em um coque como havia feito na academia e usava uma blusa preta e larga, acompanhada de shorts jeans. 

Rapp se desconcentrou por segundos. Olhou para ela sem reação, sem saber o que dizer, e seu foco só voltou quando a visão identificou alguém andando na casa de Lydia. 

Era Aiden, o rapaz do bar. Ele estava com uma mochila nas costas, caminhou até o sofá e pegou mais alguma coisa colocando no bolso da bermuda. 

O ato atraiu a atenção de Mitch, trazendo uma sensação desconfortável de fervor na cabeça. Seus olhos se semicerram e ele permaneceu em silêncio absorvendo as possibilidades que adentravam sua mente sem permissão. 

– Mitch? – Lydia chamou, e só quando Aiden cruzou olhares com ele que Rapp se concentrou na ruiva. – Entra. – Pediu dando espaço na porta. 

Ele não queria por diversos motivos, inclusive pensou em negar instantaneamente mas por um mero impulso aceitou o convite sem delongas.  

Adentrou o apartamento dando uma mera olhada na mobília, escutando Martin fechar a porta atrás dele. Aiden andou para a frente da ruiva, cumprimentando Mitch com um simples aceno de cabeça que o jovem respondeu de um jeito forçado. 

– Tem certeza que pegou tudo? – Lydia quem perguntou, se direcionando para Aiden. 

– Sim. Não esqueça de me mandar o email hoje de noite, vou fazer o relatório de madrugada. – Explicou. 

– Tudo bem. – Respondeu e tudo o que Mitch fez foi revirar os olhos já que ninguém reparava nele. 

Se perguntava se ela realmente não sabia o quanto o colega de faculdade estava afim dela, era perceptível com um simples olhar. 

– Preciso ir. – Aiden se despediu depositando um beijo na bochecha de Lydia que apenas sorriu. – Tchau, Mitch. – Disse desinteressado. 

– Tchau. – Abriu a boca pela primeira vez respondendo com desânimo, ainda de costas.  

O loiro saiu pela porta deixando Mitch sozinho com Martin que andou até uma pequena mesa de vidro que tinha perto da cozinha, empilhando os diversos livros que haviam ali. 

– Desculpa a bagunça. – Pediu organizando os itens. 

Rapp grudou os olhos nela, sequer havia reparado na desorganização dali e não fazia diferença alguma. 

– Tudo bem. – Respondeu rouco. – Eu não deveria ter vindo mas o pessoal da academia exigiu. – Explicou suspirando de leve. Lydia organizou parcialmente os livros e se virou para ele.  

– Senta. – Ela pediu insinuando o sofá com a cabeça.  

– Não, tudo bem. – Mitch disse baixo. Se sentia desconfortável mas não era por causa de Lydia, ela não estava fazendo nada demais. Confuso consigo mesmo decidiu ignorar a sensação, falando: – Só precisava que você descesse lá em baixo. – Retirou o telefone do bolso sentindo os olhos verdes fixos em cima de si. – Isso é seu? – Ergueu o aparelho ao perguntar. 

Os lábios da ruiva se escancararam em conjunto com os olhos que arregalaram de espanto.  

– Sim! É o meu celular! – Alegou andando até ele que entregou o aparelho.  

– Alguém poderia ter roubado, Lydia. Porque você não voltou para buscar? – Questionou com ela analisando o aparelho ainda surpresa. 

– Eu não sabia que tinha perdido. – Esclareceu e ele juntou o cenho. – Estava... – Suspirou baixo. – ...distraída. 

Dessa vez as sobrancelhas masculinas se arquearam. Lydia não era o tipo de pessoa dispersa, pelo menos não com Mitch, o que o surpreendeu. 

– A academia não se responsabiliza por itens perdidos, não esqueça de novo. – Alertou e ela concordou com a cabeça.  

– Não acredito que esqueci meu próprio telefone. – Comentou incrédula. – E nem dei falta dele.  

– Não esqueça de novo. – Mitch refez o aviso em um tom autoritário, fitando Lydia que cerrou os cílios para ele. 

– Que mandão, Rapp. – Disse melodiosa. – E se eu perdesse o celular de novo? Ia me dar algum tipo de punição? – Sugeriu intercalando o olhar entre os lábios finos e as íris castanhas. 

– Posso pensar em alguma coisa. – Respondeu rouco, entrando no jogo arriscado. 

