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História Dias de Paz. - Forjando Milagres (parte 1)


Escrita por: CarolinaScarlet

Notas do Autor


Olá povos, tenho que dizer que preciso terminar urgente minhas outras fics para me dedicar somente a essa que já ocupa 90% do espaço da minha cabeça, altas ideias hahahaha
Obrigada a vc que lê, favorita e comenta!
Um bjo especial para a Jhey-chan, maluca que nem eu no madatsuna <3 isso é uma história de amor muito bonita sua moça, obrigada pela amizade ^^

Capítulo 3 - Forjando Milagres (parte 1)


Fanfic / Fanfiction Dias de Paz. - Forjando Milagres (parte 1)

Batidas eram ouvidas em sua porta, revirou-se na cama, retirando a coberta de suas pernas.Sua vista estava tampada parcialmente pelo tecido.

Depois de tanta insistência, ela abriu a porta com demasiada força, adentrando de vez.

_Hora de acordar! – Tsunade adentrou o quarto de Madara e foi logo abrir as janelas para o novo dia que se iniciava. Encarou-o por um instante, amistosamente o encarava ainda se escondendo entre a coberta.

_Faça isso outra vez e eu te mato. – deixou somente que seus olhos fossem sobrepostos, terminando por retirar a coberta do rosto e lançar um desgosto nítido na face, sensualmente largado à cama e parecendo não estar trajando uma blusa, seu cabelo bagunçado o deixava mais cavernoso, porém mais sensual.

_Também não gosto de ser acordada, mas como assumimos um compromisso, preciso que esteja onde posso lhe ver.Espero que você não faça tanta manha hoje! – punha as mãos na cintura após encará-lo por um instante.

_Odeio...ser acordado. – dizia mórbido encarando-a ainda deitado, retirou a coberta do rosto encarando-a em raiva.Madara se levantou e deixou que a coberta caísse pelo seu corpo, descendo assim da cama, subitamente e rapidamente Tsunade percebeu que ele nada trajava e tampou seu olhos em pressa, se direcionando à porta.

_Ah eu não sabia, me desculpe! – saiu apressada pela porta à fechando enquanto ele tinha ido em sua direção, escorou o braço na porta quando percebeu que ela se escorou do outro lado, visivelmente envergonhada por tamanho constrangimento. Ele foi pegar uma calça e começou a vestir-se.

_A culpa foi sua! – gritou irônico, sabia que ela ainda estava do outro lado da porta.

_Eu já me desculpei, não sabia que você dormia desse jeito! – retrucou do outro lado.

_Você está querendo saber demais a maneira que eu durmo...da próxima comprove você mesma!

_Escuta aqui seu idiota! Me respeite! Eu jamais iria usar algo deste tipo para lhe faltar com respeito! – ela não pôde ver, mas um sorriso brando adornava a face do homem, por um momento achou graça da situação, fora interessante e divertido de fato. Seu mau humor até passou, um pouco. Abriu a porta sorrateiramente, se debruçando por um braço na dobradiça e a olhando sinuosamente.

_Quem diria, a grande kage deste país cedendo às minhas brandas provocações matinais!? – ironizou, parece que ele achou o ponto fraco dela.

_Pensei que dormir pelado fosse um hábito seu e não uma provocação. – se recompôs depois do vermelho de sua face se transformar em um rubor de raiva.

_Eu não sabia que gostava de invadir o quarto das pessoas...Qualquer dia desses eu te faço uma visitinha à noite. – lhe piscou.

_Mas o que deu em você!? – ficou irredutível, lhe dando as costas e andando mais à frente. –Tá esperando o que? Convite para me acompanhar? – lhe questionou, visivelmente nervosa, parece que o mau humor dele houvera passado à certa kage.

_O que vamos fazer hoje? Contar unicórnios? – ele a seguiu depois de encostar sua porta, devidamente trajado como de costume, não abria mão de seu sobretudo negro e a armadura da cor do sangue.

_Engraçadinho, mas a coisa é séria, Madara...vamos ter que ir até o conselho, querem lhe ver...fui responsável por levá-lo em condições de “diálogo” até lá. – foi direta, parando a caminhada e o fazendo estalar os olhos à um pisco descompassado, visivelmente odiava tudo o que ouvia.

