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História Do trono ao cadafalso - Capítulo IX


Escrita por: Evil_Queen42

Notas do Autor


Francis e Mary representando BoruSara. Aqueles shipps que você respeita! ♡
Bo leitura ♡

Capítulo 9 - Capítulo IX


Fanfic / Fanfiction Do trono ao cadafalso - Capítulo IX

   "Minha mão treme ao escrever. Não é pela umidade desta manhã, tampouco pelas correntes de ar frio que invadem meus aposentos e me fazem estremecer a mão que segura a pena. Muito pelo contrário e, para a minha maior e mais completa surpresa, trata-se de uma profunda emoção que invade de maneira radiante tanto meu corpo quanto minha alma.  Tal emoção é o amor mais profundo e sincero pelo Rei que agita meu pobre coração. O que eu tanto esperei finalmente se tornou realidade. 

 

Se alguma criatura neste mundo imaginasse o que se passou ontem à noite, quando Sasuke me surpreendeu, talvez concluísse que o que sinto por Sua Majestade não é um amor verdadeiro, puro e genuíno, mas somente gratidão por sua imensa generosidade (...)." 

 

Sakura se surpreendeu ao receber uma carta de Sasuke, imaginando o porquê daquilo. Há tempos não se comunicavam por cartas, então a rosada, agora cada vez mais perto da coroa, se corroeu de curiosidade para saber do que se tratava. Na carta, Sasuke a convidava para um banquete particular, onde criados não estariam presentes, também dizia que faria uma surpresa. 

 

Ordenou que suas damas a deixassem bela, com todo o capricho do mundo. Ao final da tarde, quando os raios solares ainda entravam pela janela, Sakura se arrumava no conforto de seu quarto. 

 

Já conhecia algumas preferências do Rei não apenas intimamente; Sasuke gostava de vê-la usando vermelho, então Sakura optou por um vestido de veludo vermelho que tinha detalhes em dourado nas mangas e no decote. Tal como o anel que enfeitava seu dedo indicador esquerdo e os belos brincos em suas orelhas, o colar em seu pescoço era de ouro com rubis. Tanto o tecido vermelho quanto as jóias foram presentes do Rei. Os lisos cabelos rosados estavam soltos e caíam pelas costas da Haruno, tendo como enfeite uma delicada e discreta tiara de ouro. 

 

Quando foi jantar com Sasuke, na privacidade da câmara do Rei, sobre a mesa não havia carneiro assado, frango ou lebre, mas sim grande parte das jóias de Mikoto; Os tesouros da família. Pulseiras, colares, broches, anéis, tiaras... todos feitos de pérolas, rubis, esmeraldas, safiras, diamantes... enfim, todas as pedras preciosas que Sakura podia imaginar. Tudo cintilava à luz alaranjada do pôr do sol que penetrava pela janela. 

 

Como Sakura estava prestes a se tornar Rainha, uma vez que o processo de anulação do contrato de casamento com Izumi já estava quase no fim, a rosada já gozava de regalias da realeza. Com uma nova Rainha consorte a um passo do trono, Mikoto foi obrigada a se desfazer das jóias da coroa que estavam consigo, ficando somente com suas jóias pessoais. 

 

O Rei mostrava-se realmente orgulhoso, com o olhar animado diante da estática Sakura, aguardando ansioso alguma reação dela. Mas a Haruno estava sem fala, realmente paralisada. 

 

- Então? - Ele questionou, quebrando o silêncio que havia se instalado entre ambos - O que diz, Sakura? Para conseguir isto teve que lutar como um destemido guerreiro no campo de batalha. Eu diria que a guerra foi vencida. 

 

Ela sabia que o Rei estava a esperar por abraços apertados e beijos calorosos, extravagantes agradecimentos por tal presente; Mas ela apenas conseguiu rir. Gargalhadas descontroladas, como se aquilo significasse sua vitória. Talvez suas gargalhadas tivessem a ver com a derrota de Orochimaru, que não conseguiu evitar que Sakura chegasse perto do trono, ou por estar mais do que claro que tinha mais influência sobre o Rei do que pessoas de sua própria família, como Shion e Mikoto. Deste modo, parecia que alguém tinha arrancado uma rolha do barril de aflição e angústia que habitava sua alma.