Ele queria engolir seco, desviar os olhos, mas permaneceu estável. Passou a sentir os sintomas perigosos que Martin despertava em seu corpo impulsivo e excitado. 

Lydia admirou minuciosamente o rosto próximo, sentiu o cheiro de suor que vinha da camiseta dele e não conseguiu negar como o odor forte era instigante. 

– Porque pensar se pode me mostrar? – Sussurrou sugestiva, andando um passo na direção de Mitch que sustentou o olhar. – Estamos sozinhos aqui.  

Rapp salivou inalando o cheiro dela, mas dessa vez não era o perfume que ele estava acostumado. Lydia sentiu o coração acelerar e o corpo reagir a antecipação sexual com o belo estímulo que estava parado na sua frente, encarando seus olhos com precisão. 

O desejo era uma sensação avassaladora e ela ameaçava se a apossar de Mitch o tempo todo e era uma comoção fixa, ela nunca sumia. 

– Estive pensando – Martin voltou a falar –, tudo o que eu quero é que você converse comigo, eu não sei porque você não se permite um simples diálogo mas...  

– Nós nunca conversamos, tudo sempre tem haver com você me provocar. – Ele interrompeu prestando atenção no que ouvia. 

Lydia lambeu de leve o meio dos lábios e em seguida deu um mero sorriso, disse: 

– Eu já te expliquei isso. – Encerrou o assunto. – Quando tentei esclarecer minhas dúvidas no bar você não quis contar nada.  

– Você é curiosa demais, também já te expliquei isso. – Rebateu com seriedade e ela bufou de leve. 

– Se tratando de você sou mesmo. – Deu de ombros. – A questão é que ser sua amiga é mais difícil do que pensei.  

Mitch deu uma risada debochada desviando o olhar por instantes. Amizade, aquela palavra não chegava nem perto de definir o tipo de relacionamento que tinham. 

– Então é assim que você faz amizades? Foi assim com o Aiden?  

Rapp não queria citar o nome mas no minuto que a curiosidade aguçou sua mente ele não suportou, questionou para saber se a ruiva também já havia provocado o colega universitário.  

Martin franziu a testa, ignorou o tom acusatório que lhe foi lançado. 

– Não, Aiden não teria esse privilégio. Mas você tem.  

Lydia se aproximou um pouco mais e olhou no fundo dos olhos castanhos com determinação, sussurrou: 

– Precisa aproveitar do jeito certo. – Com calma, entreteu os olhos de Mitch nos dela e ergueu a mão direita na altura do abdômen masculino sem encostá-lo. 

Antes que ela o tocasse Rapp foi mais ágil segurando o pulso feminino com força moderada, a impedindo de prosseguir o plano. 

– Você já usou esse, e é trapaça. – Sussurrou rouco. 

Lydia deu um meio sorriso. Sabia que ele estava certo mas para ela não importava, o que valia era jogar. 

– Bom saber que está mais esperto. – Elogiou, ainda sorrindo.  

Ele se manteve intacto apreciando o quanto a pele de Lydia estava quente, como seu pulso era pequeno, delicado.  

– Você não vai mesmo me contar sobre o pescoço e todo o resto não é? – Ela questionou retoricamente. 

– Não. – Afirmou. – Isso pioraria as coisas, acredite em mim.  

Lydia juntou o cenho ainda tendo o braço mantido no ar. A dúvida brotou em seu íntimo, ela ansiava saber o motivo de Mitch agir daquela maneira. 

– Não existe nada que eu possa fazer para você contar?  

Rapp suspirou fechando os olhos, sendo bombardeado por circunstâncias que invadiam seu raciocínio. Como poderia existir algo que conseguisse fazer ele reviver todo aquele pesadelo e deixar que uma mulher como Lydia participasse?  

– Apenas desista. – Aconselhou soltando o pulso feminino. 

– Não é uma opção. 

– Sinto muito por isso. – Disse rude. 

Mitch sentiu uma agitação em seu interior. O cheiro de Lydia passou a ser infeccioso, seus olhos verdes penetravam a alma escura e o coração não se decidia entre acelerar ou parar de bater. 

Desviou o ar ofegando baixo, presenciando uma bomba relógio desejar explodir dentro dele. Lydia lambeu a boca enquanto passeava os olhos pelo tronco masculino, agitando os dedos nas mãos com nervosismo. 

Um calor peculiar foi percebido em seu quadril e o ar fugia cada vez mais dos pulmões femininos e necessitados. 

