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História Entre o amor e a amizade (RayEmma) - Enrascada


Escrita por: Bianzinz

Notas do Autor


Consegui postar esse capítulo hoje, ate que enfim, minhas mãos estão doendo, aaaaaaa

Capítulo 23 - Enrascada


Fanfic / Fanfiction Entre o amor e a amizade (RayEmma) - Enrascada

-Eu vou avisar as outras equipes para vir imediatamente para o Sul. – Oliver falou tirando sua mochila das costas e a abrindo, enquanto andava.

Todos estavam caminhando na direção oposta, voltando para o abrigo. A trajetória era longa, mas eles ainda tentavam se apressar. Oliver convocou uma reunião usando um sinal de fumaça que toda equipe deveria ter na sua mochila.

-Theo, você precisa ficar aqui enquanto o resto da equipe continua andando. – o mais velho falou, colocando a mão no ombro dele.

-Por quê?

-Você tem que avisar a todos eles que estamos procurando na direção errada. Diga que estamos indo para o Sul e explique a situação.

-Mas por que justo eu? – o garoto parecia emburrado de ter que ser deixado para trás.

-Você não é um adulto, mas também não é uma criança. Você consegue se virar aqui sozinho e também não vai fazer muita falta com a gente, sem ofensas, lógico.

-Me senti ofendido. – o menino franziu a testa. ‘Não faz muita falta.’ O que isso quer dizer?

-Desculpa, olha o que eu quis dizer foi, não é que você é um patrulheiro ruim, mas nós também não somos... – Oliver tentou explicar procurando um jeito de não machucar os sentimentos do garoto. Ray parecia entediado com aquele rola-enrola.

-Tanto faz, vamos logo. – o moreno puxou o mais velho pelo braço ignorando a discussão sem motivos.

Os outros integrantes do grupo pareciam tensos, eles estavam seguindo na direção completamente oposta apesar de todos esses esforços durante a semana. A lógica é que se a Bárbara estivesse pensando em escapar e fugir sem deixar traços ela iria para o Norte, onde a floresta aumentava cada vez mais e mais, deixando fácil para se esconder ali dentro. Agora a equipe estava seguindo pro Sul graças às ordens de Ray, mas se o moreno tivesse errado, eles iriam perder muito tempo necessário para procurar pela criminosa e talvez ela já teria escapado durante esse tempo, e a busca iria ser inútil. Era uma decisão complicada, com muitos riscos e apenas uma chance.

Antes de partir, Oliver sussurrou alguma coisa no ouvido de Theo, que pareceu bem confuso. Depois todos foram embora, correndo em uma velocidade alta em direção ao abrigo.

De todos os quatro, Ray e Oliver eram os mais rápidos. Os dois corriam lado a lado, e se entreolhavam toda hora, como se tivessem competindo quem era o mais veloz. Eles dispararam como um jato potente na frente dos outros, que corriam mais devagar.

-To pegando leve com você por causa da sua perna dodói. – O mais velho disse com um sorriso competitivo no rosto.

-Sua mãe que deve estar dodói de ontem à noite. – o moreno respondeu ridicularizando o outro, sem mudar de expressão.

-Se é assim que você quer, é assim que vai ser. – Oliver respondeu franzindo a testa e acelerando o passo – Vou te fazer comer poeira, neném.

Ray não ia deixar o mais velho levar a vitória assim tão facilmente. Ele pegou impulso de uma raiz enorme no chão e começou a correr como nunca, deixando os outros lá atrás, até os perderem de vista.

-Eu não acredito que eles estão fazendo isso justo agora... – Nigel disse para si mesmo, fazendo um facepalm na sua imaginação.

-Se eu fosse tão rápido como eles... Iria entrar na brincadeira! – Mark disse, um pouco risonho.

