História Desejo Incerto - TAEKOOK - Meus Sentimentos Mais Sinceros

merecer

1. estar, por suas qualidades ou conduta, no direito de obter (algo bom).

...

Jimin suspirou pesado, os olhos castanhos fixos na porta do estúdio de Yoongi.

Ele sabia a senha — na verdade, era o único que sabia —, mas não queria sair entrando, então tomando coragem bateu, incapaz de ouvir uma resposta devido as paredes grossas que incapacitavam qualquer um do lado de fora de ouvir oque saia de dentro da mesma, ele esperou, até finalmente Yoongi aparecer, os cabelos azuis desbotando já se tornando platinados. E Jimin precisava admitir, ele ficava lindo assim.

— Entre – Yoongi murmurou, os olhos fixos no rosto do Park, procurando indícios do que se passava em sua mente.

Jimin se curvou em agradecimento e entrou, deixando de lado as formalidades e continuando com os chinelos nos pés. Imaginava que sairia dali rapidamente de qualquer forma. 

— Por que me chamou Hyung? – disse se encostando na parede, observando Yoongi se sentar em sua cadeira de trabalho, os computadores estavam ligados, assim como a televisão pregada a parede logo atrás de si, a escrita "SUGA" grande e brilhante na tela.

— Eu terminei – ele disse e Jimin franziu o cenho, confuso. — a música que estava fazendo para você.

— Qual delas? – Jimin se aproximou, incerto se deveria manter aquela distância com o mais velho, ele sabia que não era recíproco, mas não podia controlar seu próprio corpo, iria passar um dia, ele havia se convencido disso, mas até lá teria que lidar com o fato de que seus pelos sempre se arrepiavam quando Yoongi o olhava daquela maneira.

— Aqui – Yoongi girou na cadeira e abriu uma pasta, onde mais quatro faixas inacabadas se encontravam anexadas. Todas eram para Jimin, solos, mas Yoongi não estava pronto para entregá-las a ele, achava que não estavam boas o suficiente, faltava algo, emoção... Sentimentos. E Jimin merecia os mais sinceros que ele era capaz de lhe entregar. —, eu tenho certeza que ficara perfeita na sua voz, é só uma base mas acho que vai gostar – disse envergonhado depois de dar um play na canção, sua própria voz ecoando no estúdio antes silencioso.

Jimin não disse nada. Ficou calado ouvindo a voz grave de Yoongi preencher cada nota que os instrumentos de base lhe davam. O som de piano se misturando ao do baixo e então as notas do teclado aumentando no segundo verso, de forma que a antes música calma se tornasse cheia de emoção e paixão, como se as palavras que Yoongi cantava explodisse junto com o ressoar de cada instrumento presente.

A antes sala silenciosa foi tomada pelo ressoar de cada nota do piano presente, se unindo ao baixo e se intensificando a cada vez que a voz rouca de Yoongi pronunciava o seguinte refrão.

Jimin prendeu o ar ao ouvir o mesmo iniciar um rap, algo que ele fazia muito bem e conforme continuava a soltar as palavras os instrumentos de base se fundiam a música, tornando-a cada vez mais viva.

Antes calma a música foi se  tornando mais poderosa e cheia de emoção, os sons de cada instrumento se misturando com perfeição a voz grave de Yoongi, tornando tudo cada vez mais magnifico.

Jimin sentia a emoção e a sinceridade em cada palavra que ecoava da caixa de som, seus pelos já arrepiados permeneciam de pé quando o refrão foi repetido e aos poucos a música foi diminuindo, ficando apenas o som do piano que aos poucos foi se esvaindo dando  lugar ao silêncio novamente.

— Ela é linda Yoon... – Jimin disse, ouvindo sua voz soar mais baixa devido ao suspiro que a seguiu logo em seguida. Ele não sabia oque dizer, havia entendido oque cada palavra na música significava e se sentia extasiado.

