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História Doce Diário - Cap36 .....................22.11.20..


Escrita por: MashiroHanabi

Notas do Autor


Olá, minhas caras e caros.
Como vão?
Eu estou sobrecarregada, e com mil coisas pra fazer, como sempre. AH, aliás, eu estou com um crush atualmente *-* Só beijinhos por enquanto. Mas é o seguinte: nós somos lindos! Se vocês duvidam, um mostro uma imagem dele num próximo capítulo.
Estou no final de semestre e estou trabalhando numa tradução e uma dissertação difícil pra porra, além de ter que estudar pra uma prova. Mas ok, em meados de agosto, eu serei uma mulher livre,e poderei me dedicar novamente à escrita. Então, peço apenas mais um pouco de paciência.

Capítulo 46 - Cap36 .....................22.11.20..


Fanfic / Fanfiction Doce Diário - Cap36 .....................22.11.20..

Olá, diário.

Hoje venho para lhe relatar três dias diferentes. O primeiro é a segunda-feira, quando levei os presentes ao pessoal da escola. O segundo foi ontem, véspera do aniversário do meu amado, e  o terceiro é hoje.

Pois bem, senta, que lá vem história.

Segunda de manhã, quando coloquei o bloco de notas para secar e os presentes numa sacola grande, me vesti e fui à escola. Estava ansiosa para presentear os meus amigos. Todos mereciam isso, de alguma forma. Cheguei cedo até demais. Tanto é que Lysandre nem estava no ponto de ônibus me esperando. Inclusive, mandei uma mensagem a ele, já avisando que não deveria me esperar lá.

A escola estava praticamente vazia, mas considerando que as provas finais estão chegando e etc, sei que uma certa pessoa chegou cedo, e já deve estar empregada aos seus afazeres. Bati na porta do grêmio, e entrei, sem esperar uma resposta. Encontrei uma cabeleira loira sentada, em sua mais perfeita solidão, em meio a muitos papeis.

-Bom dia! – eu disse, sorrindo de orelha a orelha. Nathaniel assustou-se um pouco com o gesto, olhou-me, surpreso e abriu um grande sorriso.

-Bom dia. Como vai? – Desde que nos tornamos amigos, ele parece ficar muito feliz quando me vê. Isso é muito bom, pois sempre tive a impressão de um Nath triste.

-Eu vou muito bem, e trouxe uma coisinha para o senhor. – coloquei a sacola sobre a mesa, procurando a embalagem desejada.

-Para mim? – O mesmo pareceu bem intrigado, sem graça, enquanto eu, finalmente, encontrara o presente.

-Aham! Eu comprei isso pra você. É uma pequena bobagem, mas me lembrou você, e eu quis te trazer. – sorri, entregando lhe em mãos a pequena caixa.

-Isso não era necessário. – O mesmo levantou-se, deixando a papelada de lado para concentrar-se apenas na caixa. Abriu-a com cuidado, e quando revelou o que havia dentro, seus olhos brilharam e seu rosto ficou levemente vermelho. – Oh, meu Deus. Um gato! – Ele sorriu como uma criança, numa expressão muito bonita.

-Você gostou?

-Eu adorei! – Ele se aproximou, me abraçando e dando um beijo em minha bochecha. É a primeira vez que o vejo assim. Ele parecia realmente emocionado. – Você não faz ideia de quanto tempo faz desde a última vez que fui presenteado. E ainda sim, acho que é a primeira vez em MUITOS anos em que alguém me dá algo pensando apenas em mim. Você tocou meu coração, Veronica, muito obrigado. Vou me lembrar disso até o fim da minha vida.

-Poxa, Nath, é só uma lembrancinha, uma coisinha boba. Mas se você gostou, eu fico feliz. – sorri, meigamente. Ele pegou minha mão. Foi um ato meio estranho, e imagino que se o Lysandre tivesse visto isso, teria ficado puto.

-Esse é o melhor presente que eu já ganhei. Você é uma pessoa muito especial, Veronica. Muito obrigado, de coração. – O loiro ergueu minha mão, beijando o dorso na mesma. Ok, agora eu estou ficando meio assustada. Mas tudo bem, eu senti sua gratidão.

-De nada, Nathaniel. Agora eu vou falar com umas outras pessoas. Até a aula! – Peguei a sacola e comecei a caminhar em direção à porta.

-Até depois. – ele disse, com o gato de pelúcia em mãos, pegando sua pata e fazendo um sinal de tchau. Estou cada vez mais surpresa e mais confusa com esse garoto. Enfim...saindo da sala do grêmio, me dirigi ao pátio, vendo as pessoas chegando, aos montes. Lá estavam Kentin e Castiel. Perfeito, dois de uma vez.

-Meninos! Bom dia! – eu me aproximei, sorrindo, do banco onde Castiel sempre se senta, e desta vez, estava acompanhado do moreno, enquanto os dois conversavam sobre algo.

-E aí? – cruzou os braços, o ruivo.

-Bom dia. Que bom humor, hein?

-Né? Ontem teve? – riu o guitarrista.

-Não vou mais te dar o que eu trouxe, seu chato. – mostrei a língua.

-O que? Não, espera! É comida?

-Não, mas também é legal. – Coloquei a sacola no banco, no meio dos garotos, tirando as duas embalagens. – Essa é pra você, e essa pra você! – Entreguei-lhes.

-Mas nem é meu aniversário. – riu o moreno, que começou a abrir imediatamente o presente. – AAAH, é um ursinho! Que lindo! – O mesmo abraçou a pelúcia. Parando subitamente em seguida, fazendo pose de machão. – Q-Quer dizer... é um brinquedo muito bonito, obrigado.

-Kentin, eu sei que você gosta de ursinhos, isso não é vergonha pra ninguém, e faz parte da sua personalidade. – sorri, olhando-o.

-Personalidade de bicha.

