História Dust in the Wind (Hiatus) - Hold Me Down

 Acordei talvez um pouco assustada mais não por ter pesadelos, por não ter, desde que eu descobri essa história de monstros e demônios e fadas e anões e duendes da Branca de Neve, eu venho tendo constantes pesadelos. Sentei na cama e senti que estava um pouco tremula e um pouco tonta. Levantei e vi as coisas girarem por alguns segundos. Me olhei no espelho que dava para uma penteadeira antiga. Existia isso na Segunda Guerra Mundial? Bom. Eu estava mais normal, apesar das olheiras serem maiores que meus olhos, estava tudo bem.

 Sai do quarto pensando no que tinha ouvido antes na cozinha, e não me saiu do pensamento o fato do Castiel querer me matar caso eu piore, eu estou começando a odia-lo? Estou, mais por que me matariam? Eu estou bem e não ataquei ninguém. Caminhei pelo corredor ainda meio tonta. Fui até a cozinha e vi todos sentados na mesa. Dean tomando café, Sam no computador e Castiel... bom ele estava com os pés encima da mesa olhando para um ponto fixo no nada.

-Oi. -Digo esfregando os olhos

Dean começou a gargalhar e Sam forçou para não rir.

-Eu to fedendo? -Digo cheirando embaixo do braço (Sempre é bom checar o desodorante crianças!)

-Não. -Sam disse voltando para o computador quase sufocando.

-O seu cabelo, parece que você levou uma descarga elétrica. -Dean disse parando de dar uma gargalhada sinistra e estranha.

Passei a mão pelo cabelo e pude ver os nós que se formaram.

-Droga! -Digo prendendo o cabelo num difícil coque que consegui disfarçar um pouco. Fui pegar o café. -Bom, isso não vai fazer diferença, já que quando eu causar o Apocalipse as pessoas não vão ligar muito pra ele. -começo a assoviar enquanto coloco o café na xicara e ignoro completamente a presença de Castiel ali sentando na cadeira a frente de Sam.

Sam fechou o computador com força olhando para o irmão tipo "Eu vou te matar com o travesseio enquanto estiver dormindo".

Dean engoliu em seco.

-Lucy... -Sam se pronunciou e eu o cortei.

-Não precisa esconder e nem ficar bolado com o Dean, eu ouvi, ninguém me falou. E Além do mais, eu não to tão preocupada assim, no máximo que eu vou fazer é exterminar toda a humanidade sem querer querendo. -Digo bebericando o café. -Eu só quero que você e o Dean me expliquem o que tá acontecendo, pra mim ficar sabendo quanto tempo eu levo pra acabar com o mundo. -Respiro fundo enquanto seguro a xicara com as duas mãos sentindo a mesma esquentar minhas mãos que estavam um pouco frias.

-Bom. -Sam disse deixando o computador de lado. -Você.. -Ele parou e me observou com uma expressão estranha. -Porque está tremendo?

-Não sei, acordei assim, não sei! -Digo meio estranha... talvez seja... -Talvez seja meus remédios, bom aquilo é uma droga, de qualquer jeito... eles me dopavam de remédios e eu acho que meu corpo tá sentindo falta. -Digo e eles me olham estranhos.

-Deve ter sido terrível lá... -Sam fica pensativo.

-É, eles me deixavam a maioria do tempo trancada, eu tinha uma amiga lá mais eles a liberaram tempo depois, ou algo assim... as enfermeiras, elas me davam remédios que eu nem sabia que existia. -Disse lembrando de uma vez em que tentei sair e me levaram a força para o quarto e as enfermeiras encheram minhas veias de Ritalina e outros remédios. -Mais continua. -Digo tentando não lembrar do Hospício.

-Existem, frestas, na jaula do Lúcifer. Eu não sei como foram abertas, mais graças a elas que ele... mantem contato. -Minha expressão muda a ouvir aquilo. -Você pode fecha-las, mais só se ficar dentro dela, com Lúcifer e Miguel.

-Miguel? -Pergunto tomando um gole do meu café.

-Longa história... -Dean levanta pra pegar mais café.

-É, e sobre você ser "filha de Lúcifer", Existe uma profecia, feita através de um feitiço poderoso, que quem refizesse o feitiço, venderia a alma de uma criança inocente e o seu bem mais preciso, ou seja, seu pai fez o pacto pra salvar você e a sua mãe, e a única coisa que ele tinha de preciso era a família, então... -Sam respirou fundo. -Bom, o resto você já sabe, mais o importante é que tem como reverter esse feitiço fechando as frestas e bom, exorcizando você. -Ele diz e eu reviro os olhos.

-De acordo com o que eu ouvi na cozinha, eu não posso ser exorcizada, por que eu sou humana e eu sou o próprio demônio, e a cura que vocês falaram tem 98% de não funcionar e talvez eu não ser mais humana, mais o que eu fico com medo, é que o que eu tô fazendo com o mundo? -tomo quase todo o café da xicara.

-Quando você fica fraca, o você começa a causar pequenos danos, tsunamis, furacões e essas coisas que não entendo por que, deve ser efeito colateral do feitiço já que ele usa o solo da terra mais pura, algum pertence seu e algumas outras coisas que você não entenderia.

-Ah. -Levanto e coloco a xicara na pia, observando que até Castiel olhava pra mim.

-Ah, e se essas frestas se tornarem espaço suficiente, Lúcifer pode sair da jaula. -Castiel se pronuncia pela primeira vez, pensei em começar uma discussão mais essa não era uma hora certa. -E a casca dele será você. -Ele me olha e o silêncio reina por ali.

-Bom, eu vou voltar a pesquisar, vamos ter fé nesses 2% que nós temos. -Sam pega o computador e vai para o que eu chamei de "Uma mesa ao lado dos livros".

-E eu vou tirar uma pestaninha. -Dean vai em direção aos corredores.

Fica um silêncio entre Castiel e eu. Ele finge uma tosse.

-Eu ouvi... -Digo observando o chão. -Que você disse, que se tudo der errado você me mata. -Digo e ele me observa.

-Lucy eu... -eu interrompo.

-Eu quero que você faça isso. -Digo firme. -Se caso eu vire um demônio, um morcego, um lagarto, qualquer coisa que não seja eu, quero que você me mate, e que de um jeito sobre o Fim do Mundo, eu não quero matar você se você acha que eu quero isso. -Digo pela primeira vez em muito tempo olhando nos olhos dele.

-Eu não...

-Não quero saber se você acha que é certo, ou que é errado, só quero que você faça, e que apesar de eu estar com muita raiva nesse momento e querer te agredir fisicamente e psicologicamente, eu não vou fazer isso, por que eu... -Eu travo.

Ele vem até a mim e encosta com os dedos na minha testa.

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"*Socorro! Socorro! Socorro! Monstro... tudo que você é um monstro, um trio de espadas, um trio de espadas Lucy! Eu vendi minha alma para esse trio, ele me disse que eu era sagrada, ele me tem de joelhos, mais é Diabo que está tentando! Lucy! Você é só um demônio... A que simples, você tá louca, eu sou doida, de pedra... de verdade (risos) eu sou tão do mal! Eu te amo. Ou não... eu sou a...*"

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-O que você viu? -Digo tirando as mãos dele e observando que ele estava apavorado.

-Você... tá uma bagunça na sua mente! -Ele disse observando o nada.

Ele se afasta e sorri. Fico sem entender.

-Talvez eu também. -Ele sorri e desaparece. Fico sem entender o que ele quis dizer com "eu também."

Tem certeza que eu sou a louca por aqui?