História Elsword OneShorts - Chung e Ara - Estrela de açúrcar

POV's Ara on
É, eu me lembrava MUITO BEM daquela noite.
Era fria, e como quase todas as noites de verão, não se tinha quase nenhuma nuvem no céu, o que deixava sempre as estrelas mais brilhantes e meus pensamentos mais claros. Foi inevitável, eu já sabia que estava viciada, olhava para uma loja de roupas e pensava se teriam blusas daquele jogo, via as lojas de Games e me perguntava se já saíra um novo episódio...
Porém eu não pensava SÓ em Elsword.
Eu também pensava nele.
Chung.
Eu sei!!!! "Ele é só um personagem de Elsword, Ara!! Não tem como se apaixonar por ele!!!"
Mas... é que...
Ei!! Você é minha consciência devia estar do meu lado!
Ainda mais depois do que aconteceu depois daquilo...
Enfim!! Vamos continuar a lembrança!
Eu comecei à me concentrar nele novamente, lembrando de seus cabelos loiros e o rosto que dá vontade de apertar, morder e guardar em um potinho para que ninguém machuque ele!
Fechei os olhos apreciando a imagem dele em um potinho, me olhando com raiva enquanto inflava as bochechas e batia os pés, sem querer um sorriso saiu de minha boca.
- Cuidado!!
Abri os olhos e desviei para o lado na hora certa! Mais alguns centímetros e eu teria trombado no carrinho de bebê que estava na minha frente.
- Me desculpe senhorita!!!- Falei enquanto me abaixava ligeiramente, com um sorriso sem graça e um gota na testa, quase.
- Tudo bem.- Seu olhar saiu da repreensão e tomou um tom de ternura, desviando-o de mim rapidamente- OLha uma estrela cadente!!!- Ela virou para criança a pegando no colo- Está vendo Marky??- Segui seu dedo e vi a estrela cortando o céu, mas vagarosamente, se desfazendo no que parecia grãos de açúcar.
- Rápido faça seu pedido!
Várias imagens passaram em minha cabeça, minha família, meus amigos, minha vida escolar...
Estava tudo perfeito, tinha certeza que conseguia cuidar deles sozinha, que conseguia nos fazer felizes sem a ajuda da estrela-açúcar.
Porém... Tinha algo que eu não conseguia fazer sozinha.
"Eu queria que Chung realmente, realmente existisse"
Parei um pouco e ri, resolvendo começar a correr se quisesse chegar à tempo para a festa
~FlashBack off~
...
Tudo bem, não foi o melhor pedido do mundo, mas espere querida mente, você nem chegou na melhor parte.
Sim, a segunda-feira.
~FlashBack on~
- Chung!!! Para. De. Me. Seguir!!!- Ordenei ao loiro se nem mesmo olhar para trás, logo saindo do meu passo apressado para um carreira desenfreada, na qual ele não demorou muito para ficar do meu lado.
- Não antes de saber o nome da Dama que sabe quem eu sou.
Virei o rosto para o lado, torcendo para que ele não percebesse meu rosto e orelhas vermelhas.
- Ara, eu sou a Ara.
Adentrei um praça, passando por uma série de curvas, esperando que ele se perdesse.
"Acorda Ara! Ele é o CHUNG, o CHUNG IRON PALADIN! Ele luta e vence adversários praticamente invencíveis! Acha que ele vai se perder em curvas?"
Minha consciência avisou um pouco (muito!) tarde demais, virei para trás e quando não encontrei ninguém suspirei aliviada, parando de correr pra recuperar o fôlego. Me apoiei no tronco de uma árvore sorrindo, não me leve à mal, eu queria MUITO ver e conhecer o Chung na vida real...
Mas ninguém está preparado para acordar e quando virar para o outro lado na cama, abrir os olhos e ver seu personagem favorito, à poucos centímetros de você com um canhão.
- Eu ainda não entendi porque fui parar na sua casa...
Senti meu coração parar e minha alma sair do corpo, minha mão escorregou e eu quase dei um abraço no chão, se o Chung não tivesse se desencostado da mesma árvore e me segurado pelo braço, olhei para seu rosto com um sorriso sem graça e a pele provavelmente branca como papel.
- Obrigado.
Ele assentiu com um semblante gentil e pensativo. Girei a o símbolo que estava em minha saia, é, ele merecia saber.
- Eu... desejei que você viesse para o mundo real. Foi um ato bobo e impensado, mas eu vou encontrar um jeito de...- Ele me cortou antes de eu acabar.
- Por que você me desejou?
Senti que meu rosto estava pegando fogo, sorri tentando disfarçar enquanto tentava fazer meu cérebro criar alguma resposta boa.