Nigel não era tão devagar assim como ele estava agindo agora. Mas de todos os integrantes, ele era quem carregava mais coisas dentro da mochila. Por ser um mecânico, o peso da sua mochila era fruto de várias ferramentas, chaves de fendas, martelos e um monte de coisa. Isso além de falar da quantidade de armas compridas que ele estava carregando também. Isso o fazia desacelerar bastante em comparação à velocidade normal do rapaz e também o fazia cansar bem mais rápido.

Mark notou isso, mas não disse nada porque a companhia do garoto o fazia bem. Ele não se sentia mais tão sozinho com alguém correndo ao seu lado, normalmente sempre que isso acontecia, os mais velhos corriam em disparada e deixava-o para trás, por ser o menor e o mais gordinho, portanto Mark era o mais devagar entre eles.

Enquanto isso lá na frente Ray e Oliver disputavam pela vitória. Por enquanto ambos estavam na mesma velocidade, mas ás vezes um dos dois aumentava do nada e pulava entre os galhos para ultrapassar o outro, mas isso durava por pouco tempo, pois logo o adversário conseguia alcançá-lo.

De vez em quando eles se entreolhavam tentando demonstrar superioridade, como alguém que diz para o outro desistir logo. Mas nem Ray nem Oliver estavam dispostos a deixar o outro ganhar, tanto que essa competição saudável fazia bem para eles se esforçarem para chegar do outro lado logo.

Oliver chegou primeiro no abrigo e diminuiu a velocidade, confiante, colocando a mão na madeira grande que originava o abrigo.

-Eu falei que você iria comer poeira! – O mais velho gritou vitorioso.

Mas o que ele não esperasse é que Ray passasse correndo na mesma velocidade, ignorando-o e seguindo em frente.

-O ponto de chegada não é ai. É quem achar a Emma primeiro vence! – o moreno gritou antes de desaparecer no horizonte.

Oliver grunhiu e ficou irritado. ‘’Não acredito que perdi tudo isso de tempo! ‘’ Ele começou a correr muito rápido, tentando alcançar o rapaz que estava na frente, mas aquela pausa tirou muito do tempo dele. Seu ego pela vitória o cegou, achando que só porque chegou ao abrigo ele teria ganhado. Mas desde o começo, o objetivo era chegar ao Sul e procurar pela ruiva, Oliver havia se esquecido disso.

Enquanto isso Nigel havia acabado de chegar ao abrigo. Ele colocou sua mão no tronco de pedra gigantesco e se agachou, ofegando por ar. Aquela mochila não era tão pesada quando ele estava caminhando, mas correr assim gastava muita energia. Mark chegou logo depois e olhou para os lados procurando pelos mais velhos.

-Ué, eles não deveriam estar aqui? – o menor perguntou confuso, cogitando por um momento que talvez eles tenham chegado primeiro e algo tivesse acontecido, mas era impossível. Ray e Oliver estavam quilômetros na frente deles.

-Eles já foram! – Nigel disse engolindo ar e juntando suas forças para continuar correndo. ‘’Calma... ‘’ ‘’Já foi metade do caminho... ‘’ ‘’Agora você só precisa correr a mesma quantidade que você correu antes. ‘’ Ele dizia para si mesmo, tentando motivar-se para continuar.

Mark demorou um pouco, mas ele seguiu em frente, logo atrás de Nigel. Era fácil acompanhar a velocidade dele, o rapaz estava bem cansado. O pequeno sentia um pouco de pena dele. Durante esse tempo todo correndo, carregando todo aquele peso na mochila... Provavelmente pesava bem mais do que o próprio Mark, quilos de metal, aço e ferro ali dentro puxando o rapaz para baixo...

 

 

Emma abriu os olhos com o barulho do sacudir de folhas. Ela não estava morta até agora. Isso é um bom sinal. Ela não se moveu e manteve sua respiração constante para Bárbara achar que ela ainda estava dormindo. Deitada de lado, com as costas viradas para a mais velha deveria ser fácil fingir.

