1. Spirit Fanfics >
  2. Discovering a New World >
  3. Capítulo 8 - Understanding and New Surprises

História Discovering a New World - Capítulo 8 - Understanding and New Surprises


Escrita por: Kirjailija

Capítulo 8 - Capítulo 8 - Understanding and New Surprises


Lilith arrastou aos quatro Kittyara por toda a mansão Slytherin, mostrando cada quarto e sala na esperança de despistar os dominantes que estavam em seu encalço. Por fim, ela decidiu se estabelecer em uma das salas de chá, fechando a porta atrás deles e lançando vários e poderosos feitiços silenciosos e de privacidade. Quando ficou satisfeita com a segurança, ela se sentou em uma das confortáveis poltronas e fez sinal para que os outros a imitassem, pedindo um chá com bolinhos para um dos elfos-domésticos. Enquanto servia aos seus convidados, a morena manteve seus olhos dourados fixos no rapaz loiro, avaliando-o.

– Milady queria falar conosco? – o rapaz perguntou com um sorriso forçado.

– Na verdade Phi, eu gostaria de saber o que você está escondendo de seu dominante? – a morena perguntou de maneira direta.

– Desculpe, mas não sei ao que Milady se refere. – Phi desconversou, o sorriso congelado em seu rosto e seu corpo completamente tenso.

Lilith franziu o cenho e soltou um baixo rosnado de advertência, fazendo o jovem empalidecer e abaixar a cabeça em submissão. Os outros Kittyaras encaravam a troca de palavras em completo silêncio.

– Tenha cuidado filhote. Você ainda é jovem o suficiente para que eu possa coloca-lo sobre meus joelhos e lhe dar umas boas palmadas. – ela advertiu, nem um pouco alterada pelo fato do rapaz loiro ser alguns bons centímetros mais alto do que ela.

Phi se encolheu levemente ante a ameaça daquela que ele considerava como sendo a Alfa de sua tribo e assentiu, seus olhos ainda sem encarar a mulher a sua frente. Os outros três Kittyaras também haviam empalidecido levemente, suas mentes fazendo a promessa de jamais desagradar a sua princesa. Vendo as poses defensivas dos quatro, em especial a do loiro, Lilith soltou um suspiro cansado e se mudou para sentar ao lado dele, acariciando-o atrás de uma de suas orelhas felinas e ignorando o ligeiro tremor que passou pelo corpo do jovem Kittyara.

– Phi, olhe para mim. – ela pediu suavemente, sorrindo satisfeita quando os belos olhos bicolores se ergueram de maneira cautelosa para encara-la.

– Eu não estou exigindo que vocês me obedeçam cegamente, mas eu gostaria que vocês confiassem em mim como alguém com quem possam dividir seus problemas e preocupações. Eu quero conhecer vocês. Antes de ser a sua Princesa e futura Rainha eu gostaria de ser sua amiga. – seu sorriso aumentou enquanto ela encarava aos quatro jovens a sua volta.

As duas meninas tinham lágrimas se formando no canto de seus olhos, enquanto os dois rapazes tentavam esconder o ligeiro rubor que aparecera em seus rostos, embora todos quatro ostentassem pequenos sorrisos de felicidade. Mas o sorriso morreu do rosto do rapaz loiro quando ele se lembrou do por que daquela conversa. Respirando fundo para se recompor e criar coragem, ele encarou aos olhos dourados de sua soberana, que brilhavam calidamente.

– Eu... eu estou grávido, minha senhora. – ele finalmente murmurou, um novo rubor colorindo suas bochechas.

Os três Kittyaras mais jovens imediatamente saltaram de seus lugares, as meninas soltando pequenos gritinhos animados, e começaram a parabenizá-lo. Lilith, por sua vez, continuava a encará-lo, desconfiada de que aquela não era toda a história. Suas suspeitas foram confirmadas quando Phi se levantou e gritou com eles, um brilho suspeito se formando no canto de seus olhos bicolores.