-Cala a boca, ô do cabelo pintado.  – retruquei o outro.

-Eu tô brincando. Cara, ninguém têm nada a ver com a sua vida, você faz e gosta do que bem entender, não importa o que seja.

-É...meio que um trauma. – o mesmo olhou para o ursinho, melancólico.

-Bom, nós aqui não vamos te condenar por gostar do presente que eu te dei. – eu disse, tentando fazê-lo se sentir melhor.

-É, acho que não mesmo. – o mesmo apertou novamente o ursinho contra si, sorrindo. – Como sabia?

-O urso que você me deu antes de ir embora aparentava ser mais velhinho, então julguei que você o tivesse há bastante tempo.

-É, eu adoro ursos de pelúcia. Sempre escondo os que tenho, para que meu pai não veja e não fale nada.

-Ele te repreenderia por isso? – perguntou o ruivo.

-Não sei. Mas tenho medo que ele ainda me ache um garotinho frágil...e...me mande praquele inferno de novo. – seus olhos, por um momento, pareciam vazios, distantes. Toquei seu rosto com as pontas dos dedos, fazendo-o olhar para mim. Sorri, olhando no fundo de suas íris, tentando passar-lhe confiança. Os olhos de Kentin brilharam, e um doce sorriso se formou aos poucos.

-Você é ótimo do jeito que é. Nunca deixe que ninguém diga o contrário.

-Obrigado. Pelo presente, e pela confiança. – ele coçou a nuca, levemente vermelho.

-Aliás, você não vai abrir o presente? – me dirigi a Castiel.

-Ah, é. Pera aí. – o mesmo desfez o embrulho totalmente despreocupado com o mesmo, rasgando a embalagem, destruindo-a. – Woooow, que foda. Eu tava precisando! Hahaha.

-Você gostou? – perguntei.

-Opa! Além do que, eu odeio comprar roupas, então, qualquer peça é bem vinda. Mas sim, gostei da cor e do modelo. E também é o meu tamanho. Valeu, pirralha! – o mesmo sorriu, muito contente.

-É, combina com você. – disse o moreno.

-Isso meio que é um agradecimento por tudo que vocês fizeram por mim até agora. Aprecio muito a amizade de vocês, meninos. – juntei as mãos atrás das costas, olhando para os dois, de maneira meiga e feliz.

-A gente também te curte. Obrigado por tudo, nanica.

-Sim, gostamos muito de você. Obrigado, Veronica. – Os dois sorriram, um clima leve estava no ar. E depois de uns minutos conversando, vi os gêmeos chegarem à escola, pelo portão da frente. Os garotos conversavam amigavelmente, rindo e tendo atitudes e posturas parecidas. Coisa de gêmeos. Me aproximei de Alexy por trás, tapando seus olhos.

-Adivinha quem é? – fiz uma voz diferente, tentando engana-lo.

-Aaaah, dá uma dica, vai? – Armin ria, olhando a situação sem dizer que era eu.

-É a pessoa mais linda dessa escola! – me gabei.

-Não pode ser! Fui clonado? Mas já tem o Armin, que é igual a mim. Hahahaha.

-Seu bobo! – Destapei os olhos do mesmo, virando-me para encarar sua face.

-Oi, Ve-fofa! – disse o azulado.

-Como vai? – disseram os gêmeos, ao mesmo tempo.

-Eu vou muito bem, e tenho uma coisa pra vocês. – peguei, na sacola os presentes dos dois e de Viktor. Entregando apenas o dos que estavam presentes, e segurando o do ausente em mãos, esperando para explicar, sem seguida.

-Mas...não é nosso aniversário. – novamente, eles repetiam juntos, uníssonos, as mesmas coisas. Desta vez, entreolhavam-se confusos. Tenho vontade de esmagar os dois quando fazem isso. Na primeira vez que vi, achei meio assustador, mas agora, acho simplesmente incrível, e muito fofo.

-Eu quis dar isso pra vocês, como agradecimento pelo dia da Debrah e tudo mais. E também, porque eu gosto muito de vocês, e ambos já fizeram muito por mim no passado. – sorri, levemente constrangida, por ser observada por aqueles pares de olhos tão bonitos, que me olhavam como crianças curiosas e travessas, levantando as sobrancelhas e piscando de maneira maravilhada. – Abram e me digam se gostam. -  Novamente, eles se entreolharam, confusos, e então, começaram a desfazer os embrulhos. O som que os dois produziram foi muito parecido e divertido. De repente, eles começaram a falar ao mesmo tempo, e muito rápido, coisas diferentes e difíceis de serem compreendidas, o que fazia a situação parecer ainda mais engraçada.

-OMG, EU ADORO ESSA COR-Combina com o meu cabelo-e essa gola?-Tão conceitual-tão clássica-na moda!-Ah, que linda!-Eu queria tanto uma roupa nova!

-OMG, STAR WAAAAARS!-Como você sabia que eu gostava de quadrinhos?-Capa dura, páginas de alta qualidade, cuidadosamente colorido!-Isso aqui é dos Deuses! – Quer dizer...foi o que eu entendi, no meio daqueles chiliques conjuntos, de fala rápida e no mesmo tom de voz.

-OBRIGADO, VERONICA! – Como, meu Deus? Como eles pararam ao mesmo tempo de surtar, e pronunciaram a mesma coisa juntos?

-Armin, tá pensando na mesma coisa que eu?

-Tô, mas o namorado dela não vai achar ruim?

-Vai nada. É só um agradecimento. – ambos se olharam, de maneira travessa. -  1...

-...2

-3! – Antes que me desse conta do que estava acontecendo, fui abraçada dos dois lados, apertada fortemente, por dois pares de braços. –SANDUICHE DE GÊMEOS!

