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História Depois daquela noite - Parte 104


Escrita por: AmigaDaPaz

Notas do Autor


Oi oi oi
Primeiramente, deixem-me saber como vocês estão. Espero que bem. Agora, me permitam agradecer a todos os novos favoritos e comentários deixados no capítulo anterior (prometo responder em breve), eu li todos e me senti ainda mais animada para continuar escrevendo. E por falar nisso, esse capítulo ficou bem grandão e cheio de tensão, mas na hora da pseudo betagem, acabei tirando algumas cenas, por isso ele acabou ficando pequeno. Prometo que o próximo irá compensar. No mais, meu carinho especial vai para todos que acompanham aqui e também estão dando uma chance para a minha nova fanfic, vocês são umas verdadeiras preciosidades de leitores. Obrigada pelo apoio. Boa leitura!

Capítulo 104 - Parte 104


Fanfic / Fanfiction Depois daquela noite - Parte 104

 

DEPOIS DAQUELA NOITE

PARTE 104

 

PARK Chungho foi capaz de ouvir claramente os gritos da esposa atrás de si, mas não deu atenção, continuou seguindo firme, quase cego de tanta raiva. Dirigiu como nunca havia feito antes, nem quando Jinyoung ameaçava nascer no banco de trás do carro, trinta anos antes, o pai pisara no acelerador da forma como fez durante o trajeto até a residência dos Im, naquele começo de tarde. Seu lado racional o alertou de que tomaria multas por ultrapassagens perigosas e por ignorar algumas tantas leis de trânsito, além da direção ofensiva, todavia, ele não estava disposto a se importar.

— Onde ele está?! — exigiu aos gritos, assim que a senhora Im Ga-young abriu a porta.

— Boa tarde para você também, senhor Park.

— Não me venha com toda a essa simpatia, mulher. — ele praticamente rosnou. — Diga de uma vez onde o imprestável do seu filho está!

O senhor Im Changjae aproximou-se.

— Se gritar mais uma vez com a minha esposa ou ofender o meu filho, terei que agir, ChungHo.

O senhor Park não se intimidou, pelo contrário, viu-se ainda mais instigado a brigar.

— Sim, faça isso. Traga o seu filho agora mesmo para cá, meta um pouco de juízo na cabeça dele ou eu o farei, por bem ou por mal.

Este homem está louco, a senhora Ga-young afastou-se, apoiando-se no marido, que pensava a mesma coisa sobre o ex-sogro do filho. Fosse o que fosse, haveria de haver uma explicação para aquilo tudo. Assim, o senhor Im, questionou com absurda calma, num tom baixo:

— Nós já não tínhamos resolvido sobre isso?

— Não há nada resolvido, Changjae! — o Park gritou. — A minha filha está grávida!

O senhor Im sentiu o baque da revelação, mas manteve-se firme, sua esposa, por outro lado, arfou, quase engasgando-se numa exclamação entalada na garganta, enquanto o Park continuou:

— O seu filho é o pai da criança. Portanto, ele deve voltar, de onde quer que ele esteja, para assumir a criança e se casar com a Sooyun. Porque eu nunca irei permitir uma criança bastarda na minha família. Está entendendo?!

— Não, não estou.

— O quê?

— Sua filha está grávida? Desde quando?

— Isso importa?

— Sem dúvidas, afinal, que garantia posso ter que essa suposta criança é mesmo minha neta?

— Está duvidando da índole da minha filha?

— Qual é o problema? Você está fazendo isso com relação ao meu filho.

— Então é assim. Você vai mesmo continuar defendendo aquele desgraçado. Tudo bem. — o senhor Park falou com evidente escárnio. — Ouça-me, nem que eu tenha que mover céus e montanhas, irei fazer com que Jaebum volte e assuma suas responsabilidades. — dito isto, saiu tão apressado quanto quando chegara.

— Por favor, querido, me diga que aquele homem está perdendo a própria mente. Diga-me que nada do que ele disse é verdade. — a senhora Ga-young choramingou, trêmula.

— Acalme-se. — o senhor Changjae abraçou-a, tentando transmitir a calma que ele próprio precisava.

Naquele momento, eles não sabiam, mas não ia demorar muito para outros rompantes de loucura e revelações surgirem.

 

LEVOU quinze minutos desde o porto de Cannes até as Ilhas Lerins. A primeira delas; Île Saint-Honorat foi acessada por meio de um barco que partiu do quai Max Laubeuf. Jaebum sentiu-se um pouco mareado, mas foi uma sensação passageira e logo ele estava fotografando as belezas naturais, bem como o monastério que ainda nos dias atuais serve de abrigo para monges. O guia turístico explicou tratar-se de uma tradição mantida desde a época medieval.

