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História Emerald Eyes - "I quit it with The suicidal recital"


Escrita por: JoongSpace

Notas do Autor


Hellou coisasaravilhosas da minha life 💜
Então, eu to doente por uns dias e não posso fazer esforço (oque é uma merda) mas pra ajudar mais ainda minha vida, recebi um bloqueio criativo filho da puta e o único cap que eu consegui terminar foi esse... Mas juro que vou escrever para as outras historias. 💜💜

Boa Leitura

Capítulo 2 - "I quit it with The suicidal recital"


Fanfic / Fanfiction Emerald Eyes - "I quit it with The suicidal recital"

Acordei assustada, suada e com a respiração a mil. Outro pesadelo. O mesmo que venho tendo a três meses. Me levantei e fui até o banheiro onde amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo e molhei meu rosto, respirei fundo e me apoiei na pia, olhando para o espelho percebi algumas mudanças que ocorreram em mim: Meu cabelo estava começando a desbotar, meus olhos perderam a maioria do brilho, minha boca não está mais tão rosada como era; tirando claro, a maravilhosa anoréxia que eu estava enfrentando.

- Ju? - James apareceu na porta do banheiro, coçando os olhos.

- Tudo bem. - Respondi olhando pro espelho - Tive um pesadelo.

- O mesmo? - Assenti e minha garganta deu um nó, só então percebi que estava chorando.

- Droga. - Sequei os olhos e me virei para James que já estava de braços abertos, então andei até ele e o abracei forte, já chorando - O grito dela ainda é pertubador, o carro batendo, meu grito, tudo rodando...

- Shhh - Ele beijou minha testa - Ta tudo bem agora, a médica te disse que os pesadelos vão ser perturbadores, você só tem que aguentar.

- É difícil aguentar pesadelos com o dia do acidente. O acidente que eu causei. 

- Juliana - James repreendeu e me soltou, me segurando pelos ombros - Você não causou nada.

- Causei sim. - Falei - Se eu tivesse ficado quieta, mamãe e eu não teríamos brigado e papai não teria desviado sua atenção da estrada; foi quando o carro bateu e capotou. James, eles morreram por minha causa, por causa da porcaria de uma guitarra que eu queria.

- Juliana, olha bem pra mim - Ele segurou meu rosto. - Estava nevando, o papai perdeu o controle do carro e bateu, você não fez nada, ele não conseguiu desviar e outro carro veio em seguida batendo no de vocês. A culpa não é sua, ta bem?

- Sim. - Ta mais que na cara que eu falei aquilo apenas para sairmos do assunto, ou eu iria pirar. Meu relógio digital que ficava na mesa de cabeceira tocou, era hora de tomar três remédios. James já ia sair do quarto para pegar os remédios, mas eu o segurei pelo braço - Deixa, eu vou descer pra beber água e tomo eles.

- Promete? - Ele sabia que às vezes eu não tomava, mas outras vezes eu tomava. Assenti - Ta, confio em você. Só toma cuidado, os meninos decidiram dormir aí e tão jogados pela sala.

- Temos mais de seis quartos de hóspedes e você joga eles na sala? - Arqueei a sobrancelha.

- Eles que quiseram dormir lá. - James deu de ombros e saiu do quarto, indo pro dele. Revirei os olhos e sai do quarto, indo pras escadas, descendo, observando quatro pessoas em estado de coma jogados pela sala e indo pra cozinha, pegando uma cadeira e colocando em frente a pia para pegar meus remédios. Peguei e coloquei a caixa no lugar, desci e coloquei a cadeira no lugar, peguei um copo e fui até a geladeira pegando o suco (se vou tomar isso que seja com algo que tenha gosto)

- Vai precisar de mais que três pílulas. - Me assustei e acabei engasgando, me virei e na porta da cozinha estava Benjamin, parado e rindo de mim.

- Você é idiota?! - Falei tossindo e limpando minha boca com o pano.

- Só pra você que insiste em me chamar. - Ele sorriu e eu revirei os olhos - Sério, se quer se matar de overdose; teria que tomar mais que três pílulas e tenta Jack Daniel's em vez de suco de morango.