O barulho das folhas ficou mais próximo e mais alto, até surgir o barulho de algo pesado caindo no chão, depois ele parou. A ruiva deduziu que aquela era Bárbara sentando no chão perto dela. A garota esperou para ver se ela iria falar alguma coisa.

Mas a mais velha permaneceu calada. Dava para perceber pela atmosfera que ela estava inquieta, aflita com alguma coisa. Era de se esperar, já que a capanga estava sendo procurada criminosa pelo exército de seu próprio chefe e isso a deixava muito nervosa. Bárbara nunca havia pensado que as coisas iriam dar tão errado assim. Na época, na cabeça dela, o plano era adormecer a ruiva, levar a coitada pra um lugar que ninguém iria achar e matá-la ali, sem levantar suspeitas. Mas teve um monte de imprevistos do nada que ela não conseguiu fazer as coisas direito.

Primeiro o bosta do seu companheiro Cislo a havia traído e contado tudo para o chefe, que a castigou, assim a mais velha não podia mais seguir em missões com eles. Ela estava suspensa. Depois o abrigo começou a ficar lotado de gente do nada, ficando ainda mais difícil dela passar despercebida. E por último o emo gótico não saiu da cola dela por um minuto, tanto que ela teve que esfaqueá-lo para ele deixá-la respirar por um segundo.

Bárbara não sabia o que fazer. O estrago já tinha sido feito, quer ela tente fazer a coisa certa ou não, iria ser presa do mesmo jeito. Estava em um beco sem saída. Só havia um jeito de sair dali impune, mas era muito difícil. Só que era a única escolha que ela tinha.

Sem nenhum aviso prévio, a mais velha agarrou a ruiva pelo pescoço e a puxou para perto. Emma levou um susto e a expressão de Bárbara era de quem não iria aceitar poucas ideias.

-Parabéns coisinha. É hora de voltar para casa. – a mais velha disse em um tom de voz ríspido, olhando no fundo dos olhos da garota com desgosto. Emma a encarava de volta, sem demonstrar medo.

Bárbara não perdeu tempo e puxou a mais nova bruscamente pelo pescoço, tratando-a como se fosse uma mala de viagens. Ela a carregou desse jeito mata afora, arrastando a garota para fora do esconderijo e atravessando o rio. As pernas da Emma molharam até o joelho, mas a ruiva ainda não entendeu o que estava acontecendo.

Após algum tempo caminhando, as duas chegaram até um morro gramado sem árvores, completamente limpo. Bárbara soltou a garota e a jogou no chão, de barriga para baixo.

Depois ela pisou nas costas da ruiva indefesa que gemeu de dor, e arrancou as amarras dos braços e a fita durex das pernas.

Emma estava confusa. Ela estava a libertando? Finalmente? Depois de todo esse tempo? Ela sentiu suas mãos e braços funcionando de novo, ainda doendo depois de ficar tanto tempo parados, mas era uma dor boa. A dor que significava que tudo estava voltando ao normal. A garota se virou lentamente para olhar para a cara da mais velha, mas ao esperado, a mais velha estava apontando a pistola na cara dela.

Bárbara não estava tremendo. Não estava nervosa. Ela estava de pé, séria e autoritária, confiante e mirando a pistola de cano alto na cabeça da garota, que estava sentada olhando para aquilo com determinação nos olhos. Não era uma libertação, não era um ato de piedade. Era uma execução.

O ‘’voltar para casa’’ que a mais velha estava se referindo era o inferno, de onde Emma tinha vindo. Aquilo não era mais uma situação descontrolada, Emma não tinha mais o controle. Aquilo era o fim, tudo voltou ao normal, a criadora e o gado, a sequestradora e a refém. Tudo isso não foi nada mais do que ganhar tempo.

