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História Diabolik Memories - Fifty-Nine


Escrita por: querida_mary

Notas do Autor


Oooi amooores ♥♥

Acabei de escrever agora, tá quentinho, espero que gostem ;)

Capítulo 59 - Fifty-Nine


"Nos bebe, comemora, mas por dentro tá tristão" A Bela e a Fera - Xamã MC 

 

 

 

Enquanto o tempo passa, coisas acontecem, e e essas determinadas coisas influenciarão seu futuro. Pois o mundo não para; não por você, nem por mim, nem por ninguém.

Pois é complicado, essa coisa de tempo, espaço.

Por mais que seu tempo pareça bom agora, poderá mudar futuramente, pois a vida é assim: cheia de altos e baixos, mesmo que pareça que, às vezes, tenha apenas baixos. 

É complicado sabe, ter que aceitar, mas é bom. Um choque térmico, algo para trazê-lo a realidade. Embora a realidade seja triste e dura.

Mansão dos Sakamaki's, Sala de Jogos

Em meio aquela grande sala, com uma mesa de sinuca, um totó, um jogo de dardos, um grande sofá de couro preto e um vampiro ruivo. 

Laito estava mais abalado do que sempre esteve em sua longa vida. Uma longa e triste vida, ele com certeza já sofreu com muita coisa, muitas perdas, muitos problemas e muitas dores. Porém nada comparado a isso, a essa dor, a esse problema, a essa perda, esse sofrimento. 

Nada se compara a perder seu irmão, e agora Laito sabia disso.

A dor no sangue, a falta, a pequena, porém crescente solidão, a raiva, o arrependimento de ter confiado em alguém. E ele se culpava, pois seu maior erro foi não ter passado mais tempo com o irmão, não tê-lo protegido.

Não ter protegido nenhum dos outros. 

Ele poderia ter feito mais, sim, desde antes, de 200 anos atrás. Sempre pôde fazer mais, porém, não o fez. Isso o perturbava, era uma grande crise existencial para um ser que já estava em crise a anos. 

- Não fique assim, Laito. - O ruivo escutou, virando-se para trás e vendo Kanato, sentado em cima da mesa de sinuca, abraçado com seu urso de pelúcia. - As mesmas coisas que você está pensando, eu também estou. 

Laito respondeu com um suspiro pesaroso. Sabia que seu irmão mais novo sentia a mesma dor que ele sentia agora, a mesma falta, e não podia consolá-lo, pois podia se considerar 1% mais culpado.

- Não fique com essa cara, eu também poderia ter feito mais, muito mais, Laito, por todos eles. - Kanato disse, se lamentando. -

Laito o olhou de canto, não tinha vontade de conversar, porém Kanato também era seu irmão.

- Foram 200 anos bem estranhos, e acabaram, assim, em minutos. - Laito respondeu soltando um longo suspiro no fim. - 

Kanato concordou, sem muito o que falar. O vampiro com os cabelos estranhamente roxos sabia exatamente o que, agora sendo seu irmão mais velho, sentia. E podia concordar que sentia o mesmo. 

- Não é do feitio de vocês ficarem se lamentando. - Subaru apareceu, sentando-se ao lado de Kanato. -

Os irmãos também concordavam com isso. Se sentindo patéticos, e tristes. 

Subaru também sentia a dor. Mesmo sendo apenas seus irmãos por parte de pai, nunca realmente os odiou, mesmo que passasse essa dura impressão. Apenas os... odiava. Para Subaru, o "amor" e o ódio andavam juntos, juntos demais. E mesmo esses dois sentimentos estarem tão  colados, não gostava da idéia de perdê-los,  todos, um a um. E não gostava da idéia de ser o último, ficar sozinho.

Sentia falta de cada um deles. Sentia também falta de Laito e Kanato, os antigos. E sentia falta de si mesmo.

- Não tem salvação, mesmo? - Kanato perguntou. - 

- Salvação é uma coisa que nunca tivemos. - Laito respondeu friamente. - Apenas aceitação. 