_Eu preferia muito mais aos unicórnios... – respondeu sem humor, ríspido.

_Eu também, mas temos que encarar isso! – o olhou firme, depositando certa confiança. – A maneira como eles vêem você pode mudar hoje!

_Promessas assim já me foram feitas.

_Não posso apagar o que te aconteceu, tampouco posso prometer qualquer coisa que seja, está fora de meu alcance, mas totalmente ao seu.

_É tão adorável a maneira que você põe as palavras ao meu favor. Desde quando você se humilha tanto para me conter?

_Do que está falando?

_Do que você tem medo em mim? – a encarou seriamente, por um momento ela se sentiu escorraçada na parede se a mesma não estivesse no contanto prévio às suas costas. – Eu sou uma casca vazia do que sobrou do meu poder...você facilmente poderia me matar com qualquer golpezinho seu envolto à chakra...então eu volto a te perguntar, do que você tem medo em mim? - Silêncio...pelos pensamentos femininos em profunda reflexão, Tsunade sabia que bancar a boa samaritana não funcionaria contra um homem como Madara, e esta pose que ela estava tomando, estava passando à uma encenação de quinta categoria.

_Eu não tenho medo de você...- respirou devagar, e prosseguiu – Tenho medo do que possa fazer à cada pessoa que mora neste lugar. Vivo desesperada tendo que pensar no bem estar de todos, inclusive no seu. – ele adquiriu as respostas e pensou, afastando-se.

_Tem razão...de ter este medo. – neste momento Madara estava virado de costas para ela, de modo que ela não pôde ver seu rosto ou seus olhos, não sabia se o que ele dizia era verdade ou só mais uma forma de enganação. – Vamos... – nada mais disse, apenas andou mais a frente, a loira se recompôs, não sabia ao certo o que ele queria dizer com aquelas palavras, afinal ele era um homem astuto,meias palavras não faziam seu tipo e seus sarcasmos tinham sempre um ponto de verdade.

Durante todo o caminho até o prédio kage, novamente os malditos olhares de desprezo contornavam à imagem daquele homem, a loira observava muito bem tudo o que acontecia, absolutamente ninguém o aceitava naquele lugar e ele se achava no direito de não ter sua presença ali, mas o que mais amedrontava Tsunade era justamente essa fúria contida explodir e fazê-lo se voltar contra todos, ou pior inconscientemente, ela se saber culpada por forçá-lo a tal situação de vivência. Era como viver com uma bomba-relógio ao seu lado.

De primeira instância, Tsunade sofria consigo mesma a total incapacidade de não poder ou saber fazer nada contra este ódio que ela via diante de seus olhos e nada fazia, chamar a atenção das pessoas aos berros talvez não fosse o certo. Como ela mesmo disse, a situação estava fora de controle.

Da porta de entrada do andar, os ninjas e anbus se amontoavam e enfileirados percebia os dois ali passar com toda a atenção possível, subiram até o segundo andar onde se localizava ao fundo do corredor, a sala onde ocorreria a tal reunião do Conselho com o “réu” em questão.

Madara era o mais mortiço possível, até os anbus tremiam levemente suas pernas diante da presença macabra que aquele homem transbordava. Abriu a porta em um ranger assustador das dobradiças, a primeira coisa que os que estavam ali viram, dentre os daymious e anciãos, era o sorriso cínico de Madara.

Silêncio bruto e ensurdecedor, o local mudara até a vibração psícca, todos pareciam ter congelado suas palavras ou afrontas, mesmo sem poderes, aquele homem transbordava medo e respeito, e se não bastasse, o sorriso psicopata que saía de seus lábios era excêntrico  se comparado à face leve dela.

Madara fez questão de olhar fixamente para cada pessoa que ali residia sentadas em seus acentos confortáveis.

Fitou a cadeira destacada das demais, onde havia um palanque pequeno, sem dizer nada, sorriu e se dirigiu até o local, sentando-se cinicamente.

_Podem começar... – disse sorridente, todos estavam pasmos.

_Uchiha...Madara... – um daymio pertencente ao país se manifestava com certa autoria, a única criatura que ousou dizer míseras palavras. – Notificamos o fato de sua presença aqui nessas terras, mas precisamos resolver determinadas questões quanto a sua estada aqui.

_Não entendo nada... sejam diretos!

