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História Escape - Capítulo 17


Escrita por: pfthoranxx

Capítulo 18 - Capítulo 17


Fanfic / Fanfiction Escape - Capítulo 17

Mary's POV

Uma semana. Há exatamente uma semana eu não tinha notícias de Niall. Não sabia como ele estava desde a noite da briga e muito menos tinha conhecimento do que havia acontecido para ele se afastar. Por mais que eu tenha tentado ligar algumas vezes não fui correspondida e comecei a pensar que ele não estava mais por perto. Talvez ele tenha ido embora sem deixar rastros ou qualquer pista de que partiu, mas é claro que isso era uma ideia estúpida da minha cabeça. Por mais que pudesse fazer algum sentido, eu preferia acreditar que não.

Eu encarava o celular firme em minha mão, tomando a decisão de fazer uma ultima tentativa de falar com Niall. Provavelmente, ele não atenderia como das outras vezes, mas algo dentro de mim dizia que eu devia tentar mais uma vez.

Digitei seu número na tela e aproximei o aparelho do meu ouvido. A cada "bip" meu coração batia mais forte e uma chama de esperança acendia no fundo do peito, torcendo para que Niall atendesse. De repente, o barulho que indicava que a chamada estava sendo executada parou, dando lugar a uma respiração pesada do outro lado da linha.

— Niall? — perguntei, percebendo que a chamada havia sido atendida. Porém, ninguém se pronunciou do outro lado. Sentia meu estômago se embrulhar e por isso soltei um longo suspirou e passei a mão entre os cabelos, tentando me libertar daquela angústia. — Eu sei que você está ai. Por favor, diga alguma coisa.

Pedi sem perceber o suplício das minhas palavras. Não queria parecer desesperada, mas a verdade era que eu estava. Não ter notícias de Niall por tanto tempo me deixava aflita. Principalmente por ele e Liam nem ao menos aparecerem na faculdade. Algumas pessoas já começavam a notar que tinha algo errado. Ouvi Niall respirar fundo e o sangue pareceu parar de circular nas minhas veias por um tempo.

— Não devia ter me ligado, Mary. — a frieza na sua voz era predominante.

Não tinha noção de que Niall alguma vez estaria assim. As palavras proferidas da sua boca pareciam gelo que congelavam o meu ouvido, ao mesmo tempo que eu parecia sentir facadas no meu corpo.

— Eu... — procurei as palavras certas para lhe dizer o que sentia e o que estivesse pensando durante todo esse tempo. Mas no fundo eu só gostaria de saber se ele estava bem e inteiro. — Estou confusa. Não entendo o que aconteceu desde a noite da festa. Como você está?

Eu queria gritar com ele e poder dizer tudo o que ele me fez pensar que podia ter acontecido. Porém, eu não conseguia fazê-lo. Ter conseguido uma comunicação depois de tantas tentativas parecia até irreal e nada do que gostaria realmente de falar, eu conseguia.

— Estou como sempre. — disse simplesmente, como se não ligasse para minha preocupação.

— O que aconteceu? Por que você sumiu durante esse tempo, Niall? —  acabei por apenas perguntar irritada.

O silêncio predominou entre a conversa e minha ansiedade parecia aumentar. Eu podia jurar que vomitaria todo o jantar enquanto esperava uma resposta de Niall. Não conseguia controlar minha respiração direito e nem o suor em minhas mãos.

— Você não entenderia. — admitiu e quando percebi já sentia meus olhos marejados. As lágrimas tentavam escapar por saber que, talvez, ele não confiasse em mim ao ponto de contar o que realmente aconteceu. — Não volte a me ligar. É melhor assim.

— Vai realmente vai me deixar dessa forma? Me perguntando o que está acontecendo? — ignorei suas ordens e voltei a lhe questionar.

— Adeus, Mary. — disse por fim, antes de eu ouvir um último suspiro ser liberado por ele e a chamada ser desligada.

Tudo o que restou foi me consolar no silêncio e na solidão do meu quarto. Minhas costas encostaram-se à parede fria e pousei o celular no chão. Puxei os joelhos para o peito e apertei meus olhos com força para evitar que elas lágrimas escorressem. Tentativa falha.

