História Destiny - Sensações

Lauren POV

Depois que a Bruna saiu do meu apartamento fiquei ainda um tempo dentro do escritório organizando alguns papéis ou tentando pelo menos. Aquele furacão loiro de olhos mel conseguia tirar minha cabeça do lugar quando começava com essa palhaçada. Bufei frustrada quando percebi que estava misturando os papéis da empresa com os papéis da oficina, perdi totalmente a concentração e já que não adiantaria mais nada ficar ali me forçando a fazer algo resolvi tomar um banho relaxante. Fiquei tão irritada mais cedo que não tinha comido nada ainda. É uma droga mesmo, tava tudo calmo demais pra ser verdade.

Liguei o chuveiro e deixei a água morna escorrer pelo meu corpo, senti meus músculos relaxando quase que instantaneamente. Olhei pro meu amiguinho e me lembrei de Vero falando que eu preciso botar o Laurenzo numa caverna ou vou enlouquecer, me peguei rindo sozinha. Verônica é meio doida mas talvez tenha razão, o sexo com a Bruna anda meio no pólo Sul. Nas raras vezes que acontece, em quase todas eu preciso pensar em filme pornô pra gozar e quando não é assim ela enche o saco falando que eu demoro demais. É horrível. Temos nos evitado, pra falar a verdade. No começo era tudo ótimo...

FlashBack on

Por Deus, essa mulher quer me enlouquecer, só pode! Bruna é uma mulher linda. Loira, tem a minha altura, curvas acentuadas, seios médios e olhos cor de mel. Quando nos conhecemos a conexão foi imediata, jurei que não ia apressar as coisas mas aqui estamos nós no quarto do Hotel que eu estou hospedada e ela está sentada no meu colo apertando o meu membro por cima da calça. Não sei quando começamos, só sei que ela está sem sutiã e eu só de calça, ainda.

Um gemido escapou da minha garganta quando ela desabotoou minha calça e infiltrou a mão na minha cueca colocando meu membro pra fora. Rompi o beijo pra respirar um pouco.

- Tão dura Lauren... – falava arrastado enquanto lambia o meu pescoço. Minhas mãos automaticamente foram pra sua cintura apertando com força. – Pega a camisinha, preciso de você dentro de mim. – parou de chupar o meu pescoço fazendo uma trilha de volta pra minha boca e mordiscou meu lábio inferior. Rapidamente a deitei no sofá arrancando sua saia junto com a calcinha, a visão daquela boceta molhada e lisa fez o meu pau pulsar. Tirei o resto das minhas roupas e peguei a camisinha que estava dentro do bolso da calça me abaixando logo em seguida ficando na altura do seu centro.

- Cheirosa... – minha voz saiu rouca devido a excitação. Sem esperar que ela falasse mais alguma coisa abocanhei seu sexo com vontade. Que gosto maravilhoso. Estimulava seu clitóris com vontade enquanto ela se contorcia embaixo de mim e gemia coisas desconexas. Desci mais um pouco e a penetrei com a minha língua. Quente como o inferno. Bruna soltou um gemido alto.

- Isso Laurrrr... Ahhhhh! Chupa! – parei a penetração e voltei a estimular seu nervo pulsante enquanto desenrolava a camisinha e colocava no meu pau. A essa altura já estava mais grosso. – Não paraaaa Ahhhh que língua! – continuou gemendo. Quando sua lubrificação ficou do jeito que eu queria parei de chupá-la e ergui meu corpo distribuindo mordidas e pequenos chupões até chegar ao seu seio esquerdo. Chupei seu bico rijo enquanto estimulava o seio esquerdo, senti Bruna forçando minha cabeça contra o mesmo num pedido mudo para que eu não parasse. – Vamos Laur, quero você me fodendo bem aqui. – disse enquanto direcionava meu pau na sua entrada apertada, quando já estava posicionado parei de chupar seus seios e levantei meu corpo pra me enterrar de vez nela de uma só vez.

- Porra de boceta apertada do caralho AAAHHH! – disse enquanto estocava nela rápido e forte indo o mais fundo que conseguia...

Flashback Off

Esse dia foi louco. Transamos em todos os cantos daquele quarto. Balancei a cabeça negativamente quando olhei pra baixo e percebi que mesmo com a lembrança de um sexo que pra mim tinha sido maravilhoso, meu membro nem tinha se abalado. Será que o problema era eu?Desliguei o chuveiro e saí do banheiro me secando com a toalha indo em direção ao closet procurar algo pra vestir. Enquanto vestia uma cueca Box preta, ouvi o meu celular tocando em cima da cama e fui pegá-lo. Sorri quando vi o nome na tela.