A cada verso que Yoongi cantava era como se houvesse uma explosão instrumental no fundo, servindo de base para intensificar oque ele dizia. E Jimin conseguia sentir a emoção e sinceridade que ele queria lhe passar, oque a música dizia, parecia uma conversa entre duas pessoas, ao mesmo tempo em que parecia um conflito interno entre seus pensamentos. Jimin só não sabia se isso era sobre ele, os dois ou sobre como o Min acreditava que sua mente se encontrava. Porque se fosse isso ele estava completamente certo e isso apavorava Jimin de forma avassaladora, a ideia de que Yoongi era capaz de lê-lo tão bem lhe causava medo e ainda mais paixão.

Eram sentimentos que Jimin não podia negar.

Jimin não queria deixar de amar Yoongi, e Yoongi não queria que o mesmo parasse de amá-lo.

Talvez Seokjin estivesse certo, ele teria que ser paciente, ainda mais que Yoongi era normalmente, ele teria que esperar mesmo com as chances de no fim não conseguir oque desejava.

Min Yoongi.

— Ficará ainda mais linda com a sua voz – Yoongi respondeu sorrindo, as bochechas levemente coradas.

O mais velho se levantou tornando o espaço estre seus corpos ainda menor, fazendo Jimin recuar um passo.

— E então? – perguntou se aproximando mais uma vez e Jimin recuou batendo a cintura no teclado no canto da sala. — Vamos gravar?

Jimin abriu um sorriso grande fazendo seus olhos se fecharem e formarem uma linha fina, atitude que Yoongi achava adorável.

— Com certeza! – disse levantando os polegares fazendo Yoongi sorrir gengival, graças a animação do rapaz.

Yoongi se sentou na cadeira e ajeitou o computador para começar a gravação, estendendo os fones de ouvido e o microfone a Jimin, que o encaixou na haste a sua frente e depois pegou um papel que Yoongi lhe estendeu, com a letra da música.

Passou os olhos rapidamente pela letra e sorriu de canto, aquilo definitivamente era de Yoongi para ele.

E Jimin não se importava, sabia que Yoongi havia colocado ali seus sentimentos mais sinceros, e sabia que ele negaria se lhe perguntasse. Essa era a forma do Min lhe dizer como se sentia e ele era bom em compreender cada letra presente na canção. Se esta era a forma de Yoongi afirmar que talvez, só talvez , em um futuro incerto ele tivesse alguma chance, então Jimin iria esperar.

O peito de Yoongi se encheu quando Jimin começou a cantar, a voz melodiosa tomando conta de cada espaço em seu coração, preenchendo-o de forma que mais ninguém era capaz de fazer.

Ele não iria se obrigar a nada, já havia decidido isso, deixaria as coisas seguirem seu rumo, ele queria dar a Jimin tudo que o mesmo quisesse, mas era incapaz de retribuir o seu afeto da mesma maneira no presente momento.

Esperava que Jimin pudesse entender oque ele pretendia transmitir com aquela  composição. Ela tinha um duplo sentido, mas tinha esperanças de que Jimin seria capaz de compreende-la da maneira correta.

Não podia retribuir o amor de Jimin, era incapaz de amá-lo na  intensidade que o Park merecia e não aceitaria lhe dar menos do que seus mais sinceros sentimentos, e enquanto eles não nasciam, só esperava que Jimin não abandonasse o amor que havia entregado a ele.

Era egoísmo, Yoongi sabia disso, mas ainda assim queria que Jimin cultivasse ainda mais daquele sentimento. Aos seus olhos era errado tocar no mesmo da forma que ele desejava que Yoongi fizesse, ele não podia, porque não se sentia suficiente para amar Jimin, adorava o Park de forma tão honesta que  acreditava que mesmo que desse 100% de si ainda seria insuficiente para preenche-lo de forma devida.

Porque para Yoongi, Jimin era uma pessoa grande demais, rara. Merecia o mundo todo mas o mundo não o merecia. Yoongi não se sentia digno do mesmo, era uma pessoa pequena demais para preencher a grandeza que Jimin exigia — mesmo sem reconhecer — e desta forma aceitou que o sentimento de admiração e carinho se sobrepusessem a paixão latente, tomando conta do que poderia nascer.

