"Quem sabe ainda sou uma garotinha, esperando o ônibus da escola... Sozinha" - Malandragem, Cassia Eler
Sala da mansão dos Sakamaki's
- Shuu, quem é essa? - Pergunta Reiji, um pouco desconfortável com os pensamentos que tinha sobre a menina.
- Eu não faço a mínima ideia. "Ele" disse que teríamos uma nova noiva e desapareceu, simples. - Disse o irmão mais velho, fingindo desinteresse.
- Como ela sabe da Yui? Como ela chega aqui do nada já sabendo dos nossos nomes e o que somos? - Pergunta Ayato, claramente irritado por a nova garota ter mencionado o nome de Sua Panqueca.
- Parece que essa Bitch-chan é diferente das outras... - Laito sussurra, mas sendo ouvido claramente por todos ali.
- Teddy está perguntando sobre aquelas presas. - Kanato "transmite a mensagem" de seu urso de pelúcia.
- Qualquer humano pode ter dentes caninos, é normal. - Ayato disse, mais para si mesmo do que para os outros.
- Não seja idiota. Ela deve ter o quê? Dezessete anos? Esses dentes caem com 9 anos. E mesmo assim é impossível serem tão afiados. - Subaru diz, tentando parecer calmo, mas estava irritado.
"Não finja que é melhor que seus irmãos"
Isso tocou o albino profundamente, ele estava nervoso, mas uma parte de seu coração morto ainda concordava com aquelas palavras fodidas em sua cara, e aquilo o irritava profundamente.
- Ela é uma vampira? - Laito se pronunciou.
- Claro que não. Até um surdo escutaria o coração daquela garota batendo. - Reiji disse, mais uma vez arrumando seu óculos.
- E dava pra sentir o calor da pele dela a um metro de distância. É impossível ela ser uma vampira. - Ayato diz, tentando assimilar aquilo tudo.
- Então como caralhos ela sabe de nós sem mesmo ter nos visto sequer uma vez? - Subaru diz.
- Que merda em. Vocês estão atrapalhando meu sono. Só porque a garota sabe que somos vampiros e sabe nossos nomes, não quer dizer que ela saiba tudo sobre nós. Parem de desespero vocês e me deixem dormir em paz. - Shuu disse, já começando a de exaltar com toda aquela "palhaçada". -
- Explique as presas então, Senhor Sabe Tudo. - Diz Ayato. -
- Humanos não podem ter dentes, não? - Shuu diz, pela primeira vez abrindo os olhos extremamente azuis. -
- Tsc. - Subaru reclama. -
- Se estão tão incomodados vão no quarto "dela" - Kanato diz, revirando os olhos. -
- Boa ideia. - Ayato se levanta. -
- Vamos ver a nova Bitch-chan dormir. - Laito se anima. -
- Vocês são ridículos. - Subaru resmunga. -
- Eu não acredito na falta de modos desses meus irmãos. - Reiji fala para si mesmo, mesmo sabendo que os outros escutaram. -
- É sério isso? - Kanato já logo se arrepende de ter feito o comentário. -
- Eu poderia estar dormindo... - Shuu boceja atrás de seus irmãos. -
Quarto de Akame
- Nem para trancar a porta no seu primeiro dia a idiota serve. - Comenta Subaru, desapontado com o que irá acontecer.
- Falem baixo, idiotas. - Ayato sussurra para os irmãos.
- Ela parece uma humana normal, o coração está batendo e o calor da sua pele é sentido de longe. - Reiji explica.
- Sério, ninguém tinha notado. - Ayato revira os olhos.
- Olha Teddy, parece que ela será uma linda boneca de cera. - Kanato comenta com seu urso, baixo o suficiente que só "ele" escute.
Enquanto os seus irmãos observaram a garota "dormir" a mesma segurava para não rir, e pensava consigo - "eles são tão inteligentemente burros, será que já pararam pra pensar que eu posso estar acordada?" -
- Se querem tanto saber se ela é humana ou não, bebam o sangue dela, oras. - Subaru comentou, já se irritando de ter que ficar olhando a humana dormir. -
Um frio subiu pela espinha da menina: - "será que vai doer como antes?" -
- Ótimo, estava com sede. - Ayato diz, já se posicionando perto do pescoço e mordeu ali. -
Suas presas foram fundas, fazendo o sangue escorrer pelos buracos e derramar em sua boca.
Uma sensação que ele não sentia desde qur Yui se foi, prazer.
- Isso. É. Muito. Bom. - Dizia o vampiro ruivo, pausadamente, tentando assimilar o gosto do sangue da garota abaixo de si. -
Agora ela tinha uma chance para "acordar".
- Ei, que merda é essa? - Ela diz, fingindo raiva.
- Você pensa que vai vir para a casa de seis vampiros e que não terá seu sangue drenado? - Reiji comenta, passando a mão pelos cabelos negros bem arrumados.