-Ahahahahahah! – Eu comecei a rir, enquanto era esmagada por dois belos rapazes. A situação era muito divertida. Os dois estavam muito gratos e muito contentes. Assim que se separaram de mim, continuei a explicar. – Alexy, eu comprei algo pro Viktor também. Na verdade, é algo pra vocês usufruírem juntos. – Armin arregalou os olhos, já fazendo uma expressão maliciosa. – É um café gourmet, tá? Não é nada disso que você pensou.

-Aaaawn, que fofa! – disse o azulado, enquanto eu entregava o pequeno pacote em suas mãos. – Muito obrigado. Por mim, e por ele. – O mesmo sorriu, meigamente, enquanto ficava vermelho. Seu irmão o olhava de maneira gentil, como se estivesse feliz pelo outro.

-Booooooom diaaaa, minhas crianças! – Rosalya chegou, e quando a olhei, pude ver Lysandre alguns metros atrás dela. Sorri para ele, que retribuiu, mas manteve uma certa distância, vendo que eu estava ocupada. – O que é que tem de bom acontecendo?

-Eu comprei presentes pra algumas pessoas queridas...e não trouxe nada pra você, porque você não merece! – Fiz pose, tentando segurar o riso.

-Nossa, vê se pode? Acabou de entrar pra família e já tá aí, toda se achando. – Riu a albina, cruzando os braços.

-É mentira, boba, eu trouxe algo pra você, sim. – Como na sacola só havia mais um presente, apenas abaixei para pega-lo, rapidamente, e dei-o nas mãos da bela moça. – Mas assim...abra isso na sua casa, tá bom? – Rezei para que ela entendesse, e pela troca de olhares que demos, ela entendeu.

-...É...Agora eu posso fazer aquela cara? – Perguntou Armin.

-... – Encarei-o por alguns segundos. – É...pode. – Os gêmeos caíram na gargalhada, e se foram, levando os presentes para o armário. Sussurrei, então, para Rosa. -  Digamos que seja um presente para você e o Leigh. – Pisquei um olho.

-Nossa, mas você é destruidora mesmo, hein, querida? – ela disse aquilo num tom muito malicioso, dissimulado e caricato, cruzando os braços e fazendo pose. – Muito obrigada! Nós vamos usar logo, pode ter certeza. – Ela me deu um beijo no rosto e um abraço. Logo a moça viu que Lysandre estava distante, apenas esperando que terminássemos o que estávamos fazendo, e foi embora, deixando-nos a sós.

-Bom dia. – Ele disse, se aproximando, com sua postura serena e elegante, um sorriso leve e gentil nos lábios.

-Bom dia! – Fiquei na ponta dos pés, já inclinando o corpo e buscando o torso do acinzentado com as mãos, esperando um beijo. Assim foi feito. Lys selou nossos lábios delicadamente, segurando a lateral do meu rosto com sua mão. Naquele momento, senti que ela estava fria, o que era estranho, pois nunca vi a mão de Lysandre ser fria. Ela era sempre quente e aconchegante. A ponta de seu nariz também estava fria, mais precisamente, gelada. – Você está com frio? – Perguntei, pegando sua mão.

-Sim. O aquecedor do meu quarto quebrou, e eu não passei uma noite muito quente. Meu corpo está demorando um pouco para se aquecer.  – o mesmo juntou as mãos, esfregando-as. Coloquei as minhas em volta das dele, na mesma intenção.

-Vamos lá pra dentro, vai ser melhor.  – disse, preocupada.

-Não vou recusar sua oferta. – o mesmo pegou minha mão, e ambos fomos para dentro da escola. Contei a ele sobre os presentes, conversamos um pouco, e logo, Lysandre já estava mais quente. Na terça aconteceu a mesma coisa, e na quarta, ele me disse que haviam concertado o problema no aquecimento do seu quarto...mas ainda sim...

-Atchim. –Espirrou, o acinzentado, enquanto me levava ao ponto de ônibus, no final do dia, da véspera de seu aniversário.

-Tudo bem, Lys? – perguntei.

-Sim, foi só um espirro. Me deu um calafrio estranho agora, que saímos da sala. Não é pra menos, a temperatura vem caindo cada vez mais, enquanto nos aproximamos do inverno.

-É, já está meio difícil ficar aqui fora, quando começa a ventar assim. Vamos logo pra casa, por hoje, está bem? -  eu disse, encarando-o, preocupada com o frio que ele poderia passar, caminhando até a sua casa, no vento forte que estava dando ontem. Eu caminharia menos de cinquenta metros até a minha casa, mas no caso dele, são um pouco mais de dez minutos.

-Eu não me importo de esperar o ônibus com você.

-Mas eu me importo.

-Atchim! Perdão. – Ele deu um espirro alto, que veio rápido e súbito, fazendo-o quase não conseguir desviar de mim.

-Tá vendo? Vai pra casa, por favor. – abracei-o, fortemente.

-Está bem. Nos vemos amanhã, então. – O mesmo me beijou, delicadamente me apertando contra si. Seu rosto estava um pouco quente. Naquele momento, eu, ingênua, pensei “bom, pelo menos ele não está frio como ontem e segunda”. – Até amanhã.

-Até! – Dei-lhe um selinho, e fiquei assistindo-o virar-se e ir embora. O ônibus logo chegou, e eu fui para casa.

Hoje, entretanto, já começou por ser um dia muito mal planejado. Perdi a hora. Esqueci-me de carregar o celular na noite anterior, e a bateria acabou antes do despertador tocar. Resultado: acordei 25 minutos antes da aula. Só até chegar lá já são 10 minutos, se eu tivesse pegado o ônibus na hora certa. O que não ia acontecer, pois o ônibus saia naquele exato momento.