_Uchiha Madara! – Koharu levantou-se estatelando os pulsos na quina da mesa. – Aqui não é o seu lugar!

_Nisso nós concordamos. – respondeu interessado.

_Seremos diretos! – Homura advertiu –Foi responsável pelo abate de milhões de vidas durante a 4° guerra ninja, arquitetou um plano em escala mundial para manipulação através de um genjutsu! Principalmente responsável pela morte de shinobis estimados para Konoha!

_Isso por acaso é um julgamento? – Tsunade os interrompeu de imediato, sabia que por mais razão que tinham pelas acusações, algo mudava e muito a situação.

_Sabe que ele não pode ser absolvido de seus crimes! – o ancião reeafirmou.

_MAS ELE FOI PERDOADO POR MEU AVÔ! – se acalmou chamando a atenção do homem ao seu lado – Nós já resolvemos isso antes! Não podem culpá-lo por mais nada do passado! – relutou energicamente.

_Este homem pode fazer novas vítimas, dissipar mais ódio com seus ideiais, matar a todos nós! – Koharu tentava dialogar fervorosa.

_ELE NÃO VAI FAZER ISSO!!! NÃO É JUSTO DIZEREM ISSO!!! – a loira descontrolou-se verbalmente por um segundo, seu rugido fora tão fora do como que deixara-a vermelha no rosto e nos pulsos, acalmou-se em seguida quando virou para olhar na direção de Madara, se encararam por alguns segundos. Ele desconhecia as razões dela e os motivos para tais atitudes, mas agiu como assim prometera, estaria ao lado dele em todos os aspectos.

_Se este homem matar mais uma pessoa sequer, será novamente acusado e executado! –Koharu decretou. –Hokage, ele não pode ser visto longe de sua presença a partir de hoje! Estão dispensados.

Tsunade aliviou-se na hora, sentia-se mais leve, respirou até melhor em seguida e com seus olhos marejados, conseguiu reunir palavras à garganta.

_Escutem todos... – fez sua voz ser ouvida com exatidão, antes saída tremulamente, agora mais grossa. – Estamos prestes a testemunhar aqui pela primeira vez, uma situação onde podemos de verdade chegar a um consenso, próximo de uma aliança, ou até mesmo o sonho de uma paz em nossa vila, este problema interno não pode ser esquecido, mas não pode continuar! Foi decretado pelo meu avô, o recomeço irá acontecer mesmo contra a vontade de qualquer um, se eu posso aceitar, POR QUE VOCÊS NÃO? – encarou a cada um ali –Olhem para mim! Minha família inteira foi morta pelos parentes sanguíneos deste homem, tenho motivos mais que suficientes para matá-lo pessoalmente agora mesmo! Mas existe algo maior, meu avô idealizou isso! Por isso, esta aldeia precisa mudar, não se agarrem mais a esses sentimentos que os fazem desandar! As pessoas precisam mudar isso! Como godaime não permito que este ódio continue se disseminando e contaminando meus aldeões! Aceito a condição de estar ao lado deste homem e que assim garanto que nada de mal ele fará, mas tenho uma objeção, como kage peço que não o olhe mais com descaso! – terminou calando a todos, as pessoas ali abaixaram a cabeça em aceitação, nada mais poderiam argumentar diante de tudo o que foi dito.

Madara que até então só observava, parecia confuso, sua face mostrava inquietação, observava-a e jurava ter lembrado de momentos do passado, até mesmo de seu velho amigo.

 

Os dois se retiraram do local, Tsunade andava ao corredor um tanto esbaforida, tudo o que demonstrou naquele momento lhe rendeu calafrios e podia jurar que sua pressão estava alta demais, sentia-se sufocada, mas algo a fazia se sentir bem, como se fizesse o certo, embora algo em seu coração a fizesse cair em cruel contradição.

Como ela mesma disse, mais do que qualquer um, tem motivos mais que suficientes para nutrir ódio a este homem, e mesmo assim não o faz...ou pelo menos...não demonstra de forma que outros saibam. Somente andou vendo ao longe Shizune passando pelo jardim e o encontro visual foi mais do que esclarecedor, sua amiga e ajudante sabia de muito mais do que ela escondia, e o consentimento mútuo as fizeram abaixar a cabeça e logo passarem uma pela outra, enquanto o homem a perseguia como uma sombra.Observava tudo em absoluta taciturnidade.