- Se eu quisesse me matar com uma overdose, estaria fazendo isso no meu quarto sem a presença de um babaca igual você. - Falei e coloquei o copo na pia. - Mas você ainda não vai se livrar de mim. Por mais que eu queira mesmo me matar, ainda não estou tão deprimida a ponto de cometer tal ato.

- Se quiser, posso ajudar nisso. - Ele disse, duro. E é agora que nossa briga realmente começa.

- Babaca.

- Chorona.

- Idiota.

- Só sabe usar essas falas?! Inútil.

- Besta ignorada.

- Culpada. - Ele deu um sorrisinho e eu senti uma pontada.

- Chifrudo.

- Suicida.

- JÁ PAROU. - Danny entrou na cozinha com Cameron e Sam atrás. - Acordar com uma série de insultos totalmente babacas num sábado de manhã não da.

- Ele que começou. - Apontei para Benjamin

- Quem me chamou de babaca não foi a parede. - Ele disse sarcástico com os braços cruzados.

- Mentindo eu não to. Babaca.

- Se mata, garota.

- Tentei uma semana atrás e não deu certo. - Sorri sínica.

- Já tentou enrolar uma corda no pescoço e se tacar de uma cadeira? Pelo oque eu vejo, é a única tentativa rápida. - James entrou na cozinha bem na hora - Ou posso te arrumar uma arma.

- OUWWW JÁ CHEGA. - James gritou e apontou para Benjamin - Mais uma babaquice e eu parto pra cima de você.

- Eu adoraria cometer esse ato. - Cam disse com os braços cruzados.

- Ela que começa e eu que levo? - Benjamin perguntou indiferente.

- Claro, do jeito que seus insultos estão soando. - Sam respondeu

- Eu só estou dando sugestões de como cometer um suicídio rápido. - Ele me olhou - Espero que tenha ouvido todas as minhas dicas.

 - Babaca. - Revirei os olhos e passei por eles indo pras escadas e subindo. Quando cheguei no quarto só me joguei na cama.

Não sei oque nos levou a odiar tanto um ao o outro. Eu e Benjamin nos conhecemos quando eu tinha oito anos e ele doze; minha familia tinha acabado de mudar para a cidade e eu e James ainda não tínhamos amigos no colégio novo, então, andávamos juntos. No nosso 6° dia de aula, James teve que ir até o banheiro antes de irmos para o refeitório, então eu fui sozinha para guardar lugar na fila para a gente, eu acabei esbarrando no Ben e ele não estava lá nos melhores dias, então me trancou na sala de limpeza (oque me deixou com fobia de lugares trancados e me dando um ataque de asma; coisa que eu tenho até hoje). Só consegui sair de lá 10 minutos depois antes de morrer sem ar, me levaram para a enfermaria e quando James ficou sabendo, foi para lá correndo, junto de seus novos amigos: Danny, Cam e Ben.

E então começamos a nos provocar durante os anos, ele fazia alguma coisa e eu devolvia na altura da pegadinha. Já saímos no braço em uma festa de aniversário da irmã dele; Bex, ela era minha única amiga antes da Lia e um dia se mudou para Dubai junto com Ben, a mãe e o padrasto. Eu nunca realmente soube do pai de Bex e Ben, eles nunca disseram nada sobre ele e eu não queria me intrometer em assuntos da familia deles. Quando eles se mudaram eu pensei que me livraria de Ben, mas ele voltou quando fez 16 anos e na época eu já namorava com Caio, mas isso não nos impediu de voltar com nossa pequena guerra de ódio.

    Ouvi passos pelo carpete e sinceramente não queria falar com ninguém.

- Eu to legal, James. Só quero dormir. - A pessoa cujo eu pensei ser James, não disse nada, eu só ouvi ele entrando e fechando a porta. - James, eu já disse qu...

- Bom dia. - Disse sorridente.

