Quando chegamos ao local estranhei, era algo estranho... Havia uma porta quase no meio de morros e o nada.
-Tá, agora é a parte em que eu grito? -Observo Sam abrir a porta.
-Não. -Dean me empurra.
Era um local com equipamentos antigos, um cheiro desagradável de mofo e poeira que irritava minhas narinas. Logos descemos umas escadas e era um Bunker?
Do nada surge uma segunda sala ali.
-Tá ok, essa é a parte em que eu grito! -Entro e fico observando, era uma mesa enorme, na verdade tinha algumas mesas, livros... muitos livros, tipo muitos livros, tipo muitos! Alguns corredores para umas portas e eu gritei. -Um Bunker! Fala sério!
-É... legalzão né! -Dean diz respirando fundo e observando o lugar como a primeira vez que tivesse entrado ali.
-É... Isso é de quem? -Digo indo bisbilhotar as coisas.
-Nosso... -Sam diz colocando uma mochila encima da mesa. -Na verdade era Dos Homens de Letras nos...
-Homens o que?
-Homens de letras, eram preceptores, eles eram peritos em sobrenatural, eles conheciam tudo sobre o sobrenatural, e tem tudo aqui, vamos dizendo que aqui é uma biblioteca de conhecimento infinito sobre... o mundo todo! -Dean diz dando ênfase a "mundo todo".
-Nossa, isso é legal! -Digo meio que espantada sobre tudo aquilo. -É... Na verdade é legal de mais pra vocês só me apresentarem isso agora, por que só agora?
-Bom é... -Alguém interrompe Dean, repente ele aparece.
-Castiel, que bom ver você... estávamos falando para a Lucy sobre o... -Ele percebe o climão.
Meu olhar era fixo nele, faço uma expressão firme e uma lâmpada estoura.
-Hey, calma... qual é o motivo do climão? -Dean disse indo até a mim fazendo sinal para mim me acalmar.
-Seja lá o que vocês forem fazer comigo, espero vocês fazerem logo... -Digo sentindo o ódio subir pelo meu corpo. Eu estava com raiva dele, pelo simples fato do Anjo maldito achar que eu realmente tentei matar ele de propósito, e mesmo eu não lendo pensamentos nem algo do tipo... sei que ele pensava isso.
-Ok, é vamos. -Sam disse passando entre eu e Dean e me puxando pelo braço. Caminhamos pelo corredor.
-Me diz qual é o problema dele? -Digo soltando meu braço.
-Lucy, o Castiel demorou muito tempo pra se recuperar, ele ficou semanas muito mal, e mesmo com os poderes de anjo e tudo mais, se você apenas tivesse olhando para ele no jeito em que ele estava ele tinha virado pó.
-Mais Sam, eu não quis fazer aquilo, você sabe disso... -e de repente estávamos em uma sala onde havia uma grande armadilha do Diabo, e quem estava lá, Crowley.
Fechei a cara ao ver o desgraçado ali.
-Crowley... -Digo com uma cara de poucos amigos.
-Iluminada, que bom te ver... aliás sempre achei seu nome um belo nome... se tiver filhos um dia esse seria um belo nome... isso se eu quiser não é mesmo? -ele diz com um sorriso escroto.
-A pergunta é, quem vai querer ser seu filho Crowley. -Digo ríspida e olhando para o Sam tipo "O que ele ta fazendo aqui."
-Visita de rotina. -Sam disse indo mexer em algumas coisas.
-Então é isso ne Crowley... -Digo sentando em uma cadeira. -Você pra falar com os Winchesters tem que estar preso em uma armadilha do Diabo... O que você fez dessa vez?
-Nós queríamos saber o por que do demônio vir atrás de você, então por que não falar com o rei dele?
-Verdade... Mais eu realmente não sei, o inferno está uma bagunça, os demônios eles estão doidos, falando de uma tal profecia que em todos os meus séculos de vida nunca ouvi falar. -Ele disse pensativo.
