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História Depois da traição - Capítulo 7


Escrita por: Syatha

Notas do Autor


Tá aqui mais um capítulo da fanfic pessoal, espero que gostem.

Capítulo 7 - Capítulo 7


No dia seguinte não vi Yuna na entrada, as aulas se passaram mais lentas ao meu ver e não vi meu pai, hoje não teria aula dele para a minha tristeza. Já no intervalo eu permaneci em silêncio, só estava comendo e observando todos conversarem. Foi quando de repente senti braços ao redor do meu pescoço, olho para cima e vejo Yuna.

- Sua abusada. - Falei rindo.

- Que nada, sou santa. - Ela sentou aí meu lado.

- Eu te conheci ontem, mas sei que santa você é no máximo cinquenta por cento. - Zombei.

- Não seja chato! - Riu. - E então, vamos passar na sua casa primeiro né?

- Sim, depois vamos para a sua. Mas tem uma pergunta que não para de vir a minha mente. - Murmurei.

- Fale.

- O seu quarto é apropriado para fazer esse tipo de coisa? - Perguntei a olhando com um sorriso de canto.

- Sim, ele é bem espaçoso. - Sorriu corando levemente. - Trouxe a outra roupa?

- Sim. - Sorri.

- Okay, nos vemos na saída. - Deu um beijo na minha bochecha e saiu correndo até uma mesa com algumas garotas.

- O que vão fazer? - Kira perguntou.

- Coisas... - Sorri malicioso.

- Vocês... Urgh! Se conheceram ontem! - Júlia quase gritou me fazendo rir.

- Não vejo problemas... Agora eu tenho que ir, vou falar com o papai. - Me virei para Kirishima e ele me olhava com raiva, sorri de canto e dei um tapinha no seu ombro. - Se divirta com a Mari. - Saí dali calmo.

E assim continuou a manhã. Quando já estávamos indo embora, todos em silêncio, quase caí quando senti alguém pular nas minhas costas rindo, me lembrei de Mina e sorri.

- Vamos? Quero ver o seu quarto, espero que seja espaçoso mocinho, não quero coisas desconfortáveis. - Revirei os olhos com sua fala.

- Calada, você está exigindo de mais da minha pessoa. - Bufei fingindo uma irritação.

- Não tô não. - Riu baixo e ficou ao meu lado. O pessoal andava um pouco atrás, não muito. - O que acha de provocar o ruivinho? Tá na cara que ele gosta de você. - Ela sussurrou depois de se aproximar um pouco mais de mim.

- Agora você está falando a minha língua. - Passei meu braço ao redor do seu pescoço e ela segurou minha mão enquanto abraçava minha cintura. - Não vamos exagerar, conheço muito bem ele, ninguém gostaria de vê-lo irritado.

- Vocês gostam um do outro né? - Perguntou sorrindo e eu afirmei.

- Mas estou com um pouco de dúvida. - Admiti. - Ultimamente ele vem andando por aí com Mari, dorme mais tarde e está se afastando. Não gosto disso. - Mordi o lábio inferior.

- Não fique assim, ele pode estar planejando fazer alguma coisa, como nós dois. - Ela beijou minha bochecha e corei minimamente. - Por enquanto eu te ajudo a fazer ciúmes nele. - ri alto da sua fala, nossa conversa era em um tom baixo, o que fez com que ninguém entendesse e nos olhasse estranho.

- Você é foda. - Murmurei. - Já tem alguma ideia de como vamos fazer tudo?

- Sim, você vai amar. Sou ótima nessas coisas! - Me olhou maliciosa e logo entendi o que ela queria fazer.

- Mas tem certeza que quer fazer isso? Não acha melhor esperar um pouco? - Perguntei fingindo preocupação.

- Tenho. - Mordeu o lábio inferior contendo o sorriso.

- hoje a tarde vai ser divertida. - Ri baixo.

Quando cheguei na casa de Yuna algumas horas depois vi seu quarto. Paredes roxas, um guarda-roupa com espelhos em todas as portas. Lâmpadas em formato de bolinhas espalhadas pelo local, uma cama enorme e por fim uma escadinha que dava ao teto, era tudo muito fofinho. Ela me mostrou o andar de cima, passamos horas ali, foi incrível, ela é muito parecida com Mina.

A noite eu voltei para casa, ainda tinha que fazer o jantar. Quando cheguei todos me olharam atentos, Alex me olhava horrorizado.

