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História Do crepúsculo ao amanhecer - Aquele sobre a mulher da sua vida


Escrita por: holyserquel

Notas do Autor


pela primeira vez, em três anos escrevendo fanfic, nunca atualizei em menos de um mês hehe.
mencionei sobre isso no twitter mas preciso deixar registrado aqui: estou apaixonada por esse fandom, por todo carinho e acolhimento que tenho recebido desde quando cheguei. de certa forma, isso serviu como um incentivo para mim! amei o feedback de vocês e espero que possamos cultivar uma boa relação no decorrer da fic. não existem palavras para agradecer a vocês por cada comentário e favorito na fic, isso significa muito pra mim!
tenho grandes planos para "do crepúsculo ao amanhecer", aguardem ♡
esses dois capítulos são bem curtos e meramente explicativos, precisei ser um pouco superficial para explorar a relação durante a fic. quem me conhece de outras fanfics sabe que eu procuro desenvolver o casal da maneira mais detalhista possível.
morri de amores com esse capítulo, espero que gostem.
boa leitura, amorinhos ♡
qualquer coisa, gritem @holyserquel no twitter

Capítulo 2 - Aquele sobre a mulher da sua vida


Fanfic / Fanfiction Do crepúsculo ao amanhecer - Aquele sobre a mulher da sua vida

E a beleza é nada se for comparada com tudo que eu vejo em você, meu bem.

 

“Ai está, nosso golden boy, a raspa do tacho, o filho favorito da mamãe.” Respirei fundo e de maneira quase automática meus olhos reviraram com aquele cumprimento. A ironia na voz de Berlin chegava ser palpável.

Não que eu pudesse me importar com isso, obviamente. Havíamos passado da fase em que contestava as provocações de meu irmão mais velho, uma hora aprendemos que é preferível estar em paz a estar certo. A maturidade ensinou-me que a melhor resposta para a infantilidade alheia é o silêncio.

“Seja lá o que lhe trouxe ao meu escritório espero que seja rápido, preciso assinar esses documentos até o final do expediente” Desde o momento em que ele adentrara não havia levantado os olhos em sua direção, mas pude perceber o momento em que ele se jogou no sofá negro, localizado na extremidade esquerda do meu escritório. Estava concentrado demais e pretendia finalizar meu trabalho antes das 20h. Era meio de semana, e sentia-me esgotado como se tivesse corrido uma maratona no Saara.

“Ora pois, qual é a pressa?” Indagou, divertido. “Você é o CEO desse império, não possui uma vida fora daqui, muito menos horário para ir embora então não tenha pressa. Converse comigo, terá tempo de sobra para concluir seu trabalho!”

Sua afirmação seria cômica se não fosse trágica. Mas sim, ele tinha razão. Não tenho uma vida fora da empresa, infelizmente meu emprego suga minhas forças de todas as maneiras possíveis.

Meu nome é Sérgio Marquina, CEO da Fashion Reputation & Co. Aos 40 anos possuo um patrimônio acumulado em 2,5 bilhões de euros, resultado de anos de dedicação e esforço do meu querido pai. Sou o caçula da família, atrás de Berlin. Até hoje tenho dificuldades em acreditar e aceitar o fato de Alejandro ter confiado seu precioso império em minhas mãos. Nunca fui fã do círculo empresarial, o luxo não enche meus olhos. Prefiro a simplicidade, o natural e espontâneo. Encanto-me pelo cheiro das flores, saboreio a comida tentando desvendar quais temperos foram usados, aprecio uma boa música e enxergo o arco-íris que vem logo após a tempestade. Um romancista nato, apaixonado pela vida, pela arte.

Se meu futuro dependesse única e exclusivamente de minhas escolhas, teria seguido meu coração e feito carreira naquilo que realmente amo: a fotografia. Capturar o mundo pelas minhas lentes era meu hobby favorito, uma paixão inexplicável, mas infelizmente meu pai nunca foi muito receptivo com os meus assuntos. Caso não tivesse aceitado trilhar o caminho exigido por ele eu morreria de fome, além de ser expulso de minha própria casa.

