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História Duality (HIATUS) - Cowboys From Hell


Escrita por: elusive

Notas do Autor


Ahh finalmente! \o/ Eu demorei um pouquinho para postar esse capítulo, não é? Só consegui terminar de escrevê-lo hoje (sim, quase meia noite de sábado e eu escrevendo) porque eu estava com a cabeça muito louca esses dias. Ansiedade com questões pessoais e tals, aí só me ferrei sem conseguir escrever nada... mas enfim! Eu espero muito que vocês gostem desse daqui porque estou um pouco nervosa! Não sei se consigui passar a adrenalina na escrita, não sou muito boa em escrever ação, mas me digam o que acharam, por favor! haha
Agora podem colocar Pantera para tocar porque essa é a melhor trilha que podemos ter para esse capítulo! Aliás, eu não via a hora de usar essa música na história ❤

Capítulo 10 - Cowboys From Hell


Fanfic / Fanfiction Duality (HIATUS) - Cowboys From Hell

“Nobody touches us at all

Showdown, shootout, spread fear within, without

We're gonna take what's ours to have”

A fazenda não passava de um campo de plantação ressecada que abrigava uma casa de dois andares no centro. O milharal ao fundo da casa parecia não dar fruto algum, e era de conhecimento de poucos que ali atrás, escondido entre os pés de milho, a real plantação era a de maconha.

— Shawn? — Sid chamou se movendo nas sombras. Os oito homens mesclavam-se ao breu da noite, vigiando os inimigos como corvos da morte. — Quanto tempo mais nós vamos ter de esperar? Meus braços estão começando a doer.

Wilson havia escolhido empunhar um fuzil de assalto de modelo M16. Ele era bom com ataques à distância, tira uma mira ágil e perfeita para atingir cabeças desprevenidas.

— Já lhe disse, esperaremos para que se dispersem um pouco. Você não quer sair atirando em inocentes, quer?

— Eles estão dando uma festa para comemorar o roubo de armas ilegais, Shawn, ninguém ali é inocente. — e saiu de volta para seu lugar.

O grupo havia combinado esperar que alguns dos convidados extras deixassem a festa para que começassem o ataque. Shawn não queria fazer nada silenciosamente. Estavam todos sem máscara e chegariam fazendo barulho, olhando os desgraçados diretamente nos olhos. Não seria nem um pouco interessante atacá-los pelas costas.

As horas iam passando e a tensão só aumentava. Quando a maioria das mulheres e jovens já havia entrado em seus carros para voltarem à cidade, Shawn esperou que a rodovia voltasse a ficar silenciosa para fazer o movimento que todos esperavam. Corey apertou mais os dedos das mãos no punho de suas duas mini-uzis e sentiu o peito vibrar.

— Vamos lá, vocês sabem o que fazer. — Shawn comandou. — Não sejam burros e não morram, eles só são a porra dos Horsemen. Se algum irmão for baleado, nem sequer pensem em baixar guarda. Agora, vão!

Atravessaram a rodovia como um bando de corvos emergindo das sombras. Os únicos ruídos além dos que vinham da fazenda eram o farfalhar do vento nas árvores e os solados duros sob o asfalto que logo começaram a esmagar o chão de terra.

O grupo já havia feito aquele tipo de missão antes — invasão e assassinato a um grupo inimigo —, mas a última vez havia sido há um bom tempo atrás, então, apesar de destemido, Shawn tinha um pouco de preocupação no peito. Sabia que de alguma forma James estava certo: ele estava ficando velho e, consequentemente, mais flexível e compassível. Felizmente, quando a primeira bala do fuzil de Wilson disparou pelo supressor e atingiu a cabeça distraída de um homem que fumava um cigarro sozinho na varanda, todo e qualquer receio se esvaiu.

Pelos olhos de Corey os acontecimentos seguintes pareceram acontecer em câmera lenta. Até mesmo seus batimentos cardíacos pareciam tomar uma velocidade muito menor do que a esperada para aquele momento. Assim que a porta da frente foi aberta um homem careca apareceu na varanda avistando o esguicho de sangue na parede e o companheiro caído no chão. Ele levou à mão ao coldre na cintura, os olhos já se arregalavam procurando o assassino, mas ele não foi mais rápido do que a submetralhadora de Chris, que perfurou por três ou quatro vezes o peito vulnerável.

