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História Dias de Paz. - Vestindo seu desejo.


Escrita por: CarolinaScarlet

Notas do Autor


Oláaaa minna, agora vou com tudo com essa história, antes do vestibular chegar hahahaha mudança de capa, legal né?
então não vou mais enrolar, boa leitura ^^

Capítulo 9 - Vestindo seu desejo.


Fanfic / Fanfiction Dias de Paz. - Vestindo seu desejo.

Tsunade pov.

Como pude me apaixonar pela escuridão? Tão especial e cobiçosa... Eu sinto como se pudesse morrer agora que ele me negou, mais uma vez seu passado o proíbe de seguir o presente, e como de praxe o destino sempre condena um Senju ao lado de um Uchiha. Só jamais imaginei que para mim fosse assim, ainda mais com ele, que deveria ser o meu inimigo mais odiável depois de tudo o que presenciei na guerra.

Ponho a mão em minha boca, sentindo ainda o seu beijo e todo o acalento que me depositou.

Mas o que significou aquilo Madara?

Será que foi apenas mais um joguinho inteligente seu? Pare de nos por numa partida de xadrez, me recuso a lidar com nossos sentimentos como se fossem simples peças ao abate para o xeque-mate do mais forte.

A parte do seu passado que me mostrou foi importante, sem ela eu não teria tomado decisões extremamente improváveis para mim.

pov of

 

O herói da vila corria desenfreado após seguir a trilha do chakra emanado por ela, ele cortou o mesmo caminho pela floresta, sendo surpreendido por Shizune e Sakura que chegaram ao mesmo tempo.

_Mas o que significa isso? - olhava boquiaberto se desvencilhando de alguns ramos que bloqueavam sua frente.

A hokage com a criança mantida nos braços, estava com um grupo de anbus que provavelmente a detectaram primeiro, tinham uma breve conversa e ela abaixou a cabeça lhes dando uma ordem em seguida.

_Tsunade sama! - Shizune gritou num impulso engolindo o choro de preocupação. - A senhora não está bem! Por que fugiu de seu quarto? - a examinava visualmente, tendo a loira se virando apra ela nos mais de vagar dos passos. - Mas que merda, suas feridas abriram. - sentiu a mestra levantar o olhar morto para si e espantou-se.

_Isso? Eu curo num instante. - com desleixo retirou a atadura do pescoço fechando a ferida que sangrava sem nem ao menos fazer selos de mão. Algo estava muito errado, a energia do ambiente era macabra.

_Tsunade sama, a senhora está bem? - Shizune tentava por a mão na testa na mestra, para avaliar sua temperatura corporal, mas foi impedida pela mesma que desviou já entregando o menino nos braços da morena.

_Fique com ele Shizune!... Naruto, você assume por enquanto... – desviou seu olhar para ele no fundo – quero ficar sozinha até segunda ordem. - decretou quase num sussurro de voz, abaixou sua cabeça novamente, Naruto veio até sua direção e ao vê-la passar por si, segurou seu braço fazendo ambos se chocarem com a visão.

_Você foi se encontrar com o Madara? Onde ele está? – Naruto parecia transtornado, aumentando seu tom de voz.

_Você não ouviu o que eu disse? – olhou-o de volta friamente -...Me solta. - seu olhar parecia uma navalha afiada, no mesmo instante o loiro decidiu não insistir mais, embora tenha ficado claro de que ela e Madara realmente se encontraram.

Decidiram os três ali à deixarem só, assim como lhes foram pedidos, mas estranhando a situação, foram averiguar o lugar.

_O que vocês acham que aconteceu aqui? – Sakura dizia recolhendo uma amostra de resíduo do local para examinar.

_Acho que Madara foi embora. Não sinto mais a presença dele. – Naruto estreitava os olhos, nada lhe passava despercebido em sua investigação minuciosamente particular.

_Pela reação dela...então foi verdade... - Shizune se afligia levemente entrelaçando os dedos das duas mãos na linha da coxa.

Tsunade, já afastada de todos, sentou-se a margem de um rio daquela mesma floresta ao qual conhecia bem, tendo uma grande árvore lhe fazendo sombra, passou seus braços pelos joelhos, apoiando sua face, sua franja encobria certa parte de sua testa e seu olhar, levantou-o após ver o sol nascer, diante no inúmeros conflitos internos que teve durante a madrugada, silenciosamente pensou em tudo.