Era mais seguro. Mais consistente.

E Yoongi detestava coisas inconsistentes, incertezas o irritavam e o atormentavam. Ele queria algo sólido e no momento não poderia ter nada do tipo com Jimin.

Talvez nunca tivesse, ele não sabia, mas não queria começar algo que poderia acabar de forma desastrosa.

Diferente de Jimin, Yoongi deixava sua mente controlá-lo e não o coração.

Mas nunca saberemos qual a melhor opção para os dois.

...

Jimin suspirou e aceitou a garrafa de água que Yoongi lhe estendeu, o suor escorrendo por sua testa.

Por mais que não estivesse dançando, cantar seguidas vezes ainda era cansativo e ele quase podia sentir suas cordas vocais vibrar e queimar de cansaço.

— Esta perfeito – Yoongi disse pela décima quinta vez e Jimin negou novamente, sempre encontrando alguma falha em sua magnífica voz. —, não vejo como pode ficar melhor Jimin, sua voz é linda.

— Você sempre diz isso – Jimin fez um bico se sentando irritado. — mas se eu não exigisse tanto de mim não teria a voz que tenho hoje – falou convicto e Yoongi não negou.

De fato todos os esforços que Jimin tinha lhe deram resultados com o tempo, ele sempre melhorava, mesmo quando parecia que não tinha como ficar melhor, então Yoongi apenas meneou a cabeça e clicou para iniciar uma nova gravação.

— Será a última – alertou o rapaz que já se colocara de pé.

Jimin concordou e abriu a boca, voltando a cantar.

Depois que terminou, apoiando o queixo nas mãos, sentado ao lado de Yoongi os ombros encostados um no outro, contato este que não lhes passou despercebido, mas ambos não queriam se afastar.

Estavam ouvindo a gravação quando Jimin franziu o nariz, outra mania que Yoongi achava adorável.

— Ainda acho que você deveria fazer o rap.

— A música é sua – Yoongi negou novamente.

— Não sou rapper – Jimin se jogou na cadeira frustado com sua falta de habilidade para demonstrar as mesmas emoções que Yoongi havia feito no rascunho da música.

— Mas se saiu bem – Yoongi o defendeu, detestava quando Jimin se diminuía, ele era melhor do que era capaz de enxergar.

Jimin apoiou o rosto nas mãos e olhou para Yoongi, as bochechas amassadas e um bico nos lábios tornando-o ainda mais lindo aos olhos do Min que manteve a postura neutra. Se reagisse a cada atitude fofa que Jimin fazia mesmo sem notar seria um caos.

— Faça o rap Yoon... – Jimin pediu manhoso, amolecendo o coração do mais velho. — torne essa música nossa, já é afinal.

— É a sua música – Yoongi negou novamente e Jimin arrastou as rodinhas da cadeira para mais perto do mesmo, deixando seus rostos mais próximos que o permitido.

— Nossa – ele repetiu, mimado.

Yoongi olhou rapidamente para os lábios grossos de Jimin e se repreendeu pela cena que se passou em sua cabeça, se lembrando que se sentiria arrependido novamente se fizesse oque queria naquele momento.

E a última coisa que Yoongi queria fazer era beijar Jimin e se sentir péssimo depois como se fosse um erro, não queria que fosse, mas enquanto ele não era capaz de sentir o mesmo que Jimin jamais iria tocá-lo.

Porque não era correto deixar que os sentimentos de Jimin se intensificasse enquanto os dele não haviam nem nascido.

Yoongi se afastou sutilmente, tomando cuidado para que Jimin não se magoasse com o ato, não queria rejeitá-lo, mas era melhor do que lhe dar falsas esperanças.

— Vamos fazer duas versões – disse se rendendo e Jimin sorriu.

Ficaram mais uma hora ali gravando e depois editando a música, era como se fossem lançá-la naquele momento, queriam terminá-la logo, mesmo que não fizessem ideia de quando ela seria levada ao público.

