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História Elenlindale - Talvez... Um pai?


Escrita por: itsbrunnalaynemiran

Notas do Autor


Elen síla lúmenn' omentielvo! / Uma estrela brilha na hora de nosso encontro! 🌌⭐🌌⭐

Oi! Tudo bem com você? (^-^)/
Hoje o cap está mais levinho, vamos ver mais o que se passa dentro da cabeça de Ivna, seus questionamentos...

Bem, sem mais dicas ou qualquer tentativa de spoiler. kkk

Vamos ao cap!
Let´s go peoples. 🏃🏃🏃🏃

Divirtam-se my children!💃💃💃💃

Capítulo 10 - Talvez... Um pai?


Fanfic / Fanfiction Elenlindale - Talvez... Um pai?

Pov Ivna

Horas são tão relativas... Mesmo que elas se mantenham intactas, imparáveis e estáveis.

Na verdade, a relatividade está na situação em que nos encontramos. Tipo agora.

Desde que Légolas saiu daqui, o tempo parece ter ficado lento, monótono.

Mas eu sei que isso é minha consciência fazendo esse tipo de coisa, pois, me sinto tão culpada por tê-lo tratado daquela maneira quando o mesmo, desde que nos conhecemos, e até a uns longos momentos atrás, estava me tratado de forma tão cuidadosa...

Enquanto que eu, o tratei descuidadamente.

Pelos deuses... O que há de errado comigo? Como posso fazer tal injustiça a um ser tão honroso como ele, que não me mostrou nenhuma vez de descortesia para minha pessoa.

Se minha mãe estivesse aqui, com certeza estaria me dando o maior dos sermões por pelo meu comportamento. Me dizendo que eu acabaria solteira pelo resto da vida se eu não mudasse meu jeito. Que nunca eu deveria me esquecer de seus ensinamentos sobre refinamento e essas coisas de moças que estão se preparando para serem boas esposas e serem mães de uma prole.

Quem dera agora poder reclamar das suas exigências que eu achava tão fora do que eu realmente almejava para mim...

- Pode ser que a gente se encontre mais cedo mãe. Já que aventuras, na maioria das vezes, não têm bons fins... Quem sabe tudo logo termine para que eu deixe de importunar todos com meus problemas. Tudo seria mais fácil, não? Minha vida não pode valer o sacrifício de outras tão importantes. Não posso deixar isso acontecer.  - enxuguei uma lágrima enquanto eu sentia uma leve brisa fresca passar pela minha janela.

Tinha me levantado da cama para tomar um pouco de água, além de me deixar um pouco mais apresentável. Tirei todas aquelas pastas e folhas que estavam pelo meu rosto, fiz uma trança lateral e ajeitei meu corpete, seus fios estavam um tanto frouxos.

Espero que não tenham visto algo por acidente...

Não. Sei que são todos respeitosos. São amigos de Légolas, justamente, e consequentemente, seus amigos são também.
Légolas tem certamente um bom gosto para suas amizades... Bem, não sei se teve a mesma sorte comigo, mas, farei o que estiver ao meu alcance para que, no final, eu possa ser uma pessoa que ele vá considerar digna.

- E para isso, claro, tenho que consertar esses equívocos de minha parte. Ou desse jeito, como resultado, serei uma pessoa ao qual ele poderá querer distância... - abri mais aquela janela para que o ar entrasse mais naquele quarto quase sem ventilação.

O pensamento de ter o elfo se distanciando de mim foi incômodo. Doeu. Senti um pequeno aperto no peito, como se alguém estivesse tentando roubar de mim um pedaço de algo desconhecido, mas que mesmo assim eu prezava em manter pra mim sem saber o  motivo, como um livro que você não sabe porque você quer que ele fique ali na estante, mas sua ausência causa um sentimento de que sem ele, a decoração estaria incompleta.