Bárbara destravou a arma e apertou o gatilho para atirar. Aquilo foi o fim para a ruiva. Ela saltou para frente, mirando na barriga da mais velha e desviando da bala por pouco. A mais velha foi atingida pela força da garota pulando em cima dela e caiu no chão, de surpresa. Ela ficou em choque.

Não era para Emma ter tudo isso de força assim. Nem energia. Ela alimentou a garota muito pouco durante esses dias e água então, nem se fala. Mas talvez ela não tenha considerado os anos que a família da ruiva passou na fome e na miséria, talvez isso tenha feito o sistema deles se adaptar mais rápido à escassez de nutrientes.

A ruiva brigou com a outra em uma luta furiosa no chão. Ela tentou agarrar ambos os braços da Bárbara, mas ela era forte demais. Ela meteu o soco e vários tapas para ver se a garota saia de cima dela, mas Emma permanecia firme e forte, ela até conseguiu tirar a arma da mão dela com um tapa.

Bárbara chutava a garota freneticamente, lutando pela sobrevivência. Emma segurava os pulsos dela firme para a outra não conseguir mexer suas mãos. Mas um chute bem dado na barriga da ruiva foi tudo que levou para ela colapsar no chão.

A garota rolou na grama abraçando sua barriga e gritando de dor. A mais velha começou a procurar pela sua pistola loucamente, arrastando as mãos pela grama procurando por ela. Mas um barulho de metal destravando a tirou do transe e chamou sua atenção para a esquerda. Bárbara virou o rosto lentamente pasma, já imaginando o que estava do outro lado.

Em pé, acima dela havia uma ruiva com um olhar muito ranzinza apontando a pistola de cano alto para a mais velha, sem piscar.

Bárbara manteve sua expressão pasma e se afastou, sentando no chão e com os braços para cima. Em poucos minutos, a situação havia mudado, agora era Emma que estava mirando para a cabeça dela.

A mais velha estava muito assustada. Como que o jogo tinha virado tão facilmente? Era isso? Ela tinha sido encurralada tão facilmente por uma garotinha de 18 anos? Em tão pouco tempo...

Bárbara fechou seus olhos, mordeu o lábio e abaixou sua cabeça assustada, aceitando sua execução. Não tinha mais o que fazer. Acabou.

Mas para a surpresa de todos, enquanto a mais velha estava esperando o barulho de tiro e a bala atravessando seu crânio a matando instantaneamente, tudo que ela conseguiu foi o som do compartimento da arma sendo aberto e as balas da munição caindo todas no chão. Ela abriu os olhos e olhou para cima ainda com medo, e lá estava Emma, com a arma abaixada e chutando o pente da arma para longe, logo depois fazendo o mesmo com a arma.

‘’A pirralha me poupou? ’’ Depois de tudo que Bárbara havia feito com ela, isso era o que ela menos esperava. A garota ter desistido da chance de a ter matado quando pode.

Emma virou de costas para a outra que ainda estava ajoelhada no chão, espantada e começou a caminhar, cansada. Ela estava indo embora. Ela nunca havia gostado de violência, nem mesmo depois de tudo que ela passou. Apesar de ter matado demônios, ela só fazia aquilo com quem queria devorá-la ou devorar sua família. Ela preferia acreditar na bondade do ser humano e ver só as coisas boas dentro dele, mesmo esse ser humano a tento tratado como lixo e quase chegou a matá-la demonstrando essas intenções. Emma entendia o lado dela, na visão da Bárbara ela não era nada mais do que uma criança do passado de seu chefe que surgiu do nada querendo acabar com o plano que eles vieram construindo pela vida inteira. Ambas queriam um futuro melhor para suas famílias, a diferença era que a ruiva não estava disposta a se vingar de uma raça que os vem torturando faz anos. Os demônios são os verdadeiros culpados, mas eles só estavam fazendo o que faziam por natureza. Os seres humanos também eram monstros quando precisavam ser.