A poucos metros da entrada, já se ouvia alguns gritos do lado de dentro. Shawn fez sinal para que quatro seguissem pelos fundos da casa.

— Modo suicida? — Corey gritou com um sorriso de divertimento no rosto.

— Sempre! — respondeu o chefe.

As mini-uzis começaram metralhando assim que Corey passou pelo arco da porta. Atingiu móveis, vidros e três corpos. Shawn, vindo atrás, preveniu o amigo de receber um tiro de escopeta nas costas atirando no inimigo que vinha descendo as escadas. Mais uma dose de tiros vindos da parte de trás da casa e mais dois homens sendo atingidos por Shawn. Corey impedia três mulheres de fugirem da casa.

— Shawn? O que fazer com elas?

As mulheres estavam encolhidas no sofá, a mira automática das metralhadoras sob elas.

— Shawn?

Corey desviou a atenção por um segundo, mas o velho, que já começava a abrir a boca para assentir em deixá-las ir, viu pelo canto do olho uma delas levar a mão às costas para buscar pela pistola, mas recebeu uma bala no crânio antes que pudesse tirar a arma da cintura. As outras duas não tiveram tempo de gritar, receberam o mesmo fim.

— Você perde muito tempo fazendo perguntas misericordiosas, Taylor.

O velho deu as costas, mais tiros soaram atrás deles e depois que os outros quatro voltaram para a sala, o silêncio dominou.

— Estão todos bem?

— Tudo certo. — foi Jay quem confirmou. — Alessandro desviou de uma graças ao inglês.

Alessandro mostrou o sangramento no braço feito por um tiro de raspão e Shawn sacudiu a cabeça para Paget como forma de agradecimento.

— E Larry?

— Nada. — Chris respondeu. — Deve estar no andar de cima.

— Certo. — Shawn trocou o pente da sua pistola mesmo com balas ainda restantes no anterior. — Chequem os quartos e cuidado ao abrirem as portas.

Não foi preciso procurar por Larry. Da porta de seu escritório homens armados estavam à espera dos atacantes, e assim que as cabeças começaram a aparecer na escada uma chuva de tiros foi jorrada. Shawn fez sinal para Corey para que agissem rápido. Assim que as armas inimigas pararam, receosas, eles pularam os degraus restantes e atingiram os seguranças. Corey chegou a ouvir uma bala zunir no seu ouvido e respirou fundo quando os corpos caíram no chão.

Laaarry — Shawn tentou repetir a cena daquela manhã, vingando-se da desonra que passara. — Vamos, Larry, apareça. Renda-se!

— Eu vou matá-lo, Clown! — Larry ressoou do outro lado, a voz abafada pela larga porta de madeira. — Você e seu bando de filhos da puta!

Shawn gesticulou para que Corey, Chris e Mick tomassem postos ao lado dele. Corey esperou a ordem e chutou a porta com força, fazendo as duas bandas se escancararem e exporem o interior da sala. Larry estava armado, mas apenas tremeu com o baque e, vendo as miras voltadas para seu peito, apenas manteve a arma levantada, mas sabia que seria suicídio puxar o gatilho.

— Ah, você realmente achou que ia me fazer de idiota, Larry? — Shawn deu três passos a frente e baixou a pistola para sua cintura olhando o inimigo nos olhos sem temor algum. — Você começou essa merda de tráfico de maconha há menos de uma década e acha que iria roubar a mim e sair ileso? Achou que ia foder comigo de graça? — o líder riu sozinho. — Olhe só para você agora, Larry. Que situação ridícula a sua... Teria sido melhor se você tivesse continuado a manter nosso relacionamento de vendedor e cliente, mas, como uma criança gananciosa que é, decidiu colocar a mão no nosso doce. — ele estalou a língua com desgosto e suspirou. — Ah, Larry.

Shawn levou a mão fechada em punho para o lado esquerdo do rosto do inimigo, o que o fez cambalear para trás e se bater contra a escrivaninha. Outro soco atingiu o queixo, fazendo-o cair no chão. Shawn subiu sobre Larry e esmurrou-o repetidamente, fazendo o rosto sangrar a cada golpe recebido.

— Seu vermezinho miserável e prepotente. — socou-o no nariz e na bochecha outra vez. — Você nem mesmo merece toda essa atenção que nós gastamos com o seu bandinho, mas você buscou guerra contra lobos. E sinto lhe dizer, mas lobos não têm pena de gatinhos.

