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História Do You Believe? - Shes not gone - part 2


Escrita por: monreall

Capítulo 8 - Shes not gone - part 2


P.o.v Lauren

Onde eu estava? Quem eram aquelas pessoas me encarando?

Minha cabeça girava e eu não conseguia me lembrar de nada e estava tremendo muito quando aquele menino me entregou uma xícara quente, era chá.

- Espera um pouco. – aquela senhora disse se aproximando de mim. - Lauren? Meu Deus você é a Lauren neta do falecido Max? – minha cabeça latejou quando ouvi aquelas palavras. - Não se lembra de mim? Eu sou a Maria, eu cuidei do seu avô por um tempos depois que ele saiu do hospital, eu ficava com ele a semana toda e ia embora quando você chegava no sábado.– ela disse tão espantada quanto eu me dando um abraço.

- Maria... – falei dando uma pausa. - Max... Justin. – aquele nome veio na minha cabeça feito uma pancada e eu me lembrei de tudo.

- Sim, querida. O Max é seu avô e Justin é irmãos. Vocês estão na casa de campo, não estão? Eu tenho o número de lá e vou avisar a sua família que você está bem, eles devem estar muito preocupados!

- NÃO! – gritei assustada. - Por favor, me deixa passar a noite aqui. Eu não quero voltar para casa agora.

- Calma meu amor, tudo bem. Eu não ligo agora, você deve estar exausta então é melhor você descansar e amanhã a gente resolve isso tudo bem? Não se preocupe, eu vou cuidar de você. – ela me deu um beijo na testa saindo com o homem mais velho mas o menino que estava do lado continuou lá.

- Posso? – ele fez sinal para cama como se pedisse autorização pra sentar, não respondi mas fiz sinal positivo com a cabeça.

- Você está melhor? – ele sentou bem perto enquanto eu encarava aqueles olhos penetrantes me fazendo lembrar o acontecido na cachoeira.

- Estou. – deu um gole no chá. - Obrigada por ter me ajudado. – disse meio sem jeito.

- Não foi nada. – ele disse pegando na minha mão. - Olha... eu sei que você precisa descansar, mas eu não vou conseguir dormir sem antes saber o porque de você ter pulado. Você estava amarrada a uma pedra, o que me faz pensar que você sabia que não morreria só com a queda. Então porque tentou se matar se jogando daquele precipício?  – ele ficou me encarando e eu não sabia o que responder.  

Senti um pequeno desespero tomando conta de mim e respondi tentando sair fora da conversa.

- Você me ajudou á sair de lá e me salvou. Eu serei grata á você pelo resto da minha vida, e eu sei que você está tentando me ajudar de novo mas realmente eu queria poder descansar agora. Se você não se importa. – eu estava sendo muito mal agradecida, mas não estava em condições de contar a verdade naquele momento.

- Claro, me desculpa. É que isso tudo é muito confuso. – ele se levantou e estendi minha mão pra ele.

- Eu me chamo Lauren. – ele estendeu a dele de volta dando um sorriso meigo.

- Noah. – ele deu um beijo na minha mão. - Mas agora vou te deixar descansar, Lauren. - ele enfatizou meu nome. - Boa noite.

- Boa noite.- respondi com um sorriso.

Deitei na cama meio abobada com o sorriso que ele havia me dado, porém esse meu encantamento não durou muito depois que me lembrei do real motivo de estar ali: Justin.

Meu corpo todo se arrepiava só de pensar no nome dele e imaginar o que estaria acontecendo na minha casa gora era torturante, porque com certeza ele estaria inventando alguma historia para os meus pais para dar a noticia da minha morte.

Minha mãe devia estar arrasada, e o meu pai então? Coitado. Senti um pouco de arrependimento por ter que deixá-los passar por isso, por não ter deixado a Maria avisar a eles que eu estava bem. Mas não dava para voltar agora, eu precisava digerir tudo que aconteceu.

Como eu iria encarar o Justin de novo? E como eu iria contar isso para todo mundo? Pensava em mil e uma coisas ao mesmo tempo que nem me dei conta de quando consegui adormecer.

 

...

Acordei com uma bandeja de café, frutas e suco para mim. Senti meu rosto corar quando vi que Noah estava nos pés da cama me observando.

- Bom dia. Te trouxe café na cama. – ele disse meio sem jeito.

- Bom dia. – me sentei. - Obrigada, mas não precisava de tudo isso, eu não quero incomodar.

- Imagina, não é incômodo nenhum. – ele trouxe a bandeja ate mim

Não demorei muito pra tomar meu café, eu nem estava com apetite mas comi um pouco pra não fazer desfeita.

- Olha, eu sei que você não queria, mas minha mãe achou melhor ligar para os seus pais e eles estão vindo para cá. Você acredita que eles acharam que você estava morta?