Ligação On

- Você realmente não vive sem mim Iglessias... – falei dando risada. Verônica não passava mais de um dia sem me ligar pra falar suas besteiras quando não estávamos juntas.

- Ora palmito, você sabe que eu fico com saudade do Laurenzo. Falando nisso, como vai o meu brinquedinho favorito? – revirei os olhos, Verônica não tinha limites nessas brincadeiras.

- Cheia de graça a essa hora do dia só pode ter comido a Lucy a noite toda... Fala ai o que você quer, vou te por no viva voz, to fazendo algo pra comer.- disse enquanto colocava o celular na bancada procurando o que fazer. Um sanduíche de peito de peru talvez? Ótimo, fui pegando as coisas na geladeira enquanto Vero falava.

- Ah sim, claro. Você sabe que eu me garanto... enfim, aposto que você vai fazer aquele sanduíche de mato. Eca. Não sei como você consegue comer essas coisas. – O que ela chamava de sanduíche de mato era na verdade peito de peru com queijo e rúcula. Verônica diz que isso não é saudável e que eu deveria comer algo que me sustente e que deve ser por isso que o Laurenzo anda triste. Idiota.

- Ta Vero, fala logo. Eu ainda tenho umas coisas pra fazer. A Bruna e eu tivemos um péssimo começo de manha e você sabe que isso me dá uma dor de cabeça daquelas. – peguei um suco na geladeira e sentei no balcão.

- A bruxa má andou atacando novamente? Essa mulher não cansa? O tempo que ela gasta falando merda podia ta ai chupando o seu Laurenzo.. Laur, eu preciso cuidar do meu fazedor de filho, vocês estão estragando ele.- gargalhamos juntas. Vero não ia muito com a cara da Bruna e chamava ela de bruxa má sempre que podia.- Mas falando sério agora Laur, eu preciso da sua ajuda. Quero pedir a Lucy em namoro, inclusive comprei as alianças mês passado mas ainda não tive coragem então eu pensei que você como boa amiga poderia pedir a Allyson pra fazer um jantar pra dois no seu estilo de romântica perfeita.

- Que honra participar desse momento sublime depois de anos de enrolação! Céus vamos estourar champagne!  - falei num tom dramático e debochado. Lucy e Vero tem um rolo a anos, tantos que eu nem consigo contar, e eu sempre disse pra oficializar logo isso antes que outro fizesse o serviço. Então a alguns meses ela vem pensando no assunto e pretendia realizá-lo na virada de ano já que elas vão viajar. Acontece que Deus escreve certo por linhas tortas e um carinha que era afim da Lucy reapareceu do nada e dá em cima dela quando pode e quando não pode também. Lucy não da moral pra ele mas meio que aproveitou isso pra fazer Vero tomar vergonha na cara.

- Há Há Há, muito engraçada você. Cobro esse champagne quando ela aceitar. – Rimos juntas. – Me ajuda Laur, é sério!- Vero quando vem com esse tom manhoso consegue quase tudo...

- Ok Vero, eu vou falar com a Ally hoje Ok? Me manda por mensagem o dia que você quer fazer isso preu poder acertar com ela. Agora tenho que desligar, nos falamos depois e vá trabalha se não eu vou contar pra Lucy que você anda olhando pra bunda da nova estagiaria. – Vero soltou um grito de espanto.

- Nossa Laur, não precisa disso. Esse deve ser o nosso segredo de macho. Vai, te mando por mensagem... beijos.

Ligação Off

Nos despedimos e eu voltei pro escritório com um copo de suco na mão. Na mesma hora o meu celular vibrou com uma mensagem da mesma, que carrapato!

Vero [11:30] Então Laur eu quero fazer na semana que vem. Mas não sei, você vai viajar e eu queria que tivesse aqui. Sabe como eu fico com essas coisas.

Eu [11:30] Relaxa Vero, vc vai poder me ligar e eu só vou ficar 3 dias fora. Vai dar tudo certo. Vou mandar msg pra Ally.

Vero [11:31] Ok, me mantenha informada! ;*

Fechei a conversa com ela e abri uma conversa com a Allyson.

Eu [11:32] Allycat amor da minha vida!

Ally [11:32] Não vem com essa, fala o que você quer de uma vez Jauregui!

Eu [ 11:33] Calma baixinha. O que houve? – Allyson podia ser pequena mas quando ficava estressada ninguém segura.

Ally [11:34] Calma uma porra! Eu só tenho amigas que me abandonam e você é uma delas. Fica nesse namoro ridículo e esquece de vir passar um tempo comigo! – Puts, ela ta mesmo vem chateada...