Não conseguia parar de chorar por muito que meu cérebro ordenasse para que eu ficasse calma. Mas eu não conseguia fazê-lo e a conversa de alguns minutos atrás rodava na minha mente de forma perturbadora. Eu só queria que nada disso tivesse acontecido.

(...)

Fechei a porta de alumínio sem ânimo, como se fizesse aquilo por obrigação. Ao meu lado, Susan pegava seus livros e imitou meu ato assim que terminou. Harry e Louis se aproximaram enquanto caminhávamos para a sala de aula. Era estranho não ter Niall por perto todas as manhãs, mas eu ainda tinha meus amigos para me reconfortarem e fazerem companhia.

Harry se ofereceu para levar meus livros quando notou minha dificuldade em carregá-los. Agradeci ao rapaz tatuado com um simples sorriso, focando meu olhar em seu rosto. As marcas da luta ainda eram evidente. Seus machucados pareciam ter sido piores que os de Louis, visto que esses demoravam um pouco para cicatrizar. Harry imitou meu gesto esboçando um sorriso mais animado. Porém, esse sumiu dos seus lábios quando ele fixou os olhos em um ponto atrás de mim. Minha expressão se tornou confusa ao vê-lo daquele jeito e virei para trás para ver onde seu olhar estava preso.

Meu coração quase pulou da boca quando vi a imagem de Niall passando pela porta da frente e seguindo pelo corredor movimentado. Eu queria poder correr e me atirar em cima dele e dizer como me senti durante esses dias, mas tudo o que conseguia fazer era lhe olhar fixamente.

Ele tentava se desviar de algumas pessoas que estavam no seu caminho e parecia ter pressa em se deslocar. De repente, ele olhou para o lado e seu olhar parou em mim. Notei o desconforto tomar conta do seu corpo e me senti como da primeira vez em que nos vimos. Seus olhos se mantiveram presos em mim por alguns segundos, antes de ele virar a cabeça e voltar a olhar para frente, afastando todos aqueles que atrapalhavam a sua caminhada.

Harry percebeu o que eu faria e tentou me impedir, mas não deixei que ele me detivesse e segui atrás de Niall. O corredor lotado não cooperava para que eu andasse mais rápido e alcançasse o loiro. Pensei em gritar para que ele parasse, mas, ao invés disso,  comecei a afastar os alunos da minha frente e consegui me aproximar do rapaz.

Segurei seu cotovelo com força e fiz com que ele se virasse na minha direção. Ele suspirou cansado, como se já esperasse que eu fosse fazer isso, e se virou lentamente. Finalmente seus olhos se encontraram com os meus e eu quase estremeci quando vi a marca roxa em volta de um deles. Aquela não era a única região atingida pelos golpes. Sua boca estava levemente inchada e seu queixo tinha um corte embaixo. Na sua bochecha um inchaço como na primeira briga com Brad. Precisei me controlar para não levar minha mão ao local machucado e acaricia-lo. Soltei seu braço antes de falar.

— Até quando vai fugir de mim? — questionei em um tom firme.

Eu não obtive resposta e tudo o que se fez presente foi o seu silêncio. Por momentos, ele deixou de me encarar e seu olhar abaixou até o chão. Dei um passo à frente, me aproximando um pouco mais dele. Com cautela, guiei minha mão até a lateral do seu rosto, mas Niall se esquivou antes mesmo que eu pudesse tocar sua pele.

— Por que está agindo dessa forma? — indaguei sentindo minha garganta arranhar e as lágrimas prontas para escaparem dos meus olhos. — Você não é assim.

— Sou sim, você só nunca me viu assim. — ele negou com a cabeça.

Eu não sabia muito bem o que dizer. Não era muito boa em lidar com situações como aquela, principalmente na frente de todo mundo. Embora as pessoas nos ignorassem por completo eu me sentia um tanto desconfortável. Mas precisei ignora-las também para falar aquilo eu queria deixar claro para Niall.

— Sabe, eu tentei, tentei mesmo. Mas não posso continuar fingindo que está tudo bem. — admiti cansada de acumular no fundo da minha mente todas as mentiras de Niall e seu comportamento subitamente estranho. — Me diga o que está acontecendo, Niall. Você me deve uma explicação.

