"O meu coração já estava acostumado com a solidão, quem diria que ao meu lado você iria ficar" Ainda bem - Marisa Monte
Em algum lugar do norte do Japão
- Querido, está bem?
- Estou sim... Você pergunta isso todos os dias.
- É para saber, é sempre bom saber que você está bem.
- Também estou bem, mamãe.
- Que bom, meu filho.
- Ei, maldito, estamos aqui a quanto tempo?
Pareou um silêncio tenebroso pelo pequeno compro apertado, sujo e frio.
- Ah, sei lá. Um ano? Um ano e meio?
- E quanto tempo vamos ficar aqui?
- Até que esteja tudo pronto.
Tic. Tac. Tic. Tac.
Mansão Sakamaki
20:38 da noite.
Estava tudo mais tenebroso naquela mansão. Um silêncio palpável como sempre.
Akame andava tranquilamente pelo corredor dos quartos, vestida com seu uniforme, direção: cozinha.
Seu domingo havia sido tão tedioso quanto seu sábado.
Cozinha
Jantar quieto, como de costume. Mas, na opinião de Akame, quieto demais.
- O que está acontecendo aqui? - Ela perguntou. -
Sem resposta, por um tempo.
- Nada, porque? - Disse Ayato, na sua costumeira desatenção. -
Akame apenas revirou os olhos. Acabou de comer e saiu da mesa.
Subiu para seu quarto novamente.
Quarto de Akame
- Cadê o velho? - Perguntou Akame, para o ar. - Ei, velhote! Gin?! - Falou, como se estivesse o chamando.
Bufou para si mesma.
"Claro que ele vai aparecer, igual um cachorrinho." - Pensava.
- Chamou, milady? - Disse Gin, surgindo na frente da menina. -
Akame deu um pulo para trás, mas logo voltando a sua seriedade.
- Coloque isso dentro da xícara dele, como havíamos conversado antes. - Disse Akame, entregando a pílula vermelha na mão de Gin. -
- Claro, milady. - Disse Gin, sorrindo e fazendo uma leve reverência. Akame revirou os olhos. -
Logo viu o homem desaparecer, logo após alguns dois minutos ele voltou, de mãos vazias.
- Fique vigiando. - Disse Akame. -
- Sim senhora, milady. - Disse, novamente na frente dela. -
- Pare de me chamar assim! - Gritou, um "grito baixo", para que os outros não escutassem. -
Gin apenas soltou sua risada "divertido" de sempre.
Deixou os frascos de sangue em cima da cama e sumiu.
"Se vacilar eu morro, desgraçado" - Pensava Akame.
Tic. Tac. Tic. Tac.
Em uma mansão, nordeste do Japão
- Está uma merda pintar o cabelo desse jeito e colocar essas lentes de contato ridículas.
- Colabore, precisa vigiá-la.
- Vamos, vai ser legal, quem sabe se apaixonam e tem um lindo filho?
- Deixe de ser idiota, seria uma aberração.
- O velhote não acredita no amor.
- É um solteirão.
- E porque eu tenho que vigiá-la?
- Por que é o mais novo.
- E o mais fácil de manipular.
- Cale a boca, Irmãos Babacas.
- Ande logo.
Tic. Tac. Tic. Tac.
Condomínio Analice, próximo a área comercial
- Pai, mas porque eu tenho que ir para essa nova escola?
- Vai ser necessário minha filha, saberá por que mais para o futuro.
- E tenho que usar esse uniforme ridículo?
- É feio mesmo. Sabe quem procurar e de quem se tornará amiga, não é?
- Sei...
- Não deixe ninguém descobrir.
- Claro, tudo para melhorar.
Tic. Tac. Tic. Tac.
Mansão dos Mukami's
- Não acha que está demorando demais? - Perguntou Yuma. -
- Ela disse que nos avisaria, calma. - Disse Ruki, como sempre calmo. -
- Não sei como aquela idiota convenceu vocês a fazerem isso. - Disse Azusa, sentando no braço do sofá. -
- Você também concordou. - Disse Kou, com seu clássico sorriso aberto. - E isso também nos beneficiará.