— É verdade que aqui há vinhedos? — Bonah quis saber se era verídica, a informação que tinha obtido ao ler um blog de uma turista sueca.

— Sim. — o guia sorriu meio encabulado porque aquela não era uma informação que turistas de primeira viagem sabiam de antemão, mas também não era uma segredo, então ele compartilhou: — São pequenos vinhedos que se localizam no centro dessa ilha. Se quiserem ir até lá, podemos fazer isso.

— Eles servem amostras grátis? — quis saber um dos turistas australianos que junto com a esposa e a filha, também ocupavam o barco.

— Certamente que sim, senhor.

Todos riram da forma como o sexagenário comemorou como se tivesse ganhado o melhor dos presentes. E talvez fosse mesmo.

Cerca de cinco minutos de caminhada depois, estavam na sede de um dos vinhedos. A senhora responsável recebeu a todos com bastante alegria e serviu-lhes boas canecas de vinho e pães frescos. Jaebum bebeu e comeu com avidez e Bonah registrou tudo com a câmera.

Era quase meio-dia quando chegaram à segunda ilha de nome Sainte Marguerite; um verdadeiro santuário de pássaros. Lá, juntaram-se a um outro grupo de turistas e todos juntos formaram um quantitativo de doze pessoas. Os guias falaram alternadamente sobre aqueles três quilômetros preservados por um órgão governamental e sobre como o turismo ecológico ajudava a manter vivas as várias espécies de animais e plantas. Para encerrar o passeio, foi proposto uma espécie de caça ao tesouro em duplas ou trios; procuraram ao longo da enseada demarcada, caixinhas com as cores dos braceletes que recebessem no começo da brincadeira. Bonah e Jaebum eram os representantes da cor amarela.

No começo, ficaram um tanto perdidos em meio aos outros colegas de passeio que apressados, corriam sem rumo pela vasta faixa de área. Em dado momento, a Choi chocou-se com a filha do casal de idosos que vieram no mesmo barco que ela e o Im. Por alguns instantes elas trocaram risos e desculpas desajeitadas, mas logo foram alertadas por seus companheiros de equipe que deveriam começar a procurar as caixas, que se tivessem sorte, teriam um vale-presente.

— Isso está perdendo a graça já. — Jaebum resmungou ao abrir a quarta caixinha e deparar-se com a mensagem “continue tentando”.

— Para de reclamar. — Bonah o advertiu. — Abra essa, talvez haja algo legal aí.

Mesmo sem acreditar muito naquilo, ele obedeceu e, para sua surpresa, realmente tinha algo ali: um vale com direito a uma estadia de 24 horas na suíte presidencial de um luxuoso hotel da cidade.

— Viu, Im? — a Choi sorriu. — Você deve desejar algo com vontade. Cedo ou tarde isso acaba se realizando.

— Esse era o presente que você queria ganhar?

— Não, o que pretendo fazer com você nessa tal suíte presidencial, sim.

— Certo. — ele sorriu, sabendo bem do que se tratava e, sabia, ia ser tão incrível quanto a mulher a sua frente prometia.

 

NO caminho rumo à Seul, Jackson foi relembrando não somente a imagem de Sooyun como também as coisas que ela havia dito e os inúmeros exames e receitas médicas que atestavam que, de fato a gravidez existia e, era delicada. Para ele, ainda não era totalmente real, toda aquela situação, entretanto, repassando na mente a notícia de que, seria pai de uma menina, nossa!, quase perdia o fôlego, imaginando como seria carregar a pequena criança em seus braços e protegê-la de modo como ninguém poderia fazer igual a ele.

Não sabia o que era ser um pai, porém, estava começando a meio que se obrigar a gostar da ideia, ou pelo menos aceitá-la com mais naturalidade, visto que, aquilo não poderia ser mudado, nem se ele quisesse muito. Também não sabia ainda como ele e a Park iriam acertar as coisas naquele âmbito, como criariam a filha, todavia, acreditando que ainda restava um tempo considerável até o nascimento, permitiu-se voltar para Hong Kong. Se ao menos ele pudesse imaginar o inferno que sua rápida passagem por Goyang havia causado, certamente, não teria nem vindo, nem sequer dado atenção às mensagens de Sooyun. Mas... Jackson não sabia. Mas... Logo iria saber.

 

— NADA mal. — Etienne Morrice sorriu em aprovação à sala que Mark Tuan ocupava.