Se fosse publicada, a música era de Jimin afinal.

Terminados, espreguiçaram-se e não disseram nada, o silêncio não era mais perturbador. Segundos depois o celular de Jimin vibrou e o mesmo abriu um sorriso de canto.

— Quem é? – Yoongi perguntou.

— Taehyung – disse se levantando. — acabou de chegar do jantar com seus pais, parece que eles reagiram bem ao namoro.

Yoongi sorriu contente. Ele apreciava a relação que Taehyung e Jungkook haviam desenvolvido, eles mesmo em meio a tantos conflitos não hesitaram em fazer oque queriam, isso era sinônimo de coragem.

Não que Yoongi não fosse corajoso, ele só era mais preservado.

Se levantou e saiu do estúdio com Jimin logo atrás de si, o mais novo reclamando de fome. Trancou a sala e colocou a senha, sem se importar por Jimin estar logo ao seu lado, ele já sabia mesmo.

— O que você quer comer? – perguntou abrindo a porta do carro para Jimin, que entrou e se concentrou em colocar o cinto.

Deu a volta e entrou ficando no volante, concentrado em dar ré e sair do estacionamento, os vidros escuros levantados, sempre haviam pessoas com câmeras do lado de fora, só esperando para dar o bote.

Estava chovendo forte, talvez por isso o local estava vazio, deixando Yoongi mais tranquilo. Ele odiava ter sua privacidade invadida, era uma celebridade sabia disso, mas também sabia que existiam limites e não custava nada que respeitassem os seus.

— Queria que cozinhasse de novo – Jimin falou, as mãos clicando em vários botões do carro, estava colocando alguma música para tocar.

— Estou cansado Jimin – ele respondeu, não gostava de negar as coisas a Jimin mas seu corpo já tinha atingido o limite.

— Então quero pizza – o Park respondeu tranquilo, também estava cansado.

— Mande mensagem aos outros, diga que vamos levar a comida – Jimin concordou e depois de colocar o solo de Taehyung para tocar abriu as mensagens.

Desceram do carro e entraram na pizzaria quase vazia, o vendedor sorriu para Jimin sem reconhece-lo e lhe estendeu o cardápio onde Jimin esperou por Yoongi para que escolhessem juntos os sabores.

Ele entrou correndo, fugindo da chuva e tirou o chapéu e a máscara apontando para um dos sabores que Jimin lhe mostrou.

— Jungkook e Seokjin gostam desse – falou pegando a carteira no casaco.

— Qual você prefere? – Jimin insistiu, afinal levariam três sabores.

— Eu como todos – ele deu de ombros.

— Esse é seu favorito né? – Jimin apontou para o sabor numero doze e Yoongi concordou. — Vamos levar ele então. – e sorriu para o vendedor que anotou os três sabores e saiu.

Jimin foi até o frigobar e pegou duas garrafas de refrigerante.

— Tem cerveja em casa? – falou encarando a geladeira ao seu lado, repleta de garrafas de cerveja.

— Acho que sim – Yoongi o olhou sério. — mas é melhor você não beber nada hoje, não quero ter que lidar com suas dores de cabeça amanhã – disse pegando os refrigerantes e levando-os até o balcão.

— Você fala como se fosse você que ficasse comigo, é Taehyung quem cuida de mim.

— Quando esta bêbado é ele mesmo, mas quando acorda com ressaca e tem sopa pronta com café puro na cama sou eu quem sempre leva – murmurou e Jimin arregalou os olhos, surpreso com a revelação.

Ele sabia que Taehyung não cozinhava, então achava que isso era coisa de Seokjin ou Jungkook, mas não que era Yoongi, afinal o mesmo nunca se gabava para ele, sempre sútil. Enquanto em todas as manhãs seguintes a uma boa noite de bebidas Taehyung gritava em seu ouvido como teve de lidar com o melhor amigo.

Jimin deixou as garrafas de cerveja no lugar e se colocou ao lado de Yoongi que passava o cartão, pagando a conta sem ao menos perguntar se Jimin queria dividir as despesas.

