História Diabolik Memories - Seventy-Four

"Liberta do que mantém presa, então só por hoje deixa a luz acesa" Nós - (Poesia Acústica #2 Spin Off)

Pátio, Hell Death

Akame olhou para os lados, estava tudo quieto demais, algo de errado não estava certo na calmaria daquele lugar que antes já fora de tanto sofrimento para ela. A paz não era comum naquela "casa" e ela sabia disso. E não parecia que era só ela que percebia, os irmãos Sakamaki também estavam parecendo incomodados com o silêncio nada comum que se instalara naquele pátio oval.

- Se eu fosse vocês, não contavam com o fato de que Mikaelson não voltará.
Os irmãos olharam para trás rapidamente, vendo algo que não esperavam.

- Não é aqueles caras... Akamichii? - Ayato perguntou enquanto caminhava pesadamente até os dois. - O que fazem aqui?

- Lembra de nós? AH!

- Claro, vocês tentaram me matar. - Akame disse.

- Não tentamos... Enfim, se não se lembram, somos Akanase e Akasu. - O homem disse. - Mas, não confiem que Mikaelson não voltará.

- Porque confiariamos no que você diz? - Shuu perguntou enquanto puxava Akame para trás.

- Por que estamos nessa luta a mais tempo que vocês.
Akame olhou para o lado, seguindo a voz desconhecida.

- Quem é você? - A garota perguntou.

- Akawarisu. - Ele respondeu, um homem alto de cabelos pretos longos, presos num rabo de cavalo, usava óculos quadrados. Era como um Reiji, se este tivesse seus 40 anos humanos. - E esta é minha família. 

E, parecendo entrada de filme de herói, surgiu algumas "pessoas" atrás do tal Akawarisu, totalizando 12 desconhecidos.

- Akastu? Akalin? - Akame exclamou quando viu os rostos conhecidos.

- Olá. - Akastu respondeu enquanto olhava no fundo dos olhos da garota.

Akame sentiu raiva borbulhar repentinamente em seu corpo. Sentia-se traída. Naquele momento Akame sentia que Akastu sabia de tudo, o tempo todo, e sempre se fez de bobo. Aquilo a irritou.

- Tsc. - Akame deu as costas para todos ali e foi para o canto.

E o silêncio reinou após a atitude da garota. Estava tudo estranho. Os irmãos apenas olhavam, mas sem bobear, a adrenalina ainda estava alta e eles ainda estavam protegendo Akame, mesmo após tudo isso.

- Akame, precisamos conversar. - Akawarisu disse, chamando a atenção da garota.

- Não tenho nada para falar, não quero saber. - Akame disse.

Akawarisu andou até Akame e parou em frente ela.

- Será breve, mas significativo, tanto para mim quanto para você, Akame. - Akawarisu disse.

- Eu não quero saber. - Akame disse.

- BOM QUE NÃO QUEIRA MESMO, SERÁ HORRÍVEL DE SE ESCUTAR. - E começou os gritos.

Todos olharam em direção ao berro, vendo uma visão pouco desejada e já esperada.

- Mikaelson... - Akame murmurou.

- Parece que agora a família está completa! - Mikaelson disse com sarcasmo. - Agora poderei matar meus dois filhos, meus netos e meus enteados!

- Filho da puta... Cortou o próprio braço para evitar a circulação do sangue com o veneno! - Akame disse enquanto se levantava e segurava Muramase.

Ayato, dessa vez, puxou Akame para trás. Mas os Akamichii passaram para frente, defendendo todos os sete ali, uma barreira.

- Deixe conosco. - Uma mulher de kimono chinês preto disse.

- E quem será o primeiro? - Mikaelson disse enquanto partiu para cima sem pensar muito.

Ele estava diferente, afoito, visivelmente cansado e, para piorar, ou melhorar, sem um braço. Também, a quantidade de oponente havia dobrado e Mikaelson parecia não gostar disso.

- O que está havendo? - Kanato perguntou confuso enquanto via tudo.

- Não sei, mas deixe eles. - Shuu disse.

Akame via a luta a sua frente com olhos cheios. A guerra estava ganha para o lado dos Akamichii. Eles eram fortes, tão rápidos quanto Mikaelson, e como ele já estava fraco, os golpes, chutes e socos afetavam muito mais. A luta estava igual, mesmo sendo 12 contra 1.

Sangue jorrava no chão, pessoas caiam e se levantavam, uma guerra, e Akame observa tudo. Por um lado achava ruim, sua família estava ali vendo tudo aquilo, por outro lado, achava bom ver Mikaelson apanhando como merece.

Às vezes via Akastu e Akalin atacarem, socarem ou serem socados, era ruim,mas era uma luta.

Mikaelson se afastou repetidamente, parecia cansado demais, com danos por todo o seu corpo.

- Podem deixar comigo. - Akawarisu disse.

Os 11 concordaram e se afastaram e deixaram com o que parecia ser o chefe. Todos formaram uma fila atrás dos Sakamakis e Akame, pareciam preparados para proteger e atacar quando e se fosse necessário.

- Agora somos só nós. - Akawarisu disse.

Mikaelson sorriu e novamente partiu para cima. 

Era rápido demais para os olhos humanos de Akame, eram claramente vampiros, mas em níveis completamente diferentes dos Sakamakis. Fortes demais, às vezes parecia que era possível escutar os ossos estalando e quebrando, tanto de Mikaelson, quanto de Akawarisu.

E quando Akame pensou que tudo havia se resolvido, novamente começou os chutes e pontapés.

Por fim, Akawarisu parou por cima de Mikaelson, enquanto este estava no chão sangrando. Mais socos, ossos quebrando e tudo mais. Até Mikaelson parar de se mexer de vez. Akawarisu pareceu examina-lo, depois o largou no chão de qualquer jeito e voltou a caminhar até os seus.

- E então? - Um dos homens Akamichii , que nenhum dos Sakamaki, ou Akame, sabia o nome, perguntou.

- Ele está morto. - Akawarisu respondeu.