Acreditava fielmente que quando meu pai viesse a falecer eu estaria livre, sem responsabilidades ou compromissos com a editora. Entretanto, meu pai deu-me a maior rasteira do mundo e pegou a família inteira de surpresa. Através de seu testamento, ele literalmente forçou-me a presidiar sua dinastia, de maneira bem clara, deixou registrado que caso tivesse alguma negação da minha parte a empresa seria fechada e minha família perderia tudo. Todos os nossos bens seriam enviados ao leilão, e não ficaríamos com nada. Sim, ele era um louco. Atrevo-me a chama-lo de psicopata. Descanse em paz, Alejandro Marquina. Espero que esteja queimando no inferno.

Pensei seriamente em jogar tudo para o alto e fugir, sair daquela tóxica esfera, do mundo em que girava em torno do dinheiro, mas quando refleti de maneira fria dei-me conta que além da minha família, estaria jogando várias outras na miséria. Todos os funcionários ficariam desempregados, várias pessoas recebiam o ganha-pão naquela editora, então não haveria escapatória da minha parte. É bem verdade que meu pai me conhecia e usou de uma fragilidade para me atingir em cheio, tinha ciência sobre minha personalidade caracterizada pela empatia, sabia que quando me desse conta do que estava em jogo seria incapaz de negar a responsabilidade.

Não preciso dizer o quanto Berlin ficou furioso, mas com o tempo acabou se acostumando com a situação. Apesar de ser o mais velho, meu irmão sabia que tinha a grande possibilidade de levar a empresa a falência por seu comportamento impulsivo e impensado.

Honestamente? Ainda me sentia frustrado por não ter seguido meus sonhos e feito aquilo que meu coração implorava, mas era por uma boa causa, não? Guardei meus desejos pessoais dentro de uma gaveta na cabeceira de minha cama, ansioso pelo dia que ela seria aberta.

“Sérgio, Sérgio...” Por um segundo, levantei meus olhos dos documentos que assinava e observei meu irmão, encontrando-o com as mãos cruzadas no peito, compenetrado em algum detalhe qualquer no teto. “Soube do problema com a Vloss?” Indagou, como quem não quisesse nada.

“Soube que foi vendida, só isso.” Dei de ombros, para logo em seguida continuar assinando os papéis sem muita atenção. Aqueles documentos eram contratos de compra e venda, organizados e corrigidos pela minha secretária, então não me daria o trabalho de ler o que estava assinando. Confio em Raquel de olhos fechados.

“Bom, vejo que meu trabalho como fofoqueiro já foi feito. Agora, vamos ao que realmente interessa: Arrumou alguma companhia para a premiação?”

“Não.” Bufei, impaciente. Como se não bastassem todos os meus problemas, ainda tinha esse assunto.

Em uma semana tinha um evento importantíssimo em Santorini, na Grécia. Zane Awards é uma premiação internacional, uma saudável competição entre as mais conceituadas editoras de moda do mundo inteiro. Pela primeira vez, Fashion Reputation & Co. havia sido indicada e em três categorias diferentes. Um absoluto prestigio! Claro, aquilo era motivo de grande orgulho para todos nós e eu estava vibrando por dentro, ansioso por aquele evento. Entretanto, precisava de uma acompanhante. Tóquio estaria viajando com Rio e eu não seria louco de atrapalhar o plano dos dois, não tinha contato com as mulheres muito menos era íntimo de alguma. Tinha Alicia..., mas convida-la estava fora de cogitação, então o que eu poderia fazer?

“Como não?” Abruptamente, Berlin levantou-se em um pulo, olhando-me com os olhos arregalados e uma expressão de indignação.

 “Simples, acabei me esquecendo sobre esse assunto.” Derrotado, empurrei meus documentos para o lado e joguei-me em minha cadeira, desejando que aquele dia terminasse o mais rápido possível. “Tenho problemas mais importantes do que pensar em uma companhia para a premiação.”

“Vamos lá, vamos lá, garotão. Você já foi melhor que isso.” Respirei fundo, tentando clarear minha mente, algo que era praticamente impossível uma vez que Berlin não parava de tagarelar. “Precisa de ajuda para escolher? Diga-me, quais as candidatas?”

“Não há candidatas, Berlin.” Massageei minhas têmporas, rezando aos céus para que meu irmão saísse dali o mais rápido possível.

“Alicia é uma boa opção, ela está caidinha por você.” Ah pronto. “Caso ela seja escolhida como acompanhante poderá ter um bônus no final da noite.” Para ser sincero, pensei seriamente em repreende-lo naquele exato momento, porém resolvi soltar a corda para saber até onde iria seu comportamento mesquinho. Não me leve a mal, amo meu irmão, mas não gosto da maneira que ele lida com mulheres.

