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História Depois daquela noite - Parte 68


Escrita por: AmigaDaPaz

Capítulo 68 - Parte 68


Fanfic / Fanfiction Depois daquela noite - Parte 68

 

DEPOIS DAQUELA NOITE

PARTE 68

 

OS últimos funcionários tinham acabado de sair quando Victoria recebeu a ligação.

— Você já está saindo? — era Yugyeom. — Estou no estacionamento.

— Eu ainda preciso organizar algumas coisas. — mentira, mas ela precisava fazê-lo vir até si. — Que tal me fazer companhia? Eu vou deixar a porta destravada para que você entre.

— Está bem.

Menos de dois minutos se passaram e lá estava ele. Victoria sentiu o baque dos dias sem vê-lo. Não conseguiu aguentar, então foi encontrá-lo no meio do caminho e aceitou sem cerimônias o abraço que ele ofereceu, sentindo-se instantaneamente aconchegada.

— Já passou do horário do jantar, mas eu posso preparar algo. — ofereceu quando o abraço teve uma leve ruptura.

— Desculpe. — após um rápido bocejo, ele justificou-se: — Eu deveria ter vindo mais cedo, mas eu não aguentei, tive que dormir um pouco senão eu teria desmaiado enquanto dirigia.

— Sem problemas. — ela tinha planejado seduzi-lo com comida para que tivessem algum romance ali no restaurante, porém, desistiu ao perceber que, mesmo após algumas horas de sono ele ainda parecia debilitado. — Vem. — o puxou para dentro do escritório.

Quando ambos estavam acomodados no pequeno estofado, ela questionou sobre a viagem. Ele falou sobre as longas escalas aéreas e também algumas coisas relativas ao trabalho, numa voz quase inaudível. Victoria achou bonitinho demais aquele jeito sonolento.

— Você precisa descansar. — o acariciou na parte de trás do pescoço, fazendo-o suspirar.

— Sim, eu sinto como se precisasse de pelo menos um dia inteiro para me sentir vivo de novo. — ele a olhou sentindo-se culpado. — Droga, eu devo soar muito fraco.

— Você não precisa se desculpar por isso. — ela o beijou de leve nos lábios e com as mãos nos ombros dele, conseguiu sentir a tensão dos músculos, massageando cuidadosamente, sugeriu: — Um banho quente e uma noite de sono vão te fazer sentir melhor.

— Dispenso o banho pra ficar juntinho de você porque a noona é quente o suficiente. — apoiou a cabeça no vale entre os seios e tentou desabotoar a camisa.

Arrepiada, Victoria o fez levantar a cabeça para olhá-la diretamente nos olhos.

— Você precisa estar bastante descansado para quando formos pôr em prática o que eu tenho em mente.

Ele piscou, imaginando o que poderia ser.

— Você não pode me seduzir assim, mulher.

— Não? — o beijou no queixo.

— Victoria... — sibilou desejoso.

— Vamos pra casa. — se afastou, estendendo a mão para ele.

Yugyeom sorriu malicioso.

— Eu gosto quando você me leva para sua casa.

 

MARK estava saindo do China Town, logo depois de se despedir de Jackson no ponto de táxi, quando recebeu o alerta no celular. A mensagem dizia que sua chave de acesso reserva tinha acabado de ser usada. Sorriu. A única pessoa que tinha conhecimento e permissão para usar aquela chave era Bonah. Então, não foi surpresa, cerca de quinze minutos depois, entrar ao apartamento e saber que a namorada estava lá. Todavia, ele não estava totalmente preparado para a forma como ela o estava esperando no quarto.

De pé, em frente à penteadeira, Bonah amarrava os cabelos num rabo de cavalo alto.

— Olá. — ela sorriu parecendo muito feliz em vê-lo, agitando os quadris numa espécie de dancinha vitoriosa, que teria sido fofa, caso não fosse tão benditamente sexy. — Surpresa!

Oh my! Mark não conseguiu dizer nada, apenas a varreu inteira com o olhar, gostando muito do conjunto vermelho de calcinha e sutiã de renda. As sandálias pretas de salto também compunham a escassa vestimenta de forma bastante provocativa e sensual.

— Nem bebi tanto assim, mas estou me sentindo tonto. — ele falou, se aproximando.

Ela riu do que ele disse.

— Não tenha pensamentos proibidos, senhor Tuan. — o advertiu num tom teatral de quem pede decência. — Eu apenas estou te mostrando uma das minhas compras de hoje.