- Se ele fosse um livro, seria um muito bonito... E pela eloquência que ele tem, sua escrita seria sofisticada, dinâmica, atraente... Com certeza seria um do qual eu não me desfaria  nunca. - quando me dei conta do que tinha pensado, senti um calor invadir meu rosto.

Mas o que eu estou pensando?!

Eu devo estar ainda em alguma confusão ou, dentro de algum efeito por causa dessas ervas que o mago pôs em mim. Pode ser isso.

Sim, deve ser isso! Coisas mágicas afetando meu raciocínio.

E por falar nisso...

Aquele mago... porque eu tenho uma forte impressão de familiaridade com ele?

Eu tenho certeza absoluta de nunca ter visto seu rosto, mas nesses poucos contatos que tivemos até agora, eu sinto que já o conheço a tempos.

Uma vez minha mãe me disse que, se você encontra uma pessoa com quem sente uma familiaridade no primeiro contato ou olhar, é porque em algum momento de sua vida, seja ela na antepassada ou na atual, ela já fez parte de algo na sua vivencia.

Gandalf disse que conheceu uma jovem Vulcanova. As únicas Vulcanova que conheço era minha mãe e, eu. Nós duas éramos como os resquícios, restos, quase extintos de uma longa e grande família que um dia já governou por terras férteis e de grandes prestígios. Segundo as histórias que minha mãe me contava.

Bem, acho que a linhagem dos Vulcanova em breve será completamente extinta. Tudo está encaminhando para isso, já que, agora, só existe à mim.

É tão triste saber que uma família tão representativa fosse acabar com uma simples e reles camponesa inútil, sem nenhum tostão, que misteriosamente sobreviveu à uma catástrofe que varreu toda a existência de uma cidade, uma pessoa sem sorte e com uma visão de vida diferente. Não, o certo é dizer distorcida, já que minhas atitudes até hoje, ainda são fora do padrão que vi e ainda vejo nesse mundo.

Certo, voltando ao mago...

Até o momento, Gandalf para mim é um estranho. Mas um estranho muito curioso, pois sinto que dele posso esperar me surpreender com algo que possa mudar todo meu pensamento e sentimento que sinto hoje, que é a de desesperança, cansaço e ainda, luto. Por mais que eu tente esconder de Légolas isso tudo, e lutar para não ficar lamentando toda hora e focar em seguir lutando para trazer justiça, no meu íntimo, sinto ainda uma grande tristeza e vazio toda vez que Álvara me vem a mente, assim como os sorrisos generosos de minha mãe.  Mas sinto que esse mago vai tirar esse peso que ainda carrego desde o dia em que saí de minha cidade. Sinto que ele irá me ajudar muito mais do que eu posso pensar.

Se Gandalf conheceu minha mãe... E minha mãe nunca me falou sobre ele...

Espera... Não. Isso não é possível! Ou é?

Não Ivna, isso é muito insano!

Será que...?

Ah meus deuses! Não pode ser isso! Mas...

Já ouvi e vi muitos casos em que amantes tiveram seu romance terminando mal, tanto nos livros como na vida real mesmo. E às vezes, "consequências" sofriam com isso, ou seja, filhos. E como os sentimentos de vingança ou de ressentimento é forte na maioria desses casos, a parte que carregou no ventre aquela desilusão, escolhe impedir o fruto de conhecer seu progenitor por razões que só ela tem.

- Isso pode ser a maior loucura de todas... Mas nesse momento, é a loucura que pode mudar tudo! - falei para mim mesmo enquanto sentia meu coração se encher de alegria só por imaginar que este absurdo possa ser realmente um absurdo muito real.
Eu não posso ter tanta má sorte... Pode ser que os deuses tenham algum plano para mim. Ou, céus... Pode ser que tenham punido minha mãe por essa atitude mesquinha!