Depois de quase cinco passos andando a ruiva colapsou no chão, desmaiada. Apesar de ser forte, Emma não aguentava tanto tempo vivendo no limite como ela viveu nos últimos doze dias. Seu corpo não aguentava mais. O tão esperado momento em que ela iria cair dura no chão desmaiada havia chegado, esse momento era agora.

Bárbara ficou surpresa, o plano teria dado certo para a ruiva se ela não tivesse acabado de apagar. A mais velha não perdeu tempo e procurou por sua arma em algum lugar no morro e pegou uma bala que estava chutada em algum lugar por ali. Após coletar tudo ela correu furiosamente de volta. Ela não iria desperdiçar aquela segunda chance que o destino lhe deu, era agora ou nunca.

Emma abriu os olhos devagarzinho. Ela não sabia onde estava nem o que havia acontecido. Mas logo seu momento de reconhecimento e calma foi interrompido quando uma figura adulta apontou uma arma para a cabeça dela e destravou a mesma, prestes a apertar o gatilho.

Um barulho de tiro foi escutado à distância. Bárbara se virou assustada. Não vinha da arma dela. Ela procurou pelo causador do tiro, mas a única coisa que achou foi uma linha vermelha de sniper mirando na sua testa. Ao invés de se render e colocar as mãos para cima, a mais velha tirou a ruiva do chão e colocou na frente do seu corpo servindo de escudo.

-SE ATIRAR EM MIM EU MATO ELA! – Bárbara gritou, agarrado a ruiva pelo pescoço e mirando a pistola na cabeça dela.

Ray surgiu das sombras e do interior da árvore com seu rifle mirando na mais velha. Os olhares do moreno e da ruiva se encontraram e foi como uma conexão imediata tivesse ligado os dois por um choque elétrico. A ruiva se lembrou de tudo naquele momento.

Ela sentiu seu coração acelerar. ‘’É o Ray! ‘’ ‘’Ele veio, ele veio me salvar! ‘’ ‘’Ele me encontrou! ‘’ ela queria abraçá-lo, dizer como sentiu saudades, e até escorrer lágrimas do seu rosto. Mas a situação em que ela se encontrava a impedia. Ela estava sendo usada de escudo, para ninguém atirar na mais velha, mirando uma pistola na cabeça dela. Apesar da situação tensa, a garota ficou mais calma sabendo que havia duas pessoas ali para salvá-la. Do fundo do seu coração a menina torcia para que eles ganhassem e ela sairia viva dali.

Oliver estava escondido em uma copa de árvore, mirando com sua sniper na cabeça dela, mas era difícil com uma refém ali. Se ele atirasse o tiro poderia pegar na cabeça da ruiva e ia matá-la imediatamente. Ele xingou todas as gerações da família dela silenciosamente, enquanto mantinha firme no olho qualquer chance de atirar.

Ray estava cercado. Ele finalmente conseguiu encontrar a garota que ele esteve procurando esse tempo todo, mas justo em um cenário tão perigoso. Se ele atirasse, Emma iria morrer, mas se ele não fizesse nada, Emma iria morrer também. Ele franziu a testa, mas manteve sua postura calma e firme, apontando a arma. Pelo menos a ruiva estava viva. Pelo menos isso.

Agora não era hora para relaxar. Os três estavam com suas armas apontadas e prontas para atirar. Bárbara não iria hesitar, era seu plano matar a garota desde o começo e agora principalmente que ela não tinha saída. Mas o que ela iria fazer depois? Se atirasse na ruiva ela iria morrer em seguida. Ela precisava de um plano, negociar a vida da garota pela dela. Mas ainda assim a mais velha iria ser capturada e presa. ‘’O que fazer o que fazer?! ‘’