— Você não pode apenas me mostrar esse tipo de coisa, senhorita Choi. — ele a enlaçou pela cintura. — E fique sabendo que vou querer ver mais das suas compras. — dedilhou por cima de um dos bojos do sutiã.

— Só trouxe esse conjunto. — ela informou, abraçando-o pelos ombros. — O resto eu deixei guardado para outra ocasião.

— Mal posso esperar.

— Vou fazer valer a pena.

Mark não duvidava daquilo.

— Agora fiquei curioso. — se afastou e a olhou dos pés a cabeça, admirando-a sem qualquer hesitação. — Será que você usa esse tipo de lingerie por baixo das roupas de trabalho?

Bonah adorou a forma como ele perguntou aquilo, como se quisesse despi-la com o olhar.

— Hmm... Que tal você tentar descobrir amanhã? — o provocou. — Talvez eu use uma das outras coisas que comprei.

— É? — ele a puxou mais para perto. — Por que estamos falando sobre amanhã quando temos o hoje, o agora, para aproveitarmos?

Bonah não foi capaz de esboçar qualquer resposta atrevida que pudesse alongar a conversa impertinente porque Mark tomou-lhe nos braços de maneira firme, segurando-a pela cintura e capturou os lábios num beijo que pareceu infinito.

 

— OMMA, obrigada por ter vindo. — Sooyun agradeceu quando a senhora Byun DaeYon a encontrou na entrada do hipermercado.

Apesar de os planos iniciais terem sido muito mais empolgantes porque envolviam Im Jaebum ali para carregar as compras e também pagar por elas, a Park gostava da perspectiva de passar um tempo com a mãe.

— Não precisa me agradecer. — sorriu daquele modo afável que só uma mãe carinhosa sabe sorrir. — Eu vou adorar acompanhá-la nessas compras. Isso é tão importante para mim! Minha filha está comprando suprimentos para a nova casa em que vai morar com o marido.

Sooyun riu.

— Falando assim, soa como se a senhora estivesse pedindo aos céus para que eu saísse da sua casa e fosse logo para a minha.

— Na verdade eu pedi aos céus para que você fosse feliz em seu relacionamento com Im Jaebum e agora eu sei que isso é uma realidade porque vocês vão ter um bebê!

O sorriso de Sooyun se desfez.

— O que houve querida? — a genitora preocupou-se. — É algo com o meu neto? — pôs a mão no estômago da filha. — Você precisa ir ao médico? Vamos, as compras podem ficar para depois. — tentou puxar Sooyun rumo à saída.

— Por favor, acalme-se, mamãe. — pediu envergonhada, olhando para os lados, percebendo que alguns clientes e funcionários do estabelecimento olhavam-nas com genuíno interesse. — Não há nada de errado. É apenas uma mudança de humor normal. Não é? Quero dizer, é claro que eu estou feliz pelo bebê e sei que o Jaebum também vai ficar quando souber, mas ainda assim eu tenho medo.

— Como assim quando ele souber? — a senhora DaeYon estranhou. — Você ainda não contou a ele? — e, com as mãos na cintura, numa típica postura de advertência, questionou aborrecida: — O que vocês andaram fazendo nos últimos dias senão conversar sobre o futuro do filho de vocês?

— Omma. — Sooyun gemeu embaraçada. — Podemos conversar sobre isso depois? Ainda nem pegamos uma cesta para as compras. Olha. — apontou adiante. — Vamos pegar duas daquelas. — adiantou-se e pegou uma das cestas. — Preciso de verduras, legumes e frutas. A senhora pode escolher para mim? — se afastou indo para o corredor mais próximo. — Preciso passar no setor de higiene. Podemos nos encontrar no açougue daqui alguns minutos. — tentou sorrir, dando tchau. — Até daqui a pouco.

— Park Sooyun! — a mulher quase gritou, não se importando com quem estivesse por ali e pudesse ouvir. Na verdade, desde que soubera da gravidez da filha, sentia vontade de gritar para o mundo que iria ser avó. — Você não pode sair correndo assim. Precisa ser mais cuidadosa com você e com o meu netinho que está gerando aí! — sorriu largamente, aceitando os cumprimentos de outra senhora, que deu graças aos céus pela benção.

Os gritos de advertência da mulher apenas impulsionaram a filha a correr mais depressa, não somente da vergonha de ter a mãe gritando consigo dentro de um supermercado lotado, mas de si mesma e da mentira que crescia quase equiparando-se ao pequeno ser em formação dentro de seu ventre.

 

— EU vou sentir sua falta. — Lee Dabin disse um tanto chorosa, abraçando a amiga.

Aigoo. — Bong Hyemi riu, mas apreciou demais a maneira como estava sendo tratada. — Até parece que eu vou passar uma vida inteira lá.