Mais uma vez não conseguiu dormir, uma noite perdida para o Uchiha de novo.

Decidiu retirar a face da imagem do chão e suas retinas bateram de frente para os primeiros raios solares do dia.

De certa forma, sempre haverá o sol do dia seguinte para abrandar as tórridas noites de escuridão. E renovação estava associado semanticamente a recomeço, palavra esta que ficara impregnada em sua cabeça cegamente.

Levantou-se, caminhando de volta para a civilização, afinal uma hokage não poderia fugir de seus ofícios, muito menos de um convívio social por meros problemas particulares. Foi até seu apartamento, trocou suas roupas e seguiu indo para o hospital verificar o andamento dos atendimentos, evitou conversar com Shizune que se ocupava mais do que nunca junto à Sakura. No horário da tarde, já se encontrava em seu prédio, local próprio de trabalho, em sua sala, o mais absoluto silêncio a acompanhava, somente ouvia os ruídos que vinham da sua caneta em atrito com o papel, Tonton chamava sua atenção em cima da mesa, querendo carinho, não negou se distrair por alguns instantes para acariciar a barriga do animal e sua feição melhorar positivamente. Notou alguém conhecido entrar exasperado pela porta. Um furacão em forma de garoto se pôs a sua frente sem lhe causa um tremor, apenas surpresa. Fechou a porta ao entrar.

_Pode me explicar o que foi isso? – Naruto perguntava intrigado e receoso.

_Mandei lhe chamar há pouco tempo, tem algo que eu preciso falar. – levantou-se indo até a janela, fazendo um sinal de mão para que o mesmo viesse, assim ficaram a fitar a aldeia inteira daquele local excêntrico.

_Veio para me mostrar à vista? – Naruto arqueou a sobrancelha, seu tom era sério, ao menos tentava não transparecer insegurança.

_Idiota. – finalmente sorriu – Eu não comecei a dizer! Sempre apressado igual ao seu... – teve uma súbita lembrança de alguém que lhe fazia falta.

_Acho que a godaime não me chamaria aqui para dizer que sou parecido com meu mestre pervertido.

_Certamente...ah Naruto...você mudou muito. – o tom ficou mais suave, seus olhos brilhavam ao observar o rapaz que conheceu ainda criança.

_De certa forma esta guerra mudou a todos nós, mas isso não vem ao caso! O que foi que aconteceu ontem? Você sabe que pode sempre conversar comigo! Posso não entender, mas me esforço para ajudar! – parecia desesperado.

_Eu sei...nem preciso o elogiar para isso. É este o meu medo...a mudança...tenho visto coisas que estão mudando comigo, talvez eu me decline e não seja uma boa kage...preciso contar com você, que é kage assim como eu e com certeza assumirá em minha ausência.

_Por que esse papo agora? Godaime, você está me assustando – acariciou a face do menino.

_Não precisa se fazer de forte sempre Naruto, você me ensinou que quando se está com problemas, se pode confiar nos amigos. É a decisão que tomei. Confiar.

_Isso é adeus? O que pensa em fazer?

_Exatamente o que você está pensando.

_Não vou deixar. – foi ríspido.

_Se eu não for, me arrependerei para o resto da minha vida do momento em que podia ajudá-lo e nada fiz senão pensar em mim mesma. Vocês estão certos, nós dois temos algo, não sei exatamente o que isso significa, preciso descobrir.

_Isso é perigoso, insano de mais! É como estar andando em direção a sua morte! – tentava relutar, visivelmente desconfortado.

_Ou à minha vida. Eu sinto que posso fazer isso, eu confio em você, agora sou eu que peço...acredite em mim.

_Sabe...você realmente mudou...a godaime que conheci, jamais se entregaria às emoções de seus sentimentos deste jeito. Viveu sua vida inteira evitando isso, justamente agora... – pareceu sem fala devida sua interpretação – O que ele tem de especial? – escondeu uma certa melancolia, lembrou de seu mestre.

