1. Spirit Fanfics >
  2. Em Suas Mãos >
  3. A Mulher Dos Monstros.

História Em Suas Mãos - A Mulher Dos Monstros.


Escrita por: CamrenRari e gunspider

Notas do Autor


Ooi pessoinhas, como vocês estão? Voltamos mais cedo essa semana haha.
Hoje não vou me prolongar muito aqui nas notas iniciais, mas se puderem ler as notas finais eu agradeço tá pessoal?
Enfim, divirtam-se e boa leitura amores! <3

Capítulo 14 - A Mulher Dos Monstros.


POV DINAH

Parei de massagear as costas de Normani e ela resmungou para que eu continuasse. Voltei apertar a bela morena, não deixando de reparar em como seu apartamento era limpo e muito bem organizado, por um momento, até senti vergonha do lugar onde eu morava. Eu fazia de tudo para manter meu lar limpo, mas não é uma tarefa muito fácil quando se tem 3 cachorros. Se Normani pudesse ver como aquele lugar fica as vezes... ela, com certeza, não tinha me chamado para sair de novo.

— Normani?! – falei chamando sua atenção.

— Hum... – murmurou ela embaixo de mim.

— Por que me chamou para sair de novo? – perguntei na lata. Desde que o carro de Normani havia estacionado na calçada do meu prédio, eu vinha me fazendo essa pergunta. Eu estava morrendo de curiosidade e acho que esse é o momento certo para falarmos sobre isso.

— Sinceramente? – ela perguntou.

— Por favor... – pedi.

— Bom... é... durante esses anos que não tivemos contato, eu saí com diversas mulheres, Dinah, mas... nenhuma... prendeu minha atenção ao ponto de eu querer repetir a dose... – respondeu Mani com certa dificuldade.

— Por quê? Elas eram feias? Tinham muitos cachorros? Já sei. Eram sujas. – falei fazendo Normani rir.

— Não. Elas eram bonitas, mas todas eu conheci em baladas, então era sempre aquele mesmo papo fútil de uma transa noturna. E com você... é diferente, a gente conversa sobre várias coisas e eu nunca me senti assim antes.

— Está falando sério? – perguntei insegura.

— E por que eu mentiria para você?! – rebateu ela.

— Olha Normani – falei saindo de cima dela. Ela ajeitou seu sutiã de qualquer jeito e sentou-se ao meu lado – eu odeio demonstrar insegurança, acho que é uma das piores fraquezas do ser humano. Mas... muitas garotas já mentiram para mim, por isso perguntei porquê me chamou para sair de novo, você odiou meus cachorros... – disse sorrindo fraco.

— Eu não odiei seus cachorros. Eu só não gosto de cachorros, entende? O problema não são os SEUS cachorros, o problema é QUALQUER cachorro. – falou Normani me fazendo rir. Ela pegou em uma das minhas mãos em seguida e olhou nos meus olhos – Mas eu não estou saindo com os cachorros, estou saindo com a dona deles! – respondeu convicta e avançou em minha direção.

Antes que eu pudesse dizer ou fazer alguma coisa, os lábios de Normani encontraram os meus. Ela colocou suas mãos em meu rosto e lentamente foi deitando-se sobre mim, agarrei sua cintura e a pressionei contra a minha. Interrompemos nosso beijo com leves selinhos, Mani tirou seu sutiã por completo e fez meneação para que eu tirasse minhas roupas. Não demorou para estarmos nos beijando novamente completamente nuas.

Fiquei por cima da morena que já gemia baixinho com minhas leves chupadas e mordidas em seu pescoço e em suas orelhas. Eu massageava um dos seios de Mani enquanto abocanhava o outro, vez ou outra, eu migrava para o outro peito fazendo com que Normani gemesse cada vez mais alto.

Fui beijando sua barriga até chegar em seu sexo. Dei leves e rápidos beijos em suas coxas, e depois um em seu sexo antes de introduzir dois dedos de uma vez. Eu não podia acreditar no que estava acontecendo, jamais imaginei que Normani se entregaria a mim tão rápido, mas lá estávamos nós.

Eu dava leves estocadas em seu sexo enquanto chupava e massageava com minha língua o clitóris de Mani. De vez em quando, a olhava de maneira sensual. Não demorou muito para Normani chegar em seu ápice apertando minha cabeça com suas pernas. Me deitei ao seu lado e fechei os olhos ofegantes. E quando voltei a abri-los, Mani estava sentando-se em mim. Ela me beijou com carinho enquanto acariciava meu couro cabeludo.