— Vai que você encontre o amor da sua vida por lá e decida permanecer? Pode acontecer...

Do Kyungsoo revirou os olhos e interveio:

— Você está assistindo novelas demais, Danbi-ssi.

— E você está assistindo de menos. — a garota deu língua para o amigo.

Hyemi riu dos dois. Eles eram graciosos, cada um a sua maneira e ela os queria bem apenas por ser quem eram e por se importarem tanto consigo ao ponto de virem se despedir no aeroporto, coisa que nem a própria mãe fez. Doía. Mas Hyemi não estava disposta a se entregar àquela mágoa. Muito pelo contrário, estava decidida a fazer com que as próximas horas fossem as mais tranquilas e contemplativas possíveis. Apenas o início do tour que tanto desejou e trabalhou para conseguir.

— Cuidado com o que você vai comer e beber por lá, hm. — Kyungsoo advertiu. — Eu sei que tem umas coisas bem exóticas que podem causar efeitos colaterais indesejados.

— Eu vou me cuidar. — ela prometeu. — Vocês se cuidem também. — se afastou quando soou a chamada de embarque. — Até mais! — despediu-se, e rumou para o começo da viagem que teria um impacto importante, nos próximos dias e, certamente, anos vindouros de sua vida.

 

YUGYEOM estava sentando no chão, encostado à cama, brincando com Gyeombriel quando Victoria saiu do banheiro. A mulher sorriu porque era fofo e parecia muito familiar, seguro e certo ter o namorado interagindo daquela forma com o animado cachorrinho.

— Meninos, já está tarde. Vocês deveriam estar dormindo. — ela os advertiu rindo.

— Eu estava quase pegando no sono quando ele apareceu todo se sacodindo, tentando subir na cama. — o Kim riu. — Ele é sempre tão animado assim? — continuou rindo da maneira eufórica como o cachorrinho corria para perto de Victoria e depois voltava para perto de si, tentando lhe alcançar o rosto.

— Nem sempre. Acho que agora ele está muito feliz por você estar aqui.

— Verdade, bonitinho? — ele pegou o animalzinho e o suspendeu. — Você gosta tanto de mim?

Victoria sorriu ouvindo a risada de Yugyeom, tentando escapar das lambidas que o pequeno cachorro tentava dar no rosto.

Enquanto a Lee terminava de se enxugar e vestir a calcinha e camisola, o Kim conseguiu acalmar os ânimos do cachorrinho, levando-o para fora do quarto. Ela estava sentada na beira no colchão, passando creme nas pernas quando ele voltou, acomodando-se ao lado.

— A noona realmente não quer que eu durma, hm? — Yugyeom a beijou num dos ombros. — Fica me provocando com essa roupinha sexy.

Ela riu.

— Não estou fazendo nada disso.

— Talvez não propositalmente. — ele rebateu, remexendo-se até estar com as costas apoiadas no encosto da cama, os tornozelos dobrados, numa postura bastante confortável.

Victoria imaginou se ele poderia ficar confortável daquela forma num dos quartos do hotel fazenda de Junmyeon.

— Uma vez você me perguntou se era o único Kim que eu conheço. — ela introduziu com cautela, terminando de hidratar as pernas.

— Na hora eu não te disse, mas eu fiquei um pouco chateado por não ser o único.

Ela riu e foi guardar o cosmético no banheiro e na volta, sentou-se na cama, de frente para o namorado, pondo um dos travesseiros em cima das pernas para cobrir a nudez parcial.

— Um dos Kim que eu conheço fará aniversário no início da última semana do mês. Ele também irá inaugurar um novo empreendimento. Um hotel fazenda.

— Parece bom.

— Fica em Jeju.

— A ilha?

— Sim. Eu fui convidada para passar alguns dias lá. — ela deixou a informação no ar por alguns instantes antes de completar: — Com direito a um acompanhante.

— Hmm. — Yugyeom entendeu perfeitamente. — Quando mesmo?

— Final desse mês. Uns três ou quatro dias. Penso que um final de semana pode ser bom.

— Eu posso negociar lá na empresa. — ele deu esperança. — Eu tenho direito a alguns dias de folga, que ainda não usei.

— Ótimo. — ela sorriu. — Por favor, me avise se isso der certo para eu poder confirmar nossas presenças e reservar nossos lugares.

— Por falar em lugares... — Yugyeom sorriu um tanto lascivo. — Tenho espaço para você aqui. — bateu com a mão no lado direito do colchão bem ao lado de onde estava acomodado. — Ou aqui. — abriu os braços.