— A vida é curta demais para eu agradar cada um que acha que sabe como eu devo agir. — suas palavras pareciam ter sido tiradas de um livro, mas ele parecia tão a vontade com elas que devia praticá-las durante boa parte da sua vida. — Ninguém sabe o que se passa na minha mente. Ninguém ao menos imagina o que me causa dor, nem o que me faz perder o sono. Nem mesmo você, por isso não me diga o que eu devo ou não fazer.

— Você é um idiota. — lhe encarei incrédula. — Eu não deveria, mas ainda estou aqui, me submetendo a isso, só porque me importo com você.

— Então não se importe. — exasperou. — Eu nunca pedi por isso. Apenas fique longe de mim. — ele ordenou de forma rude, elevando o tom de voz gradativamente. Recuei quando ouvi sua voz fria mais uma vez atravessar meus ouvidos. Ele voltou a me encarar com o maxilar travado e o olhar duro sob mim. — Esqueça o que uma vez tivemos e não volte a me procurar.

— Está pedindo para que eu lhe deixe? Simplesmente deixar de lado meus sentimentos? — indaguei sentindo algumas lágrimas molharem minha face.

Eu não queria ser fraca e demonstrar minha vulnerabilidade por Niall, mas eu não conseguia controlar que o líquido salgado escapasse. Era mais forte que eu para me manter firme.

— É melhor para nós dois. — disse erguendo um pouco a cabeça e me olhando de cima.

Niall nunca havia me tratado assim, muito menos tinha mostrado esse seu lado. Não queria acreditar que era ele a falar comigo dessa forma. O rapaz que admirei e me surpreendeu tantas vezes não agiria desse jeito e nem se quer usaria palavras tão duras.

— E quanto a nós? Nosso amor?

— O amor não existe, não para mim.  — as palavras me atingiram como facadas e precisei fechar a boca pra reprimir um soluço.

Não tive tempo para falar mais nada ou protestar. Niall se afastou sem nem ao menos se importar se eu ficaria bem ou abalada com o que ele acabara de dizer. Apenas vi sua silhueta caminhar para longe de mim e me deixar parada no meio do corredor. Estranho... Um dia você significa tudo para uma pessoa, no outro parece que nunca significou nada.

Após alguns instantes, as lágrimas eram incontroláveis e por mais que eu tentasse não conseguia contê-las. Senti alguém tocar meu ombro e quase sobressaltei de susto se sua voz suave não tivesse invadido meu ouvido e me causado uma sensação melhor do que eu sentira a pouco tempo.

— Mary, você está bem? — Harry questionou.

Me virei na sua direção e sua expressão se tornou triste ao me ver daquele jeito. Sem demora, seus braços me puxaram para ele e agarrei seu tronco com força. O seu casaco confortável escondia meu rosto e eu sabia que Harry podia sentir meus soluços. Ele começou a afagar minhas costas, fazendo pequenas festas contra o tecido da jaqueta jeans e subindo até o meu cabelo, para afastar alguns fios do meu rosto encharcado.

Assim que me senti mais calma, me afastei com cuidado, sentindo-o me soltar aos poucos e seus olhos se encontraram com os meus. Eu queria poder lhe contar tudo, por que talvez ele não houvesse presenciado minha breve conversar com Niall. Mas não me sentia em condições para fazer isso.

— Quer ir para outro lugar? — perguntou cuidadoso.

— Eu só quero ficar um pouco sozinha. — confessei, mesmo que não achasse justo pedir a Harry que me deixasse depois de me ter reconfortado.

— Tudo bem. — ele afirmou com a cabeça, se afastando um pouco e estendendo a mão para que eu a segurasse. — Vem. Eu vou te levar lá para fora.

Assenti e segurei sua mão, deixando que ele me guiasse para longe dali. Talvez pensar pudesse me ajudar e tudo o que eu queria era colocar minha cabeça do lugar e aceitar que algo de muito errado estava acontecendo.

Niall's POV

Eu socava o saco de pancada com força. Meu punho afundava no material de forma brusca, à medida que eu aumentava a sequência de socos. Aquilo, de certa forma, era relaxante para mim. Socava com mais rapidez e fúria sempre que meus pensamentos se elevavam onde eu não queria que fossem. Pensar em Mary não ajudava a me concentrar e eu ficava cada vez mais nervoso.

