- Levy –
Não sei exatamente o porquê me sentir tão ansiosa quanto a situação. Talvez fosse pelo fato de ser o Gajeel. O que faz com que eu me sinta um pouco idiota, afinal fazem anos que eu tive algo com ele e pelo visto o poder que ele tem sobre mim não diminuiu grande coisa.
É um pouco patético pensar que alguém possa ter tanto poder sobre outra pessoa. Que um simples olhar, uma simples palavra tenha o poder de faze-la como se estivesse derretendo por dentro. É assim que eu me sinto quando ele está por perto e acho que por isso desisti de resistir naquele momento, porque além daquela sensação ser patética é inacreditavelmente deliciosa.
Quando notei que estava no apartamento dele e não no meu me surpreendi. Nem de longe tinha planejado deixar que alguns beijos no elevador chegassem a esse ponto, mas ele é absurdamente sedutor e como eu disse tem poder sobre mim. É como se ele soubesse exatamente o que fazer para que eu ceda e para falar a verdade eu gosto disso. Tanto que nem ao menos me esforcei para sair de seus braços e sair correndo para meu apartamento. Quando ele se sentou no sofá comigo em seu colo e puxou meus cabelos levemente para que eu inclinasse o pescoço o permitindo deslizar seus lábios intercalando beijos e mordidas por toda extensão desnuda de meu pescoço eu sabia que não queria mais voltar. Aquilo só tendia a melhorar e eu não iria deixar de aproveitar. Resolvi deixar o instinto tomar conta e ao menos uma vez fazer o que eu realmente queria.
Deslizei meus dedos entre seus cabelos e puxei seu rosto de encontro ao meu voltando a beija-lo de maneira luxuriosa, aproveitando cada instante, saboreando aquele momento. Senti suas mãos migrarem para a barra de minha camiseta e lentamente a puxar afim de retira-la e joga-la em algum lugar. Meu corpo foi percorrido por um arrepio ao sentir seu olhar sob minha pele desnuda antes que ele me deitasse no sofá e começasse a deslizar seus lábios por minha pele. Sentia-me elétrica. Ele segurou minhas mãos acima de minha cabeça e levou seus lábios de volta aos meus enquanto o senti desabotoar meu jeans com a mão livre. Assim que soltou minhas mãos deslizou as suas por minhas pernas livrando-se do jeans que eu usava, sem nunca permitir que seus lábios deixassem os meus.
Separou-se de mim por um momento para livrar-se da camiseta que usava e quando pensei que teria seus lábios de volta ele apenas mordeu meu lábio inferior e desceu seus lábios mordiscando cada centímetro de meu pescoço enquanto suas mãos intercalavam entre meus seios e meu bumbum. Quando ele deslizou seus lábios entre o vale dos meus seios e lentamente retirou meu sutiã se permitindo mordiscar-me, concluí que dificilmente encontraria alguém melhor naquilo do que ele. Parecia que seus lábios eram mágicos e depositavam fagulhas a cada local em que encostavam. Queria que ele pensasse o mesmo sobre mim. Queria que ele sentisse o que nenhuma outra garota jamais o fez sentir.
O empurrei lentamente e me sentei em seu colo, encostando-me a ele de modo provocante, sentindo através do jeans que ele ainda infelizmente usava o quanto me queria. Deslizei meus lábios por toda extensão de seu peitoral, até que meus lábios alcançassem o cós de seu jeans que em movimentos lentos desabotoei enquanto me permitia incita-lo ainda por cima de suas últimas peças de roupa.
Passei meus olhos sob seu corpo seminu e pensamentos nada puritanos tomaram conta de minha mente. Pelo visto ele fez diversas tatuagens durante os últimos anos, o que apesar de não ser muito o meu estilo tenho que dizer que ficaram extremamente sexys. Combinam totalmente com ele. Quando voltei a olhar em seus olhos eles pareciam mais vermelhos que nunca, cheios de desejo, cheios de algo que eu nunca havia visto neles.
Desviei meus olhos dos dele novamente e voltei minha atenção ao que ainda se mantinha escondido a meus olhos quando Gajeel se levantou, tomou meus lábios mais uma vez e puxou minhas pernas para que se encaixassem em sua cintura antes de sair em direção a seu quarto. Ele me soltou de modo brusco sob a cama e eu senti-me afundar sob um colchão muito macio e que tinha o cheiro do moreno carimbado. Um cheiro tão forte e delicioso que parecia ser capaz de invadir cada pedacinho de mim.
Ele subiu na cama e se pôs a beijar toda a extensão de meu corpo, beijando desde meu pescoço até alcançar minhas pernas. Deslizava seus lábios suavemente pelo interior de minha coxa, ele certamente estava tentando me provocar. E certamente estava conseguindo.