Ele sempre fazia isso.

Agradeceram e saíram correndo até o carro, as pizzas quentes roncando-lhe o estômago, o cheiro forte de queijo preenchendo o carro que mantinha os vidros fechados devido a chuva forte que se arrastava do lado de fora.

...

Jimin colocava os pratos e copos na lava louça enquanto observava de longe Taehyung agarrado a Jungkook no sofá, os dois cochichavam algo e sorriam um para o outro, presos em seu mundinho.

Estava chocado em como eles aguentaram comer uma fatia de cada sabor de pizza mesmo depois de voltarem de um jantar. Contaram a todos como tinha sido e Jungkook estava claramente mais leve, animado com a próxima folga que eles teriam e então poderiam visitar os pais de Jeon, para falar do namoro.

Jimin estava feliz por eles, e desejava que os pais de Jungkook o apoiassem da mesma forma que os Kim estavam fazendo, ele precisava disso, era muito inseguro.

Jimin já havia pensado sobre isso também, em como seus pais reagiriam se Yoongi resolvesse lhe dar uma chance e já tinha conversado com eles, sem dar muitos detalhes claro, mas dizendo que talvez houvesse a hipótese de ele gostar de outro garoto. Sua mãe ficou receosa no inicio e conversou com seu pai, levou algumas semanas para os dois fazerem uma chamada de video e terem uma conversa longa com Jimin, mais preocupados com os ataques que o filho poderia sofrer por se envolver com alguém do que com o fato de esse alguem ser um rapaz.

Jimin lhes assegurou que não havia ninguém, que estava sozinho, e que era apenas um desabafo sobre um futuro. Seus pais disseram que oque o fizesse bem eles iriam concordar e ajudá-lo. Não usaram a palavra aceitação, mas não ser contra já era um grande caminho andado.

Notou quando Taehyung sussurrou algo para Jungkook, mordendo sua orelha de leve, fazendo o maknae corar e olhar em volta, o mesmo sorriu e se levantou seguindo Taehyung até o quarto.

Jimin sorriu contido, sabia que eles não iriam dormir.

Seu coração deu um pulo quando sentiu dedos longos segurar sua cintura de leve e Yoongi se inclinou sobre ele, apenas para pegar a bacia na pia atrás de si. O cheiro amadeirado de seu perfume se embaralhando nas roupas de Jimin, deixando-o zonzo.

Yoongi se afastou e guardou as fatias de pizza que sobraram, colocando-as na geladeira.

— Não esta cansado? – perguntou ao sentir o olhar de Jimin sobre si.

— Mais ou menos.

— Quer ficar na sala? Podemos ver um filme.

Jimin mordeu os lábios e concordou pegando um copo de água e se sentando ao lado de Yoongi que ligou o Netflix e começou a buscar por algum filme entre os destaques.

— Esse parece bom – disse apontando para uma comédia romântica, se virando para deitar a cabeça no apoio do sofá.

Yoongi segurou sua mão e o puxou para perto de si, o coração de Jimin se acelerou novamente e sem recusar se aproximou de Yoongi se deitando contra ele, as costas apoiadas em seu peito, a cabeça deitada um pouco abaixo de seu ombro.

Yoongi gostava do cheiro do shampoo de Jimin, e gostava como seu corpo se encaixava bem em seus braços, que circulavam a cintura do Park que se encontrava entre as pernas do Min.

Não era uma atitude normal entre eles, todo esse contato, mas Yoongi queria acabar com a expressão triste que surgiu em Jimin quando o viu olhando para os taekook.

Ele desejava o mesmo, talvez, e mesmo que fosse incapaz de lhe dar os beijos e cochichos cheios de confissões amorosas, era capaz de lhe dar carinho pelo menos um pouco.

Ficaram ali, em silêncio, sentindo o corpo quente um do outro, fingindo concentração no filme quando na verdade suas mentes estavam cheias de idéias e desejos que nenhum dos dois se atrevia a tornar real.