Não. Minha mãe podia ser pedante às vezes, mas não mesquinha. Nunca a vi agir ou fazer coisas impróprias. Pelo ao contrário, seguir regras, leis e padrões era seu objetivo de vida, quase uma obsessão, além de me forçar a entrar nesse mesmo eixo quadrado e chato.
Seguindo então toda essa linha de raciocínio... esse mago, Gandalf, também disse que estava atrás de mim.
Isso significa que, depois de todos esses anos ele pode ter descoberto que eu... Que ele pode ser meu... Que eu sou sua... Que nós dois somos...

- O que é isso? - senti um frio de repente, um frio doloroso, mas ao mesmo tempo, tentador.

Não entendi no início o por que estava sentindo aquela sensação, mas então me lembrei que havia sentido algo parecido antes quando…

Olhei para todos os lados, tentando ver se algo fora do comum me cercava, mas nada de notório pareceu despertar aquilo em mim. O quarto vazio era silencioso e calmo, quase com um ar mórbido de sombrio.

Então minha atenção se voltou para a janela, o único local para o qual não tinha olhado, foi então que, a alguns metros dali, vi uma figura familiar, como se a conhecesse de algum lugar...

Me aproximei ainda mais, forçando meus olhos a se focarem nela, e quando a figura ganhou melhor forma, reparei que se tratava do mesmo homem que vi depois que fugi de Álvara antes de sua total destruição, e antes… da morte de minha mãe.

- Por pés de orc... - lembrava bem dele, mas dessa vez ele não estava acompanhado pela ruiva de antes, mas trajava a mesma armadura negra. A mesma tinha detalhes roxos, dando um ar mais sombrio à ele. Seus cabelos, também ruivos, eram raspados nas laterais, e o cabelo que sobrava estavam amarrados em um rabo de cavalo, igual a aparência de um soldado. Seu rosto era grosseiro, com traços fortes e penetrantes, quase como se fosse impossível não olhar para ele e seus olhos. Parecia ter entre quarenta e cinquenta anos, não muito velho. Não me senti bem com aquilo.

Um calafrio me percorreu corpo, quase como se pressentisse que ele trazia a desgraça consigo.

Uma coisa que notei, foi a pedra encontrada em sua mão, a mesma emitia um brilho negro e hipnotizante, era como se ela me chamasse.

Apesar disso, me sentia familiarizada com ele e a pedra, não só por já tê-lo visto antes, mas… algo em mim dizia que sabia mais dele do que imaginava.

Quem é ele? Porque este sentimento todo? E porque raios está aqui? E que pedra é aquela?

Fiquei tão perdida nesse pensamento que levei um susto quando a porta do quarto se abriu, revelando ser apenas o mago.

Ele mantinha um semblante calmo, mas sua postura era rígida. Sua longa barba combinava perfeitamente com suas feições, me lembrava os senhores de Álvara que adoravam falar de suas vidas, das batalhas que tinham enfrentado quando novos…

Notando que não estava mais deitada, Galdalf franziu a sobrancelha, limpando um pouco a garganta.

- Pensei ter dito que deveria repousar. Não deve fazer esforço, Srta.Vulcanova. Se afaste da janela e deite-se para descansar, do contrário, dessa forma não recuperará suas forças. - disse, em tom cauteloso.

Sem questionar o obedeci e em silêncio me direcionei até a cama, me deitando sob os lençóis, que já estavam frios novamente. Me ajeitei entre os travesseiros e me cobri. Não entendia o por que me sentia tão exausta, não me lembrava o motivo para estar daquela forma, era como se eu tivesse dormido por um tempo e acordado ainda mais cansada.

Assim que me encontrei devidamente deitada, vi o mago recitar algumas palavras olhando para onde eu observava antes, para então uma espécie de brilho surgir da ponta de seu cajado e uma sensação estranha passar por mim, quase como uma brisa fresca.

Não entendi o que era, mas não questionei, apenas soltei um suspiro, me sentando um pouco com as costas apoiadas na cabeceira da cama de novo.