-Você sabe o por que não é mesmo? -Digo levantando da cadeira.
-Não sei, e mesmo que soubesse não diria a uma louca como você!
-Eu o que? -Digo colocando as mãos na cintura.
-É mesmo, você sim é doida, pirada, lelé da cuca, eu estou em uma armadilha do diabo e você a um dia atrás estava em um hospício de dopando de remédios pra não ter alucinações com o capeta, minhas fontes dizem que você era tratada muito bem pelo falecido Steven.
-O que você fez? -Digo respirando fundo.
-Eu não fiz nada, seu papai fez.
-Mas... -Sam ia falar e eu o interrompi.
-Você é um ser tão desprezível Crowley... -Digo tombando a cabeça para o lado. E entrandona armadilha, realmente me danando se ia ficar presa ali. -Quem foi? -digo causando uma pequena grande dor nele. Ele se debatia sobre a cadeira e sangue começou a escorrer dos seus olhos e boca.
-Não faço a mínima ideia. -ele diz grunhindo.
-Você acha que eu sou idiota majestade? Quem matou o Steven? -Pergunto de novo acrescentando mais dor.
-Eu não sei! -Ele gritou. -Agora para por favor! -Ele implorou e eu parei.
-Sua criatura inútil e idiota. -Digo chegando perto dele. -você vai falar tudo que ele quer saber. -aponto para o Sam. -E se não dizer, eu vou voltar... e você não vai querer que eu volte. -Digo me afastando.
Respirei fundo e olhei para o Sam que observava tudo com os olhos arregalados.
Ele olhou para a armadilha e eu olhei pra ela também.
"Calma Lucy... você não é só a Lucy demônio, humana, se controla!" penso.
Começo a pensar em coisas boas, meu pai me ensinando a andar de bicicleta, minhas tias... e coloco o pé devagar para fora da linha e passo lentamente para o lado de fora.
Respiro fundo e olho para o Sam que se sentiu aliviado também.
Dei uma piscada para ele e sorri.
-Eu falo com você depois. -Eu digo olhando para Sam e em seguida para Crowley.
Saio dali procurando a saída daqueles corredores que confundem a mente humana. Parando perto da cozinha onde Castiel e Dean conversavam. Me escorei na parede ao lado da porta sem ser vista.
-Eu sei Castiel, mais ela vai melhorar... eu prometo que não deixaremos acontecer de novo. Dean se escora na mesa.
-Mais e a terra? Como fica? Ela esta matando muita gente sem perceber. -Ele diz isso eu fecho a boca apavorada. Como assim?
-A gente vai dar um jeito nisso, a gente sempre dá... precisamos focar nela agora, sem Lucy possuída, sem Fim do Mundo. -Ele diz olhando para as mãos.
-Dean a Lucy é um demônio, a cura de vocês não vai dar certo... ela é um demônio o demônio do corpo tira ela também. -Castiel o observou.
-A gente precisa dar um jeito Castiel, sei lá procura da biblioteca dos anjos, ou aqui no Bunker, fala com seus amigos alados procura respostas.
-Você sabe que se não conseguirmos vamos ter que... -Dean interrompeu.
-Não Castiel... Não, você não pode simplesmente querer matar a pessoa que consideramos como irmã, só por que ela vai acabar com o mundo! -Dean levanta quase gritando.
-Você tem noção do que falou? -Castiel diz.
-Não! -Ele sai pela outra porta.
Vejo Castiel pensativo por alguns segundos e saio correndo pelo corredor.
Entro em o que seria o meu quarto e apenas me olho no espelho me sentindo um monstro.
-Eu to acabando, com o mundo! Você tá acabando com o mundo Lucy! -Vi lagrimas escorrendo pelo meu rosto sem dó. Deito na cama abraçando o travesseiro só querendo acordar na minha casa com o mundo sendo mundo e eu sendo eu.
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