Interrompeu nosso beijo, abriu minhas pernas e se posicionou entre elas colando nossos sexos. Normani começou a se movimentar devagar, mas depois intensificou seus movimentos, me fazendo gozar e gozando pela segunda vez. Depois abriu ainda mais minhas pernas e começou a me chupar com vontade. Aquela definitivamente tinha sido a noite mais surpreendente em toda a minha vida, e com a garota mais surpreendente que já conheci.

Levantei-me na manhã seguinte com Normani me chamando. Eu nem sei como viemos parar no quarto e muito menos de vestir alguma coisa, eu só lembro de transar no tapete. Me espreguicei e Mani depositou um selinho em meus lábios.

— Você dormiu bem? – perguntei acariciando seu rosto. Há um tempo atrás, eu havia jurado a mim mesma, nunca mais ser carinhosa ou atenciosa com alguém. Inúmeras garotas haviam destroçado meu coração de diversas formas possíveis, o que fez com que eu me “fechasse” um pouco, mas Normani não merecia ser tratada com frieza por causa das dores que outras pessoas me fizeram sentir, certo?

— Dormi sim – respondeu ela sorrindo – e você?

— Dormi bem também. – falei e Mani estendeu sua mão para mim me guiando até sua cozinha.

— Está com fome? Quer comer algo? – perguntou ela enquanto procurava por alguma coisa no armário.

— Pode ser – respondi dando de ombros. Normani continuou mexendo nos armários e depois foi para a geladeira – então... – comecei outra vez – você nunca tira férias? – perguntei curiosa. Das duas vezes que saímos, Mani passou grande parte do tempo falando de seu trabalho, mas nunca mencionou sobre suas férias ou alguma viagem.

— É... é claro que eu tiro férias, todo mundo precisa de uma folguinha as vezes né?! – respondeu ela sem me encarar, aposto que estava mentindo.

— Certo. Então me conte sobre alguma viagem que fez – pedi enquanto me sentava na bancada. Normani colocou as mãos na cintura, me encarou e respirou fundo diversas vezes.

— Tá bom, eu nunca tirei férias – confessou.

— Por que ainda tenta mentir para mim? – rebati cruzando os braços.

— Por que está sempre fazendo perguntas que já sabe as respostas? – perguntou ela no mesmo tom que o meu e cruzando os braços também.

— Eu... – tentei me justificar enquanto ela revirava os olhos.

— Eu não preciso de férias – disse ela sentando-se no banco a minha frente.

— Acha mesmo que não precisa? Eu apertei suas costas ontem, você é toda tensa Normani. Não acha que precisa relaxar um pouco? – insisti.

— Eu sei relaxar, meu trabalho faz isso... – disse ela dando de ombros.

— Trabalho, trabalho, trabalho. – falei revirando os olhos – Qual é? Que tal uma semana?

— De férias? – rebateu ela me encarando com uma cara engraçada.

— Sim, nós podemos ficar juntas se você quiser – disse sugestiva enquanto abaixava a blusa do pijama deixando parte dos meus seios a mostra.

— Isso não se faz – respondeu Mani ainda olhando para meus peitos, sorri satisfeita. Me levantei de onde estava e fui até ela.

— Não acha que precisa mais disso? – perguntei colocando minhas mãos nos seus ombros e começando a massageá-los.

— Ok – respondeu Normani gemendo – pode ser então. Mas apenas uma semana. E sem os seus cachorros. – reforçou.

— Como você quiser – falei a abraçando por trás. Normani se desvencilhou de meus braços e desceu de seu banco ficando de frente para mim.

— Mas agora, que tal mais daquele negócio que deixa nós duas relaxadas, só que lá no banheiro enquanto tomamos banho? – perguntou Mani sugestiva.

— Já estou indo... – respondi caminhando para o banheiro.

POV CAMILA

Nessa manhã passei no meu escritório para pedir a minha secretária para desmarcar todos os meus clientes desse sábado. Eu estava com uma forte dor de cabeça por conta da bebedeira de ontem a noite e hoje mais cedo a Liza me deu o momento “então”. Dispensei minha secretária, tranquei tudo e saí em direção à farmácia, eu precisava urgentemente de um analgésico.

Após pegar meus remédios, decidi ir até a casa de Mani, eu não tinha nada para fazer em meu apartamento e estava curiosa para saber sobre seu encontro com a loira misteriosa. Cumprimentei o porteiro com um breve aceno de mão e ele liberou minha entrada. Estacionei meu carro em uma das vagas de minha melhor amiga, desci do mesmo, acionei o alarme e entrei no elevador. Procurei por minhas chaves, peguei a do apartamento de Mani e abri a porta do mesmo assim que o elevador parou em seu andar. Senti um perfume diferente no ar, mas um perfume que me agradava, levemente amadeirado. Estranhei o fato, pois assim como eu, Normani preferia perfumes doces. Será que ela havia mudado seu perfume habitual? Coloquei minha bolsa em cima do balcão da cozinha, peguei um pouco de água e tomei um comprimido para dor de cabeça. Caminhei pela cozinha até a fruteira de Normani, como sempre ela estava abarrotada de frutas e principalmente, bananas, minha fruta favorita em todo o mundo. Descasquei a mesma e comecei a comê-la enquanto caminhava em direção ao banheiro. Ouvi o barulho do chuveiro ligado, concluí que minha amiga estava tomando banho e entrei no banheiro sem a menor cerimônia.