Tic. Tac. Tic. Tac.
Em uma vila, próximo a escola
- Certeza, mamãe?
- Claro, minha filha. Tome cuidado, todos dias.
- Sim, mamãe, não precisa se preocupar.
- Seu pai e sua irmã cuidarão de tudo, e assim aquilo irá sumir.
- Sim, mãe.
Tic. Tac. Tic. Tac.
.
.
.
Na Escola
00:10.
- Aka-chan. - Gritou Lily, sorrindo do final do corredor, começou a correr em direção a Akame e aos irmãos, que a acompanhavam. - Olá, meninos. - Ela sorriu.
Sem resposta.
- Grossos. - Disse Akame, repreendendo os vampiros que voltaram a andar. - Então, Lily.
- Reiji! - Gritou Lily, chamando a atenção do garoto, andou até ele, Akame a seguiu. - Bom, é que temos um trabalho em dupla para semana que vem, e a Akame disse que não poderia ir na minha casa... Bom... Eu poderia ir na sua? Sei que Akame está lá... Queria ver se não tinha probleme... - Lily estava vermelho como seu cabelo. -
Akame estava com uma cara de "o quê?!"
- Porque não falou comigo Akame? - Perguntou Reiji, com sua seriedade natural. -
- Esqueci.
- Bom... Lily? Pode, mas sem gritaria. - Disse Reiji, arrumando os óculos. -
- Hoje? - Perguntou a ruiva. -
- Se quiser. - Deu de ombros e voltou a andar. -
- Porque fez isso? Eu mesma perguntava. - Disse Akame, quando Reiji se afastou. -
- Você é uma cachorra com problemas de memória! - Disse Lily. - É para semana que vem e você não tinha nem falado com ele, eu tinha que fazer alguma coisa!
Akame balançou a cabeça em sinal de negação.
Se puseram a andar para a sala, o sinal havia acabado de tocar.
Na Sala de Aula
- Bom, alunos. - Disse o professor de História, Usui. - Temos uma nova aluna na sala.
Uma garota baixinha, 1,58 no máximo. Cabelos curtos, na altura dos ombros, ondulados e estranhamente rosa. Olhos azuis.
- Meu nome é Lyra, podem me chamar de Ly . - Ela sorriu, um sorriso meigo. - Tenho 16 anos, sou da Europa, mas meu pai veio para o Japão a trabalho.
- Bom, prazer Lyra. - Disse o professor Usui. - Pode se sentar atrás da Akame.
Akame apenas levantou minimamente o braço.
A garota nova andou até ela e se sentou na cadeira vazia atrás. Sui estava na quarta cadeira.
- Olá. - Ela disse baixo, para Akame escutar. -
- Olá. - Akame também disse baixo. -
Intervalo
- Lily, vamos. - Disse Akame, levantando da mesa, junto de Lily. -
- Ei, Ly? - Chamou Lily, com seu clássico sorriso. - Não quer lanchar com a gente?
- Ah, claro! - Ly sorriu, tranquilamente. - Akame, não é? Seus olhos são lindos.
- Obrigado. - Akame sorriu, se envergando um pouco. -
- Meu Deeus, chame ela de Aka-chan. - Disse Lily, exagerada. - Ou de cachorra maluca.
Lily e Ly riram, Akame apenas revirou os olhos.
- Bom, Aka-chan. - Disse Ly, sorrindo. - Lily-chan?
- Kawaii! - Disse Lily. -
As três se puseram a andar pela escola, Akame e Lily mostrando tudo para a novata Ly. Depois comeram seu lanche e conversaram mais no pátio.
Saída
- Tchau Ly. - Akame e Lily disseram em uníssono, a rosada sorriu e entrou no carro a frente. -
- Então Lily, irá hoje? - Disse Akame. -
- Hoje não, não avisei minha mãe e não trago meu celular para escola. - Disse Lily, um pouco desapontada. - Amanhã, pode ser?