Seu rosto mostrava preocupação e tensão agora, mas antes que eu tivesse tempo de perguntar, vi Légolas e Sam entrarem no cômodo de forma rápida, suas expressões eram iguais as do mago.

O elfo me olhou, parecendo ver se estava tudo certo comigo, logo após foi até a janela, pegando sei arco e uma flecha, ficando de prontidão ao mirar em algo lá fora. Já sabia que se tratava do cavalheiro negro.

- Vim o mais rápido que pude. Não sabia que tinham nos encontrado tão cedo. E o pior, veio com Wargs! - comentou Légolas, sem tirar os olhos de seu alvo.

Um medo começou a tomar conta de mim. Haviam várias possibilidades que indicassem quem seria aquele homem lá fora, mas sabia a verdade, ou suspeitava: ele sabia do que tinha acontecido, o que destruiu meu lar, o que matou meu melhor amigo e, principalmente, minha mãe.

Esse cavalheiro, aparecer duas vezes, não é uma coincidência.

Minhas mãos tremeram, se formou um nó em minha garganta, minha respiração ficou rápida, meus lábios tremeram...

Céus, ele outra vez não! Não suportaria que aquilo acontecesse outra vez! Eu não suportaria…

Minha mente começou a trabalhar em mil e uma teorias sobre o cavaleiro.

- Não... - sussurrei, me cobrando para não chorar.

Era demais para mim. Por que ele me perseguia? Por que havia destruído minha cidade? Matado as pessoas que eu amava? Será que, ele irá fazer com este vilarejo, o mesmo que fez em Álvara?

Foi só quando notei Sam me chamar pelo nome que reparei que minhas mãos brilhavam em um tom diversificado entre verde e negro, uma espécie de aura maligna.

Não... Não, não não... Outra vez não...!

Não sabia mais o que era, só queria que parasse! Meu temor era não saber o que fazer novamente, tinha medo de ferir algum dos homens daquele quarto, justo eles que haviam me ajudado tanto…

Não queria que isso voltasse a acontecer comigo! Não podia ser responsável pela morte de ninguém!

- O que está havendo comigo?! - perguntei, aflita por ver minhas mãos daquele jeito.

Os três se entreolharam com preocupação, voltando os olhares para mim outra vez. Mas então Gandalf chegou mais perto, se sentando perto de mim e colocando sua mão em meu ombro.

- Escute-me Srta.Vulcanova, quero que se acalme, respire fundo e pense em algo que lhe faça se sentir melhor. Esvazie sua mente e relaxe. Imagine algo bonito, alguém que gosta, no que gostaria de fazer, em quem ama. Coisas boas! Coisas boas!

Uma lágrima escorreu por minha bochecha, meus lábios tremiam e minha voz soou trêmula quando respondi:

- Eu… eu não consigo! Estou com medo de machuca-los outra vez! Não posso… não consigo... Por favor, eu tenho que me afastar, de todos... Agradeço pelo que estão fazendo, mas não posso suportar...! Não quero machucá-los novamente! Não posso! - aquela áurea mesclada de verde e negro aumentava cada vez mais em minhas mãos.

O sentimento era o mesmo dentro de mim. Eu poderia não estar consciente da outra vez, mas agora, me sinto como uma bomba, sinto-me prestes a explodir a qualquer momento, e sinto que isso vai machucar quem estiver ao meu redor. Eu nem precisava perguntar que isso que eu estava sentindo estava relacionado com aquele cavaleiro lá fora... E parece que algo está me puxando para ele, um magnetismo doloroso, como se algo dentro de mim estivesse se revirando para seguí-lo.

- Gandalf, por favor, eu tenho que ir! - tentei me levantar, mas algo invisível prendeu meus tornozelos no colchão, aumetando mais o meu desespero.

Parecendo pensar em alguma resposta rápida, o senhor continuou:

- Não desista! Pense em algo! Sei que há! Algo que lhe faria feliz e segura!