—Bom dia Mani, como foi com a mulher dos monstros? – Perguntei em alto e bom som. Olhei para o box de vidro e me deparei com Normani beijando uma loira um pouco mais alta que ela. Não consegui enxergar nada abaixo de seus ombros, pois o vidro estava bastante embaçado por conta do vapor da água quente.

—Camila, o que faz aqui? – Normani perguntou assim que parou o beijo com a loira que foi para trás dela.

—Me desculpa! Eu... Eu só... Me desculpem! Eu vou sair para comprar um café! – Falei rapidamente e saí fechando a porta do banheiro atrás de mim. Coloquei minha mão direita sobre meu peito, respirei fundo e abri a porta novamente. —Moça, como você gosta do seu café?

—CAMILA, SAI DAQUI AGORA! – Normani vociferou e eu fechei a porta novamente. Saí correndo pela casa, peguei minha bolsa e saí do apartamento de Mani o mais rápido que consegui.

—Droga Camila, você faz tudo errado! – Falei para mim mesma enquanto esperava o elevador.

Entrei no apartamento de Mani novamente, mas dessa vez devagar e fazia um esforço para não derrubar a bandeja descartável com uma boa quantidade de café que acabei trazendo. Olhei para todos os lados e não avistei minha amiga em lugar algum. Coloquei os copos de café sobre o balcão de mármore da cozinha junto com minhas coisas, caminhei lentamente em direção ao quarto de Mani e a chamei com receio.

—Pode entrar Camila, ela já foi. – Normani gritou do interior do quarto e eu entrei no mesmo.

—Me desculpa, eu… – Comecei dizendo e abaixei a cabeça quando Mani me encarou séria. —Eu não sabia que estava acompanhada.

—Tudo bem, como você ia adivinhar? – Ela perguntou enquanto se aproximava de mim.

—Estraguei tudo? – Perguntei agora encarando seus olhos castanhos.

—Não, acho que não. Depois eu vejo isso, tá bem? – Ela perguntou sorrindo e eu assenti com a cabeça. —Trouxe café?

—Trouxe, mas trouxe cappuccino para você! – Falei sorrindo.

—O meu favorito?

—Claro! – Afirmei. Normani sorriu e envolveu meu pescoço com seu braço enquanto caminhávamos até a cozinha.

—Pra quê tudo isso de café? – Mani perguntou surpresa ao ver a quantidade de copos que estavam ali.

—Bom, eu não sabia como sua loira misteriosa gostava do café, então trouxe uns cinco para ela escolher. – Falei e dei de ombros enquanto Normani gargalhava negando com a cabeça.

—Você é um amor Camila. – Ela falou e pegou o copo que estava escrito seu nome com uma caligrafia caprichada da cafeteria favorita dela.

—As vezes. – Me apressei em dizer, peguei meu copo e fui com a Mani para o sofá. —Me conta como foi sua noite?

—Você está mesmo curiosa, não é? – Ela perguntou sorridente enquanto eu balançava freneticamente a cabeça. —Bom, Dinah e eu saímos para ir à ópera…

—Aaaah, Dinah! Esse é o nome da loira misteriosa?! – Falei e Mani me encarou. —Desculpa, continua.

—Como eu ia dizendo… Dinah e eu fomos ver uma opera e assim como você na primeira vez, ela dormiu…

—Essa é das minhas! – Interrompi Mani e comemorei brevemente.

—Vai me deixar falar? – Normani perguntou séria e eu assenti com a cabeça antes de bebericar meu café. —Acabei acordando ela no final e ela tentou negar que dormia, mas não adiantou muito. Depois viemos para cá, pedimos uma pizza e comemos no tapete da sala…

—Uau, ela conseguiu te fazer comer fora da mesa? Gostei dessa garota Mani. – Falei sorrindo enquanto minha amiga revirava os olhos. Por mais que Normani negasse, ela era muito mais fresca que eu nesses quesitos. Acabei pegando um pouco do seu jeito de levar a vida com o passar do tempo, mas as vezes eu gostava de comer no enorme sofá de minha casa, o que para Mani, era a morte.

