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História Efeito Colateral - S e v e n


Escrita por: deadler

Notas do Autor


boa leitura e leiam as notas finais <3

Capítulo 7 - S e v e n


Fanfic / Fanfiction Efeito Colateral - S e v e n

Audrey encontrou Justin na quadra de basquete. Ele estava sentado nas arquibancadas, fazendo o assento de baixo de cadeira e o de cima de mesa. Ele não notou ela chegando, até a hora que pode ver sua silhueta ao seu lado.

Justin olhou para ela e arqueou a sobrancelha. Depois fez pouco caso e voltou a comer seu almoço. Audrey revirou os olhos e sentou ao lado dele.

— O que você quer? – ele perguntou, sem olhar para ela.

— Porque você não almoça no refeitório? – perguntou-lhe sem rodeios.

Ele engoliu o que estava em sua boca e riu. Após ver que ela não estava rindo, cessou a risada.

— Era uma pergunta séria?

Justin se perguntava se ela era cega ou algo do tipo. Ou se apenas se fazia de trouxa.

— O que você acha? – rebateu.

— Eu acho que você está me provocando. Ou você vai me dizer que nunca reparou no silêncio e no jeito que eles me olham quando eu coloco os pés naquele lugar?

Por um segundo, Audrey quase se sentiu mal. Ela não estava o provocando e não queria que ele pensasse assim. Ás vezes Audrey fazia e falava as coisas sem pensar.

— Um: eu não estou te provocando, apenas curiosa; e dois: é meio impossível não ter reparado. Porque eles ficam daquele jeito toda vez que você está perto?

— Porque eles têm medo de mim, se não está óbvio. Sabe aqueles filmes que tem os populares, líderes de torcida, capitães de time de basquete e o estranho da escola? Então, eu sou o estranho, só que mais moderno.

Era uma comparação válida. Realmente, parecia que era assim. A única diferença é que geralmente os garotos estranhos dos filmes sofrem bullying, o que não era o caso de Justin. Na verdade, Audrey achava que ninguém ali se atreveria a falar dele.

— Por que? Ninguém olharia para uma pessoa igual todos olham para você sem motivo. E você come aqui todos os dias? Sozinho? Como você suporta ficar só?

— Sim, eu almoço aqui todos os dias, sozinho. A solidão é apenas questão de costume.

— Não respondeu minha primeira pergunta – Audrey acusou.

— Porque eles me acham perigoso – diz.

Audrey já sabia disso, a resposta de Bieber não fora muito reveladora. Ela não achava que Justin era perigoso, mas muitas vezes as aparências enganam. Por fim, Audrey perguntou tão baixo que quase ela mesma não se ouviu:

— Você é perigoso?

Justin encarou os olhos de Audrey e ela sentiu seu corpo se arrepiar. Era como se ele pudesse ver sua alma, desvendar todos os seus segredos. Audrey nunca entendeu por que sempre se sentiu assim perto dele. Por que sempre foi tão curiosa sobre quem era Justin Bieber. Quem ele realmente era. Talvez apenas um rostinho bonito. Talvez um cara sujo por dentro, quebrado. Ou apenas talvez alguém injustiçado.

— Por que você não descobre?

Audrey ficou sem palavras.

Ela não sabia se isso significava que sim, ou que não. Porém Audrey nunca desistiu fácil das coisas. Quando ela colocava algo em sua cabeça, ninguém tirava. Quando ela tinha um propósito, ninguém a fazia desviar de seu caminho. E agora desvendar e entender Justin Bieber havia se tornado seu propósito.

A garota deu de ombros e pegou duas batatas que estavam no prato de Justin e colocou na boca. Após terminar de mastigar, pegou o suco dele e tomou quase a metade. Ele apenas olhava para ela com os cantos dos lábios levemente curvados para cima.

 

Era tarde e Audrey estava sozinha novamente. Claire estava na aula e Audrey não aguentava mais ficar olhando para a parede do quarto. Nem a leitura a distraía. Ela já havia adiantado dois trabalhos e revisado o conteúdo estudado essa manhã. Audrey também ligou para seu pai, se falaram por quase meia hora e ficou decidido que esse final de semana ela iria para casa. Audrey quase não estava aguentando de tantas saudades. E, além disso, ela levaria Claire junto. Nem que tivesse que amarrar a amiga.

Audrey decidiu sair. Em apenas alguns minutos ela se arrumou e foi andando até chegar na cafeteria em frente à universidade. Pelo lado de fora ela pôde ver Justin atendendo uma mesa com dois idosos. Ele conversava com os dois e tinha um sorriso lindo no rosto. Audrey sabia que por baixo daquela cara séria tinha um lindo sorriso. Ela diferente de todos que ela já o vira dar. Ela sincero e verdadeiro.

Audrey entrou na cafeteria e se dirigiu ao balcão. Sentou ali e ficou mexendo em um guardanapo até Justin parar em sua frente, do outro lado do balcão.

— Agora vai me seguir no trabalho também? – ele perguntou enquanto tirava café da máquina.

— Não estou te seguindo, apenas não tinha nada de melhor para fazer.

— Última opção? Eu quase me senti lisonjeado –Justin ironiza.

Audrey revirou os olhos.

— Como se você se importasse.