Rindo, Victoria se aproximou e se aconchegou nos braços do namorado.

 

MARK ficou alguns instantes parado, sustentando o peso do próprio corpo por cima de Bonah. Olhando-a, concluiu que a perfeição era aquilo: os dois juntos. Sorriu. Beijou-a na ponta do nariz, fazendo-a rir.

— Faz cócegas. — ela disse.

— Você tem uma risada realmente gostosa, mas em momentos assim eu prefiro seus gemidos. — dito isto, remexeu-se até que o membro estivesse abrigado no calor úmido e quente. — Vamos. Eu quero ouvir você.

— Mexa-se. — Bonah arqueou os próprios quadris, incentivando-o a fazer igual e quando ele obedeceu, ela também fez o que ele havia pedido. Gemeu o nome dele do modo baixo, ao mesmo tempo em que o segurava pelos ombros e pelos cabelos. — Eu adoro quando você me beija. Faça isso agora. — capturou os lábios masculinos num beijo que parecia imitar o ritmo intenso das estocadas dos quadris.

Em dado momento, o Tuan também estava gemendo. Dizendo repetidas vezes o nome daquela mulher tão deliciosa e amada.

A noite foi bastante longa.

 

DIFERENTEMENTE do que tinha planejado Im Jaebum não pôde ficar o dia inteiro com Park Sooyun. Uma reunião de emergência no trabalho o fez voltar para a capital e cerca de quase três horas depois ele desistiu de voltar para Goyang. Passada a hora do almoço, teve algum tempo de descanso antes de analisar os balancetes do mês. O corpo precisava de repouso, mas a mente perturbava. Precisava saber quem era Jackson Wang.

Lembrou-se do que Kim Yugyeom havia dito e sobre o que tinha lido no e-mail detalhado de Yoon Dohyun a respeito da reunião com Mark Tuan. Atentou-se ao fato de a Yoon and Im Investiments não ser a única empresa asiática a querer fazer parceria comercial com a empresa nova-iorquina. Outros interessados incluíam um escritório de advocacia situado no Japão e a Wang and Wu Associatos, cujos maiores acionistas eram Wu Yifan e Wang Jia Er. Este último nome, sendo trocado ocidentalmente por Jackson Wang.

Uma rápida busca na internet possibilitou que o Im pudesse ler informações comerciais e acadêmicas do chinês. Ao que tudo indicava, o homem era bastante profissional em suas negociações, tinha bom tino comercial além de ser inteligente e associável, a contar pela quantidade significativa de pessoas ricas e famosas que faziam parte do seu círculo de amizade desde a Ásia, passando pela Europa e as Américas. Todavia, o laço de amizade que mais deteve a atenção de Jaebum foi um dos mais antigos, dos tempos da escola. Jackson tinha feito o final do ensino médio inteiro ali em Seul, na mesma escola e nas mesmas classes que Park Jinyoung! Eles até foram para a universidade juntos, apesar dos cursos distintos.

Vasculhando a própria memória, o Im foi capaz de lembrar que, quando ele próprio tinha sido um calouro na universidade, junto com Sooyun, eles haviam sido apresentados a Lin Wang, namorada de Jinyoung, que era prima de Jackson.

Numa virada absurda do destino, se Lin e Jinyoung tivessem se casado como pretendiam naquela época, todos fariam parte da mesma família, pois possuíam vários graus de parentescos entre si. A cabeça de Jaebum começou a latejar quando pensou que, o drama familiar poderia ter sido bem maior do que foi quando esteve com Choi Bonah e Jackson Wang soube. Nada lhe tirava da cabeça que foi ele quem contou para Sooyun sobre a traição.

— Eu gostaria muito de conversar contigo sobre isso. — ele disse olhando para uma imagem em miniatura de um perfil profissional do jovem e proeminente empresário honconguês.

Voltando novamente para a questão comercial, pesquisou sobre a possível ligação entre o Wang e o presidente da Tuan Imóveis de Nova York. E outra vez, para sua surpresa, descobriu que eles também eram amigos. Seus avós e tios paternos tinham sido parceiros comerciais anos antes de eles nascerem, porém, as crises financeiras causaram uma ruptura, que agora os herdeiros pareciam buscar reestabelecer.

— O que é isso? — Jaebum exasperou-se. — Desde quando o mundo é tão pequeno? Parece que estamos todos no mesmo círculo!

 


Notas Finais


Por favor, deem um pouquinho de amor para a minha nova oneshot do Youngjae:
https://www.spiritfanfiction.com/historia/inevitavel-18903803


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