—Enfim, depois ela me fez uma massagem e acabamos indo para cama. – Normani falou sorrindo e depois bebeu um pouco de seu cappuccino.

—Uau, foram para cama no primeiro encontro? Geralmente você tem que enrolar bem mais essas mulheres que não saem da balada com você. – Falei e dei de ombros.

—Camila, eu não a conheço de agora, esse encontro foi o quarto pelas minhas contas. Conheço Dinah há muito tempo, mas só conseguimos contato agora, eu não poderia esperar mais e acho que nem ela. – Normani me explicou e eu arqueei minhas sobrancelhas em sinal de surpresa. Eu não sabia que elas se conheciam há tanto tempo assim.

—Tá explicado agora. – Falei sorrindo de leve. Me levantei para levar meu copo vazio ao lixo e peguei mais uma banana.

—Viu, depois da massagem de Dinah eu vi o quanto é relaxante algo assim e melhorou bastante minhas dores nas costas. Será que pode me passar o número da clínica que você vai? – Mani perguntou depois de colocar seu copo descartável no lixo.

—Claro, tenho o cartão de lá, vou pegá-lo em minha bolsa. – Falei e caminhei até minha bolsa para pegar o pequeno pedaço de papel enquanto Normani me observava.

—Gostou mesmo dela? – Normani perguntou curiosa.

—Ah, pelo que me contou sim, acho que me daria bem com ela. – Falei e entreguei o cartão em seguida para minha amiga.

—Que bom, pois acho que vou repetir a dose mais algumas vezes. – Mani falou sorrindo.

—Huuum, parece que alguém está começando a gostar de Dinah… Sinto até um cheiro de um futuro namoro por aqui. – Falei brincando e gargalhei após Normani me dar um empurrão.

—Não seja besta Camila! Sabe que não namoramos nunca, por que acha que namoraria agora? – Normani perguntou me encarando séria.

—Bom, porque ela pode ser a certa! E sempre há uma primeira vez para tudo! Eu já namorei e posso dizer que não quero isso para mim, mas e você? – Perguntei encarando-a.

—Eu tenho sua experiência como exemplo! – Mani falou convicta e eu ri.

—Ai meu amor, mas pense bem, logo você terá que passar por isso, mais cedo ou mais tarde.

—Nada disso, pode parar Camila. – Normani falou e saiu andando em direção ao seu quarto. Me recostei no balcão da cozinha e continuei comendo minha banana. Por mais que Mani negue, eu sei que essa mulher está mexendo com ela. Só espero que ela seja uma boa pessoa, ao contrário da idiota que brincou com meu coração na adolescência.

POV LAUREN

Estava sentada no meu consultório tentando esquecer a noite anterior. Mal consegui pregar o olho por conta das lágrimas, minha vida havia se tornado um inferno e eu estava mais perdida que meus clientes. Eu sabia qual era a decisão plausível a ser tomada, mas algo dentro de mim dizia que eu deveria tentar mais uma vez, que talvez meu casamento ainda tinha conserto, eu podia sugerir a Brad que ele se internasse numa clínica para alcoólicos ou que entrasse para algum desses grupos anônimos. Entrei no google e comecei a procurar por algumas clínicas de reabilitação, mas fui interrompida pelo barulho da minha porta sendo fechada com força.

Dinah entrou na minha sala e sentou-se no divã com a cabeça entre as mãos. Oh não. Pensei. Levantei-me da minha poltrona e caminhei até minha melhor amiga, me ajoelhei perto dela e tentei colocar minha cabeça entre suas pernas.

— Oi gatinha, você vem sempre aqui? – perguntei tentando fazê-la rir. Mas Dinah nem respondeu, isso só podia significar uma coisa, Dinah estava chorando. – Janezinhaaaa...?! – a chamei pelo segundo nome – O que houve? Não quer contar para Michelezinha? – insisti. Dinah tirou as mãos da cabeça e finalmente me encarou, seus olhos estavam vermelhos e ela estava sem nenhuma maquiagem. – O que aconteceu? Foi a Normani que te magoo? – continuei.

— Não – disse ela fungando – quer dizer, foi mais ou menos.

— Vou pedir para Ally cancelar nossos dois primeiros clientes e aí conversamos, pode ser? – perguntei e Dinah apenas assentiu.

Saí da minha sala rapidamente, conversei com Ally e voltei. Minha amiga ainda chorava um pouco, mas seu rosto não estava mais tão inchado e os olhos estavam voltando a cor normal.

— Agora me conte – pedi.

— Bom, estava tudo indo bem. Achei que Normani estava mesmo gostando de mim, ela disse que eu era diferente das outras garotas que ela saiu e tals... a noite foi maravilhosa mesmo que eu tenha dormido durante a ópera...