Me aprontei rapidamente, colocando qualquer roupa que me parecesse quente. Deixei o celular em casa, pois não seria útil. Pedi carona aos meus pais, engoli a comida, fui embora com eles e adivinha? Quando chegamos na rua da escola, me dei conta: esqueci os presentes de Lysandre e não estava devidamente arrumada para um dia especial. Já era tarde, teria que pegar depois. Entrei rapidamente na sala de aula. Não o via, em lugar algum. Só o acinzentado parecia ter faltado. Rosalya já havia chego, e se sentado ao meu lado.

-Bom dia, Rosa.

-Oi, Vê-fofa, tudo bom?

-Tudo sim. Você viu o Lysandre? – perguntei.

-Ué, ele não vem hoje. Não recebeu a mensagem?

-Que? Não, meu celular está sem bateria, em casa. Que mensagem? – comecei a me preocupar.

-Ele está de cama. Leigh o levou ao hospital de manhã, com o sol nascendo.

-QUE? O QUE HOUVE, ROSALYA? – Falei alto, virando totalmente o corpo na carteira. Meu coração havia disparado.

-Parece que é uma gripe muito forte. Eles foram ao hospital porque a febre do Lys era muito alta. Ele mal consegue andar, a cabeça dele dói e a garganta está muito debilitada. Parece que o frio que ele passou no começo da semana baixou a resistência dele, e ele ficou desse jeito. – eu continuava olhando-a, com ares de desespero. – Calma, Vê, tá tudo bem. Ele só precisa tomar os remédios, se alimentar, hidratar e descansar. – A moça sorriu para mim, tentando me confortar.

-Me empresta seu celular? Eu quero ligar pra ele. – pedi, vendo Faraize entrar na sala.

-Amiga, ele precisa descansar. Está tudo bem, eu garanto.

-Rosa, é aniversário dele hoje. – eu coloquei as mãos na cabeça, baixando-a, e esfregando meu rosto. Colocando-me no lugar dele, eu só conseguia pensar no quão horrível poderia ser aquilo. Ok, estava exagerando, mas mesmo assim, é assustador pensar em uma pessoa que sempre está tão bem, tão saudável e bem disposta, estando na cama, sem conseguir levantar.

-Se acalma, tá bem? Assiste a aula, pega a matéria, e vai lá quando acabar. Vê ele e tudo mais. Ele não dormiu bem, vai dormir o dia todo agora.

-É...você tem razão. – eu passei a mão no rosto, me acalmando e pensando em como eu faria. – Eu vou matar as aulas de francês, e vou lá depois do almoço.

-É, faz isso. Mas se acalma primeiro, tá? – Ela sussurrou, vendo que o Faraize já fazia rabiscos no quadro, preparando-se para começar a aula. Fiz como Rosa recomendou. Assisti as aulas até a hora do almoço. Assim que o professor liberou, eu corri para casa. Me enfiei no banho, coloquei a lingerie nova, mesmo acreditando que não íamos fazer nada, peguei os presentes e algumas coisas para ajudar. Minhas roupas consistiam numa calça preta de malha, um suéter fino azul marinho, de gola v, tênis de cano alto pretos, um sobretudo marrom escuro e um lenço branco, que cobria meu pescoço, aquecendo-me mais.

Em minha bolsa eu levava alguns chás que tinha em casa, lenços de pano, para fazer compressas, um termômetro, alguns biscoitos e outras coisas leves que fui encontrando. Passei numa doçaria, no caminho, assim que desci do ônibus, peguei quatro mini bolos de morango (**a autora não gosta, e isso não é importante, mas deu vontade de compartilhar**). Quando cheguei à porta do apartamento, carregando aquele monte de coisas (bolsa, caixa de presente e caixa de bolo), bati na mesma. Ninguém respondeu, por mais que eu batesse algumas vezes. Me senti muito nervosa e pensava comigo mesma “Poxa, o que e faço agora?”. Resolvi abrir a porta por mim mesma, torcendo para que estivesse destrancada. E estava! Abri-a, timidamente, olhando para dentro do apartamento, que estava vazio e silencioso. Entrei, silenciosamente.

Coloquei minhas coisas sobre a bancada a da cozinha, ficando mais livre. Fui até o quarto de Lysadre, abrindo a porta lentamente, com medo da cena que eu estava prestes a ver. Era quase como eu imaginava, ele estava deitado, encolhido, em meio a várias cobertas. Suas bochechas estavam vermelhas, enquanto este dormia um sono profundo, pesado. Fiquei aliviada de vê-lo bem. Quer dizer...quase bem. Mas vivo, pelo menos. Fui até a cozinha, tirei o casaco e o lenço, pendurando-os numa cadeira. Tirei o chá da bolsa, um misto de ervas saborosas e leves. Capim-cidreira, camomila, gengibre, mel e limão. Fiz uma infusão, dispus em xícaras, e levei a bandeja com algumas coisas para comer.

Coloquei a bandeja sobre o criado mudo, puxei a cadeira da vitrola, colocando-a ao lado da cama, tentando não fazer barulho. Trouxe, então, minha bolsa, e os presentes para o quarto. Quando tudo estava pronto, olhei as horas. 14:55. Eu só sairia da aula mais de 16 horas. Que bom que tomei essa decisão. Resolvi acorda-lo. Toquei sei braço, delicadamente, acariciando-o.

-Lysandre. – Chamei, baixinho. O mesmo continuava dormindo feito pedra. – Lysandre. – Chamei mais alto. O mesmo abriu os olhos, incomodando-se com a luz.

-Oi...- ele tentou sorrir, quando viu que era eu. – O que...você está fazendo aqui?

-Eu vim te ver. Como se sente? -  sorri, vendo-o absorver aos poucos a situação.

-Hmmmmm – o rapaz esticou os braços acima da cabeça, desencolheu as pernas e fechou os olhos com força, se espreguiçando de maneira gostosa. – Acho que estou bem. Tobei um banho agora pouco, para baixar a febre, e parece que funcionou.