- É porque... Olha!!! A loja de Games abriu! Tenho que ir!!!- Acenei e sai correndo, senti a adrenalina percorrendo cada vez mais rápido meu corpo, senti como se pudesse correr quilômetros sem parar.
Como antes, ele chegou lá primeiro.
- O que são "Games"?
Meus olhos brilharam, mas fiz o rosto mais sério que conseguia, fixissando meu olhar no dele.
- É um caminho sem volta e perigoso, tem certeza se quer entrar nele?
Ele balançou a cabeça em concordância, seu olhar era profundamente sério, meu rosto se abriu num sorriso involuntário e eu peguei seu braço puxando-o.
- Vamos começar com os clássicos!
~Flashback off~
Ele adorou todos os jogos que eu mostrava, não deu para impedir, foi amizade à primeira partida.
- Ei!! Ara!! O Raven e o Add só vem depois, parece que a Rena puxou a Elesis para o shopping e quando eles tentaram fugir a Elesis saiu correndo pelo corredor e acabou derrubando os dois da escada, agora eles estão ouvindo sermão dos seguranças!
Ri e me virei na direção de Chung, já fazia 1 ano desde a Estrela-açúcar, e nós estávamos mais próximos do que nunca, o que também era ruim, porque meu coração não parava de bater rapidamente quando ele chegava e nem meus olhos paravam de brilhar, mas os dele apenas me viam como um irmã, provavelmente a irmã caçula que tinha de tomar conta.
Chung fechou a porta com o pé, já que as mãos estavam com duas vasilhas, uma de pipoca, e outra com todas as besteiras que a gente comprara, fiz menção de levantar para ajudá-lo, porém ele me impediu acenando com a cabeça para a televisão.
- Já escolheu o jogo?
- Sim! Tudo preparado.- Esperei ele soltar a comida para lhe entregar o controle, ele ficou encarando por alguns segundos antes de virar para mim
- Ah não!!! Hoje é meu dia de ser o jogador 1!
- Seu dia foi semana passada!
- Toda as semanas repetem o dia!!
- Não! Hoje é meu!!- Ele olhou para mim, depois para o tão desejado controle em minha mão, um sorriso se abriu no seu rosto.
Oh-Oh
Começamos à correr pela casa e eu, desastrada como sou, derrubei logo metade da sala.
Claro que era para despistar ele.
Isso foi tudo programado.
Aquele quadro rasgado também.
E não demorou muito para começarmos a rir como crianças e fazer caretas um para o outro quando ficava com a pose do cobiçado objeto, eu era muito mais solta do que o Chung, mas isso apenas deixava cada gesto seu mais precioso, era quase como uma obrigação minha, fazê-lo rir, era minha forma de se desculpar por tê-lo tirado de seu mundo.
Acabei tropeçando no quadro rasgado que tinha sido largado na sala e caí em cima do grande Puff roxo que tínhamos na sala, me virei no exato momento que Chung também tropeçara, caindo em cima de mim. No entanto, a batalha não tinha acabado.
Quanto mais eu esticava o braço para cima, mais ele se impulsionava, tentei ignorar o fato de um de seus braços terem ido parar ao lado do meu rosto quando ele se apoiou no chão para ir mais alto e também o fato de estarmos à centímetros de distância.
Tentei jogar o controle para minha outra mão, porém alguém lá em cima não foi com a minha cara hoje, porque o controle saiu rolando para baixo do sofá. Sem querer acabei batendo minha mão na perna da mesa próxima ao puff, e senti um ardor na mesma.
- Ma...chu..cou?- Suas palavras foram saindo pausadamente quando ele virou para mim, nossos olhos se encontraram e só agora ele deve ter percebido a proximidade.
Metade de mim queria empurrar ele e depois entregar o controle, dizendo para irmos para o quarto jogar logo, a outra metade não, ela queria experimentar, queria acabar com aquele ciclo de dúvidas que tinha na cabeça.
Qual será que machucaria?
Qual era a que salvaria?
Decidi que não, não queria mais guardar aquilo para mim, desejei de todas as forças que nossa amizade fosse forte o bastante para não importar se isso desse errado.
- Chung, eu preciso...- Parei quando uma de suas mãos acabou no meu rosto, fazendo um leve carinho, senti um arrepio percorrer meu corpo, olhei mais fundo em seus olhos, eram bonitos, profundos e carinhosos.- Chung...?
Ele começou a se aproximar, lentamente acabando com os poucos centímetros que haviam entre nós.
O loiro tinha um delicioso cheiro de café e canela.
Não aguentei esperar mais, peguei um pedaço da blusa dele e o puxei para um beijo.