- Caio. - Eu praticamente pulei da cama e me joguei em cima dele, onde ele me acolheu e beijou o topo da minha cabeça. Aspirei o perfume que havia dado de natal para ele e quando levantei minha cabeça para beija-lo, senti seu hálito de cigarro Black, o único que eu e ele fumamos.

- Como vai? - Perguntou abaixando apenas a cabeça

- Normal. - Respondi dando de ombros - Não estava ocupado?

- Pammy me expulsou de casa e disse que eu só voltava depois de te ver. - Ele disse e eu gargalhei. Eu amava minha pequena cunhada. - É melhor cumprir o acordo, certo?!

- Aham. - Assenti. Caio se abaixou apenas a cabeça até meus lábios e nos beijamos; fazia exato um mês e pouco que eu não o via e agora eu estava ali, o beijando; com ternura e saudade.

Caio me guiou até a cama e me deitou, sem quebrar o beijo; ele segurou minhas mãos na altura da cabeça e as apertou, seus lábios se encontraram com meu pescoço, deixando mordidas e beijos seguidamente, suas mãos deslizaram por meu corpo até a barra da minha blusa e eu não impedi ele de tira-la, e eu dormia sem o sutiã, então, meus peitos ficaram a mostra.

Nesses três anos de namoro (quatro, praticamente) eu e Caio nunca chegamos a transar. Eu não me sentia totalmente pronta e ele entendia isso, então não passávamos de beijos, mordidas e toques.

Ele traçou uma linha com os lábios do meu pescoço até meu seio direito e circulou o bico com a língua, me fazendo arfar e arquear as costas. Caio fazia cada movimento com a língua lentamente e alternando nos meus peitos, então parou e começou a me beijar dos peitos abaixo, até chegar na minha cintura (extremamente fina) e me olhar; voltando a encontrar seus lábios com os meus. Suas mãos voltaram a contornar meu corpo, só que dessa vez pararam na barra do meu shorts que eu usava pra dormir; e por mais que eu estivesse totalmente hipnotizada pelo beijo, eu o impedi colocando minhas mãos sobre a dele.

Ele se levantou e ficou me olhando.

- Desculpa, é que eu...

- Não ta preparada. - Ele disse e se sentou - Você nunca ta.

- Caio, entenda que eu ainda to com muita coisa na cabeça. - Falei me sentando e colocando minha camiseta novamente - Eu briguei com o Ben de novo, não to com cabeça.

- Ben. - Ele riu cínico - Sempre que estamos conversando, você envolve ele no meio.

- Não tenho culpa de viver uma guerra com ele.

- Mas tem culpa de ter acabado com tudo - Ele se levantou - Desde que seus pais morreram você acabou com sua vida, suas amizades, nosso namoro. Tudo Juliana, tudo.

- Eu estava tentando superar tudo. - Olhei pra ele - O acidente foi causado por mim, Caio. Eu matei meus pais e me culpo cada dia mais por isso. Juro pra você que tentei a voltar com uma vida normal depois daquilo, juro que tentei, mas nada adiantou. E você nem se preocupou em me ajudar.

- Como não? Quem, além de James, ficou com você por um mês inteiro no seu quarto ou te acompanhando ao médico?! Quem tirou a lâmina da sua mão antes dela acerta uma veia?! Quem ficou ouvindo seus choros e sentimentos de culpa durante as noites durante um mês inteiro?! Quem Juliana?!

- E quer que eu faça oque se não consegui melhorar?! James não quer me internar e nem eu quero ficar presa dentro de um quarto sendo entupida de remédios.

- Meio irônico você falar isso, sendo que esta vivendo exatamente isso. - Ele disse e riu sarcástico - Olha, eu só vim aqui pra ter certeza de uma coisa e parece que eu consegui.

- Do quê ta falando? - Sequei a lágrima que escorreu com a costa da mão

- Nosso namoro, você fez com que ele fosse pro lixo. Quatro anos das nossas vidas jogados no lixo, por sua causa.

- Então...