- Então está certo que nos morreremos? - Subaru perguntou, mesmo o seu íntimo tratando aquilo como afirmação. -

- Sim. - Ele respondeu tombando seu chapéu para frente, tapando seus olhos. - Parece que nos tornamos obsoletos demais. 

Kanato gostaria de falar alguma coisa, tentar tirar aquela horrível idéia da cabeça dos irmãos. Mas não podia negar que ele era o mais confirmado. Apenas não quis atrapalhar aquele momento, um único e talvez um dos últimos momentos com o restante de seus irmãos. Mesmo agora sendo apenas dois.

A família Sakamaki estava sendo dizimada. Restava apenas três.

Não havia o que se fazer e o que se falar, apenas o que refletir e poder sentir a companhia dos que ainda restavam. Cada dia que passavam juntos, com um a menos, era um velório diferente. Um enterro diferente. Um enterro de sentimentos que eles no sabiam que ainda tinham. Ainda mais pelos seus próprios irmãos, que agora mais pareciam estranhos que se encontraram em uma fila e banco, e se tornaram uma triste, longa e antiga lembrança. 

Laito se lamentava e sentia raiva.

Kanato sentia a dor, e arrependimento. 

Subaru se trancava, porém sofria, mas não tanto quanto gostaria. 

O medo da morte pairava naquela sala que um dia fora tão alegre, se podemos ainda usar tal palavra. A ronda negra, o clima pesado e a sede de sangue. 

O problema de três vampiros é que, sendo três vampiros, a raiva e a vontade de matar é triplicada. 

- Então vocês desistiram? - Subaru perguntou cortando o silêncio mortal que se instalava. - 

- Não. - O vampiro ruivo respondeu rapidamente, de forma firme e decidida. - Ayato não desistiria, igual à Shuu e Reiji.

Kanato observou a resposta do irmão, ponderando ao que realmente sentia e ao que deveria dizer. Com certeza seria a última noite do ruivo entre eles, e e ele sabia, e sabia que Laito também tinha consciência do fato.

- Não. - Kanato respondeu um pouco mais devagar, e se sentindo contradizendo a si mesmo, porém respondeu, e no momento, era o que contava. -

Subaru concordou, não desistiria, não a esta altura do campeonato, mesmo que todos os sinais indicassem o fim eminente e cruel.

Tudo que se passa, porém, é uma fase. Esta fase sendo boa, ou ruim. E uma hora essa fase ruim passa, mesmo parecendo eterna. Mesmo que a noite pareça escura demais, longa demais e eterna, sempre chega o amanhecer.

- Ora, ora, ora. - Foi escutava a voz cínica e um bater de mãos, sendo essas palmas ainda mais cínicas. - O local de encontro mudou? 

- Gin... - Akame o repreendeu, mesmo sem terminar a frase. -

- Olá, Bitch-chan, por que nos daria a honra de sua visita?     - Laito perguntou tentando não passar tanto de sua raiva acumulada, misturada em seu medo eminente e nojo. - 

- Vim aqui buscar uma encomenda. - Akame respondeu sorrindo. -

Laito se sentia nervoso, fora enganado por aquele mesmo sorriso por tanto tempo, e o pior é que, no fundo, ele sabia que era uma armadilha. Ele só não acreditava em si mesmo, não queria acreditar no seu mais profundo instinto.

- E o que está esperando para pegar sua encomenda? - Laito respondeu com uma voz cansada, parecendo que realmente havia desistido, como se estivesse apenas esperando. - 

Akame sabia que era um jogo e sorriu, desembainhou Muramase, mesmo enquanto recebia olhares de repreensão do homem ao seu lado. Os irmãos sentiam a morte próxima, apenas ao mísero contado daquela espada com o ambiente onde estavam.

