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História El Bigote. Taekook, Vkook. - Apaixonado por você.


Escrita por: CopinhuYoongi e nebulouszy

Capítulo 31 - Apaixonado por você.


Fanfic / Fanfiction El Bigote. Taekook, Vkook. - Apaixonado por você.

Já era por volta das quatro da tarde quando eu terminei de tomar um banho no meu próprio quarto. Tinha passado mais uma vez aquele maldito creme na bunda, peguei uma calça com suspensório e coloquei uma regata com estampa de guitarra.

Tinha penteado os cabelos e arrumado bem o meu bigode antes de entrar no quarto de Jungkook, que ainda dormia, agora agarrado no travesseiro.

Se fosse por Jungkook ele não ia nunca mais acordar ou sair daquela cama.

Eu tinha que acordar esse menino antes que ele passe mais tempo na cama do que o colchão.

— Jungkook. — o chamei, me sentando na cama ao seu lado, deixando o saco com dois hambúrgueres, batatas e um suco natural de laranja. — ei, acorda.

Passei a mão por seus cabelos castanhos, dando um tapa fraco em seu rosto.

Me deu até dó quando ele abriu os olhos claros, mastigando em seco antes de esconder o rosto em minha barriga, resmungando alguma coisa. Provavelmente reclamando de mim e que queria só dormir mais dez anos.

— Jungkook. — o cutuco, passando seus cabelos pra trás, fazendo sua testa aparecer. — acorda. Já passou muito tempo.

— não tô...

— não tá onde? Acorda pra poder comer um pouco. — pedi, apertando sua bochecha levemente, a vendo ficar avermelhada. — bebê, chega de dormir!

Xingando baixinho, ele se sentou, lentamente, passando as mãos por seu rosto levemente inchado antes de bocejar, me olhando com a cara feia e irritada.

— por que me acordou, hyung?

— porque você já dormiu demais e precisa comer. Trouxe hambúrguer. — falei, balançando a sacolinha antes de deixa-la na cômoda novamente. — vai tomar um banho, lavar esse rosto, e vem comer o salgado.

Ele juntou as sobrancelhas, me encarando como se eu tivesse três olhos e dez bocas. Pelo menos era desse jeito que eu parecia estar pelo jeito que estava me olhando, franzindo o cenho.

— tá todo gentil assim por quê?

— eu? Eu tô... normal, ué.

— tudo isso foi pela surra de pau?

— não fala desse jeito. — tampei seus lábios, me sentindo um pouco envergonhado.

Embora... gostasse.

Eu nunca fui muito certinho. Não mesmo. Eu sempre fui um boca suja e se tinha uma coisa que saía da minha boca era a palavra "pau", mas Jungkook falando disso comigo me deixava envergonhado. Gostei da tal surra, mas ainda sim fiquei corado quando ele falou.

— mas não foi desse jeito? — perguntou, passando a mão por meus cabelos úmidos, as jogando pra trás. — e você gostou tanto que montou em mim. — diz, me dando um chupão em meu pescoço, me fazendo apertar o lençol com força.

— m-montei...

— como num trampolim.

— s-sim... — concordei, me afastando. Eu precisava me controlar. Eu não tenho cu pra isso. — mas agora vá tomar seu banho. Aqui também tem uma pomada pra você passar nesse seu... pau louco ai, se estiver doendo.

— e tá. Parece que você quebrou ele de tanto sentare.

— sentar.

— sentarrr. — ele puxou o R, como sempre fazia, só que agora mais forte ainda, me fazendo sorrir.

Eu gostava quando ele errava e ficava me olhando desse jeito, todo perdido.

— sim. Sentarrr. — me levantei, arrumando os suspensórios antes de caminhar até a porta, a abrindo. — vou sair.

— não vai ficar aqui me vendo comer?

— por que eu ficaria aqui pra te ver comer? Esquece! — balancei a cabeça, achando aquilo esquisito. — enfim, eu tenho que sair. Depois eu volto pra te ver.

— volta mesmo?

— volto. Pode acreditar.

Ele balançou a cabeça, se levantando, todo pelado com a mandioca balançando, e veio até mim. Jungkook se abaixou um pouco pra me dar um selinho.

Fechei a porta logo depois, também fechando as pálpebras por alguns segundos.

Eu tinha que me segurar.

Não podia ficar querendo me esfregar em Jungkook toda hora.

Não podia querer beijar aquela boca.

Sentir aqueles braços em mim.

Aquela boca no meu pescoço.