Emma estava nervosa. Mesmo que não fosse a intenção, havia três armas mirando nela e seu corpo estava fraco demais para tentar alguma coisa. Ela havia acabado de se recuperar da perda de consciência recente, mas só o fato de que ela aconteceu não era um bom sinal. Ela pensou em chutar o saco da mais velha, igual ela fez com Yuugo, quando ela se encontrava na mesma situação, mas a história engraçada é que Bárbara não tinha saco, infelizmente. Qualquer movimento em falso, ou um ataque mal dado iria ser resultado em uma bala no seu crânio. Ao contrário de Yuugo, Bárbara queria realmente e estava disposta a matá-la. ‘’Merda... ‘’ ‘’Pois é, acho que estou realmente fodida agora. ‘’ Mas a menina não podia fazer nada. Elas iriam ficar naquela situação para sempre se as coisas continuassem assim, ela não poderia estar viva para o que iria acontecer depois.

-Desista Bárbara! São três contra um! E tem mais de nós vindo. – o moreno gritou, se aproximando lentamente com a arma.

-MAIS UM PASSO E EU ATIRO! – a mais velha berrou, fazendo o moreno parar na hora.

Ela começou a suar frio. Estava realmente em um beco sem saída, só que agora nem tinha mais a entrada para ela voltar também. De qualquer jeito, Bárbara iria sair na pior. Emma aproveitou que ela estava pensando e decidiu fazer seu ataque final:

Ela meteu um socão no queixo da mais velha com toda sua força, a fazendo cair no chão. Bárbara apertou o gatilho por instinto, mas o tiro pegou no chão. A ruiva desabou no solo, mas tentou engatinhar.

Ray não perdeu tempo e começou a correr em direção à garota, e pulou na direção dela metendo o abraço mais forte que ele já deu em qualquer pessoa.

-Você tá bem...! Eu to tão feliz que você tá bem! – a garota disse entre lágrimas, agarrando o casaco do rapaz com seu rosto no ombro dele.

-Essa é minha fala sua idiota! – ele falou em um tom carinhoso, envolvendo-a em seus braços.

Oliver estava com a mira da sua sniper procurando pela sequestradora, que havia descido o muro na hora do clímax. Mas ela não estava em lugar nenhum para ser vista. Ele desceu da árvore e foi até o morro onde eles estavam e continuou procurando pela mais velha.

-Eu finalmente te encontrei! Eu já te perdi uma vez, não quero te perder de novo! Eu nunca vou te deixar, nunca mais! – o moreno falou enterrando a cara no cabelo dela. Os dois estavam tão envolvidos e tão apertados, a saudade era imensa.

A garota não respondeu. Ao invés disso ela ficou quieta e o moreno sentiu o toque dela ficando mais leve e o corpo mais pesado.

-Emma? Emma! – ele a virou e a garota estava desmaiada em seus braços, desacordada.

Ray começou a gritar para ver se a ruiva conseguia escutá-lo, mas não tinha jeito, ela apagou de vez. Não importa o que ele fizesse a menina não acordava. Isso desviou a atenção de Oliver que foi ver o que estava acontecendo.

-Ei Emma, acorda! Emma! – o rapaz batia no rosto dela várias vezes, tentando levantar uma reação.

-O que aconteceu com ela? – Oliver tinha acabado de chegar e estava confuso, temendo pela garota. Ele ajoelhou do lado do moreno, para poder vê-la.

-Eu não sei, ela simplesmente desmaiou! A gente precisa levar ela para o abrigo imediatamente! – Ray falava assustado, enquanto checava a temperatura e os batimentos cardíacos da garota.

-Vocês encontraram alguma coisa? – passos vinham da distância, e Nigel se aproximou, notando o montinho que os mais velhos tinham formado. Tanto Ray, Oliver quanto Nigel tinham ouvido o barulho de tiro que Bárbara havia errado na Emma, essa foi a razão de eles terem encontrado a menina tão rápido.

-Meu Deus! Emma! Emma! – Mark tinha voltado com ele e ficou desesperado ao ver a sua irmã mais velha ali nos braços do moreno apagada.