- Que foi? - Perguntei vendo o pessoal me olhar enquanto sentavam na mesa.

- Vocês fizeram aquilo? - Alex corou com a fala.

- Não, por que acham isso? - Perguntei.

- Vocês ficaram falando umas coisas estranhas e que davam a entender que iriam fazer isso. - Daiki disse sério, parecia estar com ciúmes. - E você demorou muito. Não pode demorar, sabe disso, é você quem faz a comida aqui em casa. - Sua voz soava irritada. Mordi o lábio inferior e abaixei a cabeça virando de costas.

- Desculpe. - Minha voz saiu em um sussurro. Fiz o jantar em silêncio, não sabia o que falar, e não tinha o que falar de qualquer forma...

- Bakugou... - Alex chamou, mas o ignorei e fui para o quarto quando terminei de comer.

Troquei de roupa e me deitei na cama olhando para o céu, até que tive uma ideia. Desci as escadas para pegar minha mochila com o material escolar e subi rápido. Comecei a desenhar meu quarto com calma, mas adicionei a escada para o teto, como se já estivesse pronto. Sorri com o resultado final e me sentei na cama olhando o desenho, escondi o mesmo quando vi a porta ser aberta e olhei para cima.

- O que estava fazendo? - Kirishima perguntou sorrindo de canto.

- Nada... - Vi ele sentar ao meu lado

- Vai me mostrar depois? - Olhou para o papel sorrindo torto. Eu afirmei e olhei para a parede sem saber o que falar. - O que está acontecendo entre você e a tal de Yuna?

- Como eu disse antes, nada. - Murmurei.

- Então estão fazendo o quê juntos? - Engoliu a seco.

- Ela vai me ajudar a fazer uma coisa aqui no quarto. Eu fui pra casa dela pra ver como o dela era, ela fez a mesma coisa que eu quero fazer. Passamos a tarde nos conhecendo, você vai gostar dela, é uma Mina número dois. - Ri baixo.

- Ótimo... - Ouvi um suspiro aliviado.

- E você e a Mari? - O olhei.

- É a mesma coisa. - Sorriu. - Ela está me ajudando em uma coisa, é uma velha amiga de Ashido, estou tendo a ajuda das duas.

- Eu vou descobrir o que é isso?

- Sim, pode ter certeza disso. Eu estou esperando uma encomenda de Mina. - Explicou rápido.

- Vai chegar quando?

- Essa semana. - Sorriu animado. - Então você não tem nada com a Yuna? - Concordei com a cabeça. - Sobre o que o Daiki falou... Hum, por que reagiu daquela maneira?

- Só não queria discutir por besteira, depois ele vem pedir desculpa. Não se preocupe. - Murmurei.

- Por que não me abraçava quando vinha dormir depois de mim? - Fez biquinho.

- Ciúmes, raiva... - Ri fraco. - Mas agora tudo foi esclarecido, não faço mais.

- Que bom. - Sorriu me puxando para deitar ao seu lado. - Está pensando em fazer que curso na faculdade?

- Direito.

- Eu estava pensando em fazer um de engenharia civil. - O olhei sorrindo de canto.

- Gosta dessas coisas?

- Sim, me deixa. - Riu me abraçando.

- Você tem que estar atento... Ser bom em matemática, mas isso eu te ajudo. - Dei um beijinho na sua bochecha o vendo sorrir bobo.

- É difícil me segurar assim, sabe como é a sensação de querer te beijar mas não poder porque quero esperar até quando namoramos? - Ele fez um biquinho fofo.

- Sei, eu sinto ela desde os quatorze. - Admiti.

- E eu desde os doze. - O olhei surpreso, mas sorri grande.

- Você é fofo demais. - Dei um beijinho no seu nariz.

- Obrigado...? - Ouvimos batidas na porta e nos sentamos rápido. A mesma foi aberta e Daiki apareceu de cabeça baixa.

- Oi... - Ele disse. - Eu vou ser direto tá? Preciso ir tomar banho. Hum... Eu quero te pedir desculpa Katsuki, fui grosso e insensível, você não é nosso empregado. - Murmurou.

- Tudo bem cara, sem problemas. - Sorri e ele saiu dali após retribuir o sorriso.

. . .


- KIRISHIMA! - Mari apareceu colocando uma caixa média em cima da mesa, estávamos no intervalo. - Chegou!


- Ai meu Deus... Eu vou morrer... - Ele olhava aterrorizado para a caixa. - O que eu faço agora?! - Olhou para a menina.