-Ah, que bom. Eu estava preocupada. Você está com fome? Eu fiz um chá. – Peguei uma de suas mãos, contornando-a com as minhas.

-Eu vou aceitar. Obrigado. – Ele se desvencilhou de minhas mãos, passando seus dedos em minha face. – Bas...eu vou precisar daquela caixa de lenços, antes disso. – Notei que sua voz estava bastante rouca, nasal e cansada. Peguei a caixa e dei a ele. O mesmo tirou um lenço, sentou-se na cama, cruzando as pernas sobre o colchão. – Queira be perdoar, bas dão posso fazer dada quanto ao barulho.

-Ok, não se preocupe. – Meu namorado me olhou, levemente constrangido, enquanto levava o lenço de papel até a face, soltando um som muito alto, em seguida, enquanto soprava fortemente o nariz.

-Ah, agora sim, consigo respirar pelo menos um pouco. – Ele amassou o papel, cuidadosamente, jogando-o no cesto de lixo, que estava bem ao lado da cama, acredito que justamente por esse motivo. Seu cabelo estava bagunçado pelos lençóis, sua expressão era pálida, com olheiras, e apenas o nariz vermelho.

-Aqui está o chá. – Coloquei a bandeja sobre a cama, para que o rapaz se servisse. Tomei uma xícara em minhas mãos, apreciando também o chá.

-Nossa...isso dá uma sensação picante na garganta, parece que está limpando. – Lys olhou para dentro da xícara, intrigado.

-É o gengibre. Ele é termogênico, e o mel também ajuda bastante. (**Dica da autora: Isso é verdade! Se você estiver ruim da gripe, alergia, sinusite, ou qualquer outra coisa, aposte num chá com bastante gengibre e mel. Além de gostoso, tem um efeito imediato.**)

-É fantástico! Você é uma verdadeira bruxa, Veronica. Até a minha voz está voltando.

-Então tome tudo, se não a bruxa aqui vai te jogar no caldeirão! – ri, fazendo cara de malvada. Depois de muito conversar, e muito chá com biscoitos, resolvi mencionar sobre o seu aniversário. – Sabe, eu não sou boa pra fazer coisas como festas surpresas e afins...Então eu só...comprei umas coisas que eu achei legal. – Eu disse, timidamente, entrelaçando meus próprios dedos e apertando-os.

-Só de você ter vindo, me feito chá e fazer essa cara fofa, me faz não precisar de mais nada. – Ele tocou minhas mãos, fazendo-me relaxar os dedos, e solta-los. Eu sorri, timidamente, e abaixei para pegar a caixa.

-Aqui! Isso é pra você. Feliz aniversário! – Coloquei a caixa sobre a cama, fazendo-o ter uma expressão de espanto, por ver que era algo grande. – Ah, e tem mais coisas, além disso.

-É muito mais do que deveria ter. Sinto-me lisonjeado. – Ele abria o presente, alternando seus olhos, entre o laço da caixa, e a minha face, constrangendo-me mais. Quando finalmente foi aberto, o pacote, sua expressão foi de ainda mais surpresa. – O Ensaio Sobre a Origem das Línguas. Eu adoro esse livro! – Ele sorriu abertamente, de maneira linda, com os olhos brilhando.

-Ah... Então você já tem? – Num primeiro momento, me senti triste por não ter sido capaz de dar algo inédito a ele.

-O meu está muito velho, gasto. Comprei num sebo, e ainda sim, paguei muito caro. – O acinzentado começou a folear o livro, ficando em silêncio, algumas vezes, enquanto se concentrava em algumas coisas. Aquele silêncio era terrivelmente torturante, pois eu não sabia o que queria dizer. – Nossa, as notas de rodapé desse exemplar são simplesmente maravilhosas! Têm um conteúdo muito bom, e isso já faz desse livro muito superior ao que eu tenho. Estou simplesmente explodindo de felicidade. Obrigado!

-Nossa...que bom que você gostou. – Um alívio muito grande veio de dentro de mim. Ele adorou! Isso é tão bom!

-Isso é café? – referia-se ao saco que havia dentro da caixa.

-Sim. Ele contém especiarias e um pouco de cacau em pó.

-Parece delicioso. Vai acompanhar minhas noites de leitura, estudo e composição. – Novamente, aquele sorriso apareceu. – Um presente complementa o outro, é isso? Porque se isso é um bloco de notas novo, parece ser a ideia. – O mesmo riu, bobamente. Nunca o vi assim. – Tem algumas referencias ao Queen aqui. É muito bonito, e funcional, por ser pequeno. Onde comprou algo assim tão bonito?

-Eu que personalizei. Ele era só de papel pardo.

-Você? Você fez isso? – Seus olhos brilharam de tal forma, que pareciam cristais. Parece muito romântico da minha parte, dizer isso, mas é verdade. Não há com o que comparar aquele brilho. – Você é incrível...A mulher mais incrível desse mundo. – O sorriso que ele me deu naquele momento, derreteu meu coração. Isso teria acontecido, mesmo que ele fosse de pedra. É isso que chamam de se apaixonar todos os dias, diário? Se for, de fato, é algo maravilhoso. As borboletas já deveriam ter sumido do meu estômago, mas receio que elas continuam aqui, e começam a bater asas sempre que estamos num momento como aquele. Nos encarando, sorrindo, olhando no fundo dos olhos um do outro, nos aproximando, inconscientemente, até nossos lábios se tocarem, e meu coração disparar desesperadamente.

-Eu te amo. – Eu disse, enquanto tomava sua boca.