“Qual seria esse bônus?” Rodei meu assento até que estivesse de frente com ele. Com as sobrancelhas arqueadas, fiz minha melhor cara de desentendido.

“O que mais poderia ser? Você teria uma noite inteira regada a sexo com aquele monumento!” Respondeu, entusiasmado. Tinha um sorriso sacana nos lábios, e aquilo de certa maneira me enojava. “Dormiria com a cama aquecida, sem contar na manhã seguinte em que vocês poderiam...” Antes que ele pudesse concluir sua fala, tratei de interrompe-lo.

“Berlin, chega!” Meu irmão tinha a péssima mania de tratar mulheres como submissas e objetos, o que me causava absoluta repulsa e todos os dias perguntava-me como poderíamos ser filhos dos mesmos pais. “Pare de ser assim, respeite as mulheres, por Deus!”

“Toda família precisa de uma ovelha negra, não é?” Sua expressão de puro cinismo fez-me revirar os olhos. Realmente, meu irmão não tinha salvação. “Sérgio, o que quero dizer é que você precisa dar um rumo a sua vida.”

“Não preciso de nenhum rumo para minha vida, sinto-me completo e realizado.” Respondi firme, mentindo descaradamente. Não, eu não me sentia completo e realizado, porém, jamais admitiria isso. A verbalização de um pensamento faz com que ele se torne real.

“Você chama de realização essa sua vidinha medíocre dentro desse escritório?” Indagou, levantando-se e caminhando pela sala. “Sérgio, você precisa sentir! Precisa viver, passear no parque, andar de mãos dadas com alguma mulher por aí.” Enquanto proclamava seu discurso, gesticulava com as mãos como se fosse algum tipo de ator interpretando seu papel. Eu poderia rir da situação se ela não fosse tão trágica. “Precisa de alguém para dormir e acordar do teu lado. Sérgio, a vida é um sopro. Você não faz ideia do que está perdendo estando aqui, trancado dentro dessas quatro paredes.”

“Berlin, estou velho e bem resolvido, mas obrigado pela parte que me toca. É realmente uma grande emoção saber que meu irmãozinho se preocupa com meu celibato.” Respondi, debochado. De maneira dramática, levei a mão direita ao peito enquanto com a esquerda fingia limpar algumas lágrimas inexistentes em meu rosto. Quando encarei meu irmão, encontrei-o de olhos cerrados em minha direção e logo em seguida fez um gesto indecente com os dedos. Explodi em uma crise de riso, Berlin não pertencia a este mundo!

“Deixe de besteira, Sérgio. E digo mais, anote aí no meio de suas agendinhas de nerd: a próxima mulher que passar por essa porta.” Começou, apontando para a porta do escritório. “Será a mulher da sua vida.” Ainda recuperando-me da crise de risos, neguei com veemência.

“Berlin, deixe de ser u...” Antes que ele pudesse concluir, uma leve batida na porta ecoou pelo ambiente. Congelei em meu lugar, alternando o olhar entre Berlin e a porta. Meu irmão tinha os olhos arregalados em minha direção, em uma expressão de pura incredulidade. Que tipo de bruxaria era aquela?

“Pode entrar.” Com a voz um tanto trêmula, autorizei a entrada de quem quer que fosse.

Em uma espécie de câmera lenta a fechadura se moveu e a porta vagarosamente se abriu, revelando a visão de uma tímida mulher. Era ela, a melhor secretária de todo o universo.

Raquel Murillo.

Poderia facilmente escrever um livro sobre minha secretária apenas observando-a durante todos esses anos (e ele certamente se tornaria um best-seller). É muito fácil discorrer quando se trata de Raquel. Dona de um sorriso leve, uma língua afiada e uma beleza arrebatadora. Não, eu não a conheço de maneira profunda, ela é apenas uma amiga e companheira de trabalho, mas alguém em que confio minha vida de olhos fechados assim como seria capaz de colocar as mãos no fogo por ela. De imediato, senti um enorme carinho pela loura desde nosso primeiro encontro. Exala simpatia e educação por onde passa, todos são apaixonados por Raquel. Passei anos estudando-a unicamente através de sua linguagem corporal e alguns diálogos, chegando a simples conclusão de que ela é uma das mulheres mais fortes (e lindas) que conheço. Estive presente em vários momentos de sua vida, de alegrias e tristezas. Uma das minhas lembranças favoritas foi quando ela descobriu que estava grávida, sabia que fui o primeiro a saber?