Sentia minhas lágrimas já escorrerem pelo meu rosto. Em desespero, e, sem pensar, o abracei.

Mesmo não vendo seus olhares, eu sentia com clareza o espanto de todos ali presentes.

O meu maior desejo era encontrar alguém que significasse algo para mim, que me fizesse sentir segurança e algum tipo de amor incondicional novamente. E essa pessoa que me vinha em mente era meu pai. Um pai que jamais conheci, um pai que sempre esteve ausente sem nunca dar explicações, alguém que nunca tinha visto, alguém que me devia explicações, mas a única pessoa com quem eu poderia ter a chance de ter alguma ligação depois da minha mãe. Eu quero isso!

Ao abrir meu olhos, vi Légolas com sobrancelhas franzidas, travando um pouco o maxilar, com expressão mostrando não entender o que se passava comigo, além de ter respirado fundo uma ou duas vezes.

Samwise desviou o olhar, tentando evitar de olhar para mim abraçada ao mago, mas podia sentir que ele fazia alguns movimentos com corpo e boca que revelavam sua inquietação e desconforto.

Aprendi que suas espécies eram diferentes da minha, que não eram tanto de ter contatos como os humanos, apesar do povo de Sam ser bem aberto e alegre, eu lia nos livros que, o povo de Légolas eram sérios, respeitosos e não gostavam de demonstrar afeto em público, o que foi notório pelo seu jeito comigo. Sempre que fazia alguma aproximação ou comentário que seria normal para mim, ele corava e ficava constrangido, quase como uma jovem virgem quando escuta algo malicioso ser dito à ela.

Tal comparação me fez soltar um sorriso por achar graça daquilo. E isso os fez ficarem com semblantes mais confusos do que já estavam.

Esse meu gesto fez com que o mago limpasse a garganta, tentando não parecer incomodado com isso, mas sabia que ele não se sentia normal com meu contato, principalmente quando ele colocou as mãos sobre meus braços ao redor de seu corpo.

Se Gandalf realmente fosse meu parente, eu teria algo no qual me apoiar, poderia escutar alguma explicação sobre ele nunca ter voltado para me ver, me confortar sobre a morte de minha mãe, me dizer quem realmente sou... Qualquer coisa! Só queria ouvir e sentir pela primeira vez uma afeição paterna. Um porto seguro. Uma esperança de que eu não estou sozinha nesse mundo.

O pensamento me fez ter felicidade e alívio em meu peito, fechei os olhos aproveitando da possível possibilidade de tê-lo encontrado.
Foi então que escutei Légolas dizer:

- Gandalf, eles estão se aproximando da taverna. Acho que eles sentiram Ivna outra vez!

Meus olhos se arregalaram um pouco quando os abri rapidamente ao escutar isso, meu sangue voltou a gelar, mas não estava com medo, ao menos não tanto quanto antes.

Vi o mago pegar um saquinho do bolso de sua túnica quando me desvincilhei do abraço, depois jogou uma espécie de pó dentro dele, consegui sentir a energia que aquilo emitiu, lembrei-me de quando ele se aproximou de mim outra vez. Era a mesma energia.

- Pegue! - falou o senhor, jogando o saquinho para o elfo que o pegou no ar e encarou o outro para entender o que faria com o objeto em mão - Lance isso o mais longe que puder!

Depois de alguns segundos, Légolas parece ter entendido o que deveria ser feito, então, amarrando o saquinho na ponta de sua flecha, mirando em algo pela janela e mantendo seu olhar focado no mesmo ponto, seu braço pareceu fazer mais força que das outras vezes para esticar o arco, mantendo sempre sua postura firme e elegante.

Isso me lembrou de quando o mesmo me ensinou a manusear a espada: "Sempre mantenha os pés firmes no chão e a postura ereta". Suas palavras ecoavam em minha mente ao olhar para o perfil do belo rapaz, quer dizer, elfo, de cabelos loiros e vestes verdes.