- Vem comigo, vamo cabular aula, isso é muito mais importante! - Ela pegou a caixa e saiu andando animada.


- Eu ainda morro. - Ouvi o sussurro do ruivo, ele .e deu um beijo na bochecha e saiu andando apressado.


- Que estranho... - Falei comigo mesmo.


Horas se passaram, quando voltamos para casa Eijiro ainda não tinha voltado, chegou tarde, muito tarde, tipo, perto do final da tarde, mas não foi tão tarde. Ah, vocês entenderam. Ele estava mais nervoso ainda, sussurrava algumas coisas e não parava quieto, até que o pessoal aos poucos foi sumindo da sala para fazer suas coisas.


- Vem comigo. - O ruivo pediu.


- Por...


- Vem logo! - Pegou na minha mão e me arrastou para fora.

Aos poucos foi escurecendo e logo fui vendado, não sei porque, mas não me importei muito. Andamos mais alguns minutos, eu sentia um cheirinho bom no ar, cheiro de rosas...

- Fique calmo, okay? Mari está aqui ao seu lado. - O mais novo Sussurrou perto da minha orelha e eu afirmei.

Ouvi passos se afastando, pouco tempo depois a venda foi tirada dos meus olhos. Eu estava eu um tipo de caminho, dos lados tinhas rosas com uma pequena  vela, ela estava no centro da flor, o resto do caminho estava do mesmo jeito pode ver de longe. Olhei para o lado e vi Mari gravando tudo. Estava tudo tão bonitinho!

Comecei a andar em passos lentos olhando todo o local, foi quando parei ao ver um coração de papel no chão, Mari sinalizou para pegá-lo e pediu para ler em voz alta o que estava escrito no mesmo.

- Oi... Gostou desse caminho aqui? Mari me ajudou a organizar. Não é uma boa forma para começar isso, desculpe. Eu ficaria nervoso de mais de fosse fazer isso na sua frente. - Terminei de ler e dei mais alguns passos, outro coração de papel estava ali.

- Bom... Ham, você já deve imaginar o que é tudo isso né? - Ri ao ler aquilo. - Você sabe que eu gosto muito de você. Cara, eu tô apaixonado por você! Principalmente pela sua... - Parei de falar e corei forte olhando para Mari envergonhado.

- Diz! Terminar de ler! - Riu baixo.

- P-Principalmente pela sua bunda, ela é enorme. Não reparei nela agora, na verdade notei isso a uns seis anos, mas ignoramos essa parte. Eu te amo muito, você sabe, então vai logo para o outro coração, nele tem uma surpresa, não amasse, dê para Mari. - Voltei a andar e vi outro coração. O peguei e comecei a ler.

- Não sei se lembra, mas teve uma vez, quando tínhamos cinco anos, que eu me machuquei, na época em que eu ganhei essa bela cicatriz no meu olho. - Dava para notar o sarcasmo na escrita. - Lá estava eu, brincando com a faca da minha mãe enquanto você quase pulava em mim dizendo que eu iria me machucar. Quando do nada eu deixo a faca cair, ela passou pelo meu olho fazendo aquela coisa. Você gritou desesperado e começou a chorar chamando a minha mãe e correndo até mim preocupado.

- Eu disse que estava tudo bem, que não doía nada. Mas eu menti, aquilo doía pra caralho! - Segurei a risada. - Mamãe apareceu junto ao meu pai, ela me pegou, papai fez o mesmo com você e fomos direto para o hospital. Eu podia ouvir você chorar e perguntar ao Sr. Yuri seu eu ia morrer. - Meus olhos marejaram ao lembrar da cena. - No fim eu fiquei internado no hospital, você levou uma bronca da sua mãe por querer faltar a escolinha para ficar comigo, mas mesmo assim ela deixou.

- Fiquei feliz quando vi um gatinho preto aparecer naquele quarto branco e sem graça. Ele era meio estranho, tinha olhos vermelhos e cabelo loiro espetado, além do fato de que suas orelhas eram pretas! Como isso pode acontecer?! - Revirei os olhos. - Foi então que vi que era você, eu não conseguia enxergar muito bem, não me julgue.

- Naquele dia você ficou a tarde toda me entretendo, fez tudo que eu pedia, eu me aproveitei um pouco, admito. Mas também foi naquela tarde que você começou a me dar os beijinhos na bochecha, porra, aquilo era tão fofo! Agora quero que vire o coração, pegue o que está atrás dele e observe, depois entrega a nossa querida amiguinha e continua o caminho. - Fiz o que estava escrito no papel vermelho e vi uma foto ali.

