1. Spirit Fanfics >
  2. Don't Forget Me >
  3. Dupain-cheng's

História Don't Forget Me - Dupain-cheng's


Escrita por: MarySemCoroa

Capítulo 7 - Dupain-cheng's


- O quê? - eu, Nino e Alya dissemos rapidamente, levantando quase ao mesmo tempo da cadeira. 

 Eu aproximei-me mais de Chloe e comecei a falar, totalmente irritado: 

- Você é muito criança mesmo, não é? Eu pensei que havia deixado claro que eu nunca traí você com uma menina sequer lá embaixo. 

 Ela se encolheu e colocou seu braço na frente de seu rosto, deixando à mostra um arroxeado, como se ela tivesse machucado ali. 

- Por favor, não me bata novamente! - pediu ela, derrubando uma lágrima de crocodilo. 

- O quê? Eu nunca te bati, Chloe! Pare de mentir só porque estamos em público! 

- Além de me bater, você disse para me matar, porque eu era uma inútil e idiota que você se aproveitou só porque meu pai é o prefeito de Paris! 

- É, pare de mentir e se afaste dela! Agora! - Disse Kim, arregaçando suas mangas e vindo em minha direção. 

- Isso já foi longe demais! - Exclamou a professora, colocando-se na frente de Kim. - Todo mundo senta e cala a boca agora, senão todos levarão suspensão! Seus problemas pessoais deveriam ser resolvidos lá fora, e não dentro da sala de aula! 

A classe inteira a obedeceu e fiquei com a cabeça baixa quando percebi que todos me olhavam, irritados, enquanto o choro baixo de Chloe poderia ser ouvido por todos por causa do silêncio constrangedor. 

- Tudo bem. Por consequência de tal bagunça, eu irei escolher as próximas duplas e os lugares e pessoas que irão ajudar. 

Uma vaia foi ouvida rapidamente, mas o silêncio voltou a reinar no local quando ela começou a escolher. 

 [...] 

Quando estávamos saindo da sala, me aproximei de Nino e ele se afastou rapidamente. Eu perguntei o que havia acontecido e ele me respondeu: 

- Você sabe que sou apaixonado por Alya, e do mesmo jeito começou um relacionamento com ela. 

- Não me diga que acreditou na Chloé? Cara, você me conhece tão bem quanto qualquer um nessa escola e sabe que não teria coragem de fazer uma coisa dessas, principalmente com meu melhor amigo. 

- Eu também pensei que o conhecia melhor do que ninguém, mas pelo jeito eu estava errado. Olha, só me deixa em paz, por favor. 

Ele se afastou ainda mais de mim, suspirei profundamente e encostei-me na parede enquanto observava o grupo de alunos descer as escadas para o pátio. Senti uma mão sobre meu ombro e me virei, tendo a visão de Alya.

- Não se preocupe, isso logo passa e a verdade sempre aparece no fim. Acredite, já passei por coisa pior quando estudava com ela no ensino fundamental. 

- Mas você não se preocupa com a perda de amigos e os olhares irritados sempre direcionados a você? - indaguei, levantando as sobrancelhas.

Eu sei que disse que não me importava, mas agora que estou sofrendo na pele, não consigo parar de sentir uma dor no peito, como se estivesse com medo do futuro. Principalmente depois de descobrir que o Nino acreditou na idiota da Chloe.

- A única amiga que tenho está em algum lugar pelo mundo e nós precisamos encontra-la.

Ela me puxou pela mão para fora da escola e começamos a ir em direção a Padaria. Quando finalmente chegamos, percebi que ela estava um pouquinho destruída, mas nada como uma reforma para deixar a casa novinha em folha. Acho que isso não durará o dia inteiro. Perfeito! Assim teremos tempo para fazer as perguntas aos donos.

Adentramos e um sino foi tocado quando mexemos com a porta. A senhora Dupain-cheng estava colocando na vitrine um bolo de morango com gotas de chocolate que provavelmente havia acabado de preparar. Ela nos olhou e veio nos cumprimentar com um sorriso amigável no rosto. 

- Vocês devem ser os alunos que vieram ajudar-nos a arrumar a padaria, não é? 

- Sim, senhora Dupain-cheng - respondeu Alya, balançando lentamente a cabeça.

- Por favor, me chame de Sabine - pediu ela. 

Nós assentimos e o seu marido apareceu ao lado dela, com o mesmo tipo de sorriso. 

- E podem me chamar de Tom - disse ele, lançando uma piscadela. 

É, eles realmente pareciam muito mais com Marinette pessoalmente do que no jornal. Ela só pode ser filha deles, impossível não ser! 

- Prazer em conhecer vocês - falou Alya. - Eu me chamo Alya e ele Adrien. 