- Tsc. - Ela fala, mas depois ri. - Vão ficar só olhando então?
"Ela é louca" - Pensou cinco dos seis irmãos. Apenas Laito de excitou com aquela frase.
- Temos uma Bitch-chan masoquista aqui? - Laito diz, se aproximando da garota. - Sua perna é tão branquinha. - Ele tinha uma visa privilegiada de toda sua perna e grande parte de sua coxa, já que o short do pijama que ela usava era curto. -
Passou a mão na coxa da garota, se arrumou ali e mordeu forte, arrancando um suspiro da mesma.
Ayato também mordeu o pescoço da garota, que deitou a cabeça um pouco para trás.
- Acho que também quero um pouco. - Kanato chegou perto da garota e fincou suas presas no pulso da mesma, provando daquele sangue doce. -
- Bom, é o que temos pra hoje. - Shuu disse para si mesmo, se ajoelhando do outro lado do pescoço da garota e fincando ali suas presas. -
- Tsc. - Subaro tentava resistir, mas a cena, o sangue escorrendo do corpo da garota, o maldito cheiro, era demais para ele. -
Quando percebeu já estava mordendo a barriga da garota, fazendo dali mais um ponto de "coleta de sangue".
- Poderia estar lendo um livro... - Reiji comentou vendo a cena. Foi em direção a garota e pegou sua outra perna, a mordendo ali.
A garota sentia seu sangue ir embora de diversos locais diferentes, mas foi de um jeito tão calmo que ela praticamente não sentiu dor.
- Malditos sanguessugas.
Foi a última coisa que ela disse antes de sentir sua visão falhar e desmaiar na cama.
Dia seguinte
A garota acordava de seu "coma".
Levantou e foi se olhar no espelho, reparando as mordidas dos seis irmãos em locais diferentes de seu corpo. Se permitiu rir.
- Possessivos com sua presa? - Comentou sozinha. -
Decidiu tomar uma ducha. Uma ducha gelada afastaria todo e qualquer pensamento indesejável que tivesse.
Na cozinha da mansão
- Ela já acordou? - Pergunto Ayato. -
- Não sei, não estou vigiando ela. - Comenta Subaru, com a pergunta idiota de seu irmão, que só revirou os olhos. -
- Boa Noite, Onii-chan'S. - A garota aparece na porta da cozinha. Vestida com o uniforme.
- Onii-chans? - Kanato pergunta confuso. -
- Não gosta? - Ela sorri. -
- Não. Teddy também não. - Diz ele olhando para o urso. -
- Então você e o Teddy que tomem no...
- Parece que já está com o uniforme da escola. - Reiji interrompe o futuro palavrão da garota. -
- Sim, Reiji. - Revira os olhos. - Que eu me lembre a escola é a noite né?!
- Lembre? Ninguém te falou isso, como pode se lembrar de algo que não sabe? - Ele diz, um pouco confuso. -
Tic. Tac. Tic. Tac.
- Estou com fome. - Ela diz, com um sorriso aberto. - Já que vocês tomaram meu sangue, deixe eu tomar o sangue de vocês também! - Ela diz alegre, mostrando as presa para os irmãos que estavam na sua frente.
- Não. - Diz Reiji. -
- Passo. - Diz Shuu. -
- Estou bem aqui, obrigado. - Diz Ayato. -
- Nem em seu maior sonho. - Diz Subaru. -
- Quem sabe na próxima, Bitch-chan. - Diz Laito. -
- Saia de perto de mim. - Diz Kanato.
- Tsc. - Ela resmunga. - O que temos para comer então? - Ela puxa uma cadeira e se senta.
Ou melhor, sevsenta entre Ayato e Subaru.
Reiji acaba de arrumar a mesa e a garota se serve. Sem perceber acaba colocando no prato dois pães, bolinhos e vários tipos de biscoito. Também uma tijela de cereal, um copo de leite e um copo daquele suco de Cranberry.
Comeu tudo satisfeita.
- Você come demais para uma dama. - Reiji reclama. - Péssimos hábitos a mesa.
- E eu ainda estou com fome! - Ela ri. -
- Tem quanto tempo que não come nada? - Subaru pergunta. -
- Desde que cheguei ontem. - Ela responde simplesmente e sai da mesa, deixando os irmãos para trás. -
- Morta de fome. - Diz Kanato, que arrancou um sorriso de Laito. -
A garota decidiu ir para sala, se deitar ali e esperar a hora da escola, já que tinha se arrumado muito cedo.
- Terei que mudar meus planos. - Falou em voz alta.
Logo se arrependendo.
- Que planos? - Ouviu Shuu falar atrás de si.
- O plano de tentar não ter meu sangue drenado todos os dias.
Mentiu.