 

As jóias da coroa agora pertenciam a ela, futura Rainha. 

 

Todos os receios, ódios e maldades daqueles últimos anos haviam sido cuspidos para fora ao som daquele alto e descontrolado - talvez maldoso - riso. Foi algo que acabou por se tornar contagioso, uma vez que Sasuke não conseguiu se controlar e começou a rir também. Mais discretamente, porém não se controlou. 

 

O moreno puxou sua amada para perto de si, abraçando-a. Sentindo os braços másculos e fortes em volta de si, Sakura se acalmou aos poucos até que conseguiu conter o riso. Ela o olhou nos olhos, então ele a beijou nos lábios. 

 

A moça sentiu o coração bater com força no peito,  um calor descia-lhe pelo baixo ventre e às coxas, os joelhos estavam trêmulos... Desta forma, involuntariamente, seu pensamento focava-se apenas em uma única frase: "Eu te amo, Sasuke. Verdadeiramente, te amo." 

 

Em seu interior crescia uma onda indescritível de alegria. Agarrou-se àquele homem, seu grande e fiel amigo de anos, cujo amor o induziu a enfrentar tempestades devastadoras de onde saíra ileso para desposar sua amada. Foi tal ânsia de Sakura agarrar-se ao Rei que o fez pôr um fim naquele apaixonado abraço.

 

-  Não. - Murmurou - Precisamos nos conter. 

 

Sakura então se recordou de quando, num momento íntimo, decidiu dar prazer ao Rei usando as práticas que Karin aconselhou. Ele realmente foi à loucura e talvez, Sakura ousava dizer, tivesse ficado ainda mais apaixonado por ela. Todavia, após experimentar algumas coisas novas por três ou quatro vezes, na última os dois quase não se controlaram e todo o esforço de Sakura para se manter casta até seu casamento por pouco foi em vão. 

 

Ainda assim, mesmo tendo contido a futura Rainha, Sasuke a olhava deslumbrado. Nunca antes havia sentido tanto fervor em seus beijos. 

 

 - Tem razão. Perdoe-me. - Abaixou o olhar. 

 

- Olhe, Sakura, experimente isso. -  Sasuke então pegou um belo colar sobre a mesa após retirar o que antes estava no pescoço de Sakura - Lindo, não? Quero ver como fica em você. 

 

Sakura deixou sobre a mesa o colar que o Rei havia retirado de seu pescoço, então deixou que ele colocasse o outro. Com as mãos em seus ombros, o moreno a virou para si, podendo vê-la com o belo e caríssimo colar de ouro e esmeraldas.

 

Nos olhos negros, Sakura via refletidas as últimas luzes solares que entravam pela janela, tal como o brilho das pedras preciosas em seu pescoço, mas, principalmente, via o grande amor que o Rei sentia por ela. Sentia-se grata por tudo. 

 

Sasuke sorriu, cheio de afeto. 

 

- Está claro o quanto gostou. - Sakura respondeu - Talvez eu use em nosso casamento. - Comentou sugestivamente. 

 

- Qualquer coisa que use lhe cai bem, pois é a mulher mais linda deste país. Talvez do mundo. 

 

- Obrigada, Majestade. - Falou sinceramente - Por tudo.

 

- É um prazer servi-la, doce Sakura... Sou o homem mais feliz deste mundo.

 

- E eu sou a mais feliz das mulheres." 

 

(...)

 

Se não soubesse sobre o fim trágico que teve sua mãe, Sarada se sentiria emocionada com as palavras que acabara de ler. Sakura estava se sentindo feliz, realizada, e parecia ter aprendido a gostar verdadeiramente de Sasuke. 

 

Por que um amor tão lindo como aquele parecia teve um fim tão sangrento? Por que Sakura morreu de uma forma tão fria e cruel? Por que não foi lhe dado um enterro decente? Sarada sequer sabia onde era o local de descanso final de sua progenitora, visto que seu corpo foi enterrado numa cova sem demarcação alguma. 