-Eu também te amo. Desesperadamente. – Suas mãos foram para o meu cabelo, contornando minha cabeça. Senti que ele afastou a caixa, puxando-me para mais perto. Coloquei o joelho na cama, ficando mais alta que o outro, que insistia em passear por meu corpo, sentindo-me sobre o tecido. Ele foi se deitando, puxando-me sobre si. Apoiava-me sobre o colchão, tentando não soltar todo o meu peso sobre ele. O beijo tornou-se mais difícil de continuar, da parte alheia. Lys soltou-se de mim, respirando pesadamente e produzindo um gemido desconfortável, seguido de algumas tosses. Toquei seu rosto, preocupada. – Desculpe...está difícil.

-Você está tão quente. – acariciei lhe a face, vendo-o fechar os olhos respirando profundamente. – Seu corpo ainda está febril.

-É...parece que o banho não funcionou muito bem. – lamentou, sorrindo de lado.

-Você precisa tirar isso do seu corpo. Precisa suar. Vai baixar a temperatura de dentro pra fora, e você vai se sentir melhor mais rápido.

-Não tenho disposição para correr e me exercitar, Veronica. Quero ficar deitado. – o rapaz passou a mão no meu rosto, delicadamente.

-Tive uma ideia. – Beijei-o novamente, sem dar-lhe tempo para pensar. Coloquei minha língua em sua boca, brincando com a sua de maneira provocante. Baixei meu quadril, roçando minha intimidade à sua. Logo ela se ergueu, sua ereção. Soltei sua boca. Lysandre estava ofegante de novo, mas notei que minha ideia estava dando certo, ele estava começando a suar, lentamente. Ataquei seu pescoço, enchendo-o de beijos e mordidas. Comecei a desabotoar sua camisa, sem parar o que estava fazendo. Suas mãos contornavam minha cintura, acariciando-a lentamente.

-Veronica...eu não sei se consigo. – resmungou, tentando manter-se sano.

-Você não precisa fazer nada. Deixa eu te retribuir o favor que você me fez daquela vez. – olhei-o, muito de perto, provocando uma expressão de confusão devido a sua memória ser tão ruim. Beijei-o novamente, de maneira rápida.  Fui até o ultimo botão da camisa, abrindo-a por completo. Ainda sentada sobre seu membro, passei as mãos por todo seu torso, enquanto lambia e mordia a região da orelha. Deslizei as unhas sobre a pele do seu abdômen, descendo o corpo e chegando até a barra da calça de moletom preta. Baixei-a, deixando a cueca onde estava. Removi a peça, deixando-o apenas em sua roupa íntima. Levantei-me da cama, olhando para sua face, que parecia confusa, mas ainda sim, não desgostava da situação. – Eu...meio que comprei isso pra...fazer parte do seu presente.

-O que? – Ele não compreendeu nada do que eu disse, até eu tirar a blusa. Como estava levemente constrangida, apenas desabotoei a calça, tirando-a também. Os olhos de Lysandre arregalaram, seu rosto ficou vermelho, e o mesmo ficou boquiaberto. No final, era uma calcinha e sutiã pretos, com um espartilho azul, meio esverdeado sobre eles, descendo para uma cinta-liga com detalhes da mesma cor, e meias pretas.(**link nas notas finais**) – Me-Meu...Deus... – O mesmo sentou-se na cama, ainda usando a camisa, porém, aberta. Ele encostava o dorso da mão, levemente fechada, nos lábios, uma expressão típica de quando ele estava com muita vergonha e não sabia o que fazer. Aquilo, obviamente me deixava ainda mais nervosa, mas resolvi engolir essa situação. É para o bem dele, afinal.

-Você não me ajuda muito fazendo essa cara. – Eu sorri, timidamente, indo em sua direção. Lys continuava imóvel, apenas acompanhando meus movimentos com a cabeça. Coloquei minhas mãos em seu peitoral, fazendo-o se deitar novamente, naquela posição, comigo sobre seu membro. Ele continuava me olhando, ruborizado e incrédulo. Nunca o havia visto daquela forma. – V-Você não gostou? – Perguntei, aflita.

-Claro que eu gostei. Eu só... – ele sorriu, de lado, tímido. – Não esperava isso, de forma alguma. Você está linda.  – O mesmo me tocou no ombro, perto da clavícula, descendo a mão, em seguida, até o meu seio. Abaixei-me para beija-lo, enquanto este baixava as alças do sutiã, tentando expor meus seios, sem remover a peça. O resultado foi como ele esperava. Fui tocada, tanto em cima, quanto em baixo do meu corpo. Naquela situação, aquilo me deu prazer mais do que eu esperava. Adoro a maneira como meu namorado usa as mãos. Dei-me conta de que estava esquecendo do principal: dar prazer a ele, e fazê-lo suar.

-O combinado não era esse. – Eu disse, empurrando seus ombros, que haviam começado a se levantar. Roubei-lhe um beijo apaixonado, intenso, e comecei a descer minha boca por toda extensão de seu corpo. Chegando a cueca, retirei-a, revelando seu pênis, absurdamente ereto. Comecei a toca-lo, massageá-lo, delicadamente. Algumas vezes, podia-se ouvir um suspiro mais pesado. Agarrei-o, então, com a minha mão, subindo-a e descendo, com força e delicadeza ao mesmo tempo. Um gemido muito baixo, quase inaudível, foi solto. Lambi, então, da base à ponta de seu membro, colocando-o na boca, em seguida. Pude ver os músculos de seu abdômen contraindo, e assim, comecei a chupa-lo.

(**A autora acha, sinceramente, que detalhes sobre isso não interessam muito a vocês, portanto, tentarei ser mais breve**)

Depois de muitos e muitos minutos ali, subindo e descendo minha cabeça, masturbando-o ora com a mão, ora com a boca, já ouvia vários gemidos, e sentia seu corpo bem suado.  Já havia me entediado um pouco, além de ter cansado algumas partes do meu corpo. Eu estava excitada, e ouvir os sons que Lysandre produzia me deixavam louca. Levantei meu corpo, olhando-o.

-Você tem algum preservativo? – perguntei.