Nela eu estava dormindo na maca com Eijiro, estava usando meu macacão de gatinho preto. Sorri e entreguei a foto para Mari. Continuei o caminho, e lá estava outro coração. O peguei e comecei a ler.

- Nessa lembrança tínhamos sete anos. Eu estava sofrendo bullying na escola por conta dos meus dentes pontudos, rasgaram meu ursinho, meu querido Teddy... - A imagem de um urso de tamanho pequeno apareceu em minha mente e sorri. - Naquele dia eu chorei, você chegou lá em casa e me abraçou dizendo que iria bater naqueles "idiotas sem cérebro". Eu ri, fomos para o meu quarto e você prometeu que seria meu ursinho daqui para frente, eu usei muito de você. - Ri. - Você sempre esteve lá, ao meu lado, independente da situação. Sem contar o fato de que você rasgou o próprio ursinho de consolo para eu não ficar sozinho nessa, passou a me usar também. - Continuei a andar e vi outro coração.

- Já está chegando... Eu devo estar entrando em pânico nesse momento... Vamos lá de novo, lá estávamos nos dois, conversando sobre eu estar com medo de ser traído pelo Denki. Você disse que iria estar ao meu lado, e ficou, tanto que também foi traído... Prometemos ignorar nossos ex-namorados, e foi tudo cumprido. Vínhemos para a Coreia depois de alguns dias, conhecemos o pessoal, tive meu lindo ataque de ciúmes por causo do Daiki... - Ri dessa parte e andei mais pegando o próximo papel vermelho.

- Tudo que eu quero dizer é: Eu amo você e não tenho medo de dizer isso, é a pura verdade. Você é gostoso pra caralho e muito sexy, mas também tem o seu lado doce, carinhoso e preocupado. Ah! Não vamos esquecer da sua pose de chefe da casa, arruma tudo e ainda faz o favor de dar o nó na minha gravata da escola! - Okay, eu estava chorando. - Eu quero passar o resto da minha vida com você, mas estamos novos, então ficamos com o namoro mesmo. Eu quero te fazer feliz, acordar ao seu lado todos os dias, te chamar de "amor" e outros apelidos bestas...

- Vou te pedir um favor. Quero que vá andando mais um pouco, sei que é um sacrifício pra você. - Abri a boca indignado. - Que mentira! - Falei rindo. - Sim, eu vou prever o que você vai falar, e sim, é uma mentira isso mesmo. Agora anda vai, tô sem paciência e ansioso. - Suspirei e continuei a andar

A partir daqui as coisas começaram a mudar. As rosas estavam do mesmo jeito, mas intercalavam entre uma rosinha e uma vela acesa, olhei mais para frente e vi balões de gás élio em formato de coração, algumas câmeras ao redor do local, mas isso eu fingi não ter visto. Quando olhei um pouco mais para frente ri em meio ao choro.


Kirishima estava com seu macacão de tubarão e com o capuz cobrindo a cabeça, estava corado e me olhava sorrindo. Me aproximei dele e antes que percebesse uma frase formada por letras de led apareceu atrás de si. "Quer namorar comigo?". Arregalei os olhos e chorei ainda mais me aproximando do ruivo.


Eijiro riu e secou minhas lágrimas apesar de insistirem em continuar caindo. Abriu uma caixinha preta e lá vi dois anéis, pratas com a marcação de batimentos cardíacos em dourado, a mesma daquele troço do hospital. Uma delas tinha um coração vazado, por assim dizer, tinha um buraco em formato de coração.


- Ah meu Deus... - Murmurei colocando a mão na boca para abafar o soluço.


- E então Suki, aceita? - Kirishima perguntou.


- É claro seu idiota! - Ele sorriu, colocou o anel com o coração vazado no meu dedo e depois fiz o mesmo com o outro anel. Ele me olhou e deu um beijo na minha testa.


- Agora vou realizar meu desejo, finalmente! - Antes que eu pudesse responder ele me agarrou pela cintura iniciando um beijo, entrelacei os braços ao redor do seu pescoço e ouvi um gritinho animado, logo depois alguns flashs...


- FINALMENTE! - Mari gritou me fazendo rir.


- Eu amei tudo isso, é tudo tão... - Comecei a falar.


- Perfeito?


- Sim. - Lhe dei mais um beijinho.




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