 

Estava confusa, elaborando mil teorias em sua cabeça. Alguma coisa aconteceu para transformar todo aquele amor de Sasuke em ódio, visto que o antigo monarca pareceu ter tido por grande objetivo apagar a existência de Sakura da história. 

 

E o que Sarada nunca compreendeu foi o porquê de seu pai ter deixado uma mulher governar. Após várias gerações, Sarada foi a primeira mulher a assumir Konoha como regente, e é claro que isso gerou certa revolta, em partes por ela ser do sexo feminino, mas também por ela ser filha de Sakura. 

 

Ela saiu de seu quarto apressada, após guardar de forma segura o diário de sua mãe. Andou apressada pelos corredores do castelo e sequer notou a presença de Boruto, uma vez que esbarrou no loiro de forma brusca.

 

- Sarada... - Disse preocupado, chamando a monarca pelo nome por ambos estarem a sós naquele corredor - Está estranha. 

 

- Eu estou... - Massageou as têmporas - Minha mente está cansada. 

 

- É por causa de sua mãe? - Indagou, tendo o silêncio de Sarada como resposta absoluta - Está obcecada com isso, sabia?

 

- Ora... - Ralhou - É a história de minha mãe! - Bradou - Tenha mais respeito por isso, Boruto! 

 

- Por favor, fale baixo. - Boruto a repreendeu. 

 

O nome de Sakura ainda era polêmico, sua pessoa ainda era mal vista mesmo após a morte. Sarada, ao fazer menções públicas sobre Sakura, poderia manchar sua imagem. 

 

Sakura ainda era, aos olhos de todos, uma prostituta, uma bruxa traidora. 

 

- Eu sou a Rainha! - Enfatizou. 

 

- Sim, mas sabe que tal posição é delicada, e é seu dever manter...

 

- Dever? - Ela o cortou, indagando com um ar petulante e uma sobrancelha arqueada - A palavra "dever" não deve ser usada para Príncipes! 

 

- Como não? 

 

- Monarcas são manipulados o tempo todo, minha mãe me ensinou isso. - Explicou - Acabam por ser induzidos a fazer certas coisas que são compreendidas como deveres, mas não são. 

 

- E acho que as palavras de sua mãe escritas naquele diário estão por manipular você. - O loiro disse irritado.

 

- Talvez. - A Rainha deu de ombros - Já percebi que ela realmente teve esse poder... que eu espero ter herdado. 

 

- Espera? - Boruto indagou com desconfiança - Sabe como ela morreu?

 

- Sei melhor do que você!  - Vociferou - Não sou uma consorte, mas uma regente! 

 

- Por favor, não quero brigar. - O Uzumaki falou mais calmo. Conhecia o temperamento explosivo de Sarada, então sabia que não adiantaria discutir - Posso saber por que estava andando com tamanho desespero?

 

 - Como Rainha, deveria ordená-lo, mas pedirei um favor. 

 

- Será um prazer concedê-lo. 

 

- Diga a Karin que quero vê-la imediatamente em meu escritório. 

 

Sem ao menos deixar o rapaz responder, Sarada seguiu seu caminho a passos apressados e firmes. 

 

Cada detalhe daquele escritório era nostálgico. Lembrava de suas visitas à Corte na infância, gostava de um grande globo que ficava sobre a enorme mesa de madeira, adorava vê-lo girar. Sentava-se no colo de Sasuke, nos raros momentos que pai e filha tinham juntos, e brincava de governar. Mesmo com seu jeito quase sempre frio, Sasuke foi um pai carinhoso na medida do possível. 

 

A Uchiha foi tirada de seus devaneios por duas batidas na porta, logo se virou e uma de suas aias anunciou Karin, que entrou calmamente no escritório e as portas de madeira logo se fecharam atrás da ruiva. 

 

- Pediu para me ver, Majestade? - Indagou.

 

- Sem formalidades, Karin. - Sarada respondeu com um sorriso meigo nos lábios, mas logo tornou a ficar séria - Preciso conversar com você, quero tirar algumas dúvidas. 

 

- É sobre o diário? - Questionou, mesmo sabendo qual seria a resposta da jovem. 

 

- É sobre a minha mãe. 