— É só o meu local de trabalho.

— Quem me dera ter um local de trabalho assim.

— Quer se candidatar ao cargo de meu vice-presidente?

— Talvez numa outra vida.

— Eu realmente não entendo, Etie. Você foi meu colega de faculdade, se formou com méritos. Poderia ser um grande CEO, mas prefere...

— Curtir as infinitas possibilidades da vida.

— Certo.

Mark de fato não concordava com o estilo de vida avoado do amigo, todavia, não se dava ao direito de dar conselhos ou se intrometer de alguma forma. Ele sempre pensava que, se a situação fosse inversa, iria querer que Etie fosse tão discreto e compassivo quanto ele era.

— A propósito, vim para New York para um emprego temporário bastante interessante.

— É mesmo?

Pelos próximos dez minutos, o Tuan ouviu o francês discorrer animado sobre ser membro temporário de uma banda fixa de um clube de jazz para veteranos que, por acaso não ficava muito longe da empresa.

— Aqui. — Etie entregou dois tickets. — Apareça por lá hoje à noite. — Vou apreciar bastante sua presença na minha estreia aqui em NYC.

— Ok. — Mark sorriu, pegou os tickets e os guardou no bolso do terno.

— Achei bem interessante o seu secretário. Ele fala inglês com um sotaquezinho peculiar.

— BamBam é tailandês.

— Legal.

O Tuan se impacientou da hesitação do amigo.

— Pergunta logo.

— Ahñ?

— Você quer perguntar sobre a Bonah, não é?

— Vocês terminaram?

— Por que você pensa isso?

— Na última vez que nos vimos, não faz nem duas semanas, ela era sua secretária aqui. Vocês pareciam bem, mas agora ela está na França e...

Mark estranhou.

— França?

— Saint Tropez, para ser mais específico.

— Uma mudança de rota e tanto. Ela saiu daqui dizendo que ia para a Coreia, talvez na volta ficasse na casa da mãe em algum lugar da Inglaterra.

— Não é tão estranho assim. França, Inglaterra, esses lugares são praticamente bairros, dá para viajar de um ao outro em poucas horas e...

— É, ela deve estar fazendo isso.

— Sozinha?

— Eu realmente não sei nada sobre isso, Etie.

Dessa vez, o francês entendeu que o Tuan não queria mesmo seguir naquele assunto, então ele mudou de tópico, falando novamente sobre o que pretendia fazer durante sua estadia de uma semana ali em New York. Mark não disse com palavras, mas viu-se agradecido pela mudança no teor da conversa, afinal, não queria se importar mais onde ou com quem Choi Bonah estava.

 

FOI num dos 400 quartos do clássico hotel Martinez que Bonah e Jaebum ganharam uma estadia de 24 horas. No restaurante, foram muito bem tratados e servidos, aliás, uma das garçonetes ficou visivelmente impressionada com a aparência do Im. A Choi comentou sobre o fato, num tom de brincadeira:

— Quando ela vir com a sobremesa, a encare por cinco segundos. Tenho certeza de que ela ganhará o dia ou terá um piripaque.

Jaebum apenas riu, mas alguns minutos depois, fez um pouco mais do que Bonah sugeriu.

— Blanche... — leu o nome escrito na faixa bordada no bolso direito do informe da garota. — Nome bonito. Combina bastante com você. — piscou com um sorrisinho maroto.

— Than-thank you.

— Melhor do que eu imaginei. — a Choi riu alto.

— Coitada. Ela saiu quase aos tropeços.

— Coitada, nada. Não tenho dúvidas de que essa será uma das melhores lembranças que ela terá para contar para as amigas.

— Normalmente, eu não faço esse tipo de coisa.

— Eu sei, eu sou mesmo uma ótima influência.

— Tão modesta.

Como resposta, Bonah mostrou a ponta da língua.

Meia hora depois, foram direcionados para um tour pelas dependências do hotel, que poderiam usar: spas e piscinas, algumas destas aquecidas. Havia também quadra de esportes e academia, todavia, o que mais os impressionou foi a suíte.

— WOW. O apartamento que eu vivia lá em New York caberia tranquilamente aqui dentro e ainda sobraria espaço.

Jaebum pensou que Bonah estava sendo exagerada, mas entendia o apelo, aquele quarto era mesmo enorme, luxuoso e moderno com todos os sensores de movimento e fala.

— Não foi assim que planejei testar a cama. — ele riu quando ela começou a pular em cima do colchão.