_Eu não sei...preciso descobrir. – estava sendo sincera, ainda que não soubesse interpretar qualquer fração de seus sentimentos.

_Você sabe o que pode acontecer se for, pode não voltar. – olhou-a em alerta.

_Eu sei disso, cuide bem do garoto...sei que cuidará. E diga a ele que a mãe dele o ama muito. – pressionava os lábios, se flagelaria por isso se pudesse.

_Eu não acredito que você vai fazer uma coisa dessas, está desistindo de seu título na minha frente. – balançava a cabeça negativamente em sinal de completa confusão.

_Eu lhe faço uma promessa, vou voltar como a godaime novamente assim que trouxer o pior inimigo que já tivemos, para nosso convívio. Nossos antepassados estavam certos, todos precisam de uma segunda chance, talvez o que eu sinta por ele seja essa mínima chance que ele precise.

_Dobrá-lo não será fácil. Como irá se proteger?

_Não vou. Considero isso uma missão rank S especialmente para a godaime de Konoha. Só eu posso realizá-la. – disse em total convicção, ressaltando a importância de sua decisão.

_Qualquer coisa que precisar, não hesite!

Assim, Tsunade se direcionou a porta, saindo pela mesma e deixado Naruto assumindo tudo em sua futura ausência, podia parecer loucura, ir atrás do homem que quase à matara em sonhos, mas era um temor que precisava encarar, como a mesma disse, era a única e última chance.

Andava calmamente observando cada detalhe de sua amada aldeia, pensar que em seu coração, abandonaria tudo em prol da salvação de um homem que só a mostrou o mal por entre a escuridão, Sua presença tão rápida na vida de todos, deixou marcas, talvez não pelo período de tempo, mas pela intensidade dos momentos.

 E como o epicentro de seus pensamentos, o beijo de ambos, Madara não teria motivos para aquilo, nem mesmo se fosse para uma brincadeira, ele foi bem real em seus atos, ele teve vontade de fazer aquilo...

A pergunta era...por que?

Foi até seu quarto, revirou algumas poucas roupas de seu armário e pôs numa mochila, arrumou suas kunais e alguns utensílios médicos em uma pequena bolsinha, seus olhos passearam sem querer para a caixa branca retangular no alto de seu armário, se esticou e pegou-a, abrindo-a em cima de sua cama, ali via lembranças de um dia que queria esquecer, era uma vestimenta que usara no dia em que foi se vingar da morte de seu irmão após descobrir seus culpados, vestiu-se do mais profundo negro, assim como agora, despia-se arrastando a vestimenta escura consigo até o banheiro, deixou-a sobre o chão e adentrou o box, ligou a água e sua última chuva de pensamentos a assolou pelo que seria a última vez, precisava reforçar sua vontade para si mesma todos os dias e nos momentos mais críticos, não sabia ao certo se era loucura, insensatez ou egoísmo por agir como queria, ir contra a 99% das pessoas sensatas que escolheriam se afastar desse homem e qualquer caminho em direção a ele.

 Nada lhe importava, decidiu não pensar mais com a mente, mas com o coração, que mal sabia ainda estava muito vivo, mesmo depois de todas as vidas de amados que lhe foram tirados. Teve a imagem de cada um em sua mente, cada ente familiar que morrera em tempos difíceis, onde a guerra comandava as ações das pessoas e enraizavam seus pensamentos. Fechou os olhos deixando a água corrente cair fria em seu rosto, nenhum ruído foi emanado, suas feridas não doíam mais, conseguiu curá-las deixando apenas algumas marcas de secagem. Pela primeira vez, descobriu curar ferimentos que vinham de sonhos. Os sonhos dele. O passado dele, poderia curar a isso também? O fato de não sentir mais dor, responde a pergunta.

Finalizou sua reflexão pensando nas últimas palavras dele...ele parecia inseguro ao dizê-las, seu sarcasmo era exagerado e afobado, ele escondia algo...por que deixou que ela o abraçasse? Ele poderia ter se afastado ou acabado com ela ali mesmo se quisesse.

O que ele deve sentir?

O que tanto quer esconder?

 “Você é muito covarde...Madara...”

Suas palavras ecoavam em sua cabeça, as últimas que disse, tendo um peso de valor em sua indecisão.