Tsunade rumou calada tendo-o em seu encalço, indiscreto e perseguidor de cada passo que dava. Se encontravam em frente a entrada de uma floresta escura e arrepiante, mais à frente um local reservado para memoriais, muito visitado pelo sandaime, principalmente quando ele levava os três pupilos promissores para visitas quando eram menores. Sentou-se na mureta que envolvia uma jardim ao fundo, a loira olhou seu chão, pôs as mãos ao rosto e não saiu dessa posição.

_Este é o segundo dia que estou ao seu lado e é a segunda vez que a vejo chorar...Acho que você não está curtindo as férias.

_Para você é muito fácil falar. – sua voz saiu chorosa com um tanto de insatisfação, não deixou que ele a visse assim.

_Qual é, não consigo ser sarcástico quando você está assim, volte logo ao normal para nos engalfinharmos como de costume!

_O que está tentando fazer? – levantou seu rosto para fitá-lo - ...Me animar? – se questionou.

_Não seja estúpida...apenas me incomoda uma chorona estar andando ao meu lado! – respondeu ofendido. – É irritante!

_Como se você não fosse!? – estreitou os olhos.

_Ao menos eu não fico chorando em frente ao meu inimigo de guerra!- sorriu, ela se levantou o encarando de frente.

_Está achando engraçado? Deixa eu brincar agora! – se mostrou irônico ainda que sensualmente irritadiça - Não fui eu que perdi para o meu inimigo, tão pouco dependi da clemência dele para continuar respirando! – o clima da pior tensão possível fora instalado, a cada palavra dita Madara se encaminhava para ela e firmava em seus olhos a profunda rixa que parecia queimar os seus sentidos.

_Tome cuidado Senju, eu adoro seu deboche mas se não souber como jogar até certo limite, você vai me ver profundamente irritado!

_A recíproca é a mesma. – estava quase para lhe lançá-lo ao inferno com toda a sua aura importunada. Madara a encarou, coçando a língua para dizer mais afrontas que com certeza não os fariam terminar esta tarde nada bem, porém decidiu apenas sorrir.

_Está...estressada. – guardou seu sorriso, rindo internamente.

_EU NÃO ESTOU! Estou perfeitamente normal!

_Senju...acho que está enlouquecendo...sabia? – Tsunade por um momento quis rir, algo parecia diferente nela agora.

_Me dei conta disso quando me encontro na situação ao qual estou, quem diria, meu inimigo de guerra, agora minha fiel dupla dinâmica para todas as horas. – riu em desavença.

_Não se acostume...nunca se sabe quando terá que trabalhar sozinha de novo. – adorava cortá-la em suas palavras.

_Isso é um futuro adeus? – indagou.

_Quem sabe...

_Madara, ainda é cedo para muitos planos, sei que no fundo existe algo bom em você, algo que as pessoas irão enxergar...por favor, não estraga tudo, está bem? – esforçava-se para manter uma face compreensível.

_Eu não posso prometer nada, você me conhece... – desconversou encarando o lado. – As trevas de uma pessoa são imprevisíveis... – soltou frio como o vento que os rebatiam à pele naquele momento, um arrepio se iniciou no corpo da hokage e se estendeu até seus olhos enquanto o fitava andar contra sua direção.

Por algum motivo incomum aquelas palavras lhe marcaram à mente perturbando ainda mais seus pensamentos, de forma que a caminhada célebre se tornou mórbida e de total silêncio de ambas as partes. Tsunade decidiu por dar a Madara, à tarde de descanso, o acompanhou até a entrada de seu prédio e numa quietude angustiante caminhavam até a porta da entrada da residência dele.

_Você não aprontou tanto hoje, o que houve? – indagou cortando a contínua quietude dos passos ali dados.

_Você estava sentimental, resolvi lhe poupar minha excentricidade por hoje. – ele sorriu leve, com a cabeça levemente inclinada para o chão enquanto mantinha as mãos aos bolsos laterais.

_Tenho certeza de que você virá “venenoso” amanhã. – retrucou tentando humorizar. Percebeu ele se esforçar para não olhá-la nos olhos.