- Claro. - Disse Akame, sorrindo. - Até amanhã.
- Até. - Lily sorriu, e se pos a andar na direção contrária de Akame. -
Mansão dos Sakamaki's
- Reiji. - Akame o chamou, o mesmo apenas virou um pouco o rosto. - Lily virá amanhã, tudo bem?
- Por mim, dá no mesmo. - Ele disse, novamente se pondo a andar. -
"Ainda bem que não veio hoje Lily..." - Pensou Akame.
Quanto de Akame
Ela havia subido rápido, trocado de roupa e prendido o cabelo em um coque alto e forte. Estava sentada, esperando.
- Agora. - Gin apareceu, rapidamente no quarto de Akame, pronunciando a única palavra. -
Akame levantou rápido, e se pós a andar em direção a um quarto bem conhecido pela mesma.
Quarto de Reiji
Entrou no quarto, sem aviso prévio. Encontrou o vampiro deitado no chão, desmaiado.
- Bem, lá vamos nós.
Akame se ajoelhou perto de Reiji, o levantando pelo pescoço. Abriu dois botões da roupa dele e deixou o pescoço pálido dele a mostra.
Com certa necessidade, mordeu a jugular do outro, bebendo seu sangue.
- Vamos, vamos. Ele já está desmaiado. - Disse Gin, puxando Akame pelo braço. - Assim ele morre de vez.
Akame já havia se levantando, um pouco cambaleante e envergonhada.
"O de Ayato é mais gostoso..." - Pensava Akame.
Gin abaixou e fechou a roupa de Reiji, deixando ele do jeito que "encontraram".
Se levantou e foi até Akame.
- Eu estou bem. - Ela disse. -
Cinco segundos depois de pronunciar tal frase desmaiou, caindo para trás, mas logo sendo pega no colo por Gin.
- Ata... - Disse, sorrindo de canto.
Se teleportou para o quarto da garota.
Quarto de Akame
Gin a deitou na cama, de tal jeito que parecesse que a garota estava dormindo.
- Pelo menos deu certo. - Ele disse, logo desaparecendo. -
Flashback ON
- Gin, como vou fazer algum deles beber uma pílula dessas? - Ela perguntou. - E mesmo que bebessem, e depois eu bebesse o sangue deles, eu iria desmaiar. Logo eles iriam acordar antes de mim e eu estaria morta.
- Uai, se vira. - Disse Gin, gostando de ver a angústia da menina. -
Akame bufou e se sentou na cama, de braços cruzados.
Pensou, pensou, pensou.
- Já sei! - Disse, se levantando. - O primeiro será o Reiji.
- Reiji? Porque ele? - Perguntou Gin, curioso. -
- Os chás. Você pode entrar no quarto dele enquanto estivermos na escola e deixar a pílula dentro da única xícara que ele tem. Depois, quando ele for beber o chá, ele engolirá a pílula junto! - Disse Akame, animada. -
- Legal. - Ele disse, irônico. - E como saberá quando ele bebeu, e como vai saber que ele desmaiou e como irá voltar para o quarto?
- Você me fala quando ele desmaiar, oras, não está em todos os lugares, Senhor Maravilha. - Disse Akame, irônica, Gin apenas sorriu de canto. - Quando eu desmaiar você me trás para o meu quarto de novo, me põe na cama como se eu estivesse dormindo, pronto!
- Ora, Aka-chan. O que tem de irônica e sarcástica tem de inteligência. - Disse Gin, se levantando de braços abertos, na intenção de abraçar Akame. -
- Saia, maldito. - Diase Akame, o empurrando. - Fechado?
- Claro. - Disse o homem, num sussurro, depois desaparecendo na sombra da Lua. -
Horripilante.
Flashback OFF
Tic. Tac. Tic. Tac.
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