Eu tinha ódio. Ódio de mim mesmo por ter me deixado chegar a esse ponto. Era simples, eu só deveria ter ficado longe da garota e seguido com a minha vida. Mas ao invés disso me envolvi de uma forma que nunca pensei que fosse capaz. Entreguei-me de corpo e alma e deixei que meus sentimentos por ela falassem mais alto que minha consciência. Porém, a vida é assim; não importa quantos planos traçamos, ou quantos passos seguimos, nunca sabemos como o dia irá acabar. Eu fui burro em achar que teria algum controle sobre ela pelo menos uma vez na vida.

De qualquer maneira, não imaginava que Mary teria tanto poder sobre mim. Que ficaria tão mexido apenas por tê-la comigo ou por sentir o sabor dos seus lábios quando nos beijávamos. Eu odiava admitir, mas estava apaixonado por Mary como nunca devia ter ficado. Ela me deu um sentimento pelo qual eu não podia lutar.

Depositei mais uma seção de socos no saco quando percebi em que pensava. Sentia o suor escorrer pelo meu tronco e os músculos dos meus braços mais rígidos à medida que eu me movimentava. Mesmo concentrado em meu oponente inventado, vi Liam surgir na porta que separava a garagem da cozinha, parando na divisão para analisar a cena.

— Vai acabar destruindo suas mãos. — disse com um sorriso divertido nos lábios. Ignorei seu comentário estúpido e continuei com os socos. Ele adentrou o cômodo e parou perto do saco, encostando a lateral do seu corpo na parede mais próxima. — É melhor parar ou não vai conseguir lutar da próxima vez que precisar.

— Me deixe em paz. — murmurei, puxando o ar pelo nariz e soltando pela boca a cada soco que eu deixava sobre o saco de areia.

— Qual é, cara. Onde está o seu senso se humor?

— Não entendeu o que eu disse? — segurei o saco junto ao corpo logo após ter dado um soco forte e encarei Liam com uma expressão séria. Se ele queria me tirar do sério, estava conseguindo. — Diz que eu sou o estúpido, mas age como um perfeito idiota.

—Qual é o seu problema? — indagou desencostando da parede e ficando próximo a mim.

— Meu problema? Por sua culpa eu tive que mandar Mary ficar longe de mim e fazê-la pensar que não me importo com mais nada em relação a ela. Ao invés de estar com a garota que eu gosto eu estou aqui, tentando descontar toda a raiva que estou sentindo por não poder fazer nada. — se eu pudesse já teria fuzilado Liam com o olhar. Meus pulsos estavam fechados com força e travei o maxilar como um jeito de tentar me controlar e não depositar um soco bem na cara do meu primo. — Se você não tivesse brigado com Brad nada disso estaria acontecendo e não precisaríamos nos afastar de todos que se importam conosco, por um deslize seu. Esse é o meu problema, Liam.

— Não venha me dar uma lição de moral. Você também brigou com ele.

— Para lhe defender! — exasperei. — Mas parece que eu devia ter ficado na minha.

Pela primeira vez eu descarregava tudo o que sentia desde o dia em que briguei com Brad e seus amigos para defender Liam. Abri mão do que realmente gostaria de fazer e fiquei trancafiado para que não fosse descoberto. Eu me mantive em sigilo porque era o melhor para nós dois.

— Acha que é fácil para mim também ficar longe de Sophia? — questionou.

— Deve ser, porque eu teria pensado nela, se fosse você, antes de fazer o que fez. — soltei uma risada debochada e logo em seguida voltei a encará-lo. — Eu não teria agido como um imbecil. Você é o primeiro a falar que ninguém é esperto o suficiente, mas não olha para si mesmo.

Foi tudo o que disse antes de olhar pela última vez para Liam e lhe dar um encontrão ao passar por ele e sair dali, deixando-o sozinho. Acima de tudo, eu sabia que ele se sentia culpado por ter nos exposto daquela forma e cometido uma das maiores besteiras que já foi capaz. Eu só não achava certo ter que envolver aqueles que amávamos nos nossos problemas. Por conta disso, eu não voltaria a falar com Mary ou com meus amigos tão cedo. Mas agradecia a Geoff por ter nos deixado voltar para a faculdade, mesmo que isso custasse ficar longe de qualquer pessoa.

