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História Dragon Slayer Freezing Force - Vamos trabalhar Gajeel-kun?


Escrita por: ClarePhantomhiv

Notas do Autor


Bom, essa parte é um pouco mais séria! Gajeel está procurando emprego, né? Essa situação não é das mais fáceis. Sem falar que aparecem alguns personagens a mais nesse capítulo e os colegas tem um pouco de descanso. Eu sei que tem gente lendo...vocês podiam comentar o que estão achando, né? Agradeço muito a atenção.

Capítulo 5 - Vamos trabalhar Gajeel-kun?


Gajeel sai desesperado rumo à metalúrgica Phanton Lord. Chegando lá, o chefe, seu José o estava esperando na porta.

“Oi chefe. Desculpe o atraso. Tem umas coisas ruins acontecendo lá em casa, mas isso não vai se repetir.” Gajeel se justificou.

“Ah, não se preocupe rapaz, eu estava mesmo te esperando. Precisamos falar sério agora.” José falou

A metalúrgica estava sofrendo grandes perdas, o ritmo de trabalho sofreu uma queda brusca e metade dos funcionários foram mandados embora e a outra metade estava em regime de jornada reduzida. Claro que as grandes perdas foram causadas pela grande ganância do seu José que não conseguia pensar a longo prazo. Apesar do caráter dele ser duvidoso, ele nutria uma afeição paterna por Gajeel, e por ser bem relacionado, conseguiu uma indicação pra ele trabalhar na oficina tão sonhada por Gajeel. Na verdade, o currículo dele já tinha sido selecionado. Mas “Q.I” é sempre “Q.I”. Era só esse empurrão que faltava.

Gajeel tremeu na base. Sabia que a firma andava mal das pernas, mas ele sempre foi um funcionário exemplar. Cabeça quente sim, mas muito competente. Querendo ou não, ele gostava do que fazia. Qualquer coisa relacionada a metal o fascinava, o seu avô tinha ensinado o ofício e ele pegou gosto. Por mais que parecesse um homem avesso a vínculos, sabia que cada martelada era observada com apreço pelo seu avô, como se assim perpetuasse o nome da família. A paixão por karaokês também foi ensinada pelo mesmo, mas não era hora de pensar nisso, o emprego dele estava em jogo e o moço sardento começava a suar.

“Gajeel, você sabe que a firma está passando por um momento crítico e estamos muito próximos da bancarrota, certo? Eu não quero deixar ninguém desamparado. Você percebeu que o ambiente está silencioso? Nada normal para uma metalúrgica, né? Os rapazes foram chegando e eu os encaminhei para novos empregos. Com você não podia ser diferente. Aqui está o seu encaminhamento” José estendeu o papel com o endereço para Gajeel que o pegou com as mãos trêmulas.

“É lá perto do jornal de Magnólia, ou melhor do karaokê. Naquela oficina bem-conceituada, lembra? Então...o dono me devia um favor e eu pedi pra ele te contratar. Só chegar e falar que o José mandou você ir lá e tudo tranquilo.”

Gajeel não sabia o que dizer. Achava que era um funcionário comum, mas com essa indicação, mudava tudo. Ele tinha um emprego novo no lugar que queria. E nem precisou da ajuda de Laxus, o que deixava tudo mais fascinante ainda. Se bem que ele não podia dizer que tinha. Ainda precisava falar com o dono, só que “Q.I” em Magnólia era quase tudo e ele finalmente tinha conseguido.

“Obrigado mestre José”. Gajeel murmurou.

“Não me agradeça e não me chame de mestre. Você me prestou um excelente serviço e a minha má gestão não pode lhe deixar desamparado. Isso foi por tudo o que você fez por mim. Agora vai lá falar com ele, porque o serviço tá pesado.” José assentiu e viu Gajeel correndo porta afora.

“Bom, agora isso pode fechar e eu vou ser feliz no Caribe.” Com isso, ele fechou a metalúrgica pra sempre, pegou uma boa grana e rumou ao aeroporto.