– O que aconteceu na academia... 

– Foda-se. – Mitch rosnou baixo para si mesmo, e antes que Lydia reagisse foi surpreendida pelos lábios masculinos que colaram nos seus. 

Martin parou de respirar, arregalando de leves os olhos quando sentiu pela primeira vez o gosto da boca dele. Rapp não sabia o que estava fazendo ou se iria se arrepender, ele apenas queria muito.  

Os corpos se colaram extremamente, o ar sumiu do apartamento e tudo o que existia eram eles. A atmosfera torrou com o contato excessivo, cozinhou os dois em sincronia. 

O coração de Mitch acelerou descontroladamente e as mãos suadas cercaram os pulsos femininos por instinto, a segurando antes que reagissem de um jeito desagradável. 

Contemplou o hálito refrescante de Lydia, sentindo sua boca firme e parada enquanto os lábios intercalados permaneciam congelados. 

Em um movimento brusco Mitch moveu a boca com determinação, força. Devorou os lábios grossos que lutaram para o acompanhar com empenho.  

Os pulsos da ruiva estavam reféns das mãos fortes e masculinas que tinham controle sobre ela, na região do cóccix.  

Rapp respirou pesado, depositando ar quente diretamente em Lydia que também ofegava forte. Sentiu o corpo masculino ir contra o seu, a obrigando a andar de costas.  

Martin não sabia o que estava acontecendo, se deixou levar pela emoção que sentia em conhecer pela primeira vez a boca de Mitch que a beijava com força. 

O tronco feminino encostou na parede onde foi prensado por um Rapp extremamente necessitado. Segurou com rigidez os membros de Lydia, os descendo um pouco até o limite permitido pela parede e o quadril feminino. 

Mitch se sentiu vivo, seu peito explodia em uma sensação nova e extraordinária. Lydia sequer tentou livrar as mãos, simplesmente apreciou como estava sendo controlada enquanto acompanhava o beijo duro mas gostoso que recebia. 

Rapp era rude até com aquele ato, mas em contra partida não conseguia ser ruim. Sua boca fina era macia, dominadora e acima de tudo experiente.  

As mãos de Mitch queimavam, imploravam para que elas passeassem por todo o corpo que estava presente ali. O interior masculino ferveu com a excitação pelo momento e Rapp correspondeu sugando a boca de Lydia com potência, arrancando um gemido baixo e arrastado dela que soltou ar pelos lábios na oportunidade que teve. 

Ele agiu empurrando as mãos dela para a parede e em um único golpe envolveu os dois pulsos com apenas uma mão enquanto retomava o beijo. 

Lydia quis respirar, estava ofegante sentindo os poros como brasa. Porém ela não queria parar por nada, era bom demais para ficar pensando, tudo o que ela queria era agir. Mitch friccionou os beiços enquanto trazia a mão direita para o rosto dela, o segurando. 

Continuou intercalando os lábios nos movimentos bruscos observando Lydia corresponder em total aprovação soltando alguns suspiros curtos. 

Os peitorais colados se sufocaram, não existia absolutamente nenhuma distância entre eles e mesmo nervoso Rapp sabia que era a melhor coisa que estava acontecendo com ele dentro de três meses. 

Recebeu uma mordida curta e forte no lábio, reagindo com um suspiro pesado e ruidoso. Sentia que poderia fazer aquilo por quanto tempo fosse permitido e tinha certeza que a ruiva também. 

Mitch os separou de rompante, apenas descolando as bocas. Os olhos estavam fechados e os lábios permaneciam encostados, mas sem movimentos dessa vez. Respiraram juntos compartilhando todo o desejo insuportável que os cercava.  

Ele ainda segurava o rosto dela. Existia uma fome extremamente gulosa em Mitch, talvez algo que ele jamais conseguisse saciar.  

Desligado de quem era, do quanto o beijo poderia dar errado e mudar as coisas, ele desceu um pouco a boca e alcançou o queixo da ruiva enquanto escorregava as mãos entre o pescoço dela e o maxilar. 

Distribuiu os dedos abertos na pele, deixando o dedão próximo ao lábio inferior e vermelho que implorava para ser beijado novamente. 

Lydia arfou em expectativa recebendo um beijo molhado na extensão do queixo. Ela expulsou o ar e tentou arquear a coluna, sendo barrada pelas mãos que ainda estavam presas. 