Eu [11:35] Desculpa meu amor, posso te encontrar hoje? Preciso mesmo falar com você e te dar um abraço. Pode ser? No final da tarde passo no restaurante, separa aquele macarrão maravilhoso. Não quero cozinhar hoje.

Ally [11:36] Se você não vier eu coloco veneno de rato na sua comida na próxima vez! Te espero.

Eita! Allyson sabe ameaçar as pessoas mesmo. Larguei o celular na mesa e voltei a atenção pro que estava fazendo. Fiquei horas e mais horas na mesma posição analisando tudo e organizando o que precisava pra semana que vem. Eu ia viajar por alguns dias pra conversar com alguns fornecedores e visitar uma oficina do mesmo ramo que eu pretendo abrir, só que fica no Canadá. Teria que passar mais de uma semana pra fazer tudo com calma mas tem o problema Bruna não pode saber pra evitar briga e eu disse que ia viajar pra fazer uma revisão da parte administrativa do escritório de Arquitetura da familia por lá. Fiquei com medo dela encanar de querer ir comigo mas coincidiu dela ter algo pra fazer na faculdade. Nem prestei atenção quando ela falou. [...]

Depois de finalmente conseguir terminar com a papelada já era quase 17PM quando eu fui tomar um banho pra ir ao restaurante dos Hernandez. Vesti uma roupa simples já que estava um pouco de calor no dia e peguei minhas coisas e a chave do carro pra sair. Ah meu carro! Meu bebê, presente do meu avô! Ele é simplesmente louco por camaros e até tem dois na garagem. No meu aniversário desse ano ele resolveu me presentear com um Camaro SS 2016, foi o melhor dia da minha vida definitivamente. [n/a: link do carro nas notas finais]

Cheguei no restaurente e Ally me recebeu com um abraço apertado reclamando mais uma vez da minha falta de tempo. Desde que de que terminou com o Troy ela anda carente de atenção e com Bruna me torrando o saco quase não temos nos visto.

- Que saudade baixinha! Como andam as coisas por aqui? – disse enquanto me soltava dela.

- Saudades também Laur. Desculpa pelo meu ataque nas mensagens, ando bem estressada. – disse sorrindo fraco. É, ela ainda anda mal com o término. – por aqui anda tudo ótimo. Papai está pensando em passar o comando do restaurante do Clube pra mim, aliás Laur você precisa ir la qualquer dia desses...

- Nossa, sério? Que ótimo Ally. Vamos marcar essa ida. Na verdade eu vim, além de te ver pedir um favor... – Fiz a minha melhor cara de cachorro abandonado. Ally não iria negar um pedido meu mas preferi não arriscar. Ela revirou os olhos e bufou tanto que parecia um touro bravo miniatura.

- Fala Jauregui... Só não me diga que quer que eu cozinhe pra aquela cobrinha que você chama de namorada. – dessa vez fui eu quem revirou os olhos. Mais uma pra conta de não gostar da Bruna. Quando eu ia responder gritaram ela da cozinha e eu fui ao banheiro enquanto ela não voltava. Fiz o que tinha que fazer e parei distraída perto de uma das mesas quando uma coisinha pequena entrou no restaurante chamando pela Ally tão fora de si que não me viu no caminho e esbarrou nas minhas pernas.

- Ei, calma princesa! Se machucou? – ela balançou a cabeça negativamente muito rápido, parecia que ia deslocar o pescoço. Uma gracinha.

- Desculpa moça... – abaixou a cabeça fitando os pés envergonhada. Que vontade de apertar essas bochechas.

- Não tem problema – sorri levantando o rosto dela para poder olhá-la. – Você ta aqui sozinha? Cadê a sua mãe? – ela arregalou os olhos antes de me responder.

- Ai meu Deus, a Kaki vai brigar! Ela fala pra eu não sair correndo do carro, mas eu queria ver a tia Ally e a tia Ally também não ta aqui... e eu me chamo Sofia. – falou tudo de uma vez só e de repente me encarou.- porque seus olhos são tão verdes? Nossa. Parece piscina. – levantou a mãozinha na altura do meu rosto como se quisesse olhar mais fundo.

- Bom, eles são assim desde que eu nasci. Mas os seus olhos também são lindos princesa assim como o seu nome. – antes que eu pudesse continuar, uma mulher entrou e o barulho da porta chamou a nossa atenção. Quando foquei meus olhos naquela figura foi como se tudo ao redor tivesse paralisado. Cabelos soltos em cascata, uma calça um tanto justa e sua regata branca me dava a visão do seu situa preto rendado cobrindo seus seios medianos. Fiquei fascinada por aqueles olhos castanhos até Ally voltar e me tirar dos meus pensamentos. Graças a Deus, imagina se meu pau fica duro na frente de uma garotinha! [ ....]