Gajeel nem sonhava porque seu patrão estava deixando tudo pra trás, mas julgava que era por uma razão romântica. “Hihi, romance é para os fracos.”

Era essa a justificativa dele, mas a verdade é que Gajeel é um homem difícil em todos os aspectos. Ele não tem muita noção de realidade, já que se acha um bom cantor, não tem noção da sua inteligência, que é bem grande e nem da sua habilidade. Nem da sua beleza. Claro, ele não é um homem exatamente padronizado, mas ele tem um corpo bem construído, umas tatuagens de deixar qualquer adepta babando e um cabelo negro desgrenhado que forma um conjunto harmonioso com as sardas espalhadas pelo seu rosto. Mas o cara simplesmente não se dá bem com as mulheres. Claro, ele tem um caso ou outro, mas ele é crica demais! Implica com tudo, beleza, tamanho, jeito de andar...vixi.

Deus que livre as mulheres de mais esse problema...mas assim, no fundo, no fundo, Gajeel tem duas pessoas que ele admira. Tem uma baixinha no karaokê que ele acha bonitinha, mas nem quis saber o nome dela e a cronista do jornal de Magnólia. Levy M!

A mulher sabe escrever. Também é uma artista!!! Como ele! Gajeel é fã oculto de Levy. Desde a primeira crônica sobre como se tornar um cantor em 20 passos, ele a guarda em seu coração. Ele desenha como ela deve ser, uma dessas mulheres voluptuosas como a namorada(?) do Natsu, mas com cabelos negros até a cintura bem fina. Sem falar que ela deve usar batom bem vermelho.

Ai! Gajeel, não poderia estar mais errado, mas isso ele descobre mais pra frente, não é?

No meio desse devaneio ele chegou à oficina que ficava bem próxima do karaokê.

Foi logo entrando e pedindo para falar com o Senhor Bob, o responsável pela oficina Blue Pegasus. A pessoa que o atendeu se chamava Eve e parecia um garotinho de 15 anos, franzino, que não sabia nada de carros. Sem falar na delicadeza exacerbada que aparentava. Só que estava com as mãos sujas de graxa e nem se importava com isso, o que fez seu conceito subir nos padrões de Gajeel.

“Bom dia! Você quer um café? Quem mandou você aqui, pra eu anunciar ao mestre Bob.”

“Anunciar? Ah, foi o Mestre José, ou melhor, senhor José, da antiga metalúrgica Phantom Lord. Ele me deu esse papel e disse pra eu vir aqui.” Gajeel respondeu.

“Ah, você é o cara que ele está mesmo esperando! Mestre José falou muito bem de você. Que não tem medo de trabalhar e tudo o mais. Precisamos de gente assim, a coisa está difícil.” O pequeno falou.

“OK, eu agradeço então. Eu espero?”

“Só um momento.” Eve discou o ramal do chefe e falou da chegada de Gajeel, que foi prontamente solicitado.

Eve indicou para Gajeel o local e o mesmo ficou surpreso pela higiene e limpeza do lugar. Apesar das mãos de Eve estarem sujas, o local era impecável. Todo o local estava limpíssimo e os setores eram divididos por paredes de vidro, portanto era perfeitamente visível o que era feito lá dentro. Ele chegou à sala do futuro patrão e quando entrou deu de cara com um homem que mais parecia uma versão mais velha do que Gray seria no futuro. Um transformista. Um riso chegou à garganta dele, mas o engoliu. As aparências enganam.

Ele repetia esse mote como se sua vida dependesse disso. O homem podia parecer uma mulher de idade, mas tinha um império e respeito. Se ele era respeitado com essa aparência, era porque alguma coisa de bom ele tinha. As aparências enganam, enganam, enganam. Ficou nesse monólogo mental até ouvir o mestre acertar o salário que era nada mais nada menos do que 5x o que ele ganhava na metalúrgica.