-Você quer ir até o fim? – ele me perguntou, ofegante, sorrindo serenamente, com seus olhos brilhando, e face suada. Assenti, sorrindo também, enquanto limpava o excesso de saliva do meu rosto.  – Naquela gaveta, em sua lateral esquerda, abaixo dos papeis. – O mesmo apontou para a escrivaninha, que ficava ao lado da janela. Fui até a mesma, encontrando um pacote de preservativos. Peguei um, abrindo-o enquanto ia até a cama. – Você sabe como colocar? – Olhei-o, pensativa. O mesmo soltou um suspiro, seguido de uma risada baixa. – Você precisa apertar a ponta, pra não deixar o ar entrar, encaixar na...cabeça...dele... – A situação começava a ficar engraçada. – E ir desenrolando sobre a sua extensão, apertando o preservativo em volta de todo ele.

-Tá...entendi, eu acho. – Consegui coloca-lo, e então, sentei-me novamente sobre seu membro, sem encaixa-lo em mim. Beijei Lysandre novamente, amassando-o. O mesmo me abraçou fortemente, e depois de alguns segundos, apertou minha bunda, enquanto se concentrava em meu pescoço. Agora até eu estava suando pra caramba. Uma de suas mãos foi parar dento da minha calcinha, aliás, dentro de mim, entrando e saindo. A outra foi para meu seio, apertando-o, puxando-me para cima, para que alcançasse-o com a boca. Depois de lambe-lo e morde-lo um pouco, novamente tornou-se ofegante e cansado. Agora seria comigo.

Beijei-o novamente, enquanto me posicionava sobre seu pênis, puxando minha calcinha para o lado. Introduzi-o todo, jogando minha própria cabeça para trás. Apoiei minhas mãos no dorso de Lysadnre, cavalgando sobre seu membro, lentamente. Ele começava a ficar louco, apertando minhas coxas. Eu não podia ir rápido demais, pois já havia masturbado-o por um longo tempo, e logo ele iria gozar. Lys precisava suar mais, além de que, eu queria aproveitar um pouco. Depois de cerca de dois minutos indo devagar, comecei a aumentar a velocidade. Dessa vez, não tive dificuldades em ficar sobre ele. Sua expressão de “sofrência” era extraordinária, linda. Comecei a vê-lo escorrer, enquanto gemia baixo e mordia seus lábios. Ele não parava de me olhar, tocar-me sobre as roupas íntimas. Logo eu também estava gemendo, sentindo bastante prazer, enquanto aumentava mais a velocidade.

Meu parceiro introduziu seus dedos em minha boca, fazendo-me gemer mais baixo, enquanto lambia-os.  Coloquei as mãos ao lado de sua cabeça, descendo meu corpo sobre ele, beijando-o, mordendo-o, indo mais e mais rápido com o quadril. Eu sentia suas mãos apertando minha bunda, fortemente. Lysandre segurou minhas coxas, atrás das juntas, fazendo-me abrir mais as pernas, atrapalhando a movimentação.

-Eu sei que você quer trabalhar...mas, eu posso? - Imagino que seja torturante para ele que eu não consiga atingir a velocidade adequada. Parei de me movimentar e empinei o quadril, sorrindo para ele. – Obrigado. – O mesmo sorriu, agarrando-se às minhas coxas e movendo-se abaixo de mim, com bastante velocidade. Aquilo era muito bom, comecei a gemer alto. Pouco tempo depois, enquanto eu continuava gemendo, de olhos fechados, fui pressionada bem no fundo, e então, ele saiu de dentro de mim, absurdamente ofegante. Não conseguiu gemer, pois acredito que sua voz não estava bem, e sua garganta não podia forçar muito.

Deitei-me ao seu lado, notando que o lençol estava todo molhado. Toquei seu rosto, beijei-o. Este se encontrava tão cansado, que apenas segurou minha mão.

-Eu te amo. – Ele me disse, com os olhos fechados.

-Eu também te amo. – respondi, abraçando seu braço. Lys virou-se para mim, abraçando-me. – Como se sente?

-Melhor. Bem melhor. – o acinzentado selou nossos lábios. Um tempo depois, insisti que ele tirasse os lençóis molhados, a fronha e a camisa. Cuidei de tudo para ele, enquanto se vestia. Vesti-me também e fiquei ao seu lado, enquanto pegava no sono. Cobri-o, afaguei seus cabelos, e arrumei a bagunça que havíamos feito. Logo ouvi a porta da frente sendo aberta e fechada. Fui até lá, pare ver quem era. O irmão mais velho havia chego, finalmente.

-Olá, Leigh. Chegou mais cedo? – Ainda era 18:30.

-Olá, senhorita Veronica, como vai?

-Eu vou bem, e você?

-Eu vou bem também, só estou um pouco cansado. Levantei bem cedo para levar o Lysandre ao hospital. Fechei a loja mais cedo para ver como ele estava, mas parece que a senhorita foi mais rápida.

-Sim, eu cuidei um pouco dele. Ele me disse que já está melhor. – Sorri, levando a bandeja até a pia, tirando o prato e as xícaras, para lava-los.

-Ele já comeu? Eu peguei uma pizza no caminho de volta pra cá. Ele gosta de comer essas comidas sem classe, às vezes. – mostrou-me a caixa de pizza, que possuía um cheiro ótimo.

-Ele tomou chá e comeu alguns biscoitos, disse que tomou banho na hora do almoço, e agora está dormindo já tem um tempinho. Eu comprei alguns mini bolos para comermos juntos. Podemos comer depois da pizza, não é?

-Ah, claro. Nossa, muitíssimo obrigado por tomar conta do meu irmão. Eu estava preocupado. – sorriu o maior. – Se importa se comermos logo? Estou muito cansado.