Ganhou mais três beijos no comprimento horizontal do rosto, seguindo a linha da orelha onde Mitch alcançou depositando ferozmente seu ar quente com sua respiração arranhada. 

O peitoral masculino subia e descia com peso, os lábios de ambos estavam escancarados e Lydia gostou da sensação que ele causou nela. 

Ela engoliu seco, degustando o gosto de Rapp que agora estava em sua língua. Mitch processou o que tinha feito com dificuldade, esperando que estivesse em algum tipo de alucinação qualquer. 

A pele quente de Lydia em atrito com a sua, a sensação de poder por dominá-la e os respirares sôfregos era tudo o que se podia ouvir. Aquela era a certeza de que era real. 

Rapp jamais conseguiria calcular como queria o beijo e a  maneira que as possibilidades pessimistas o atormentavam. Os pensamentos excessivos o despertaram da preocupação, o deixando cansado de pensar. 

Por quanto tempo aguentaria os jogos dela sem que a beijasse? Naquele momento o limite já estava esgotado. 

Ele estava incapacitado de respirar. Não importava quanto ar sugasse nada preenchia seus pulmões, o que o fazia permanecer ofegando enquanto Lydia retomava a respiração regulada. 

A ruiva esticou o pescoço quando Mitch mordeu o lóbulo de sua orelha, espalhando um arrepio ágil por toda a sua pele. Ela grunhiu baixo, inapta a abrir os olhos.  

O desejo, a eletricidade, toda a luxúria, eram elementos da vontade que tinham um do outro que estava presente com eles ali.  

A sensação incomparável de poder foi apreciada por Mitch e era indecifrável o quanto era gostoso senti-la com a Martin. 

– Mitch... – Lydia sussurrou em um tom de súplica, movendo as pernas que estavam presas no meio das dele abertas. 

– Shhh... – Pediu rouco. – Você fala muito. – Acrescentou falando no pé do ouvido de Martin que novamente sentiu um arrepio percorrer o corpo. 

Ela soltou ar pela boca como um balão que esvaziava, sentindo o sangue latejar nas veias. Permaneceram no êxtase por minutos e as mãos de Lydia continuavam presas sob o controle dele. 

– Talvez isso tenha sido um erro. – Mitch quebrou o silêncio sussurrando.  

– Eu não ligo. – Ela ofegou com a resposta. – E você também não. 

Rapp mordeu o lábio inferior com a confusão, enterrando o rosto na curva do pescoço de Lydia decifrando o cheiro que havia sentido mais cedo. 

Era um hidratante de ameixa, estava em toda a extensão da pele dela. Saboreou a fragrância em silêncio, sentindo o coração se negar a diminuir o ritmo das batidas. 

Mitch suspirou mais uma vez, fechando os olhos com força. A mão do rosto desceu para as dela atrás do corpo onde a liberou por instantes e em seguida entrelaçou os dedos. 

O ato parecia inocente ou até mesmo carente, o que surpreendeu a ruiva que a instantes atrás estava imobilizada. 

– Espero que não se decepcione se eu nunca tiver coragem para contar. – Disse se afastando, focando os olhos nela que o encarou de rompante. 

A boca de Lydia estava vermelha, aparentava um leve inchaço e apenas Mitch soube como o fato o agradou.  

– Não irei, prometo. – Sussurrou o juramento, apertando os dedos para passar segurança.  

– Ótimo. – Falou baixo, rouco. 

Ela afirmou com a cabeça, extasiada. Mitch não sabia como reagir, o que dizer além de que iria a beijar novamente se não saísse dali. 

Absorveu o olhar pedinte, totalmente focado nele e em como Lydia gritava muda para que se reencostassem. O calor passou a corroê-lo por dentro e ele sabia que não conseguiria se controlar, assim a real bomba relógio explodiria. 

O Mitch que não gostava do toque, que era assombrado pela ex-noiva morta poderia causar uma explosão ruim se aparecesse. Rapp temeu estragar aquele terno momento, o medo congelou seus nervos.  

– Desculpa. – Sussurrou negando com a cabeça, se desconectando completamente do corpo de Martin. 

–Mitch, espera! – Lydia pediu quando ele deu as costas e andou para a saída, abandonando a casa sem a responder. 


Notas Finais


Pensei muito sobre esse beijo e sério, tinha que ser assim. Espero que tenham gostado, obrigada por todo o apoio de sempre! Comentem, até! <3


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