- Adrien Agreste? - perguntou Tom. Eu assenti e ele continuou: - Uau, eu sou muito fã da empresa de carros do seu pai. Nosso primeiro carro foi da marca Agreste e até agora ele nunca me decepcionou.

- Eu avisarei ao meu pai que conheci o fã número um das Empresas Agreste. Tenho certeza que ele ficará muito feliz. 

- Bem, - começou Sabine - é melhor começarmos a arrumar a padaria logo, senão é possível que terminemos só amanhã de manhã.

Ela soltou uma risada e disse para ajudarmos Tom na cozinha, enquanto ela colocava os vidros novos que havia comprado hoje de manhã nas janelas que se quebraram ontem. Seguimos o senhor Dupain-cheng até o andar de cima, que era sua casa. Era pequena, mas parecia aconchegante. 

- Bem, agora começarei a fazer cookies. Vocês poderiam ir pegando os ingredientes nos armários conforme diz o livro de receita que está em cima da mesa? 

Nós assentimos e eu olhei para a escada que provavelmente levava ao sótão dessa casa. Algo me diz que eu já subi cada degrau dela, mas isso é impossível, já que não me lembro de ter pisado um pé aqui dentro.

- Vem, Adrien, suba. 

Uma voz doce ecoou em meus ouvidos e por um momento pensei ver Marinette parada na escada. Mas, quando pisquei, ela desapareceu. Deve ser só coisa da minha cabeça. Estou pensando muito nela ultimamente, talvez seja por isso que pensei tê-la visto ali. 

- É, senhor Dupa… quero dizer, Tom - chamou Alya, timidamente - Depois de terminarmos as nossas tarefas, eu e Adrien poderíamos entrevistar você e sua esposa? 

- Claro, mas posso saber o motivo? - perguntou ele, franzindo a testa. 

- É que precisamos entregar um trabalho semana que vem para escola. Pediram para que a dupla entreviste algum dono de restaurante ou padaria. Então, aproveitando que já estamos aqui, nós decidimos entrevista-los.

- Ah, sim. Tudo bem então - concordou Tom, sorrindo gentilmente. 

O trabalho finalmente começou e os ingredientes estavam sendo colocados rapidamente na mesa. Depois de duas horas, os cookies estavam prontos e à mostra na vitrine da padaria para todos os transeuntes verem e ficarem com água na boca. 

Em seguida, ajudamos Sabine a pintar novamente a parede da parte da frente, que havia ficado nua, vamos dizer assim, por causa das bolas de fogo dos Soldats de Feu. Por incrível que pareça, consegui me divertir um pouco, já que em algum momento Alya e eu fizemos uma guerra de tinta e acabamos por ficar “coloridos”. 

O pôr do sol já estava dando seus sinais de início e Alya estava preparando a câmera de seu celular para começarmos a entrevista. 

- Pronto - avisou ela. - Adrien, pode começar a entrevista-los. 

Nós estávamos na sala e os Dupain-cheng’s estavam sentados no sofá, enquanto eu estava de pé e Alya também, já que estávamos sujos. 

- Como vocês tiveram a ideia de abrir uma padaria? - perguntei. 

- Esse foi sempre o sonho de Sabine - começou Tom. - Abrir uma padaria, fazer pães quentinhos e cookies toda manhã para vender. E eu sempre quis ser um confeiteiro, por isso que nossa padaria também vende e encomenda bolos. Então pensamos “por que não” e agora estamos aqui. 

- Certo. E vocês possuem uma filha ou filho? 

Eles pareceram ficar tristes de repente. Os dois se entreolharam e abaixaram a cabeça, enquanto Sabine respondia minha pergunta: 

- Sim. Tivemos uma filha chamada Marinette. Mas ela morreu há doze anos atrás em um acidente de carro. 

Eu estava perplexo. Como Marinette pode ter morrido há dez anos atrás, sendo que as fotos de Alya parecem ser recentes? Eu tinha cinco e Alya tinha quatro anos em 2005!

- Ah, eu… eu… não sabia. Me desculpe por… to-tocar em um assunto delicado assim - gaguejei.

- Não, está tudo bem, filho - respondeu Tom. - Nós já superamos essa perda tão lastimável e seguimos em frente. Atualmente, ficamos felizes que Marinette pelo menos pôde experimentar nossos deliciosos cookies antes de partir. 

Soltei uma risada fraca e constrangida e continuei com o interrogatório: 

- O que há lá em cima? 

- O sótão. Guardamos várias coisas que não usamos lá. - respondeu Sabine, com um sorriso fraco no rosto. - Há também álbum de fotos, roupas que não nos servem mais, coisas que não conseguimos encaixar nesse espaço tão pequeno. Enfim, é um quartinho da bagunça, vamos dizer assim. 

- E vocês já o usaram como algum quarto, cozinha, sala, entre outros? 