“Como???? O que o senhor disse??” Gajeel exclamou.

“Sim, me perdoe Gajeel. Eu sei que é pouco! Pra um homem do seu talento, o mínimo seria o dobro disso. Chegaremos lá, com certeza. Mas você compreende que você está em período de experiência, certo? Não posso dar o seu salário direto assim.” Bob falou.

“Não senhor, não foi com essa intenção que eu me admirei. Muito obrigado! Eu vou ganhar tudo isso mesmo??? Quando eu começo?”

“Não sei a miséria que José lhe pagava, mas isso não é muito. Os meus funcionários são a fonte e a razão do meu império, é por ele que tudo isso é construído, então esse salário está baixo, mas é temporário. Eu sei do seu talento, José me alertou, eu já queria lhe contratar há tempos, mas é injusto com um amigo retirar o único funcionário que era bom, já que José desistiu disso, é a minha vez.

O seu regime de serviço será sazonal Você tem esse fixo que tratamos e mais o que trabalhar. Você tem experiência com mecânica de automóveis, pelo que eu vi, então quando vierem carros, você será contatado na sua casa e virá consertar. Não temos necessidades de bater ponto. O administrativo trabalha todos os dias para deixar tudo em ordem, mas não temos a necessidade de ter muita gente ociosa por aqui. Só que uma vez em que você não atender o celular, você é demitido sumariamente. Simples assim. Estamos combinados?” Bob perguntou.

“Claro, estamos combinadíssimos.” Gajeel respondeu. “ Muito obrigado senhor, muito obrigado mesmo.”

Bob podia parecer bom demais pra ser verdade, mas ele era mesmo um bom patrão. Quando trabalhava por aí, sempre foi discriminado pela sua aparência. Ele gostava de se parecer com uma mulher. As achava fantásticas, as amava, amava tanto que precisava se parecer com elas. Ele não se sentia um homem, portanto não se considerava um homossexual. Era uma mulher, que amava ser mulher, mas tinha nascido no corpo errado. Só isso.

Não havia nada de errado nisso. Só que as pessoas não entendiam. Ele cansou de bater por aí pedindo empregos e ser rejeitado por sua aparência. Só que Bob era habilidoso, trabalhava como ninguém. Sabia tudo de carros e foi contratado por um homem que só pedia pra ele vestir o uniforme padrão. O seu patrão não estava nem aí se ele era homem, mulher ou ainda não tinha descoberto. A questão era que essa pessoa trabalhava bem, era competente e era só isso que importava.

Não se importava se ele usava perucas ou passava batom. Fez com que os funcionários o tolerassem, e assim ele foi feliz. Ganhava bem, era valorizado. Claro, nem tudo eram flores. Ele sempre foi rejeitado pelos colegas, mas tinham alguns de quem ele gostava, como José e até mesmo Makarov, que Deus o tenha, pessoas que o respeitavam pelo que ele era e não pelo que ele aparentava.

Claro que depois que o patrão morreu as coisas ficaram mais difíceis, mas as intempéries da vida fizeram com que Bob ficasse muito mais forte e extrapolasse sua aparência. Tornou-se o dono da mecânica mais famosa de Magnólia e de Fiore também, e consequentemente, o homem mais respeitado do meio automobilístico. Hoje, as pessoas o perseguiam, mas ele sabia julgar bem. Sempre teve o intuito de ser bom com seus funcionários e isso se refletia em seu trabalho. Era um homem bom, que só precisava de pessoas que tivessem o mesmo objetivo: ser referência em carros em toda a redondeza. E assim ele se tornou o patrão mais desejado das redondezas.

Gajeel nem sonhava com a história do seu patrão, mas estava mesmo muito feliz por tudo ter dado certo naquele aspecto. Deu uma olhadinha rumo ao jornal de Magnólia e pensou em perguntar pela tal cronista, mas se achou estúpido demais pra tal. Um dia teria coragem...ah se teria...ou quem sabe, ela não o encontraria primeiro, hein??



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