- O quê? – disse ficando aflita.

- É, eles acharam que você estava morta porque seu irmão disse que você se afogou na cachoeira porém não foi isso o que eu presenciei. Lauren... - ele se aproximou. - Você quer me contar alguma coisa?

Não consegui responder, eu só conseguia pensar na reação do Justin quando visse que eu ainda estava viva e me vi totalmente perdida.

Se eu confirmasse a historia dele de que tinha me afogado eu estaria mentindo para o Noah, o que não era justo já que ele tinha praticamente me salvado, mas se eu contasse o que realmente havia acontecido, ai seria o fim.

- Noah. – falei pegando as mãos dele e as apertando pelo meu nervosismo. - Você salvou a minha vida então eu posso confiar em você, certo?

- Certo. 

- Então você não vai me desmentir quando eu disser que me afoguei tudo bem? Eu juro que vou te contar tudo, mas não agora. – ele me encarava atenciosamente e segurou meu rosto com suas mãos.

- Tudo bem, eu  vou fazer isso mas só porque eu acho que você deve ter um motivo muito sério para agir dessa forma,. Eu ainda quero saber o que houve de verdade Lauren. 

- Você vai saber, eu prometo.

Ele assentiu e ficou conversando comigo por um tempo até sua mãe o chamar e ele saiu do quarto. 

Deitei minha cabeça no travesseiro e comecei a pensar em tudo o que havia acontecido.

 

P.o.v Justin

Voltei para casa encontrando meu pai consolando Patrícia na sala, passei direto e fui pra cozinha pra tomar um copo d’água.

O que eu iria fazer? Ficar ali e assumir a culpa pela suposta morte dela ou ir embora deixando tudo isso para trás.

Estava saindo da cozinha quando me deparei com aquela caixinha em cima da mesa. Na confusão que havia ocorrido ali de manhã Lauren nem guardou o anel que tinha ganhado do meu pai e aquilo foi como um sinal.

"Quando eu não estiver mais aqui, você já sabe á quem recorrer."

A voz do meu pai ecoou na minha mente e eu me decidi. Eu iria fugir e com o dinheiro que conseguiria vendendo o anel daria para ir para bem longe e me manter por um tempo.

Tentei não pensar muito antes de subir correndo para o meu quarto e guardar minhas coisas na mochila. Não podia perder tempo porque ainda teria que passar em casa pra pegar meus documentos e mais algumas coisas. Mas ainda assim não iria poder fugir agora porque meu pai com certeza iria passar a noite toda acordado com Patrícia, então eu teria que esperar amanhecer para ele ir com a equipe de busca encontrar o corpo e ai eu me mandava.

Deixei tudo arrumando e tirei minha roupa molhada. Tomei um banho rápido, vesti uma cueca boxer e me deitei.

...

- Justin!? – acordei assustado com o grito do meu pai e ouvi seus passos rápidos na escada.

Já havia amanhecido? Eu tive um sono tão pesado que nem me lembro de ter acordado alguma vez durante à noite.

- Justin, abre a porta filho! – meu pai berrava e eu me levantei rápido.

- Estou indo, calma! – abri a porta e ele praticamente caiu em cima de mim me abraçando e chorando.

- O que foi? Você esta me sufocando, pai.

- Lauren... – ele disse abrindo um sorriso. - Sua irmã Justin... ela não esta morta! Acharam o corpo dela filho, você não precisa mais se sentir culpado. Ela voltou!

Senti o chão se abrir diante dos meus pés no mesmo instante e não conseguia pronunciar qualquer palavra.

- Filho? Esta tudo bem?

- Eu... é... sim, esta. – respirei fundo esfregando o rosto. - Tem certeza de que é ela? – aquilo era surreal.

- Sim! O filho da ex empregada do seu avô que a encontrou. Eu sei que você deve estar tão surpreso quanto eu, mas agora  a gente precisa buscar sua irmã e trazer ela de volta pra casa. Vamos!

Não tive tempo para pensar em nada eu tinha que sair dali, mas meu pai não me daria essa chance.

 

P.o.v Lauren

Eu estava me sentindo uma daquelas pessoas condenadas à morte: sabia o que iria acontecer no final do corredor, mas não sabia como seria o meu caminho até lá.

Meu coração disparou quando ouvi o barulho do motor do carro mas fiquei mais aliviada por não ouvir o da moto. Logo em seguida Noah entrou no meu quarto.

- Eles chegaram. – ele disse apreensivo. - Vem, eu te levo. – ele me estendeu a mão e eu demorei um pouco mas me levantei dando minha mão trêmula pra ele segurar. - Esta tudo bem Lauren, eu esto aqui. – ele me deu um beijo na testa e saímos do quarto.