— Espera – a interrompi – você dormiu na ópera? – perguntei já gargalhando, DJ apenas assentiu com a cabeça – Não acredito nisso, você é a melhor Dinah Jane – falei dando um soquinho em seu ombro – desculpa – disse quando percebi que minha melhor amiga continuava séria.

— Enfim, fomos para o apartamento dela, comemos pizza, massageei as costas dela, desfiz todos os grandes nós – continuou.

— Dinah, vamos logo para a parte que interessa? – perguntei a cortando.

— Isso faz parte da história Lauren – disse minha amiga irritada.

— Tudo bem – falei respirando fundo e sentei em minha poltrona que usava para escutar meus clientes.

— Nós transamos no tapete...

— TRANSARAM NO TAPETE? – perguntei gritando.

— Fala baixo Lauren, Ally nem deve saber o que é isso – disse minha amiga sussurrando.

— Dinah, a garota tem 16 anos, nós já sabíamos o que era transar nessa idade, então ela, com certeza, também sabe – respondi dando de ombros.

— E daí? Não quero que ela pense que somos pervertidas ou loucas – rebateu DJ cruzando os braços.

— Eu acho que ela já pensa isso sobre nós – falei me lembrando do show que Dinah deu para almoçar com Normani na frente da nossa nova recepcionista – mas vamos voltar para a parte que te toca.

— Bom, nós transamos no tapete – disse ela falando um pouco mais baixo – e depois fomos dormir, eu acho. Não lembro de algumas coisas.

— Porque vocês beberam algumas cervejas – concluí.

— É... – concordou ela rindo sem graça – fomos dormir, acordamos lindas e belas hoje, conversamos na cozinha e eu sugeri que ela tirasse uma semana de férias...

— Por que fez isso? – a interrompi novamente.

— Lauren, eu não sou um dos seus clientes, ok? Não tenho que explicar tudo. – respondeu ela revirando os olhos como uma adolescente.

— Não é minha cliente, mas é minha melhor amiga e me deve sim explicações! – exigi.

— Ok – disse Dinah fazendo careta e me mostrando a língua – ela é toda tensa e nunca tirou férias do trabalho. Ela fala sobre a carreira dela o tempo inteiro, então é óbvio que não acontece mais nada de interessante na vida dela. Eu só quis ajudá-la.

— Adoro quando você julga que a vida das pessoas é uma droga – falei acenando com a cabeça e respirando fundo. Eu podia estar tirando sarro de Dinah, mas sabia que ela provavelmente tinha razão, porque pelo menos sobre a minha vida, DJ tinha muita razão.

— Vou te ignorar Lauren Jauregui – disse ela bufando.

— Ué, o que aconteceu com a Michelezinha? – perguntei brincando.

— Eu é quem pergunto – respondeu Dinah dando de ombros – mas enfim, eu sugeri férias, ela aceitou, fomos para o banho e daí aconteceu... – me ajeitei em minha poltrona e esperei ansiosamente – uma amiga dela chegou e disse: “como foi com a mulher dos monstros?” – Dinah falou imitando alguma voz irritante.

— Espera, como assim “mulher dos monstros?”? – perguntei sem entender. Que monstros?

— Normani não gosta de cachorros, Lauren... – respondeu minha amiga respirando fundo e encarando o chão.

— Oh Dinah, eu sinto muito – falei me levantando e sentando-me ao lado de minha melhor amiga. Ela deitou sua cabeça no meu colo e voltou a chorar – eles não são monstros, são lindos bebês – continuei enquanto acariciava os cabelos de Dinah.

— Eu fiquei tão chateada Lauren... – disse ela chorando mais ainda.

— Eu imagino e ficaria da mesma forma se fosse comigo. Mas o que Normani te disse depois? A semana de férias ainda está de pé? – perguntei.

— Bom, não sei. E ela... – começou DJ, mas fomos interrompidas pelo toque insistente de seu celular – só um minuto – pediu ela se levantando e se afastando um pouco de mim.

Dinah desligou a ligação e voltou para onde eu estava. Sua feição estava bem melhor agora e ela estava levemente ruborizada.

— Lauren, preciso de um grande favor seu – disse ela me encarando com aquele olhar pidão.

— O que? – perguntei me levantando do divã.

— Preciso que fique com meus cachorros por uma semana – falou minha melhor amiga da forma mais natural possível, como alguém que pede um copo d'água.

— Está louca? – perguntei chocada, ela só podia ter enlouquecido.

— Achei que não achava que eles fossem monstros – Dinah jogava sujo, muito sujo.

— Não é isso, é só que... – respondi tentando procurar por alguma desculpa – Brad não gosta deles, sabe disso.