 “Com licença.” Pediu educadamente, mordendo o lábio inferior. “Perdoe-me por incomodar, mas o café acabou de chegar. Berlin disse que poderiam ser interrompidos” Seu delicado rosto tombou para o lado, enquanto ela apertava os olhinhos de maneira vergonhosa.

“Raquel!” Meu irmão praticamente berrou, causando um nítido espanto em minha secretária. “É só você, que susto!” Disse eufórico, afrouxando sua gravata. Incapaz de dizer qualquer coisa, apenas fiz um aceno de mão, autorizando sua entrada.

“É muito bom saber que para você, Berlin, chego ser assustadora de tão feia.” De maneira elegante, Raquel caminhou em minha direção, rindo da atitude de meu irmão durante o percurso. Quando se aproximou, deixou o café sobre a mesa, fazendo com que eu suspirasse de maneira profunda ao sentir o delicioso aroma de baunilha.

“Raquel, não é o que você está pensando. Foi um tremendo mal-entendido, você é uma mulher muito bonita e elegante. Seria incapaz de me assustar com você, sabe que eu te amo!” Tentei segurar minha risada ao ouvir Berlin se explicando de maneira quase desesperada, mas era impossível. Raquel, por outro lado, tinha uma das mãos na cintura e as sobrancelhas arqueadas. Seu rosto era puro divertimento com a exasperação de Berlin. “Sérgio e eu estávamos conversando sobre um...” Meu irmão olhou em minha direção, suplicando alguma escapatória, mas tudo o que eu consegui fazer foi rir ainda mais. “Assunto!”

“Não dê atenção a ele, Raquel. Meu irmão está precisando descansar, a idade está lhe subindo a cabeça.” Minha secretária revirou os olhos e sorriu de maneira tímida logo em seguida. Senti algo em meu interior formigar com aquele simples gesto, mas logo afastei meus pensamentos. “Muito obrigado pelo café. Perfeita e pontual como sempre.” Como se estivesse a vida inteira esperando por aquele momento, levei o copo até meus lábios saboreando aquele delicioso café, mas as próximas palavras de Raquel fizeram com que meu momento sublime fosse interrompido.

“Bom, também vim aqui para lhe dizer outra coisa. Mandei uma mensagem pelo Skype mas acredito que não tenha visto.” Começou cuidadosa, encarando-me com certo receio. “A senhorita Sierra está a sua espera.” Raquel ganhou minha atenção em questão de milésimos. Eu não havia dito para passar em minha sala no final do expediente? O que Alicia estava fazendo ali? “A secretária avisou que ela estava de saída, tem um compromisso no salão de beleza às 18h e vai sair mais cedo, então está ao seu aguardo.” Raquel comprimiu um os lábios, segurando um sorriso e um comentário maldoso. Ela era impossível.

“Raquel...” Cerrei os olhos em sua direção, em uma expressão de pura desconfiança. Eu sabia exatamente o que estava rodando aquela cabecinha.

“O que?” Divertidamente, Raquel levou a mão direita até peito, esboçando uma feição de falsa ofensa. “Eu não disse nada!” Suspirei com seu jeitinho todo delicado, Raquel era uma graça.

“Engraçadinha, eu te conheço muito bem, senhorita Murillo. Vamos, solte seu comentário.” O passatempo favorito de Raquel era alfinetar Alicia, e eu me divertia com aquilo.

Sierra não é uma das pessoas mais simpáticas do mundo, muito menos com Raquel, mas é uma profissional muito competente então não poderia simplesmente demiti-la por seu temperamento asqueroso. Ah, não, comigo ela era um amor. Tinha conhecimento sobre sua paixão platônica a meu respeito, mas eu seria incapaz de me relacionar com uma mulher como ela. Por diversas vezes a vi enfrentando Raquel, mas minha astuta secretária não deixava nada passar batido. Murillo é a personificação do ditado “não levo desaforo para casa.”