- Desista então. - Disse o garoto loiro, se deitando no outro sofá. -
Akame reparou em seus fones logo que botou os olhos no garoto, mas decidiu não falar nada.
- Então, Akame. Pode começar a falar como sabe sobre nós? - Ouviu a voz séria de Reiji ao seu lado. Sentindo chegar a presença dos outros irmãos. -
- Esperem um minutinho. - Ela disse, saindo correndo, subindo as escadas. -
Voltou uns cinco minutos depois com uma mochila em mãos.
- Bom, começar por onde? - Ela se sentou no sofá com a mochila no colo. -
- Como sabe sobre nós? - Reiji perguntou. -
- Um amigo seus me contou. - Ela sorriu. - O quê mais?
- Que amigo? - Perguntou Kanato. -
- Essa eu responderei apenas no final. - Ela sorri. -
Um silêncio se instalou na sala.
- Então, posso fazer algumas pergunta? - Ela diz, olhando para o teto. -
O silêncio foi como um "prossiga".
- Subaru-kun... - Voz manhosa, um pouco arrastada - Você ainda de sente muito culpado por ter matado a Cristha? É que não dá pra deixar de reparar a adaga na sua cintura. - Ela olhou para o albino, que estava perdido em seus pensamentos. -
Cinco dos irmãos pensavam "como ela sabia disso?"
O único que não pensava era Subaru, que estava perdido em memórias e pensamentos. E uma luz, não uma luz bonita, mas uma luz ofuscante bateu nos seus olhos. A luz do sorriso sarcástico e assustador da garota a sua frente.
Naquele momento ele teve vontade de a matar, rancar todos os seus membros um por um.
- Como caralhos você sabe sobre minha mãe? - Ele diz baixo, mas com um tom arrepiante.
Ela simplesmente o encarou, aumentando seu sorriso.
- Ayato, o sangue da Cordelia era gostoso? - Pergunta para o ruivo.
Ayato por um momento ficou com um misto de medo e odio. Pela garota totalmente desconhecida sabe daquilo. Mas isso passou.
- Muito. - Ele riu alto. -
- Laito, foi legal perseguir sua mãe quase morta pela mansão? E depois empurrá-la da sacada? - Ela ainda não estava satisfeita. -
- Ela era bonita, não valeu a pena o desperdício. - Laito diz, abaixando um pouco seu chapéu.
- Kanato, atear fogo na sua mãe foi tão excitando quanto eu imagino que fosse? - Ela disse, sorrindo para o menor. -
O mesmo não respondeu. O que só aumentou o sorriso da garota, se é que isso é possível.
- Shuu-kun como era ser o filhinho perfeitinho da mamãe? - Ela fez uma vozinha de criança. - E Reiji? Como era ser totalmente ignorado pela sua própria mãe? "Como Beatrix? Como você tem coragem de me trocar, EU, por ele? Que não se esforça em nada?" - Tentou ela imitar a voz do garoto de cabelos negros. -
Shuu não ligou muito. Mas Reiji, estava um turbilhão de memórias em sua cabeça. Principalmente a memória daquela frase. Ele havia dito aquilo, exatamente daquele mesmo jeito. O moreno realmente não compreendia.
- Como você sabe tudo isso sobre nós? - Foi a única coisa que ele conseguiu dizer. -
- Um amigo seus me contou. - Ela sorriu, se levantando e indo para a escada, ainda carregando a mochila. -
- Que amigo? - Disse Ayato, já demonstrando raiva. -
Ela, novamente, ja estava no meio da escada. Virou-se para trás com um sorriso nos lábios, um sorriso sacana.
Abriu a mochila, e dela tirou a cabeça de alguém. E jogou nas mãos de Ayato, que agarrou no mesmo instante, olhando para o rosto do morto e se assustando.
- Karl... - Ele tentou dizer, mas foi cortando.
- Kallheinz. - Ela fechou a cara, mas logo abriu com um sorriso.
Todos os vampiros já estavam de pé, ao lado de Ayato, alternando o olhar entre a garota e a cabeça do morto.
- Você o matou? - Perguntou Shuu, desacreditando. -
- Sim. - Ela fechou a cara por um segundo. - Olha a cabeça dele aí como prova.
- Impossível. - Disse Subaru.
Isso arrancou uma risada alta da garota. Que voltou a subir as escadas.
Voltou um tempo depois, com sua mochila cheia de materiais nas costas.
Foi para a escola com eles, com um silêncio perturbador em todo o caminho de ida e volta. Eles nem se cruzaram na escola.
Na mansão, volta da escola
Eles estavam entrando na mansão, todos juntos. Momento perfeito para ela.
- Não se preocupem! Eu sei mais de vocês, do que vocês mesmos. - Ela começou a subir as escadas.
Isso perturbou os irmãos, os fazendo parar e encarar a garota que subia as escadas sem se importar com nada.
Nada.
Era o que eles achavam.
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