— Ah claro, o imbecil do seu marido – falou ela revirando os olhos – eu nunca te peço nada – mentirosa – Normani me ligou e quer fazer isso dar certo, e eu preciso saber se realmente é ela.

— Mas Dinah... – comecei, mas parei antes de terminar a frase, nada a faria mudar de ideia – olha, só posso ficar com o Martim.

— Tá bom, negócio fechado. Vou ver se Sthayce pode ficar com Richard e Aron – respondeu minha amiga caminhando até a porta da minha sala – e a propósito, você está bem? – perguntou ela antes de sair.

— Resolve seus problemas, depois falamos dos meus – respondi sem jeito.

— Ok. Eu te amo!

— Eu também te amo!

POV ALLY

— Não pode ficar com eles? – ouvi Dinah perguntar enquanto falava com alguém no telefone. – Não acredito nisso, eu te pago o dobro, o triplo, sei lá – continuava ela enquanto caminhava pelo corredor até a recepção. Continuei ajeitando os papéis em minha mesa e limpando as lentes do meu óculos em seguida – tudo bem, eu arrumo outra pessoa. Obrigada Sthayce. – falou uma das minhas chefes parando no meio da recepção.

Dinah sentou num dos sofás frustrada, será que estava acontecendo alguma coisa?

— Senhora Hansen?! – a chamei.

— Corta essa de senhora Ally, faz eu me sentir mais velha do que já sou – respondeu ela cruzando as pernas.

— Desculpa, mas... notei que... – quase a chamei de senhora de novo – você está tendo problemas... será que eu posso ajudar em algo? – perguntei já me arrependendo de ter dito aquilo, o que ela pensaria de mim? Que eu era alguma intrometida ou algo do tipo? Droga Ally, você não dá uma dentro.

Dinah ficou em silêncio me encarando por um longo tempo, o que me fez acreditar que ela achava sim que eu era intrometida demais. Pronto, provavelmente perderia o emprego por conta disso. Ela se levantou do sofá onde estava sentada e veio caminhando em minha direção, engoli em seco quando ela debruçou-se sobre minha mesa e me encarou seriamente.

— Ally, você gosta de cachorros?

— O quê?! – perguntei surpresa, ela não ia me mandar embora?

— Você gos... – ela tornou a dizer.

— É... desculpa, eu entendi. Eu só estava... deixa pra lá – falei – eu gosto de cachorros, são animais adoráveis.

— Ótimo! – disse ela.

— Você vai me dar um? – perguntei por impulso. Meu Deus, eu sou muito idiota...

— Na verdade, vou te dar dois. Quer dizer, não te dar, te emprestar por uma semana – continuou minha chefe.

— Não estou entendendo muito bem – admiti.

— Eu vou tirar férias por uma semana, e a propósito, não marca nenhum cliente para os próximos dias. E se já tiver algum, pode desmarcar por favor? – pediu ela sorrindo amigavelmente para mim.

— Claro – respondi já mexendo em sua agenda.

— Enfim, a babá dos meus cachorros não pode ficar com eles e a Lauren é casada com um vacilão, então... pode ficar com eles? – perguntou ela sorrindo e piscando várias vezes. Pensei por alguns minutos nas consequências de levar dois cachorros para a casa e se minha mãe cuidaria de ambos no meu horário de trabalho – Eu os levo até sua casa junto com a ração e tudo o que eles precisam. E... te pago duas vezes o seu salário do mês trabalhado – continuou. Duas vezes o meu salário do mês trabalhado? Cara, isso daria uns 3.000.

— Tudo bem, eu aceito! – falei estendendo minha mão em sua direção.

— É bom fazer negócio com você, Ally. Sinto que seremos grandes amigas – respondeu ela apertando minha mão.

POV NORMANI

Passei a manhã do meu sábado vendo desenho com a Camila após ligar para meu consultório e pedir ao meu secretário para desmarcar todos os meus pacientes de hoje. Há muito tempo não passava a manhã de sábado em casa e passei a pensar no que Dinah havia me falado, acho que ela tinha razão, eu precisava descansar um pouco e me desligar de meu trabalho. Depois de nossa conversa matinal, eu considerei seriamente sua proposta e tiraria uma semana de férias com ela. Eu não sabia ao certo o motivo de escutar Dinah e de me importar com a opinião dela, mas algo batia forte em meu peito ao lado de Dinah. Acho que era meu coração, não sei ao certo, mas queria descobrir a razão disso acontecer. Não menti para ela quando disse que nunca havia me sentido assim com uma pessoa antes, porém isso me deixava assustada. Será que Camila tinha razão? Será que Dinah viraria minha namorada um dia? Não, não pode ser. Pra que namorar? Não temos motivos para estragar isso que acontece entre nós.

—Bom, eu vou ter que ir. – Camila falou após desligar seu telefone.