Me perdi em seus traços delicados e fortes ao mesmo tempo, Légolas não usava nada demais, apenas um penteado que prendia suas longas mexas claras em tranças laterais e finas bem feitas, seus olhos azuis celestes eram profundos, seu nariz esguio lhe dava um ar de nobreza, embora soubesse que era apenas um andarilho. Sua pele sem nenhuma mancha ou cicatriz...

Como ele conseguia manter essa aparência, apesar de parecer que devia ter entrado em muitos confrontos antes?

E aqueles lábios... apesar de finos, eram delicados e num tom rosado. Pareciam ter sido feitos pelas mãos de algum artesão-mestre que chegara a sua perfeição em sua profissão.

Apostava que muitas elfas que o viam e ficavam malucas por ele, se não, eram loucas para não ver isso!

Estranhamente, ao pensar nisso, uma raiva invadiu meu peito e tive vontade de furar os olhos delas!

Não. O que estou pensando?! Isso não é certo!

Tinha que admitir, ele... ele é lindo.

Quando me dei conta de tudo que havia pensado a respeito dele, limpei os pensamentos, negando com a cabeça e ruborizei, pois senti minhas bochechas esquentarem abruptamente.

Ninguém pareceu ter notado, pois assim que voltei minha atenção ao seu arco, notei ele disparar em uma linha reta ao longe, mais precisamente, na direção da floresta que ficava bem próxima, ao menos o bastante da cidade, assim, o elfo conseguira fazer o objeto chegar até lá sem problemas.

- Deu certo. - diz o rapaz do arco, se virando para encarar o mago depois de alguns instantes.

Sentindo que não estava mais presa ao colchão, me levantei, vendo de onde estava, que o grupo guiado pelo cavaleiro na não estava mais lá e sim seguindo na direção que a flecha do elfo fora.

- Ótimo. - Sam suspirou aliviado e a expressão de Légolas se suavizou um pouco quando Gandalf respondeu, olhando para mim - Precisamos levar a senhorita Vulcanova para um local realmente seguro. Essa distração não vai durar por tanto tempo, apenas o suficiente para sairmos daqui e estarmos a uma distância segura.

- Ivna ainda não se recuperou o bastante. Isso não é perigoso? - quis saber o hobbit.

- Seria mais perigoso ficar aqui e esperar os wargs chegarem até nós. Temos que ir e procurar algum lugar seguro para que Ivna repouse.

Ao terminar de dizer, o senhor foi até a porta, a abrindo e olhando para os lados, por garantia, então falou:

- Vamos.

Antes que eu o seguisse, senti a mão de Légolas em meu ombro. Virei-me para encarar seu semblante preocupado, um tanto carinhoso…

Concentração, Ivna! O que está acontecendo para ficar tão... Distraída?

- Está tudo bem? Tem certeza de que consegue andar?

Assenti, dando um pequeno sorriso sem jeito para ele.

- Sim, estou bem. Com vocês ao meu lado, eu não tenho medo.

O elfo, que tinha ainda uma expressão séria, suavizou mais. E mesmo que fosse mínimo, consegui perceber um canto de seus lábios se erguer.

Espero que consigamos despistá-los... Seja quem for.


Notas Finais


E então mis guapos e guapas, goxxtaram? 😉

Eu não sei vocês mas... Até que faz sentido o que Ivna supõe, não é? 😅

Espero que tenham se divertido tanto quanto eu no cap de hoje. Se houver erritos, peço mil sorrys à todos. 😆

Nos vemos no próximo fim de semana. E até que chegue esse dia, desejo à todos muitas alegrias e positividades. 😇✌

Um grande abraço apertado e beijitus à todos. 😘(^-^)/

Inté lá my little friends. #peaceandlovealways✌♥✌♥✌♥✌


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