Aquele pau-

— cala a boca, Taehyung. Cala a boca, pelo amor de Deus. — falei pra mim mesmo, batendo na minha boca repetidas vezes enquanto descia as escadas, saindo da pensão rapidamente.

Eu ia encontrar Namjoon no mesmo lugar que a gente sempre conversava.

Na ponte.

Quando eu cheguei lá, Namjoon e seu mullet feio estavam me esperando.

Me encostei ao seu lado, apoiando os cotovelos na barra.

— em que mundo estamos vivendo?

Ele se perguntou com o olhar distante, parecendo estar preso nos seus próprios devaneios.

— qual o sentido da vida?

Suspirei, ainda rm silêncio.

— em que universo estamos onde o cu é dado como se fosse comida grátis?

Virei meu rosto em sua direção, boquiaberto, estarrecido com o que tinha acabado de escutar.

— em que mundo estamos onde um menino de apenas vinte anos come rosquinha como se a triturasse?

Abri mais minha boca.

— como que posso respirar tranquilamente sabendo que essa sua rosquinha foi comida do recheio até a embalagem?

— você tá me assustando.

— você quem me assustou. Entrei e vi meu melhor amigo com a bunsa toda marcada. Achei que tinha saído de uma guerra! — sussurrou a última parte, me fazendo passar as mãos por meu rosto que fervia de vergonha.

— isso é ruim?

— não sei. Me diga você. Isso é ruim?

— é gostoso.

— AHHHHHH, TAEHYUNG!

Eu continuei tampando meu rosto, realmente com medo e vergonha. Medo de Namjoon simplesmente dizer que eu era um cara ruim por ter feito aquilo. Vergonha de eu ter falado que sentar na mandioca era gostoso.

— claro que é gostoso. — ele disse, me empurrando levemente. — é maravilhoso. Quer dizer, nunca dei, mas eu como quem dá. Acho que isso é importante.

— você já transou com um... cara? — perguntei, tirando as mãos do rosto. — de verdade?

— de verdade. Muito antes de você. Na verdade, eu nunca fiquei com mulher. Sempre foi com homem. Só que eu tinha medo de te contar, já que você sempre foi ignorante sobre isso. E agora tá ai. Dando.

— eu? Ignorante?

— é. Você ficava falando que era coisa de outro mundo e blá-blá-blá. Eu tinha medo de você parar de ser meu amigo por isso.

— eu não gostaria que você parasse de ser meu amigo por isso... — confessei, engolindo em seco. Sentia até um gosto amargo. — eu não sei... só sabia que não era certo. Meu pai me criou assim. Eu só achei que era desse jeito, mas... eu não quero me afastar de alguém por essa pessoa ficar com homens. Isso não tem nada a ver. Não é?

— é, não tem. Também fui criado assim, mas eu nunca acreditei nos meus pais. Eu nunca me importei com quem a pessoa estaria transando ou beijando, desde que ela seja legal.

— é, é. — bufei, tornando a tampar meu rosto que ainda fervia de tão quente. — mas eu tenho medo... medo das pessoas saberem. Medo da minha mãe saber. Da minha irmã.

— acho bom você falar sobre isso com o irlandês.

— por quê?

— porque o garoto parece que gosta de você.

Rio, negando com a cabeça.

Que coisa estúpida.

— Jungkook? Gostando de mim? Ah, pelo amor de Deus...

— eu vejo o jeito que ele te olha. Desde que ele veio ele te olha, Taehyung. Ele sempre fica te encarando nos jantares, ficava assim no trabalho, no almoço, nos descansos. Pra mim, o menino sempre gostou de você, e eu acho melhor você conversar com ele, porque você pode magoa-lo.

— Namjoon, ele não gosta de mim! Eu disse merdas pra ele um dia sobre caso ele seja gay, e... e mesmo assim ele me ajudou quando teve aquela briga na fábrica... se ele gostasse de mim, ele não teria me ajudado.

— talvez ele tenha te ajudado justamente porque ele gosta de você.

— mas eu falei coisas duras... muito duras.

— então ele gosta muito de você. Muito.

Olhei para Namjoon, tombando a cabeça levemente pro lado.

Jungkook. Apaixonado por mim.

Realmente apaixonado por mim.

Gostando de mim.

Querendo me beijar desde sempre?

E... tipo, querendo... até me namorar?

Suspirei, sentindo minhas mãos suadas e até mesmo um pouco trêmulas.

— eu preciso falar com ele. Agora mesmo.


Notas Finais


será q essa conversa vai dar bom mesmo eu vou trazer tristezas?


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