– Vocês não entendem?! Eu não posso contar ao meu companheiro que eu estou esperando. Ele odeia crianças! Ele vai me odiar. – o loiro terminou com um gemido triste, desabando sobre seu acento e escondendo o rosto entre as mãos.

– Ele jamais poderia odiá-lo, filhote. – Lilith repreendeu suavemente, continuando a alisar as orelhas cinzentas na tentativa de acalmá-lo. – Ele te ama e irá amar todos os filhos que vocês tiverem.

– Eu não sei...

– Vamos fazer o seguinte! – a Princesa de repente saltou, enérgica. – Eu quero que vocês fiquem hospedados aqui na mansão. Diremos aos Dominantes que eu pedi a vocês para me contarem mais sobre os seus grupos de Kittyaras. Enquanto isso Phi, você pensa calmamente sobre o que conversamos e decide o que fazer, certo?

O sorriso que havia surgido no rosto de Lilith caiu levemente quando viu os rostos preocupados de Rin e Misao.

– O que houve?

– Não é nada, princesa, é só que... – Misao começou, incerta.

– Talvez não seja uma boa ideia para nós ficarmos aqui... – Rin continuou, torcendo levemente as mãos em um gesto nervoso. – Os reinos de nossos parceiros estão passando por um delicado momento e não seria sábio para eles passar muito tempo longe.

Lilith soltou um suspiro, mas assentiu para as duas garotas. Encarando aos dois rapazes, ela ficou feliz ao ver o suave sorriso de aceitação no rosto de Shuichi e o suspiro de derrota de Phi.

– Nós permaneceremos ao seu lado, Milady. O reino de Lorde Kurama está em relativa paz e não haverá problema se tirarmos um tempo de férias. – o Kittyara de cabelos rosados falou suavemente.

Batendo palmas satisfeita, Lilith se levantou e finalizou os feitiços de proteção e silenciadores que havia colocado. Nem bem a magia se desfez, um Tengu e um Ryujin extremamente furiosos adentraram intempestivamente no recinto, sendo seguidos por um contrariado Demon, um Kitsune ligeiramente divertido e um Inukai aborrecido.

– Ora, pelo amor dos Deuses!! Nós estávamos só conversando! Eu não os abduzi, nem nada do tipo. – a Princesa Kittyara resmungou, exasperada ante o excesso de zelo dos homens.

– E sobre o que vocês passaram tanto tempo conversando? – o Senhor do Oeste exigiu.

– Isso não é da sua conta Godzila. – Lilith cortou, sorrindo satisfeita ao receber um rosnado do homem como resposta. – A propósito, Tom querido, Phi e Shuichi ficarão hospedados aqui por um tempo... Lógico que seus parceiros são mais que bem vindos a permanecerem também. – ela completou com uma expressão que seria inocente em seu rosto, se não fosse pelo brilho maroto de seus olhos dourados.

– Espera? O que? – o Lorde das Trevas pediu ligeiramente perdido pelo rumo da conversa.

– Mas de jeito nenhum!! – Lorde Kurogane rosnou.

– Ficaremos honrados em aceitar seu convite, Milady. – Lorde Kurama murmurou, fazendo uma ligeira vênia educada.

– Ótimo! Agora que estamos entendidos eu irei mostrar o resto da propriedade aos nossos convidados. Venham filhotes!

Lilith novamente enganchou seu braço com o do Kittyara loiro e saiu arrastando-o pelo corredor, seguida de perto pelos outros jovens e ignorando olimpicamente aos rosnados do Ryujin, os olhares incrédulos de Tom e Kyo, o sorriso divertido de Kurama e o brilho aborrecido de Sesshomaru. Alguns minutos depois que os cinco submissos haviam desaparecido, Tom suspirou derrotado, passando a mão pelo cabelo e olhando com desgosto para os outros dominantes ao seu lado.