Shawn sorriu ameaçadoramente e se levantou deixando o homem sangrando no chão de madeira. Manteve os pés cada um ao lado do corpo do outro e voltou a sacar a pistola. Larry cuspiu o sangue da boca e gemeu com o movimento.

— Clown? — chamou, a voz saindo com dificuldade do fundo da garganta. Larry mostrou os dentes sujos de sangue e seus olhos quase se fecharam com o sorriso. — Te vejo no inferno.

O tiro atingiu a testa, fazendo a cabeça calva imediatamente bater no chão e o corpo perder a vida. A madeira escura foi sendo banhada pelo líquido quente, fresco e vermelho, trazendo alívio e sensação de missão cumprida.

— Miserável. — Shawn cuspiu com a voz baixa, dando fim à cena.

O grupo ia finalmente se preparando para sair da casa e algumas armas dos que assistiam já iam baixando as miras, inclusive as mini-uzis de Corey, mas um movimento no canto da sala foi percebido e as pequenas metralhadoras voltaram ao seu campo de visão. Ele se perguntou mentalmente como aquela presença tinha passado por despercebida por todos. Focaram-se tanto em Larry que jamais imaginariam que ele teria consigo, em seu escritório, a companhia daquela pessoa.

— O que você está fazendo aqui?

Sua voz que soou muito alta, o que fez com que todos os homens se voltassem imediatamente para a nova mira. Ceticismo tomou seu rosto e um vinco de rugas se formou em sua testa.

— Scarlett? — foi Shawn quem chamou incrédulo.

— Corey, abaixe as armas... — ela pediu com terror nos olhos. — Por favor.

Ele se aproximou mais dela, as metralhadoras de pé.

— Explique-se. — ordenou. — Explique-se, Scarlett!

— Corey, não é...

— Porra Scarlett, você estava metida com o Horsemen?

— Não, Corey, não é isso. — ela tinha aquela voz cheia de pesar como se tentasse manipular o loiro. — Me escute...

— Então diga! — gritou. — Scarlett conte a verdade antes que eu meta uma bala na sua cara aqui mesmo. Conte a verdade pela primeira vez na sua vida, sua vadia.

Ela fungou e gemeu.

— Corey...

— ANDA!

— Tá bem! — gritou de volta. — Merda... Eles me ofereceram dinheiro! Larry me deu um puta de um dinheiro para ficar por dentro das transações que vocês faziam. Eles já estavam de olho em vocês faz tempo e quando me viram com vocês... Bem, ele foi esperto e eu me aproveitei também. Eu soube que vocês iriam receber mercadoria nova, então contei para ele, é claro, mas não sabia que vocês... Eu não imaginei que vocês pudessem vir matá-los só por causa de umas armas roubadas!

— É por isso que você andava fedendo a maconha, não é?

— Corey... — ela fez uma careta de choro e súplica. — Me perdoe! Eu só quis que vocês passassem por um susto.

— Não Scarlett, você queria foder com a minha vida outra vez, isso é o que você queria. O que mais prometeu a eles? O que mais deu a eles?

— Documentos.

— Documentos?

Ela bufou.

— Documentos, fotos, a merda toda que vocês tem guardado. As memórias do grupo e tudo o mais. Tudo o que poderia incriminar vocês, todas suas provas pessoais.

Shawn deu um passo à frente.

— Espere. — fez uma pausa. — Essas coisas estão guardadas na minha casa.

— Foi bem fácil arrombar, Shawn. Chantel passa muito tempo fora de casa cuidando de vocês, mas você deveria cuidar mais da sua própria casa.

— Você é uma vadia nojenta, Scarlett. — o líder sibilou.

— Onde estão as coisas agora? Os documentos e a nossa mercadoria, onde estão?

Corey estava até em mais tranquilo no momento. Estava ganhando a confiança da mulher e planejando o fim de tudo aquilo. Faria certo desta vez, repararia seus erros com o grupo naquela noite. Tinha o plano pronto e estava a poucos minutos de executá-lo.

— Scarlett, me diga onde estão.

— Você vai me matar Corey, eu não vou lhe dizer nada!

— Por favor Scarlett, eu jamais mataria você.