—Aconteceu alguma coisa? – Perguntei curiosa.

—Nada muito sério, mas vou ter que ir para Cuba. – Ela falou dando de ombros.

—Hoje? Por quê?

—Não sei, meus pais me pediram para ir para lá, pelo que entendi algum tio meu foi preso e meu pai quer minha ajuda. – Camila respondeu bufando. Me levantei do sofá e fui com ela até a porta.

—Você volta logo? – Perguntei encarando-a.

—Claro, até segunda estou aqui, no máximo terça. – Ela falou sorrindo de lado e eu a puxei para um abraço.

—Quer que eu vá com você? – Perguntei ainda abraçada com ela.

—Não precisa, fica tranquila. – Ela respondeu após nos soltarmos.

—Tá bom, qualquer coisa me liga! Se cuida e por favor, me avise quando chegar. – Pedi e abracei Camila novamente.

—Pode deixar, se cuida também e use camisinha. – Camila zombou após me soltar. Dei uma risada sem o menor humor enquanto Mila me mandava um beijinho no ar. Minha melhor amiga era realmente idiota, mas eu não vivia sem ela por perto. Então não dava para reclamar né?!

Fechei a porta do meu apartamento, peguei meu celular no sofá e fui para o meu quarto. Me joguei na cama e o cheiro de Dinah invadiu minhas narinas completamente. Sorri sozinha ao me lembrar da noite anterior, procurei seu número por meu celular e resolvi ligar para ela.

LIGAÇÃO ON:

—Oi. – Dinah atendeu friamente após o terceiro toque. Não a culpava pela frieza, ainda mais depois do que aconteceu com Camila no banheiro.

—Oi, tudo bem por ai? – Perguntei insegura.

—Por que não estaria? – Ela rebateu rapidamente. Ai, essa doeu.

—Bom, talvez por causa do que houve essa manhã…

—Ah, não foi nada. É super normal as mulheres com quem eu saio me chamarem de “a mulher dos monstros”. – Dinah falou irônica e eu a imaginei fazendo aspas com as mãos, assim como fez essa manhã.

—Me desculpa por isso, Camila é uma idiota, já te expliquei isso. Eu falei de seus cachorros como monstros, mas já falamos sobre cachorros, você sabe como me sinto em relação a isso. – Falei sinceramente e ouvi Dinah suspirar do outro lado da linha.

—Eu sei… Então por que ligou?

—Nada, só me deu saudade… E eu queria saber se nossa semana de férias ainda está de pé. – Falei e fechei os olhos com medo da resposta. Dinah parecia realmente chateada quando saiu daqui.

—Você ainda quer fazer isso comigo? – Ela peguntou e pelo seu tom de voz, eu podia jurar que Dinah estava surpresa.

—Claro, com quem mais eu faria?

—Bom, com alguém que não tem monstros em casa?

—Dinah… De novo isso?

—Me desculpa, mas eu não consigo esquecer o que sua amiga falou.

—Tudo bem, me deixa te compensar.

—E como?

—Huum… Posso te ver essa noite? Eu vou até a sua casa e levo cerveja. –Falei sugestiva e ouvi Dinah gargalhar do outro lado da linha.

—Mesmo com os meus monstros em casa?

—Mesmo! Seria melhor se eles não estivessem lá, mas eu me esforço.

—Tá bom, você me convenceu. Te espero às sete horas e não se atrase! E leve tequila também, é minha bebida favorita. – Dinah falou brincalhona e eu ri. Preciso anotar isso.

—Combinado, até mais loira, tenha um bom dia.

—Até morena, você também.

LIGAÇÃO OFF.

Levantei da minha cama um pouco mais animada agora, me troquei e peguei minha bolsa para ir ao mercado. Compraria as cervejas e a tequila de Dinah, e um bom vinho para mim, pensaria em algo para comermos também. Talvez eu tenha que passar na farmácia comprar algum tipo de antialérgico para mim, vai que sou alérgica a cachorros. Só de pensar em ver aqueles monstrinhos novamente eu já me arrepio toda, mas acho que o esforço por Dinah valia a pena e eu queria realmente vê-la de novo.

Estava parada em frente a porta de Dinah, havia apertado a campainha e esperava ansiosa por ela. Não demorou muito e a loira apareceu sorridente ao abrir a porta. Dinah me cumprimentou com um leve abraço e pegou as sacolas de minha mão antes de entrarmos em seu apartamento. Envolvi meu braço em sua cintura e a puxei para selar nossos lábios.

—Boa noite paixão. – Declarei sorrindo ao ver a expressão de surpresa no rosto de Dinah.

—Boa noite! – Ela falou e sorriu após eu ter tirado meu braço de sua cintura.