Depois de um momento de silencio constrangedor e algumas palavras trocadas, demos um breve aperto de mão e parecia que uma corrente elétrica tinha percorrido todo o meu corpo. Uma sensação de coisa boa. Fiquei no automático apenas acompanhando o movimento dos lábios dela enquanto falava, divaguei tanto pensando naqueles lábios que só voltei a mim quando Allyson me arrastou pra fora e quase não consigo me despedir delas. Do pouco que eu prestei atençao  antes de me desligar do mundo e ficar presa admirando, ouvi seu nome, Camila. O nome lhe caiu perfeitamente bem. É quase uma melodia. Ally estalou os dedos no meu rosto me olhando de cara feia.

- Que? – a encarei confusa.

- Eu te perguntei sobre o favor Laur, em que mundo você ta ein? E para de pensar na Mila que eu to sentindo essa tensão daqui. – tesão na verdade, eu pensei. Que criatura maravilhosa era aquela? Ally me deu um tapa no braço quando eu nem percebi que viajava em pensamentos mais uma vez;

- Aí Allyson! Eu ein, ta agressiva! – rolou os olhos pra mim. Ela precisa parar com isso, daqui a pouco esses olhos saem do lugar.- O favor na verdade é pra Verônica. Ela quer pedir a Lucy em namoro e queria que você fizesse um jantar romântico pras duas. Eu vou te passar o numero novo dela pra ela acertar melhor com você os detalhes.

- E porque ela mesma não ligou pro restaurante e pediu pra falar comigo? – perguntou arqueando as sobrancelhas.

- Você sabe como aquela criatura é Ally. Ela nem sabe como fazer o pedido ainda e já ta em pânico, não ta pensando direito nos detalhes. – rimos juntas.

- Tudo bem Laur, me manda o numero que eu falo direito com ela. – piscou o olho pra mim.- semana que vem temos que ir ao cinema, só eu e você.

- Baixinha, eu até que gostaria mas vou fazer uma viajem e to toda atrapalhada ajeitando tudo esses dias. Prometo que na volta marcamos algo, tudo bem? Preciso ir agora.- abracei ela já me despedindo.

- Tudo bem Laur, mas não deixe aquela cobra te monopolizar tanto ok? Tia Clara veio aqui na semana passada e me disse que você quase não tem ido visitar seus pais. O que está havendo Laur? – perguntou desconfiada. Minha relação com a Ally sempre fui muito pura e apesar do tempo que ficamos longe uma da outra ela me conhece muito bem.

- Nada demais Allycat, Dona Clara adora um drama...- bufei e ela riu. Um garçom do restaurante saiu com o meu jantar e me entregou. – Vamos entrar Ally, eu tenho que pagar isso antes de ir;

- Não precisa Laur, fica por conta da casa ok? E também quero esse palmito circulando longe da Mila. Eu vi o seu olhar pra ela. – fiquei quase roxa de vergonha nessa hora.

- Ally....

- Não me venha com essa. Olhar não faz mal Laur. Acho até que vocês combinariam, a Mila precisa de alguém que traga ela de volta a vida assim como você também precisa, talvez se completem.. vai saber.- falou enquanto olhava pra cima quase divagando.

- Tudo bem Ally casamenteira, eu preciso mesmo ir. Nos falamos depois – nos abraçamos em despedida e eu segui pro meu carro. [...]

Estava sentada no tapete da minha sala assistindo TV enquanto comia aquele macarrão que estava uma coisa louca. Parei um momento pensando um pouco na Camila. Eu sei que nunca fui apaixonada verdadeiramente pela Bruna, acho que no máximo foi um encanto de momento e aquela surpresa de nos encontrarmos depois só aumentou isso. Mas não houve aquele despertar. Eu olhei pra Camila por menos de 10 minutos e o meu mundo parecia não ser mais o mesmo. Pensei também nas palavras da Ally. Camila é uma menina linda, soa meio estranho a Ally falar sobre isso de “trazer ela de volta a vida”. Acho que temos a mesma idade e viver é o mínimo que se pode fazer.  Não que eu seja um exemplo disso, o meu pai acha que a Bruna pode ser uma ótima pessoa mas me prende e eu não sou a mesma perto dela. Me sinto exatamente assim em alguns momentos. Presa. E aquele breve toque de mãos com Camila me deu uma sensação de liberdade que a tempos eu não sinto.