_Isso se o amanhã chegar! – sorriu finalmente a olhando, Madara virou-se e abriu sua porta, fechando-a em seguida. A Senju ficou à mercê do que ouvira e via, todo aquele pressentimento que lhe vinha à raiz da alma era como um ceifador cobrando sua entrada no barco, repousou sua delicada mão pela madeira velha da porta, por um momento sentiu vontade de batê-la na esperança de que ainda tivesse um pouco da atenção cruelmente cortada por aquele homem.

Engoliu seco e retrocedeu seus passos, voltando para sua morada, a tarde estava se transformando na noite que tanto a fazia sentir-se...esquisita.

 

Tsunade pov.

Uma palpitação, eu poderia jurar que meu coração deu uma longa pausa em seu batimento, estava eu tomando um banho frio o bastante nessa noite escura e com brisas de arrepiar a pele. Completamente submersa à agua que me escorria pelo corpo, desliguei meu chuveiro terminando por retorcer meu cabelo, eu olhava os reflexos dos vidros e do espelho, aquele embaçado que embaraçava a visão, a pouca claridade de meu quarto começava a me assustar, vesti minha roupa de dormir e um robe de seda leve por cima na cor roxo, o marquei na altura da cintura por uma fita rodada onde a amarrei. Meus pés descalços sentia o frio de cada passo que eu dava pelo chão, um silêncio absurdo nesta noite, nem sei que horas deviam ser, mas parece ser de madrugada, já consigo ver nuvens cinzas e densas pela minha janela, a noite está...assim como eu...estranha.

O cheiro no meu quarto estava diferente, parecia mexer comigo, e o pior era que dentre todos os meus perfumes, aquele aroma não pertencia a nenhum deles, não era meu, não me lembro muito mas acho que isto tudo é consequência de minhas leves bebidas ao fim do expediente, o ruim é que só agora fazem o maldito efeito, maltratando meus sentidos.

Sentei em minha cama e cruzei as pernas, algo ainda estava estranho, eu não parava de pensar no dia de hoje, especificamente nele, me pergunto o porquê disso?

Este homem que invadiu minha vida, minhas obrigações e agora até minha cabeça? Estou muito preocupada com ele, o que ele possa fazer, com tudo....droga! Eu só queria esquecer ou talvez fugir para algum lugar ao qual pudesse somente estar longe, sinto uma melancolia muito grande quando penso em qual futuro posso assegurar à minha nação e a Madara, vovô por que me deu uma obrigação que sabe que eu não posso cumprir?

Levei minha mão à face, repousando minha testa, fechei os olhos em reflexão até eu chegar ao limite, era difícil durante o dia manter-me compenetrada em minhas funções, eu tinha que esconder muito de mim e se não fosse por Shizune ser minha fiel amiga e conselheira, eu jamais estaria em sanidade neste momento.

Deitei-me por sobre o meu travesseiro, repousei minha cabeça olhando para o teto, ainda me afligia, dei um murro no colchão que o acabou por desferir um buraco que estragou meu estofado.

_Não consegue dormir? – meus sentidos.Gelaram. Ouvi esta voz e mesmo com a pouca visibilidade do meu quarto, eu podia ver, levantei-me em pressa o visualizando sentando em uma cadeira feito um rei, me olhava, eu pisquei em descrença, não posso acreditar no que vejo.

_Mas...como? – minhas palavras saíram assustadas, como ele conseguiu chegar até o meu quarto sem eu notá-lo?

_Você se comprometeu a estarmos sempre juntos, lembra-se? – ele me deixou novamente sem falas, recolhi-me novamente em pensamento.

_Pegou minha mania de invadir quartos? – respondi calma, sabia que com ele somente poderia falar na língua que ele entendia, dito e feito e lá estava o sorriso sem graça que o astuto formou nos lábios.

_Eu disse que lhe visitaria.

_Deveria ter batido à porta! – eu estava me controlando para não demonstrar o quanto é aflitante tê-lo ali naquele momento.

_E perder o seu showzinho?...Jamais.

_Mas o que você quer? – fui direta, já me incomodava e muito com a maneira que ele me olhava, eu estava tendo um mau pressentimento com tudo isso.