-Ei vocês três. Levem a Emma para o abrigo e chamem um médico para cuidar dela. – Oliver ordenou e levantou, sacando sua arma.

-O que você vai fazer Oliver? – Nigel perguntou, olhando para seu melhor amigo espantado.

-Tem algo que eu ainda não terminei de fazer. – ele se afastou e foi até a beira do morro, sentando na grama colocando um joelho para cima e o outro para baixo descansando. Ele apoiou a sniper no joelho que estava para cima.

-Vamos, antes que a situação dela piore! – o moreno gritou e levantou a menina, carregando-a em seus braços.

Ray começou a correr na direção do abrigo o mais rápido que pode, segurando a menina contra seu peito e implorando, rezando para que ela esteja bem. Nigel e Mark seguiram o rapaz, correndo atrás dele.

Enquanto isso Oliver ainda estava no morro, com sua arma mirada e procurando por qualquer movimento nas árvores ou no chão. Bárbara havia caído em algum lugar por ali, escapar impune ela não ia. Não dava tempo da mais velha ter saído correndo e escapado sem ninguém perceber. Ela provavelmente estava escondida esperando todo mundo ir embora para ela poder fugir, mas Oliver não iria dar ela essa satisfação.

Ao leste, um corpo foi visto tentando correr para dentro da floresta. O mais velho percebeu isso na hora, e mirou sua arma naquela direção. O alvo estava tentando correr por dentro da mata, onde as árvores se aumentavam e a copa ficava gigante. Se ela conseguisse passar iria ficar impossível encontrá-la depois.

‘’Na mosca. ‘’ Ele pensou antes de atirar. Ele mirou na perna obviamente, Norman havia dito que queria a sua capanga viva. Ela era fruto de experiências de Lambda, e a mera existência dela poderia ajudar no problema dele com as drogas. Após o tiro, Bárbara caiu no chão, com a perna sangrando. Ele não conseguiu ouvir porque estava longe, mas a mulher com certeza gritou de dor.

Oliver desceu o morro agilmente e partiu para correr atrás da mulher que havia desmaiado. Ele foi o mais rápido possível, mas quando chegou lá, a mulher não estava no mesmo lugar.

‘’Ela deve ter se arrastado pelo chão. ‘’ O que era uma grande burrice, já que dava para ver os traços de sangue esparramado na grama por onde ela se arrastou. Oliver apenas seguiu esse traço dentro da mata, andando até encontrá-la. Onde essa trilha de sangue acabava a mulher iria ser encontrada.

Ele continuou caminhando e foi percebendo que a floresta estava muito silenciosa. Talvez o barulho do tiro tenha assustado os animais selvagens, mas ele pensou que isso ia deixar mais fácil para ouvir a mais velha gemendo de dor no chão. Só que justo quando ele pensou que a tinha encurralado, foi Oliver que tinha sido enganado.

A trilha de sangue acabava em uma parte da grama, e após isso estava tudo limpo. A mulher não estava lá. Não havia sinal nenhum dela por perto. Não tinha como ela ter levantado e saído correndo, até porque o rapaz tinha certeza absoluta que ele acertou a panturrilha dela. Essa era a articulação, a parte mais sensível. Não tinha como ela ter cavado no solo e ter se ficado lá, não sem ele perceber. E não é como se ela pudesse escalar uma árvore ou sair voando. Ele procurou por todos os cantos, atrás das árvores, escondida nas moitas, nas folhas, ele olhou tudo em um raio de dez metros, mas a mulher não estava em lugar nenhum.

Bárbara havia desaparecido.

 


Notas Finais


Decidi fazer com que eles encontrassem a Emma nesse capítulo, para dar um gostinho bom para vocês! Mas queria avisar que a partir de amanhã não vou conseguir mais postar capítulo com tanta frequência... Minhas aulas presenciais vão começar e eu vou passar o dia na escola, então... Só um aviso mesmo, mas eu não vou parar de postar capítulos!


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