DebbieOliver

Trabalhar pro Metallica, a maior banda do planeta, era como viver um conto de fadas rock’n’roll. Mas, em 1991, um deslize estúpido virou tudo de cabeça pra baixo e fez com que Hannah Cameron deixasse pra trás o que podia ser o capítulo mais incrível de sua vida.

Agora, anos depois, os olhares de Cameron e James se cruzam outra vez numa noite qualquer de Seattle, sem que ela sequer imaginasse no que esse reencontro pudesse se tornar.

Ela sobreviveu ao pior. Agora só queria sobreviver à faculdade.

Nathalie Graham pensou que tinha deixado os horrores de Raccoon City pra trás. Nove anos depois do surto que varreu sua cidade natal do mapa, ela vive em Fallcreek, uma típica cidade universitária onde a maior ameaça pode ser uma prova surpresa ou um colega bêbado vomitando no tapete da república.

Jogos às terças. Provas às segundas. Festas todo fim de semana — os pesadelos de Raccoon City agora são só isso: pesadelos. E eles sempre somem quando ela acorda. Sempre.

Mas a calmaria tem data de validade.

Quando uma substância misteriosa começa a circular entre os alunos — com efeitos colaterais mais grotescos do que qualquer ressaca — Nathalie percebe que o passado não ficou tão enterrado assim. E que as raízes do mal podem se espalhar... mesmo quando pareciam mortas.

Fallcreek vai aprender, da pior forma possível, que algumas lendas urbanas são baseadas em fatos.

E Nathalie?

Vai ter que lembrar como se sobrevive a um pesadelo — acordada.

Desde que perdeu a esposa, Joel tem vivido pelos outros — pelas filhas, pelo trabalho, pela promessa de seguir em frente. Amar de novo nunca pareceu uma opção. E, sinceramente, ele não sentia falta. Já tinha problemas o suficiente.

Rachel também prometeu a si mesma que nunca mais se entregaria. Depois de um casamento desfeito e de uma perda que ainda dói no corpo e na alma, tudo o que ela quer é recomeçar — sem olhar pra trás. Uma nova cidade, um novo emprego, seu nome numa porta de sala de aula.

Recomeçar em Austin pareceu uma escolha segura.

Até conhecer Joel, e até ele vê-la. De verdade.

E, ali, algo nos dois se reconhece.

Nada entre eles é simples — não os olhares que duram mais do que deviam, os toques que queimam sem querer, nem as verdades que doem mais do que admitem. Eles não são adolescentes. São adultos, teimosos, marcados por tudo que perderam… e profundamente atraídos por tudo que ainda poderiam sentir.