 

- Mas, Sarada, tudo o que precisa saber está escrito naquele diário. Escrito pela mão de Sakura, sua mãe. 

 

- Preciso saber mais sobre a Sakura em si, não sobre seus sentimentos descritos naquele diário. - Sarada deu a volta na grande mesa de madeira, sentando em seguida na poltrona acolchoada com veludo púrpura. 

 

Sarada desviou os olhos para uma outra poltrona, menor, de frente para si, como um pedido mudo para que Karin se sentasse confortavelmente. Assim ela o fez.

 

- O que deseja saber? - Questionou a mulher que, apesar da idade, continuava bela.

 

- Por que Sasuke não casou novamente? Por que deixou a mim, uma mulher, vista como inferior e incapaz, reinar?

 

- Posso estar equivocada, minha Rainha, mas creio que seu pai pode não ter se casado novamente para evitar outra decepção. - Disse com certo receio, uma vez que falava sobre a mãe da atual Rainha. 

 

- Mas por que ele não legitimou outra pessoa? Não compreendo... Mulheres são vistas como incapazes de manter a paz, não são vistas como seres aptos a estar num trono como regentes. Então, me diga, Karin... Por quê? 

 

Karin suspirou insegura. Achava melhor que Sarada tirasse suas próprias conclusões quando lesse o diário todo, mas a verdade é que ninguém sabia ao certo por que Sasuke permitiu que sua filha se tornasse regente, sendo que ficou viúvo ainda jovem e poderia ter tido muitos outros filhos. 

 

- Por causa de sua mãe. - Respondeu a ruiva, com tanta certeza que fez uma expressão confusa surgir no rosto da monarca. 

 

- Meu pai odiou minha mãe, por que não me tirou da linha de sucessão? 

 

- Não acho que Sasuke tenha odiado Sakura, acho que ele apenas teve seu coração ferido por ela. - Explicou - No fundo, Sarada, acho que Sasuke nunca deixou de amar sua mãe e pode ser até que tenha lamentado a morte dela. 

 

Era difícil de entender. Mesmo que tenha demorado um pouco, Sakura se apaixonou por Sasuke e isso era deixado claro pelas mais sinceras palavras escritas no diário. Ele também amava muito a mãe de sua filha, não havia dúvidas. 

 

- Se ele realmente amava minha mãe, por que manchou sua imagem de tal forma? - Sarada questionou um pouco irritada, tentando não descontar sua raiva na mulher que tanto a ajudou - Por que deixou que Sakura se tornasse uma prostituta aos olhos de todos?

 

- Orgulho ferido. - Karin respondeu - Me atrevo a dizer que o que mais encantou seu pai em sua mãe foi o que mesmo lhe fez, digamos, sentir raiva dela após um tempo. 

 

- Explique melhor, por favor. 

 

- Sakura nunca foi o tipo de consorte submissa, como deveria ser. Isso irritava o Rei na maior parte das vezes, principalmente quando ela o enfrentava em público. - Contou - Sakura era inteligente, tinha a língua afiada, era orgulhosa e arrogante, também não aceitava calada coisas que não a agradavam. Isso desagradava não somente ao Rei, mas a todo e qualquer homem, pois o comportamento dela não era visto como apropriado para uma mulher. 

 

- Não me parecem motivos para ela ter tido um fim tão cruel. 

 

- Foi um verdadeiro efeito dominó, Sarada. Tudo começou por causa da conduta de Sakura, que se recusava a... se manter em seu devido lugar. Foram motivos mais do que suficientes para aqueles que queriam sua queda. 

 

- Então você também crê que a queda de minha mãe foi uma armação? Um plano para que ela perdesse a coroa...

 

- Sim. - Assentiu - Desde o momento em que recebi o diário de sua mãe em minhas mãos, mantive-o fechado e escondido. Todavia, mesmo não tendo lido as palavras que ela escreveu e deixou como único legado para sua filha, creio que muitos tinham motivos para vê-la morta. Sakura foi uma das melhores criaturas que já conheci, ela não seria capaz de fazer mal ao Rei ou a qualquer membro da família Real. Foi tudo uma grande mentira. 