Soou tão sincero que até mesmo seus companheiros se sobressaltaram. Corey fez um gesto simples com o dedo para que se aquietassem.

— Olhe para mim, você acha que eu faria isso? — ele largou as armas na mesa de escrivaninha e deu mais alguns passos até a mulher. — Olhe, você fez uma merda gigantesca agora, eu não sei se vou te perdoar por causa disso. Não, tenho certeza: não vou te perdoar, não posso fazer isso. Mas eu não seria tão frio a ponto de assassinar a mulher que um dia eu amei. Apesar de tudo...

Scarlett ficou imóvel por um segundo absorvendo as palavras ouvidas, até que as lágrimas silenciosas começaram a descer pelo rosto e o sorriso aliviado tomou os lábios.

— Corey...

— Me diga, por favor.

O silêncio atrás de Corey chegava a ser palpável. Os amigos prendiam a respiração assistindo à cena, a dúvida martelando na cabeça. Ainda não tinham compreendido o que o rapaz queria com tudo aquilo. Shawn estava tão quente que tinha certeza que mataria Corey caso ele deixasse que a loira saísse ilesa outra vez.

— As armas estão guardadas no galpão de trás onde eles guardam a maconha. Mas os documentos devem estar aqui nessa sala.

Quando ela se virou para trás para olhar curiosamente uma das estantes de madeira, Corey voltou-se rapidamente para Shawn e puxou da cintura do líder a pistola automática. Três tiros foram disparados atingindo as costas da loira antes mesmo que ela tivesse tempo de ver o que aconteceria. O corpo chegou a tombar para frente e deslizou pelas prateleiras até o chão.

O silêncio ainda prevaleceu por um longo tempo. Ele engoliu em seco e suspirou soltando o ar ruidosamente. Voltando-se para trás, viu pares de olhos encarando-o. Pela falta de reação ele chegou a se questionou se havia feito algo de errado novamente.

— Taylor? — Shawn chamou. — Você está bem?

Ele travou a pistola e entregou-a ao dono.

— Não é com isso que temos que nos preocupar agora, Shawn. — respondeu. — Vamos pegar de volta o que nos pertence e colocar esse lugar em chamas o mais rápido possível.

* * *

A mercadoria intacta que acharam no galpão foi levada de volta aos carros e a casa foi sendo embebida em gasolina e álcool, assim como a plantação de maconha.

Àquela hora da noite o silêncio predominava o lugar, o vento silvava e a rodovia estava assustadoramente quieta. O grupo se juntou à frente da fazenda, os corvos de preto em meio à escuridão e a calada da noite. Corey acendeu o isqueiro que tinha no bolso e deixo-o cair no rastro de gasolina. O fogo subiu vivo e se alastrou rapidamente para a casa, tomando a varanda e o primeiro andar. As labaredas foram lambendo as paredes até chegarem ao topo. As cores quentes e as flamas dançantes deram cor à noite e iluminaram os oito rostos suados.

Estava feito, finalmente. A sensação no peito poderia não ser boa, mas era reconfortante. Fez Corey se sentir em casa novamente, e fez Shawn se orgulhar do que via. Depois de anos, o líder sentia que a família não estava morta. Apesar de tudo o que passaram, eles ainda eram os mesmos de sempre. Eram os homens sem esperança, os pais, filhos e irmãos de guerra. Eram os anônimos, eram as crianças inocentes que foram transformadas em lobos pela vida dura que tiveram. E ali estavam eles: de pé, renascidos. Agora se sentiam tão vivos e destrutivos quanto fogo que queimava sem cessar.


Notas Finais


MORREEEU!!!
Finalmente, ô glória! huahuha Eu acho que a morte da Scar foi a coisa que vocês mais estavam esperando, mas acho que ninguém estava pronto para que isso acontecesse tão cedo. Ou estavam?? haha
Eu sei que foi meio corrido todos esses acontecimentos, mas isso foi o melhor que pude extrair de mim hoje, e eu também não quis passar mais uma semana sem atualizar a fic :P
Agora sabemos que no próximo cap a Susannah vai ter que se decidir sobre a morte dos pais dela. E aí, será vai dar merda? O James, será que vai acalmar os nervos dele também?? Senhor Tuck, vai continuar nos seduzindo? Ahh dúvidas cruéis! Continuem acompanhando essa novela! huaha
Vejo vocês no próximo \o


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