 “Não princesinha...só serei covarde uma vez em minha vida...quando lhe ver em minha frente de novo!”

Abriu os olhos imediatamente como se o próprio estivesse vivamente ali lhe dizendo ao seu ouvido.

_Covarde?... – se questionou sentindo cada gota lhe percorrer o corpo –

Não, você não é covarde...eu é que o faço assim...sou sua fraqueza. – desligou o chuveiro imediatamente, em velocidade secou-se com uma toalha e pegou a roupa que estava no chão, vestiu a blusa escura de malha, em seguida a calça de mesma cor, um fino colete escuro com reflexos sobre a luz lhe contornava as costas e trazia um capuz, calçou botas brancas abertas nos dedos que iriam apenas alguns centímetros acima do tornozelo, pôs o capuz encobrindo seu cabelo, pôs as luvas brancas que iam até os pulsos, amarrou uma faixa de mesma cor em sua cintura deixando parte do tecido cair na lateral de seu quadril e as vezes seguia para suas costas, tudo em si ficara absolutamente enegrecido, apenas suas mãos e pés levavam a coloração branca, segurou sua bolsa na lateral do ombro direito e guardou sua bolsinha de utensílios nas costas. Sentia-se como se fosse caçar, uma pessoa em especial.

 

De algum lugar desconhecido, Madara repousava no mais absoluto silencio, estava em uma locação desconhecida, mas em decoração medieval rústica, um vento soprou forte da janela do último andar onde dormia praticamente tendo o céu como o teto, deitado suavemente sobre o tecido de uma cama, abriu seus olhos após sentir a arrepiante ventania que invadia seu quarto e apagava todas as luzes das chamas das velas que estavam nos pires da lateral da parede, levantou-se sentindo um calafrio e engoliu seco sentindo uma ardência em sua garganta.

Madara pov

É estranho, meus olhos acompanham toda a extensão do quarto, está tudo exatamente como deixei, exceto pelas velas derrubadas pelo vento, me aproximei da janela em passos lentos, a lua novamente sorria brilhante para mim, olho para a lateral da parede e um espelho me denomina a verdadeira forma, estou todo como se fosse uma sombra, o único diferencial é meu rosto e meus olhos que faíscam no vermelho absoluto, olho para a incrível paisagem que tenho da fachada daquele lugar. Os ventos estão agitados.

Já é hora de dormir...por que não a vejo em meus sonhos?

Está acontecendo algo...

O que será que está fazendo?

Droga Tsunade trate de dormir logo! Preciso saber o que está fazendo! Nem pense em cometer alguma loucu...

Silêncio...

O mais absoluto... meus olhos... conseguem ver algo.

 

pov off

 

Tsunade agora estava à frente da casa de sua família, observava com lágrimas secas aos olhos, mas um sorriso consolador, em sua mão, uma tocha acesa, mais a frente, o cenário do lugar inteiro pegando fogo e sendo destruído pelas chamas enquanto a mesma observava em pé apenas alguns metros a frente.

Fechou seus olhos pensando nele com todas as forças, sentindo o fogo esquentar sua pele.

_Você está vendo isso Madara? Espero que tenha lindos sonhos esta noite...pois ao nascer do dia...nos veremos de novo.

 

Madara pov           

 

O que...você fez?

Incendiou sua própria casa? Todas as suas memórias de infância...mas o que diabos foi isso? Como ela conseguiu conexão comigo?

Eu pensei que tivesse à amedrontado, lhe deixei imagens e ferimentos insuperáveis, mas como?

Eu faço tudo para que siga o que lhe determinei e você faz justamente o oposto?

Mas que raios de frase foi essa?

Olho para todos os lugares, parece que ela estava aqui, ouvi sua voz nitidamente...

Estou ficando louco!

Desde que nos encontramos, foi uma loucura total.

Exatamente tudo, isso e agora!

Pela primeira vez não sei o que vai fazer...tenho...

Medo?

Que ironia Tsunade, nesta noite...é você que não me deixará dormir.

 

Continua...


Notas Finais


QUE FINAL MEW DEUS\O e agora que venha o prox cap que terá musiquinha e altas tretas, finalmente à postos para o 10 \o


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