Passei pela sala e vi que, assim como os outros cômodos, esse estava vazio. Provavelmente o pai de Liam já dormia. Subi para o meu quarto e abri a porta sem cuidado, deixando que ela se fechasse sozinha. Antes que eu percebesse meu pé esquerdo já ia de encontro com o criado-mudo, fazendo esse balançar com meu chute raivoso e alguns objetos que estavam sobre ele irem parar no chão. Deixei que meu corpo caísse sobre o colchão e me sentei na beirada da cama. Minhas mãos voaram aos meus cabelos e puxei os fios loiros de uma forma frustrada. Estes se tornaram uma tremenda revolta, misturando-se com as gotas de suor que se acumularam no couro cabeludo.

Apoiei meus cotovelos nos joelhos e minhas mãos esconderam meu rosto. Eu queria gritar e expelir toda a raiva que fluía nas minhas veias, deixando-me frustrado por ter que aceitar qualquer regra imposta por Geoff e não poder fazer nada do que eu realmente queria.

Ergui minha cabeça após alguns minutos e meu olhar se fixou no celular em cima da cômoda. Fazia algum tempo que eu não usava-o e talvez pudesse ter alguma coisa nele que me distraísse. Caminhei até o móvel de madeira e peguei o aparelho. Algumas mensagens de aplicativos e textos dos rapazes apareciam na tela, mas uma notificação em especial me chamou a atenção. A caixa postal avisava que oito mensagens de voz haviam sido deixadas há alguns dias e eu sabia exatamente de quem era. Respirei fundo, reunindo coragem para ouvi-las e assim que consegui deslizei meu dedo pela tela e esperei até que essas soassem pelo cômodo.

Nada. Não ouvi nada durante os dez segundos que se seguiram. Quando ouvi foram apenas pequenos soluços seguidos de uma respiração pesada do outro lado da linha.  Esperei até que algo fosse pronunciado.

— Eu não sei por que você não me atende e não faço ideia do que  esteja acontecendo. — um pequeno murmúrio nasalado e atropelado pelos soluços fez uma corrente elétrica percorrer todo meu corpo. — Queria que você estivesse aqui comigo.

Mesmo que aquilo me destruísse eu queria ouvir sua voz o máximo possível, como se fosse uma droga viciante.

— Mesmo assim, estou bem. Assim como os outros. Sophia ficou um pouco chocada depois do que aconteceu, mas está se recuperando. Acredito que se Liam estivesse ao lado dela tudo seria mais fácil.

Fechei os olhos ao processar suas palavras. Ela tinha razão, se Liam estivesse lá com certeza as coisas teriam sido mais fáceis. Mas ele foi o responsável por tudo isso.

— Espero lhe ver logo. — ela desejou quase que silenciosamente e se não fosse o silêncio do quarto talvez eu não tivesse entendido a sua frase.

Eu esperava que ela continuasse, mas a linha ficou muda e só então percebi que a mensagem havia chegado ao fim. Não percebi o quanto estava tenso apenas por ouvir sua voz na caixa postal. E seu abraço me faria tão bem naquele momento. Meus dedos apertavam com força a cômoda. Eu passara todo esse tempo ouvido a mensagem com a cabeça baixa e os olhos a encararem meus pés.

— Mas que porra! — gritei, sem me importar se acordaria quem quer que estivesse dormindo.

O celular que antes estava na minha mão, voou para o outro lado da cama, caindo em cima do tapete que amorteceu a queda. Usei meus braços para me apoiar na parede e minha cabeça caiu entre eles, enquanto eu soltava um longo suspiro. Estava cansado de tudo isso, pensei que poderia esquecer tudo o que estava passando quando me mudasse para Holmes Chapel, mas acabei por perceber que eu estava errado.


Notas Finais


Hi, amores :) Primeiramente, eu gostaria de agradecer por todas as visualizações e os novos favoritos. Vocês são demais! Segundo; eu andei pensando sobre os capítulos em que aparece o ponto de vista dos dois e eu queria deixar claro que faço isso para que vocês possam entender não só os sentimentos da Mary, mas como os do Niall também. Embora eu saiba que a escrita é quase a mesma nas narrativas, eu acho importante para história expressar o ponto de vista de ambos em relação aos outros personagens e, principalmente, aos sentimentos de cada um. Espero que vocês entendam e possam continuar acompanhando cada capítulo da fic.
Por hoje é só e nos vemos em breve.
M. xx


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