“Estou falando a verdade, dessa vez não há alfinetadas. Final de expediente, estou cansada e ansiosa por ir embora encontrar o meu homem.” Os olhinhos de Raquel brilharam, a medida em que ela exibia seus lindos dentinhos através de um genuíno sorriso.

Seu homem era um doce bebê de um ano e alguns meses. Santiago era o ponto fraco de Raquel. Ela se desmonta por inteira com a simples menção ao nome do garoto, mas se ele fosse meu filho acredito que aconteceria o mesmo. Era um bebê encantador e sorridente, um grude com Raquel e uma fiel cópia da mãe. Em sua festa de um ano Tóquio e eu marcamos presença, de maneira muito cômica o garotinho decidiu ficar em meu colo durante alguns minutos. Raquel ficou boba com o próprio filho, pois havia comentado que Santiago era um pouco tímido e receoso, raramente aceita colo de outras pessoas. Senti-me privilegiado! Era uma honra ser aceito pelo pequeno Murillo.

“Como ele está?” Questionei, interessado.

“Está ótimo, gordinho como sempre.” Raquel enrugou o nariz e apertou os olhinhos, curvando os lábios para cima em um sorriso. “Bom, o que farei com Alicia?”

“Mande-a entrar, Berlin saia.” Quase havia me esquecido a presença inconveniente do meu irmão, quando olhei em sua direção o encontrei sentado em meu sofá com o cotovelo apoiado no braço do móvel, enquanto sua mão tampava seus lábios. Ele estava quieto. Quieto até demais. Desconfiado, seus olhos estavam cerrados, alternando entre mim e Raquel.

“Estou de saída, diga a Sierra que pode vir.” Comentou, fixando seu olhar em Raquel. Minha secretária, obediente que era, desviou sua atenção para mim aguardando uma ordem. Dei-lhe apenas um leve aceno com a cabeça, e ela entendeu. Nós tínhamos uma ligação, em muitas situações sequer precisávamos de palavras para nos comunicar. Nossos olhos conversavam por si só.

“Tudo bem, com licença.” Raquel piscou em minha direção e caminhou até a saída. Alheia sobre o que acontecia ao seu redor.

Acompanhei todo o seu trajeto, e quando a porta fechou atrás de si meus olhos voaram em direção a Berlin.

“Não ouse.” Estreitei meus olhos na direção de meu irmão, repreendendo qualquer pensamento que ele tivesse formulado naquela mente maligna.

“Ora pois, estou em silêncio.” Comentou, a medida em que seu cenho franzia e um sorriso sacana brotava em seus lábios.

“Seu silêncio não é um bom sinal, isso quer dizer que você está pensando e isso é preocupante.” Murmurei, desviando meu olhar de Berlin.

“Como nunca pensei nisso antes?” Questionou para si mesmo, dando um leve tapa em sua testa. “Raquel!” Concluiu, exaltado. Encarei-o com cara de poucos amigos, mas seu sorriso aumentou consideravelmente com a minha reação.

“Berlin, saia. Alicia está chegando.” Um pouco agitado, comecei a organizar minha mesa, juntando os papéis que estavam espalhados. Não é possível que Berlin tenha pensado nisso!

“Meu Deus, a secretária! Como nunca pensei nisso antes? Essa fanfic é brilhante!” Exclamou, parecendo realizado, como se tivesse descoberto algum tipo de tesouro. Meu irmão era um homem ou um adolescente no auge de sua puberdade?

“Berlin, fora!” Disse, tentando soar firme.

“Estou embasbacado, irmãozinho. Por que não havia me contado antes? Seu danado!” Sussurrou, batendo ambas as mãos em minha mesa, enquanto seus olhos brilhavam.

“Deixe de besteira, Berlin. Saia daqui, agora!” Eu realmente tinha perdido a paciência, mas uma batida na porta me impediu de voar no pescoço de meu próprio irmão. Salvo pelo gongo.

“Eu voltarei. E conversaremos sobre isso.” Com um simples aceno de cabeça, Berlin deu-me as costas e saiu caminhando até a saída. Nós voltaríamos a conversar sobre aquilo. Era uma promessa.

“Sobre o que, homem? Está doido? O que está pensando, seu psicopata?” Questionei, incapaz de conter minha curiosidade.

“Vamos conversar sobre sua secretária.”

 


Notas Finais


eai, gostaram? estão ansiosos por essa conversa?
espero pelo feedback de vocês ♡

-xx angel


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