 

- Por muitas vezes me perguntei se teria sido minha mãe uma mulher boa ou má, mas agora estou cada vez mais convencida de que, embora ambiciosa, ela era uma boa pessoa. 

 

- Eu estive presente no julgamento de Sakura, posso afirmar que tudo foi estrategicamente armado para que ela fosse considerada culpada. 

 

- E meu pai?

 

- Não esteve presente no julgamento. - Contou - Foi algo estranho e sem precedentes, pois o Rei é quem julga criminosos da realeza, mas naquele dia foi diferente... O Rei sequer colocou os pés no tribunal, tendo sido Sakura julgada por Orochimaru e outros nobres. 

 

Orochimaru... Sarada não simpatizava com esse nome, e de alguma forma realmente imaginou que ele pudesse estar por trás da queda de sua mãe. Agora tinha certeza. 

 

- Então foi ele. - Suspirou - Não estou surpresa. - Abaixou o olhar - Bem... Agradeço a você, Karin. Me ajudou a ver melhor as coisas. - Sorriu, olhando nos olhos castanho avermelhados sempre tão gentis.

 

Quando Karin se retirou do escritório, Sarada ficou pensativa sobre suas palavras. 

 

Teria Sasuke realmente lamentado a morte de Sakura? Se a amava, por que não teve consideração por esse amor antes de mandar a mãe de sua filha para o cadafalso? 

 

Isso era ser um monarca? Precisar fechar seu coração e não perdoar nem aqueles que ama? Era triste, e, embora Sarada tenha sido criada para tal papel, já não sabia mais se queria isso para si. 

 

Ouviu batidas na porta e logo viu Boruto entrar. Sorriu de canto, pois aquilo foi como um sinal de que o loiro sempre estaria lá para si. 

 

- Estarei sendo muito inconveniente se perguntar o conteúdo da conversa? - Boruto se aproximou da grande mesa de madeira, tocando em seguida no globo que Sarada tanto gostava quando criança. 

 

- Sim, você sempre é, mas sua inconveniência já é algo com que me acostumei há tempos. 

 

- Então... - Ele sentou onde Karin estava anteriormente, falando num tom de voz que soou como uma deixa para que ela prosseguisse. 

 

- Você acha que meu pai alguma vez lamentou, mesmo que intimamente, a morte de minha mãe?

 

- Não sei, pois não conheci o íntimo do Rei. - Explicou - Talvez meu pai, que era próximo a ele, soubesse responder isso. Mas eu não sou a melhor pessoa do mundo para responder tal questionamento. 

 

- Então ponha-se no lugar dele, e imagine que eu sou sua esposa. 

 

- Se fosse realmente minha esposa, Sarada, eu jamais a deixaria escapar por entre meus dedos. Jamais deixaria nosso amor definhar. 

 

- Por favor, vá direto ao ponto. - Ela disse com certa impaciência - Meu pai fazia incontáveis juras de amor para a minha mãe, e você sabe muito bem que fim ela levou. - Suspirou - Bem... Se uma mulher, o grande amor de sua vida, o decepcionasse profundamente. Se essa mulher cometesse um crime imperdoável, seu amor continuaria sólido? 

 

- Creio que não somos capazes de controlar nossos sentimentos, minha Rainha. - Declarou - Mas nem todo amor é recíproco, alguns machucam, mas eu não sei se seria capaz de machucar alguém que amo, mesmo que essa pessoa tenha me ofendido. 

 

- Acho que você está certo. - Disse cabisbaixa - Acho que se meu pai amasse minha mãe, bom, ele a teria mandado para o exterior, ou somente anulado o casamento. As coisas não precisaram ter esse fim, mas meu pai era um tirano. 

 

- Talvez. - Deu de ombros - A verdade é que jamais saberemos. As únicas pessoas que poderiam responder isso estão mortas, Sarada. 

 

De fato, apenas Sasuke poderia afirmar se amava ou não a rosada. No entanto ele mal tocava em seu nome, ela era uma figura polêmica, até seus retratos foram destruídos; Isso poderia significar que Sasuke tinha por objetivo apagar Sakura da história, ou apagá-la de seu coração? 

 


Notas Finais


Comentários?
Bjs ♡


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