Outra vez foi agraciado com uma ponta de língua. Aquilo o fez pensar em tomar uma providência mais tarde para o comportamento infantil da mulher que o estava deixando louco sem muito esforço. Estou criando um monstro, riu da constatação e foi para o banheiro.

— Bonah!

— O quê?

— Você precisa ver isso.

Imediatamente, ela parou os pulos e desceu da cama, indo ao encontro do Im, que acabara de acionar as torneiras da gigante banheira.

— Uau. Cabe uma família inteira aqui.

— Cabe, mas prefiro só nós dois. — dito isto, ele começou a se despir.

— É. Acho que prefiro isso também.

— Você acha?

Ao vê-lo acomodar-se dentro da banheira, ela sorriu e também se despiu.

— Tenho certeza.

Foi um banho longo e gostoso.

 

O PISCÓLOGO Nam instruíra Victoria a tirar algum tempo de folga do trabalho no restaurante, pelos menos umas duas semanas. Indicou algumas atividades terapêuticas que envolviam exercícios físicos moderados para que, deste modo fosse possível um tratamento conjunto do corpo e da mente, sem recorrer previamente a medicamentos. Dentre a variedade de opções, que iam desde aulas de dança, pintura terapêutica e música —, a Lee terminou por optar por uma que sempre tivera curiosidade, mas nunca se permitira tentar: hidroginástica.

A primeira meia-hora de aula daquele primeiro dia não foi fácil, os músculos pareciam um tanto quanto travados, todavia, ela não desistiu e no fim ganhou não somente a satisfação de ter terminado as duas atividades propostas bem como elogios genuínos de uma das instrutoras:

— Olha, se continuar assim, acho que perderei meu posto de instrutora daqui algumas poucas aulas. — Mia Hwang disse em tom risonho, quando ambas se dirigiriam para o vestiário.

Victoria gostou do elogio e agradeceu, dizendo que ia continuar se esforçando, mas que a outra não precisava temer o posto. Com sorrisos cordiais e acenos, despediram-se, combinando de se encontrarem de novo dali dois dias.

A Lee ainda não sabia, mas iria ver aquela coreana-americana muito mais vezes, e não somente nas aulas de hidroginástica.

 

AO chegar à casa dos pais, Sooyun viu-se em meio ao caos; o senhor Park estava soltando impropérios direcionados ao Im, reclamando sobre como eles obviamente estavam defendendo e até escondendo o filho, no intento de fazê-lo escapar da responsabilidade de assumir a criança.

— Desculpe, querida. — a senhora Daeyon murmurou ao ver a expressão de choque da filha. — Eu tive que contar ao seu pai sobre o bebê.

— Omma...

— Você errou em não ter me deixado saber sobre essa gravidez antes, Park Sooyun. — o senhor Changho disse com dureza. — Mas nós iremos conversar sobre isso depois. Agora, a prioridade é saber onde o Im Jaebum está. Você tem alguma ideia sobre isso?

— Jaebum?

— Sim, minha filha. Você acha mesmo que vou deixá-lo escapar da responsabilidade de assumir essa criança? Ele terá que voltar de onde quer que esteja e se casar com você, nem que para isso eu tenha que amarrá-lo.

Sooyun tremeu. Nunca tinha visto o pai tão nervoso daquele jeito. Não ousou duvidar de que ele seria mesmo capaz de pegar Jaebum e obrigá-lo a firmar um compromisso que claramente tinha desistido.

— Não, papai. Não faça isso. Por favor.

— Ele te abandou poucos dias antes do casamento, grávida, e você ainda o defende?

— Eu não estou fazendo isso, appa.

— O que está fazendo, então?

— Jaebum não sabe sobre a gravidez, querido. — a senhora Daeyon comunicou. — Sooyun está esperando o momento certo para dizer, não é mesmo, querida?

— Mamãe... — murmurou chorosa, afinal, sua querida omma estava mais atrapalhando que ajudando.

O pai a encarou com severidade.

— Quando você pretende contar? Quando a criança nascer?

— Nunca.

— O quê? — os pais disseram em uníssono.

Tomando uma grande respiração, Park Sooyun falou a verdade que sacodiu a todos ali:

— Jaebum não é o pai da criança que estou gerando. Jackson Wang é.

 


Notas Finais


Que tal o capítulo de hoje? Qualquer coisa, estou disponível nas menções e nas mensagens privadas.
Lembrando que, a próxima atualização será aqui: http://fics.me/20546622
Cuidem-se muito.
E não se esqueçam, o carinho de vocês para comigo através dessa minha humilde fanfic, me enche de ânimo para continuar escrevendo. Obrigada. Amo vocês!


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