- Sim. Lá era o quarto de Marinette quando bebê. Depois de 2005, nós começamos a usa-lo apenas como quarto da bagunça. E nada mudou. 

- Vocês já pensaram em transformar a padaria em uma empresa e começar a expandir o negócio pelo Estado inteiro? 

- Ah, claro, quem nunca pensou nisso? Mas não pretendemos fazer isso agora, só futuramente, quando estivermos com muito mais clientes do que atualmente.

- É… a entrevista já terminou. Muito obrigada por nos deixar entrevista-los, Tom e Sabine. Realmente foi uma honra fazer isso.

- Nem precisava agradecer, Adrien. Era o mínimo que podíamos fazer por ter nos ajudado hoje. Saiba que você e Alya sempre serão muito bem-vindos aqui em casa - respondeu Sabine, levantando-se do sofá e dando um abraço em mim e Alya. 

A ruiva pegou seu celular e nos despedimos dos Dupain-cheng’s. Quando finalmente pisamos na calçada do lado de fora, Alya começou a falar: 

- Marinette não pode estar morta, senão eu nunca teria aquele álbum ou aquela foto na Eurodisney. 

- Há um mistério envolvendo essa garota, mas quando pensamos que finalmente vamos desvenda-lo acabamos afundando mais e mais num poço sem fundo. 

- De qualquer maneira, não podemos desistir. - falou Alya. - Eu preciso achar minha suposta melhor amiga, e você ainda precisa descobrir porque vive sonhando com ela. 

- Mais especificamente, com a morte dela - acrescentei, com a cabeça baixa. 

- Será que o que eles estão falando é realmente verdade? E você, por algum motivo, estava lá e tentou salva-la, mas não conseguiu? 

- Não. No meu sonho, Marinette aparenta ter quinze ou dezesseis anos, e não quatro.

- Se continuarmos assim, nunca que vamos descobrir quem é a garota dos cabelos e olhos azuis que anda nos perturbando ultimamente. E eu, sinceramente, estou com muito medo disso.

 [...] 

Joguei-me fortemente na cama quando atravessei a porta de meu quarto, logo depois do jantar. Percebi que Plagg estava ao meu lado só pelo odor de Camembert queimando minhas narinas por dentro. 

- Então, algum processo na sua busca pela garota misteriosa? - perguntou ele, mordendo mais um pedaço em seguida. 

- Descobrimos que Marinette existiu, mas… 

- Mas? - ele pediu para continuar.  

- Ela morreu no ano de 2005 em um acidente de carro. 

- O quê? Isso é… impossível! 

-Eu sei, vivo dizendo isso a mim mesmo desde quando saí da padaria. Mas já não sei mais por onde procurar pistas de que Marinette existe e está viva. Os Dupain-cheng’s eram nossa última esperança e infelizmente, segundo eles, ela não existe mais. E ainda tem meus pesadelos, que confirmam que ela morreu, mesmo não fazendo tanto sentido já que no meu sonho ela parece ter dezesseis e não cinco, então… 

- Há uma pessoa… - começou Plagg. Ele deu uma pausa longa, parecendo pensar se era uma boa ideia continuar - que provavelmente poderá ajuda-lo. 

- Quem é ela? - perguntei, totalmente interessado no assunto.

- Ele é uma pessoa… especial que sabe muito mais do que aparenta. Depois da escola, eu te levarei em sua casa e todas as suas dúvidas possivelmente serão esclarecidas. 

- Por que nunca me contou sobre esse cara antes, Plagg? Você sabe o quanto estou querendo respostas sobre Marinette e praticamente escondeu uma de mim!  

- Desculpe-me, tá legal? Ele é um velho amigo, que pediu-me para mantê-lo em segredo e só procura-lo em casos de emergência. E isso aparenta ser. Mas, antes, preciso que você me responda uma coisa: você realmente acha que Marinette está viva? 

- Sim, é claro. Eu sinto isso dentro de mim. E como dizem mesmo? Sempre confie em seus instintos, principalmente quando se é um gato.


Notas Finais


ALOOOOPA TUDO BOM desculpem-me a demora, essa semana foi muito corrida pra mim e não tive tempo de postar nenhum capítulo. MAS AQUI ESTOU EU AGAIN PRA FELICIDADE DE VOCÊS YEY

E com um capítulo destruidor mesmo hein veado. Sei que suas cabeças devem estar explodindo porque os pais de Marinette disseram que ela existiu, mas morreu em um acidente de carro. Butttt tudo tem sua explicação e talvez vocês até acertem na teoria do motivo deles falarem isso depois de descobrirem os poderes de Chaos(que serão citados em um capítulo próximo OLHA O SPOILER). Fiquem ligados!

Espero que tenham gostado! Se gostou, não esqueça de deixar seu favorito e comentário, que me ajuda muito(se puder, obviamente). Até o próximo capítulo! Beijos da Mary ❤


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...