- E os Mukami's? - Kanato perguntou atentando ao fato dos quatro não estarem poluindo sua visão com suas presenças. -

- Os dispensei, eles já fizeram seu trabalho. - Akame respondeu. -

- Eram apenas trabalhadores, seus escravos. - Subaru disse, afirmando tal fato. -

- Sim. - Akame respondeu mesmo sabendo que não era uma pergunta. -

Subaru se teleportou com velocidade em direção a Akame, que não teve chances de se defender pela diferença de agilidade e força, estava presa em um forte mata leão em não havia, pois a qualquer movimento seu pescoço seria quadrado.

Kanato avançou em direção a Gin, conseguindo entretê-lo por algum tempo, dando abertura perfeita para Laito caminhar calmamente até Akame. 

- Parece que vocês só eram tão bons pelo fato de terem os Mukami's para levar o dado frontal, não é? - Laito perguntou calmamente enquanto caminhava em passos firmes até Akame. -

Akame via os olhos dourados de Laito refletirem um vermelho peculiar, a cor de seus olhos. Um ódio, raiva, e  ela sabia exatamente o porque daquilo, e ela sentia o mesmo. Porém não poderia morrer, não agora, e não poderia matar Subaru e nem Kanato, não naquele lugar, e não naquela ordem.

Gin via o desespero saindo pelos poros de Akame, embora quisesse sentar e comer pipocas enquanto via seu sofrimento, não poderia, não agora, pois ela estava executando o plano perfeitamente bem. Para o desgosto do mesmo, também para o ferimento de seu orgulho, decidiu ajudar a garota. Com facilidade, Gin socou Kanato para o   lado, e chutou Subaru para o lado oposto, fazendo o mesmo soltar Akame quase que automaticamente, tanto pela dor quanto pelo susto.

Akame, em resposta rápida, cortou o ar em uma meia lua em direção a Laito, que desviou por milímetros de ter seu rosto cortado no meio.

Novamente Akame iniciou uma perigosa luta com um dos irmãos. Os dois a um pé da cova, os dois no mesmo perigo de morte, os dois lutando por um propósito, mesmo que incrivelmente parecidos, totalmente distintos. 

- Não devia ter confiado em você. - Laito disse enquanto avançava mais um de seus socos em direção a Akame. -

Ela era forte demais, rápida demais, com reflexos bons demais. Pelo menos para um humano. 

- Concordo. - Akame disse avançando com mais cortes que foram desviados pelo vampiro. -

Laito contava com a sorte e com o grande ódio e falta dentro de seu peito, mas ele não sabia que em algum momento aquele seria seu erro. Em um leve vacilo de Akame, onde ela escorregou no tapete, Laito avançou com toda sua velocidade e força, mas Akame prevendo tal ataque equivocado, apenas levantou sua espada, atravessando diretamente o peito de Laito, que parou seu movimento imediatamente.

Não importa se esta vivo ou morto, seu coração sempre será seu ponto fraco. 

Laito caiu no chão, agora ente do a dor que todos os seus três irmãos sentiram antes de si. Sentindo também a conformidade de sentir a morte de aproximando calmamente de si, e lhe abraçando com braços suaves e quentes. 

Olhou para Kanato uma última vez, que estava jogado no canto da parede, com os olhos esbugalhos e a mão direita sobre a camisa, sentindo aquela mesma dor que ele também sentiu. Tentou sorrir, mas apenas sentiu seu coração bater uma única vez, e depois parar.

Kanato sentia aquela maldita dor novamente, e sentia que o irmão havia partido conformado, já sabendo de seu triste destino. Seu peito ardia e se comprimia, ardia e chorava por dentro. De novo, havia perdido seu irmão, de novo. 

Subaru também sentia uma dor, porém mais fraca, e isso o irritava. Ele se sentia diferente de todos os outros, e indiferente ao sentimento, pois para ele não era a mesma coisa. Embora também doesse e também sentisse a falta. Mesmo parece do sadomasoquismo, ele queria sentir mais,  sentir mais daquela dor, para saber que uma hora acabaria, que chegaria para ele também.

Akame se levantou com dificuldade e tocou o corpo de Laito, logo Gin vendo e o também tocou Akame. Os três haviam partido dali. 

Laito estava morto.


Notas Finais


Ui ui ui 'o'

Espero que tenham gostado :3


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