Quando senti suas mãos entre minhas pernas sabia que não resistiria muito tempo mais. Ele iria acabar conseguindo o que queria. Eu sabia que ele queria que eu pedisse. Idiota.
Ao sentir seus lábios roçarem suavemente no ponto certo eu sabia que a batalha estava perdida. Sabia, mas não entreguei os pontos até sentir seu dedo dentro de mim e gemer em aprovação.
- Você só tem que pedir. – Ele disse num sussurro em meu ouvido antes de morder meu lóbulo e deslizar os lábios para meus seios.
- Idiota. – Resmunguei. – Por favor.
- Você é quem manda. – Ele respondeu num tom divertido antes de morder meu pescoço e em seguida iniciar a conclusão do que esperei por tanto tempo.
Sim, assim que o senti em mim pude assumir para mim mesma que eu queria senti-lo desde que o revi. Nada se compara a isso.
- Minha vez. – Eu murmurei antes de dar um jeito de ficar por cima e poder aproveitar aquela sensação por completo. Não somente o ato em si, mas o olhar que ele tinha após eu tomar a iniciativa. Um olhar luxurioso e quente. Foi impagável.
Assim que chegamos ao ápice, juntos devo dizer, tombei a seu lado um tanto cansada e ainda estou aqui. Estou aqui enrolada em seus lençóis, enrolada em seu abraço. E por mais surpreendente que pareça me parece ser a coisa certa a fazer.
- Baixinha... – Está tão bom esse silêncio. Conversar pode ser perigoso, não pode?
- Hummm... – Murmurei com o rosto em peito. Posso ouvir seu coração que do nada parece estar ficando acelerado.
- Desculpe. – Ele disse.
- Pelo o quê? - Desculpas? Do que ele está falando?
- Eu queria sim que se repetisse. – Respondeu. Agora sei que ele está falando daquela noite.
“- Certo. Isso nunca mais vai se repetir. Nunca.
- Quem disse que eu queria?
- Quem disse que eu queria? - Repeti. - Seria muita sorte sua. - Murmurei enquanto seguia para a porta.
- Arrãm... E é melhor não contar isso pra ninguém. – Ele me disse.
- Não conte a ninguém você. Por que eu iria querer contar isso a alguém? ”
- Eu sei que queria. – Não sei nada na verdade. Mas, não faz mal jogar verde. – Você estava lá todo apaixonadinho por mim... – Estranho ele não contestar – Deve ter deixado seu orgulho tomar conta. – Murmurei praticamente num sussurro. Eu realmente acho isso.
- Talvez tenha sido isso mesmo. – Ele disse quase tão baixo quanto eu.
- Aham... Então estava mesmo apaixonado por mim? – Estou surpresa que ele ainda não negou. Agora olhando nos olhos dele me parece que eu acertei.
- Olha, Levy... – Lá vai ele desviar do assunto...
- Ainda orgulhoso, não é? – Vou interromper antes que isso termine tão mal ou pior do que a primeira vez. – Tudo bem. – Selinho dado. Vou para a casa.
- Onde você vai? – Se ele ficar parado seminu, apenas com a box que ele vestiu novamente, encostado no batente desse jeito não vou conseguir ir em lugar nenhum.
- Pr... Para casa oras. – Maldita hora para gaguejar.
- Pode ficar aqui. – Um sorriso malicioso terminou a frase. Seria uma ideia muito boa. – A gente ia se divertir. – Ainda bem que já me vesti. Dois passos e consigo sair do poder de seus olhos.
- Tenho certeza que sim. – Meus lábios estão doendo pela força com que os estou mordendo por recusar esse convite. Mas, a sanidade voltou a minha mente. Droga. – Mas, não posso dar nada que o Rogue possa usar contra mim...
- Aham... – Parece que a máscara voltou. Ele está impassível de novo. – Então tudo bem.
- Gajeel... Desta vez sou eu que peço para não contar a ninguém, ok? – Me arrependi de dizer isso assim que vi seus olhos. Novamente em fendas. Não gosto disso.
- Ok. – Disse simplesmente.
- É... Por causa da minha situação, entende? – Quero que esse olhar em fendas saia de seu rosto. Quero que ele entenda que não foi uma revanche, apenas escolhi a maneira errada de pôr aquilo.
- Ok, Levy. Eu não pretendia fazer isso de qualquer modo. – Essas palavras.... Já vi que vão me assombrar. Não que eu quisesse que ele contasse a alguém, mas o jeito com que foram postas não me agradou nem um pouco.
- Tchau Gaj. – Murmurei em sinal de paz e segui para meu apartamento.
- Tchau... Baixinha. – O ouvi dizer antes de fechar a porta. Talvez estejamos bem afinal. Ou não. O tempo deve dizer.
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