_Lhe dar um aviso... – ele levantou-se – escute com atenção...o que meu corpo irá dizer ao seu. – veio em minha direção, subindo na minha cama, eu estranhamente não consegui me mexer, fugir ou me desvencilhar, somente voltava a deitar à medida que ele me preenchia por cima, pela primeira vez na vida, eu o olhava sem reação qualquer em meus sentidos. – Ainda tem a chance de parar com o que está fazendo... – segurou meu pulso erguendo-o em sua direção e de frente para mim começou a me desferir beijos trilhados da minha mão ao pulso, cada um mais sufocante que o outro, já que ele aspirava meu cheiro e roçava sua língua pela minha pele, fazendo-me pequenos desconfortos, onde não aguentei e olhei em outras direções, embora minha respiração sôfrega já me entregasse.

_Eu pensei já ter lhe respondido isso. – disse firme.

_Eu não terminei! – disse num tom de advertência, calando-me em seguida.

_Se chegar mais perto, vai parar no hospital! – adverti com mais veemência, encarando enquanto o maldito parecia querer burlar minhas regras. Ele intimidou-se e de relance pôs as duas mãos em meus braços chocando-me violentamente contra a quina de minha cama, jamais pensei estar cara a cara com aquele homem, aqueles olhos lilases que pareciam uma espiral sem fim, atormentaria para sempre qualquer um que ousasse olhá-lo na distância ao qual estou sendo forçada a fazer agora.

_Você ainda tem uma chance...eu lhe digo, não vai conseguir me suportar! Se continuar por este caminho, não sabe o monstro que posso me tornar, e pior...no que você possa se tornar! – me assustei por um instante, novas palavras preenchiam minha cabeça, parecia o inferno, acho que vou pirar. Ele veio bem próximo a meu ouvido direito enquanto permanecia segurando minha mão. – Lembre-se disso princesinha... “tenha medo...do que eu possa ser!

Uma trovoada, bem forte e estalante de qualquer instinto ou sentido humano. Eu acordava em minha cama, da mesma forma que estava.

Era tudo...um sonho?

Me questionei, sentei-me e olhei ao redor do meu quarto, a cadeira que outrora estava a presença dele agora estava vazia, olhei minha mão, a mesma ao qual ele tocara e não havia nenhum vestígio ou sequer o cheiro dele, falando no cheiro, meu quarto agora estava normal, sem aquela fragrância estranha e tentadora.

_Foi um sonho... – disse para mim mesma enquanto punha minha mão em minha boca, uma parte de mim estava aliviada, mas a outra estava tremendo, foi como num pesadelo sem sentido, embora eu tenha gravado bem suas palavras, ele me disse antes, e as repetiu em meu sonho...o que isso significa?

Bom, algo está claro para mim, agora vejo que algo grande está para acontecer, algo que vai mudar a nós dois.

E também que, esta noite, perdi totalmente meu sono, por mais que eu tente e feche os olhos com força, não adianta, a figura dele, o cheiro dele, as palavras e até mesmo seu toque ficam me enfeitiçando, é como se no profundo de minha mente, houvesse um lugar que ele pudesse habitar...e crescer.

 

Tsunade pov of

 

Encontrava-se sentada ao cão tendo suas costas rendidas ao contato gélido com a parede, ouviu um barulho e ousou olhar para o sol que já estava a nascer prematuramente.

_Hokage-sama! – reconheceu a voz. Levantou-se devida a urgência com que ouvia seu nome ser chamado, abriu a porta.

_Shizune!? – sua voz saiu sonolenta. – O que houve, está cedo! – se espreguiçou e deu um bocejo contido, logo olhou a assistente com mais atenção, estava nitidamente em agitação.

_Madara... – recuperou o ar – Ele matou uma pessoa! O jounnins estão o contendo neste exato momento! – seu coração literalmente parou.

_Eu não acredito!!! – seus pressentimentos foram concluídos, talvez este fosse o motivo de não conseguir dormir em paz. Rapidamente foi se trocar para ir com Shizune até onde ele estava.

Continua...


Notas Finais


OMG altas tretas haha
Bom, continuando aqui meu arsenal de temas polêmicos, este cap ficou tão grande que tive que dividí-lo, até sábado eu posto o outro, no cap 4 teremos os temas melhores abordados, este foi só um aperitivo hahaha
meu doujinshi madatsu para quem tiver curiosidade de apreciar :3
http://carolina-senju.deviantart.com/gallery/
é isso, até sabs hahaha


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