-Claro que não! Eu te ajudo a pôr a mesa. – Alguns minutos depois, a mesa estava posta, com a caixa de pizza, pratos, copos, guardanapos e refrigerantes. Fui até o quarto, abrindo a porta e chamando-o. – Lysandre?

-Oi? – ele disse, sem abrir os olhos.

-O Leigh chegou e trouxe uma coisa pra você. Vamos lá? – Beijei sua bochecha. O mesmo espreguiçou-se, levantando-se em seguida. Fui à cozinha antes dele, pegando a pequena caixa de bolo na geladeira e pondo em cima do balcão, ao lado dos pratos e garfos que usaríamos depois.

-Como vai, meu caro? Melhorou? – Lysandre apareceu, espreguiçando-se, de bom humor.

-Estou ótimo. Tomei o remédio, Veronica fez um chá e eu dormi bastante. Acho que amanhã já posso até mesmo ir à escola.

-Me engana que eu gosto. – riu Leigh, ironicamente. Nos entreolhamos, assustados, pensando “nossa, será que ele percebeu que fizemos sexo, ou algo assim?” – Apenas a presença da Veronica já lhe fez bem. É assim comigo também. Quando vejo Rosalya sinto-me renovado.

-É...digamos que foi isso mesmo. – Disse o mais novo, passando as mãos pelos cabelos que estavam bagunçados. – Mas o que é isso? Pizza? Nossa, eu adoro pizza!

-Eu trouxe pra você. É ótimo porque assim a sua dama não fica sem comer, como da ultima vez que a trouxe aqui depois da aula.

-Por que você insiste em me lembrar da minha incompetência? Nessas horas eu gosto de ser esquecido, sabia? – Sentei-me ao lado do mais jovem. Comemos a pizza, enquanto riamos e conversávamos, apenas os três. Senti a falta de Rosa, mas sei que o Leigh não a chamou porque estava muito cansado, e porque o Lys poderia não estar bem.

-Eu tenho uma coisa pra você! – Eu disse, me levantando.

-O que? Outra?

-Sim! – eu trouxe a caixa, com os pratos e garfos. Comecei a abrir o bolo, servindo um para cada um de nós, e colocando uma pequena vela no de Lysandre. Acendi-a. – Sopre-a, faça um pedido.

-Nossa...eu não sei o que dizer...faz tanto tempo que não me deparo com uma vela de aniversário. – sorriu Lys, melancolicamente. Eu provavelmente fiz uma expressão de preocupação.

-Nós costumávamos comemorar com nossos pais, mas desde que nos mudamos, não comemoramos mais nossos aniversários em família, e consequentemente, não havia mais bolo. – Disse o maior.

-E mesmo assim, acho que só ganhamos bolos com velas e “faça um pedido” até eu fazer dez anos.

-Sim...depois era apenas bolo de cenoura com chocolate, e um suéter, porque sempre estávamos perto do inverno.

-Quando é o seu aniversário, Leigh?

-É domingo. Vamos para a casa dos nossos pais nesse sábado, inclusive, ele lhe disse?

-Nossa, é tão perto.

-Ah, eu me esqueci. Por que você não vem conosco? A Rosa também vai.

-Ah...tipo assim...conhecer os seus pais?

-É. Conhecer os nossos pais. – ele riu, achando graça no meu constrangimento.

-Tá...pode ser legal. – Ambos sorriram para mim, de uma maneira semelhante. Afinal, são irmãos.

-A vela está derretendo sobre o bolo. – disse o moreno.

-AH, eu me esqueci – Lysandre soprou a vela, com os olhos fechados. Comemos o bolo, e logo eu fui embora. Eles precisavam descansar. Quando meu namorado me levou até o térreo, para que meus pais me levassem pra casa, o mesmo se aproximou do carro, dizendo “oi”.

-Então, é verdade que hoje é seu aniversário? – Perguntou meu pai.

-É, sim. Estou fazendo 17 anos hoje. – Sorriu o acinzentado.

-É mesmo? Parabéns! – Disse a minha mãe, toda feliz.

-Feliz aniversário, Lysandre! Tudo de bom pra você. Que você continue sendo um bom leitor.

-Obrigado. Aliás, o senhor sabia que a sua filha já ia me dar o Ensaio Sobre a Origem das Línguas?

-Do Rousseau? Não! Nossa, filha, que bom gosto! Aprendeu com o papai, é? – Riram os dois.

-Ah, eu achei mais interessante, por isso comprei. – Cruzei os braços rindo, como uma criança.

-E é. Eu tenho ele em casa. Se você quiser, papai deixa você ler. Aliás, você deveria.

-Seria ótimo pra você.

-Ei, vocês dois, deixem a Veronica em paz. Ela não precisa ser um bichinho de livros de filosofia como vocês.

-Obrigada, mãe. – todos riram.

Eu me despedi de Lysandre com um abraço e um selinho. Foi meio constrangedor por meus pais estarem ali, e ainda, rindo da nossa cara. Mas ainda sim, não tenho arrependimentos quanto ao dia de hoje. Vou estudar muito, muito mesmo para não ficar para trás, mesmo com essas aulas que eu faltei. Agora, eu preciso dormir e me preparar psicologicamente para a viagem do fim de semana.

Boa noite, diário!

 

 

 

 


Notas Finais


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É isso, pessoas, espero que tenham gostado. Caso alguém tenha curiosidade(o que eu duvido) esse é o meu boy do momento. OLHA COMO SOMOS LINDOS HAHAHAHAHAHA: https://scontent.fcpq2-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/13726815_1791350144434332_1643195631839453305_n.jpg?oh=09fc38dc54073aff31b78387a7ae3eba&oe=582BFBD4
Tá, parei.
Lembrando que o próximo especial é um capútulo quiz, comigo e com a mosafabim, então, quem puder, vai deixando suas perguntinhas pra gente.
Beijos e...até...breve *chorando enquanto pensa na quantidade de trabalho*


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