—Como foi o seu dia? – Perguntei enquanto a seguia por seu apartamento até a cozinha. Procurei por seus cachorros já sentindo um pânico crescer dentro de mim.

—Normal, trabalhei um pouco, arrumei a casa, essas coisas... E o seu? – Ela perguntou enquanto tirava as compras que fiz das sacolas.

—Um pouco entediante, fiquei em casa. – Falei sem me concentrar em Dinah, procurava o tempo todo por seus monstrinhos e não os achava em nenhum lugar. Será que estavam presos?

—Normani? – Dinah me chamou e eu virei para encará-la.

—Sim?

—Perdeu alguma coisa? O que está procurando? – Ela perguntou curiosa.

—Bom, onde estão seus mons... Lindos e adoráveis cachorros? – Perguntei com um sorriso amarelo no rosto.

—Ah sim, eu os levei para locais seguros. – Dinah falou dando de ombros.

—Sério? – Perguntei desconfiada.

—Claro, não quero você tendo um ataque de pânico ou algo assim. Não estou a fim de passar meu sábado a noite em um hospital. – Dinah falou zombando de mim.

—Haha engraçadinha. – Falei sem humor e Dinah riu. Deixei minha bolsa no balcão de Dinah e fui em sua direção.

—Você trouxe mesmo tequila! – Ela falou sorridente enquanto tirava a garrafa de bebida da sacola.

—Claro, você pediu. – Falei e a abracei por trás. Tirei seus cabelos de meu caminho e os joguei para o lado esquerdo sobre os ombros de Dinah. Depositei um leve beijo em sua nuca, sorri satisfeita ao perceber que Dinah havia se arrepiado e aproximei minha boca de seu ouvido. —Não quer me contar onde você quer passar seu sábado a noite? – Sussurrei sorrindo e Dinah se virou de frente para mim.

—Bom, estou saindo com uma morena ai, então seria ótimo ficar com ela sabe? Mesmo que fiquemos jogadas na cama vendo filmes. – Ela falou após entrelaçar seus braços em meu pescoço.

—Adorei essa ideia sabia? – Perguntei e aproximei meu rosto do de Dinah.

Selei nossos lábios e dei início a um beijo calmo. Pedi passagem com minha língua e ela cedeu prontamente. Explorei cada centímetro de sua boca enquanto a colocava sentada no balcão. Passei minhas mãos pelo corpo de Dinah enquanto ela agarrava meus cabelos com força, abri o zíper de sua blusa de moletom e deixei seu sutiã vermelho a mostra. Interrompi nosso beijo, passei a chupar seu pescoço enquanto minhas mãos apalpavam os seios de Dinah ainda por cima de sua peça intima. A loira já começava a gemer com minhas carícias e quando ia abrir o fecho de seu sutiã a campainha tocou. Nos separamos imediatamente, Dinah me olhou surpresa e fechou o zíper de sua blusa.

—Eu preciso atender, não sei quem é, mas pode ser importante. – Dinah falou enquanto descia do balcão, assenti com a cabeça e caminhei atrás dela até a porta. —Lauren? O que faz aqui? – A loira perguntou quando abriu a porta.

—Me desculpa, eu não sabia para onde ir e você precisa me ajudar. – Uma mulher morena falou enquanto entrava toda molhada no apartamento de Dinah.

—Normani, será que você... – Dinah começou a falar e eu assenti com a cabeça.

—Eu já entendi. – Falei rapidamente sorrindo fraco.

—Tudo bem, obrigada. A gente se fala? – Dinah perguntou e eu assenti com a cabeça. Peguei minhas coisas e saí do apartamento da loira sem questionar nada, até porque, eu entendia isso. Se Camila batesse em minha porta eu não hesitaria em mandar qualquer pessoa embora e a ajudaria.


Notas Finais


E ai? O que vocês acharam? Camila tem razão em dizer que Norminah vai virar casal? O que dizer para Lauren sobre ela estar tentando pensar em uma solução para o Brad vacilão? Dinah melhor pessoa sim ou claro? O que será que aconteceu com a Lóren gente? Vocês iriam embora assim como a Mani? E o que vocês estão achando da nossa Ally novinha? É um amor ou não é? Haha.
Bom gente, queremos montar um grupo no whats para ficar mais fácil de falar com vocês. Mas isso depende de vocês, vocês querem ou não? Quem quiser participar é só mandar mensagem nesse número: (1.1) 9.7.5.5.4.0.5.5.8. ou deixem o número de vocês aqui nos comentários. Venham conversar com a gente, trocar uma ideia, desabafar, tirar dúvidas... Qualquer coisa haha.
Um beijão amores, tenham uma boa semana e até o próximo capítulo!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...