– Eu acho que só nos resta ir com a correnteza. – “E que correnteza!”, ele complementou em pensamentos, seus olhos vermelhos brilhando com repentina luxúria.

– Você irá aceitar essa situação, Demon? – Kurogane pediu com um rosnado. – Você irá se rebaixar ante seu submisso?!

– Cuidado com o seu tom, Ryujin. – Tom sibilou em resposta, sua magia negra pulsando perigosamente a sua volta. – Convidado ou não, eu não irei permitir que você deprecie a mim ou a minha companheira. Lilith não é de forma alguma inferior a mim. Ela é minha igual! Minha amada, minha família e minha futura rainha. Você faria bem em respeitá-la e ao seu próprio companheiro, antes que você acabe perdendo-o.

– Como é?! – o Senhor do Oeste urrou, suas presas alongando em desafio.

– Ser um submisso não significa dizer que alguém é mais fraco. – Kyo bufou, cruzando os braços com desagrado.

– Você presenciou a força mágica da futura soberana do Milênio de Prata, e tenho certeza que em algum momento já foi capaz de sentir o poder de seu próprio submisso. Você faria bem em se lembrar disso. – o Kitsune de cabelos prateados colocou friamente.

Lorde Sesshomaru se limitou a assentir levemente em concordância com as palavras dos outros Lordes, um imperceptível estremecimento passando pelo seu corpo quando ele se lembrou do dia em que havia contrariado sua pequena Kittyara pela primeira vez. Ele ainda possuía as marcas em seu corpo.

Um alto estalo anunciou a chegada de um diminuto elfo-doméstico, eficientemente acabando a discussão e atraindo a atenção dos cinco dominantes.

– O que houve, Ping? – o Lorde das Trevas perguntou.

– Mestre. Os irmãos Demônios estão aqui. Eles estão procurando pelo Mestre.

– Muito bem, traga-os até mim.

– Irmãos Demônios? – Lorde Kurama indagou meio curioso, após o elfo ter desaparecido com um novo estalo.

– Membros da minha guarda pessoal. – foi a resposta curta do Demon.

Logo, o som de passos vindos do outro lado do corredor os alertou para as novas presenças. Dois belos e musculosos homens morenos, trajando sóbrias armaduras negras, vinham marchando pelo corredor em sua direção. A semelhança óbvia entre ambos facilmente os caracterizava como irmãos. O que vinha a direita possuía cabelos negros curtos e incríveis olhos azulados, enquanto que o da esquerda aparentava ser alguns anos mais velho, seus cabelos também negros chegavam-lhe na metade das costas, presos delicadamente por uma fita prata, e seus olhos azulados, um pouco mais escuros que o do irmão, brilhavam com sabedoria. Ambos se detiveram em frente ao Lorde das Trevas e se inclinaram em profundas reverências, embora seus olhos permanecessem fixos nos outros quatro homens, encarando-os com desconfiança.

– Majestade. – eles entoaram.

– Sejam bem vindos. – Tom os cumprimentou suavemente. – Estes são os quatro Lordes Youkais do Japão. Eles estão aqui como convidados. – esclareceu, apontando para os quatro atrás dele. Os dois Demônios se limitaram a assentir, embora seus olhares ainda estivessem desconfiados.

Os quatro Youkais retribuíram ao cumprimento com ligeiros balançar de cabeça. Foi o Lorde Kitsune quem quebrou o silêncio tenso que havia se estabelecido.

– Eu acho que nós deveríamos procurar por nossos submissos. Já faz um tempo que eles desapareceram.

– Ping! – Tom chamou e, com um novo estalo, o elfo se materializou na sua frente.

– O que Ping pode fazer pelo Mestre?

– Você sabe onde Lilith foi com os outros?

– Milady está mostrando os jardins para os convidados. – o elfo esclareceu, fazendo uma reverência e desaparecendo quando lhe foi ordenado.