Senti meu corpo todo se enrijecer quando vi aquele rosto me encarando sem reação alguma. Me soltei da mão de Noah e nem tive tempo de falar nada quando ele correu para mim me puxando para um abraço forte.

- Lauren me perdoa, eu nunca mais vou sair do lado. A partir de hoje vou ser sua sombra! – Justin disse afundou seu rosto em meu pescoço.

Aquilo foi a pior coisa que eu podia ter escutado naquele momento. Me soltei dos braços dele e meus pais vieram pra cima de mim aos prantos.

- Filha eu achei que fosse te perder. Deus ouviu minhas preces, você esta viva! – minha mãe estava muito abalada.

- Meu amor, nunca mais me dá um susto desses ouviu? Eu quase morri de tristeza, se algo tivesse acontecido de verdade com você eu nem sei do que seria capaz. Você e seu irmão são tudo pra mim.– meu pai falava soluçando.

- Isso não vai acontecer de novo pai. – Justin me puxou para perto dele abraçando meu corpo. - Eu nunca mais vou deixar ela sozinha. - ele virou meu rosto com as mãos me encarando. - Eu sei que a gente nunca teve uma relação muito boa, mas isso vai mudar a parti de hoje Lauren. Agora eu vou cuidar de você para sempre. - ele disse isso me dando um beijo molhado na bochecha e eu me arrepiei de medo.

- Você nunca mais vai sair de perto de mim, agora vamos. A gente vai te levar para casa! - Justin deu um sorriso e saiu me arrastando pela sala e meus pais logo atrás agradecendo Noah e a família dele por terem me ajudado.

Meu pai ate queria recompensá-los financeiramente, mas eles recusaram.

- Lauren! - a voz meiga de Noah ecoou da porta da sala me fazendo virar pra ele. - Eu só queria me despedir. - ele disse com uma carinha triste.

- Despedir? - puxei ele pra um abraço. - A gente vai se ver em breve. - falei bem baixinho pra que só ele escutasse.

Peguei a mão dele e coloquei um papel dentro e a fechei de novo.

- É o número do meu celular caso você queira conversar. - eu estava sendo um pouco oferecida mas não era de propósito, só queria recompensá-lo de alguma maneira.

- Posso ligar a hora que eu quiser? - ele disse entre um sorriso e eu assenti com a cabeça.

Noah estava se aproximando de mim quando Justin nos interrompeu.

- Cara, eu sei que você salvou a vida dela, obrigado. Valeu mesmo, mas deixa que agora eu tomo conta de tudo. Beleza? 

- Como quiser, eu só estava me despedindo. - Noah retrucou no mesmo tom fazendo Justin ficar com cara de taxo e em seguida sair dali em direção ao carro.

- Lauren, eu não me esqueci do que você disse ontem. Eu ainda quero saber de tudo, okay?  E esse seu irmão é muito estranho, não gostei nem um pouco dele.

- É, eu também não gosto muito. - meus pais estavam saindo da porta da sala. - Olha eu preciso ir, caso eu esteja viva ate amanhã você me liga? 

- Como assim "caso você esteja viva" ? Lauren pelo amor de Deus fica longe dessa cachoeira e desse seu irmão esquisito. Eu vou te ligar de cinco em cinco minutos entendeu? - não pude responder porque ele me deu selinho demorado que só não continuou porque meus pais me chamaram.

- Hum! - meu pai fez um barulho irritante fazendo com que a gente olhasse pra ele. - Olha rapaz eu sei que você salvou a vida da minha filha, mas isso não vai te livrar de ter uma conversa comigo. Entendeu? 

- Pai! - disse sem graça.

- Tudo bem, é só você marcar o dia e a hora. - Noah disse fazendo todos rirem.

Me despedi dele e dos pais deles agradecendo por tudo e entramos no carro, sentei atrás e o Justin estava com um sorriso que me fez ficar indignada.

Como ele mantinha um esse sorriso no rosto depois de tudo que aconteceu? Ele tinha que estar bravo ou algo assim.

Chegamos na casa de campo e depois de tanto ser paparicada pelos meus pais fui paro o meu quarto pegar uma toalha e um pijama para tomar um banho no banheiro do corredor,  já que no meu quarto não havia um.

Liguei o chuveiro, me despi e entrei debaixo daquela água quentinha.

Fiquei ali de molho por tempo indeterminado e quando decidi desligar mas fui impedida com aquela mão pesada em cima da minha.

- Eu disse que iria ser a sua sombra. - me virei e meu coração quase saltou pela boca quando o vi ali na minha frente, com aquele sorriso macabro e totalmente nu.

Fitei o corpo dele inteiro como se não acreditasse no que estava vendo e fiquei paralisada. Não conseguia pensar em nada útil, eu estava perdida.

 

Continua...

 



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