— Tem razão. Eu não me importo.

Ele arrumou os cafés na bandeja e foi entregar o pedido. Audrey o acompanhou com os olhos até ele voltar.

— Você vai querer algo ou vai ficar apenas olhando? –Justin perguntou sem olhar para ela.

— Um café puro.

Em menos de um minuto Justin entregou o café para Audrey.

— O que você vai fazer depois do trabalho?

Justin parou o que fazia e olhou para ela. Deu de ombros e respondeu

— Vou para casa.

Audrey pensou no que estava fazendo por um momento. Ela não sabia se era uma boa ideia o que estava prestes a fazer, mas resolveu arriscar. Sua impulsividade sempre ganhava.

— O que você acha de a gente fazer alguma coisa?

Justin olhou para ela novamente. Dessa vez, ele estava sério.

— Audrey, nós não somos amigos.

Definitivamente não foi uma boa ideia.

Sem dizer nada, Audrey deixou o dinheiro do café em cima do balcão e saiu do estabelecimento. Justin não tirou os olhos dela nem por um segundo. Ele não se sentia arrependido, longe disso. Justin estava curioso.

Ninguém tentava se aproximar dele, ninguém nem ao menos falava com ele. Fazia cerca de um ano que todos se afastaram dele, o único que ficou foi Andy. Andy sempre ficaria, ele faria qualquer coisa por Justin. Mas Audrey? Audrey nem ao menos o conhecia. Talvez ela seja apenas uma garota estúpida que gosta de perigo. Ou talvez ela seja diferente de todos os outros.

 

Audrey estava quase dormindo quando Claire chegou no dormitório. Já havia tomado banho e estava apenas de pijamas, deitada na cama e assistindo The Originals. Assim que chegou da cafeteria, ela arrumou sua mala com tudo o que precisava para passar o final de semana com seu pai. Agora faltava apenas convencer Claire.

— Falei com meu pai hoje. O que você acha de passar o fim de semana com a gente? E antes de negar, eu faço seu dever de cálculo durante três dias.

Claire riu.

— Passar um fim de semana longe da faculdade? Não precisa nem perguntar duas vezes. Mas, já que você insiste, eu deixo você fazer meu dever de cálculo. E não adianta voltar atrás.

— Se eu soubesse que seria tão fácil, não teria oferecido.

Claire riu.

— Agora, mudando de assunto, Andy está lá na entrada e quer falar com você. Aconteceu algo?

Audrey estranhou. Andy tinha o número de seu telefone e poderia falar com ela a qualquer hora. Porque ele havia mandado recado por Claire?

— Eu não sei, mas vou lá.

Ela trocou de roupa rapidamente, substituindo o pijama por um vestido de ficar em casa. Quando chegou na entrada nos dormitórios, viu Andy encostado em seu carro, olhando para ela com a feição séria. Imediatamente Audrey soube que algo estava errado.

— Você queria falar comigo? – Disse assim que se aproximou.

— O que você quer com o meu irmão, Audrey?

Ela parou à alguns passos de distância dele.

— Nada. Ele te disse alguma coisa?

Audrey não estava entendendo o que estava acontecendo ali. Andy não estava sendo o Andy que ela conhecia. Ele estava com a postura na defensiva e sendo extremamente seco com ela.

— Ele não precisou. A universidade inteira te viu correndo atrás dele na hora do almoço.

Audrey quase riu de nervoso. Tudo isso porque ela foi atrás dele? Era ridículo.

— E qual é o problema nisso? Será que dá para você me explicar que merda está acontecendo?

Andy se aproximou dela e ficou perigosamente perto. Audrey sentiu a respiração falhar. Ela não conhecia ele a muito tempo, mas não acreditava que ele seria capaz de machucá-la por nada.

— Eu considero você minha amiga. Você é a única pessoa nessa faculdade fodida que eu chamo de amiga. Mas Justin é meu irmão. Ele é a única pessoa que vale a pena na merda que é a minha família e as pessoas o tratam como merda por algo que ele não fez. Eu faço qualquer coisa por ele, Audrey. Qualquer coisa. Não importa as consequências, porque eu sei que ele vale a pena. Então, seja lá o que for que você esteja fazendo, pare. Eu sei que você deve estar curiosa a respeito dele, porque ele é o cara que todo mundo olha estranho, mas chega. Pare de perguntar sobre ele, pare de perseguir ele.

Ele pausou por uns segundos e foi o bastante para Audrey tentar dizer algo.

— Mas eu... – Andy a interrompeu.

— Eu não quero saber. Só fique longe dele.

E então ele se foi. 


Notas Finais


no capítulo seis, rolou um "corey" no meio dele e como perguntaram nos comentários quem é, vou responder aqui.
Corey é o Justin, Justin é o Corey. Como sabem a Letícia postou Efeito Colateral no wattpad (um pouco antes de postar aqui /lá já está no capítulo treze\), e sem querer, deixei o nome Corey (que é o nome do Justin lá) passar na hora que estava trocando os nomes, então caso vocês vejam mais uma vez por aqui, saibam que é o Justin. E se puderem me avisar, seria ótimo. Creio que não acontecerá de novo, mas né.

Espero que tenham gostado e, como sempre, a Let agradece pelos favoritos e comentários <3

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