Em silêncio, o grupo fez o seu caminho pela mansão, voltando para a sala de visitas, cujas portas envidraçadas levavam a um suntuoso jardim. Alcançando as portas, os sete homens estancaram, seu olhos encarando maravilhados ao quadro que se desenvolvia a sua frente. Em meio a tulipas e girassóis quatro jovens felinos se divertiam, pulando e correndo uns atrás dos outros. Uma leoa, um guepardo, um leopardo das neves e um lince ibérico.

Observando-os de perto, e deitada placidamente embaixo das sombras de um grande carvalho, estava a bela e imponente figura de uma pantera negra alada com uma lua crescente brilhando em sua fronte. Suas orelhas se ergueram em alerta e ela elevou a cabeça para encará-los, sentindo a sua aproximação.

– Lilith. – Tom chamou suavemente, e um mínimo sorriso satisfeito transpassou seu rosto quando a felina se ergueu e se aproximou, ronronando levemente.

Enquanto isso os quatro Lordes Youkais se dirigiram para os seus próprios submissos, deixando ao Lorde e à sua companheira a sós com os dois irmãos Demônios.

– Lilith, amor, você poderia voltar a forma humana? Há algumas pessoas que eu gostaria de lhe apresentar. – Voldemort pediu e logo uma humana princesa Kittyara estava parada ao seu lado.

– Amor, estes são dois dos membros da minha guarda pessoal, os irmãos Demônios do Fogo, Zagard e Lantis. Cavalheiros, esta é minha companheira, Lilith Serenity Arcana Millenium, Princesa do Milênio de Prata. – o moreno apresentou, sorrindo ligeiramente divertido ante os rostos assombrados dos seus guardas.

– Milady. – ambos cumprimentaram, passado o assombro inicial, e fizeram profundas reverências.

– Estamos muito felizes por nosso príncipe finalmente ter encontrado alguém para amar. – o mais velho dos dois murmurou, sua voz suave e tranquila. – Eu sou Zagard, conselheiro real.

– E já não era sem tempo. – o moreno mais novo resmungou, recebendo um olhar repreensivo do irmão. – Eu sou Lantis, chefe da guarda dos Demons e protetor pessoal do príncipe.

– E muitas vezes uma pedra no meu sapato. – foi a vez de Tom resmungar, sorrindo levemente quando ouviu um bufo irritado do outro moreno.

– Se não me falha a memória era EU quem nos tirava dos problemas em que VOCÊ nos metia. – Lantis ressaltou.

– Problemas que eram ideias suas inicialmente. – Tom rebateu, seus olhos vermelhos brilhando com desafio.

– Eles parecem se dar muito bem. – a princesa Kittyara comentou, observando divertida a interação dos dois Demons.

– Eles foram criados juntos desde crianças. – Zagard esclareceu ao seu lado. – Tom é apenas um ano mais novo que Lantis. Nós três fomos criados e treinados pelo nosso Ancião, até que Tom resolveu ir para Hogwarts, tentando descobrir quem foi o responsável pelo massacre do nosso reino. Lantis e eu ficamos responsáveis por manter a segurança do que restou do nosso povo, juntamente com os outros membros da guarda real. Temos esperança de que logo seremos capazes de reconstruir o nosso reino e coroar um novo casal real, e é meu mais profundo desejo ver Milady ser coroada ao lado de Tom, como nossa Rainha.

– Eu ficarei honrada. – Lilith sussurrou, um sorriso suave enfeitando suas feições.

– Milady não sabe o quanto suas palavras me alegram. O nosso povo aguarda ansiosamente para conhecê-la.

– E eu a eles. Quando poderemos ir?

– Em breve. – Tom entrou na conversa, se aproximando e passando suavemente um braço por sua cintura, abraçando-a de encontro ao seu corpo. – Zagard e Lantis devem estar cansados da viajem. Por hora vamos atender aos nossos indesejados convidados. Sairemos amanhã pela manhã. – ele finalizou, beijando-a levemente nos lábios e os conduzindo de volta para a mansão, sendo seguidos pelos outros.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...