- Sinceramente, sim. Estou terminando. - Evitei o olhar para ele e respirei - Desculpa, mas eu não vou conseguir ficar com você enquanto estiver nesse estado. Eu não vou me sentir bem e nem vou fazer com que você se sinta bem.

- Vai embora. - Falei firme e abraçando meus joelhos - Vai. Como você acabou de dizer, terminamos e eu não quero que você me veja chorar agora que não temos mais nada. Quanto a mim, pode deixar, meu irmão ainda não me abandonou.

Só ouvi o suspiro dele antes da porta abrir e fechar. Desabei em minha cama e chorei, chorei oque nunca havia chorado antes. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para a Lia.


Eu: Ta ocupada?

Lia <3: To saindo do local da festa pra ir descansar um pouco antes de hoje a noite. Pq?

Eu: Você tava certa. Caio queria terminar.

Lia <3: Espera... Ele falou com você? Quando? Onde? Qual o motivo do término?

Eu: Pode vir aqui?

Lia <3: Chego em 30 minutos.


Joguei o celular em cima da mesinha e deitei novamente.

 

 

- Juliana? - A voz de Lia invadiu o quarto, mas eu não queria levantar do chão do banheiro ou muito menos largar a lâmina. - Juliana?... Meu Deus, Juliana. Olha pra mim, diz que você ainda ta consciente.

- Infelizmente ainda estou. - Falei de cabeça baixa enquanto Lia arrancava a lâmina da minha mão e a jogava em um canto qualquer do meu banheiro.

- Não fala isso. - Ela disse segurando meu rosto - Eu vou chamar o James.

- Não, Lia. - Segurei seu braço a impedindo de sair - Não chama ele, por favor.

- Juliana, eu preciso. Não posso esconder isso dele, é impossível. - Ela se desvencilhou de mim e correu até a porta do quarto e desapareceu por segundos, depois apareceu novamente se ajoelhando ao meu lado e James apareceu em seguida. Evitei olhar para os dois e fiquei quieta enquanto James me levantava e colocava meu braço em baixo da água fria da pia para o sangue cessar e ele poder fazer o curativo. Lia me carregou até o quarto e me deitou na cama, fazendo eu deitar a cabeça em seu colo e James voltou do banheiro com a típica maleta que eu já estava com ódio de ver toda semana.

Com o silêncio reinando, James fez o curativo enquanto Lia mexia em meu cabelo e eu fiquei de olhos fechados o tempo inteiro. Não queria olhar nos olhos deles.

- Juliana. - James chamou e eu continuei com os olhos fechados - Juliana, olha pra mim por favor.

- Não. - Apertei mais meus olhos. - Cansei de deixar vocês preocupados e perderem tempo comigo. Eu só quero morrer.

- Você não quer, só esta falando da boca pra fora. - Lia disse e eu senti a voz dela embargada. - Juliana, você é minha melhor amiga desde meus dez anos e eu me sinto tão feliz por isso. Você acha que está nos machucando se cortando e fazendo todas essas coisas com você, mas se você realmente se for algum dia, isso é o que vai nos machucar.

Fiquei quieta, mas abri os olhos e suspirei. James ainda estava ali agachado olhando para mim e fazendo carinho na minha bochecha com o dedo.

- Desculpa por ter feito isso de novo. - Falei finalmente. James sorriu e me deu um beijo na bochecha, ele então se levantou e saiu, levando aquela maleta dos infernos junto.

- E agora, oque vai me contar?! - Lia perguntou e eu me sentei de frente para ela e contei exatamente tudo que Caio havia falado e ela o xingou em francês, oque me arrancou várias risadas.

- Tomei uma decisão - Falei e ela me olhou e analisou meu rosto - Se o problema para Caio era eu não sair, me diverti ou qualquer outra merda que não envolva eu ficar trancada na merda do meu quarto, não vejo problema eu ir na festa de volta às aulas hoje a noite e vou tentar me reergue. A partir dessa noite.

- Essa é minha amiga. - Ela levantou a palma da mão e fizemos um High Five.


Notas Finais


Comentem e deixem opiniões 💜
Kisses


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