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História Esquecimento - Capítulo Especial


Escrita por: Koha

Notas do Autor


Depois de atingirmos mais de 600 favoritos, decidi que estava na hora de recompensar vocês pelo carinho e atenção que dedicaram a essa história. Foi realmente muito bom fazer um especial dessa estória, que é uma das minhas favoritas. Espero honestamente que gostem.

Como fiz pelo celular, já sabem né?

Capítulo 32 - Capítulo Especial


Esquecimento 

Escrito por Kohana

Capitulo Especial 

 

Fazia um dia ensolarado em Nova York, muito pouco típico para aquela época do ano. Estávamos no fim de outono, e o Sol parecia tão feliz quanto eu estava. 

Talvez porque fosse realmente um dia especial. 

A grama verde, bem tratada e repleta de pequenas flores jogadas por Mei, faziam a paisagem muito mais bonita. O cheiro de rosas era forte, e Seya insistia em querer puxar as poucas que Sara ainda tinha conseguido roubar de Mia. 

– Não, Seya, são minhas. 

Suas palavras eram vãs. Seya continuava a inclinar suas mãozinhas para cima, fazendo uma careta até que esta se refletisse no rosto de Sara, que olhou para o lado pedindo socorro. 

– Essas flores são da sua irmã, amor. Tome, pegue essas. – Sasuke deu uma pequena flor para ele, que sorriu sem qualquer dente e muita empolgação. 

Mei, no meu colo, se inclinou para fora e começou a engatinhar em direção a Sasuke, que a pegou em seu colo junto a Seya. Ele acariciou os cabelos dela e começou a conversar com eles, como geralmente fazia. 

Ainda parecia impossível que nós tínhamos gerado não só uma vida, como duas, numa mesma gestação. Com Mei e Seya, tínhamos então cinco filhos. A gravidez de gêmeos não fora esperada. A doutora Auymi disse que Seya estava escondido atrás de Mei. E quando, com sete meses, nós descobrimos, foi um choque. 

O melhor choque de nossas vidas. 

Eu ainda sinto vontade de rir quando me lembro da cara de Sasuke. Ele passou vários segundos mudando de cor e a doutora Auymi pensou que ele estivesse tendo um colapso. Eu, porem, esperei ansiosa para que ele se levantasse e me abraçasse com toda a força que sua felicidade permitia.  

Olhei ao longe, vendo Daisuke andar em minha direção. Ele sorriu para mim quando eu acenei com a mão e correu em direção a Sara, pegando-a de surpresa no colo. 

– Aí, Daiske, para! 

Embora gritando, ela ria bastante com as cócegas que Daisuke fazia nela. 
Eu ri, incentivando-o a continuar e conseguido uma careta de Sara para mim. 

– Será que ela vai ficar bem? – Sasuke perguntou, com um tom preocupado que eu conhecia bem. 

Segui seu olhar e encontrei Mia, sentada em frente a lápide de Shion. Um suspiro cortou meus lábios, ao mesmo tempo que sorria com os meus sentimentos guardados em meu peito. Já fazia um tempo que ela estava lá, porque conforme os anos, Mia parecia ter muito mais o que falar a sua outra mãe. Não havia mais canções, nem perguntas ingênuas... Só uma longa conversa sobre seus sentimentos e sua vida. 

Ela estava amadurecendo, então. 

Sorri para ele, segurando sua mão e iniciando um carinho com meus dedos nela. Não precisei dizer mais nada para ele suspirar, acenando com alívio para mim. 

Daisuke agora estava correndo atrás de Sara, tentando pegá-la fazendo pouco esforço para isso. Suas movimentações deixaram Seya e Mei agitados e, com gargalhadas pela cena, eles se inclinaram na grama para poder chegar até eles.

– Daisuke, cuide de seus irmãos! – gritei, recebendo um sorriso grande em resposta. 

Observei meus dois pequenos sentados, observando tudo enquanto batiam palmas e agitavam seus pequenos corpos em reposta as caretas de Daisuke e as gargalhadas frenéticas de Sara. Mei era muito parecida com Sasuke. Tinha os traços suaves, a mesma marca que Sasuke tinha na nuca e os cabelos negros; apenas tinha meus olhos verdes. Já Seya, tinha o meu cabelo que um dia fora loiro, meus olhos e todos costumavam dizer que tinha o mesmo formato do meu nariz. Até Sasuke admitiu isso.  

Era realmente impressionante a semelhança. Eu adorava observá-los. 

Senti meu corpo ser puxado para trás e abafei um grito no peito de Sasuke quando pousamos deitados na grama. Ele tinha um sorriso pretensioso nos lábios quando eu o olhei. 

– Bem, é nossa hora de descanso, hum? – ele disse, beijando o topo da minha cabeça. 

Suspirei, apoiando minha mão em seu peito e respirando seu perfume misturado ao cheiro de grama ao nosso redor. 

– Depois do congresso, eu precisava disso. – me inclinei, gemendo como se estivesse cansada. — Precisava de vocês. 

Ele fez uma careta, como se lembrar das duas semanas em que tive que ficar fora por causa do congresso de medicina fosse horrível demais para ser trazido à tona. Depois de tudo o que vivi, ficar dias sem a minha família pareceu ser o meu maior desafio até agora. E eu sabia que para Sasuke não tinha sido diferente; embora todos tenham colaborado com as crianças.  

– Nunca mais quero acordar sem você na cama, meu anjo. Se queria me torturar, certo, você conseguiu. 

Eu sorri, pousando minha mão em cima de seu coração, que batia lentamente. Podia sentir sua respiração também em minha testa, e estar rodeada por seu carinho era extremamente confortável. 

Eu olhei para cima quando Mia se aproximou, um pouco tímida, das crianças. Bastou Mei pedir colo, que ela abriu um enorme sorriso e se juntou a brincadeira. Daisuke, agora, estava mexendo em seu celular. Ele estava passando muito tempo com esse aparelho, de uns tempos para cá. Sasuke percebeu minha careta e a mudança repentina de ares e riu, começando a acariciar meus cabelos com a ponta de seus dedos.

– Eu aposto que ele tem uma namorada. 
Meu corpo congelou. Essa possibilidade não tinha passado pela minha cabeça. 

– Namorada? 

Sasuke reparou, descendo seus dedos pela lateral do meu antebraço, começando a fazer círculos. 

– Ah, querida, disso eu entendo – ele murmurou, bem próximo ao meu ouvido – Ele sorri balançando a cabeça quando olha pro celular. O desliga quando alguém se aproxima e, o mais importante, os olhos. Olha só como os olhos dele estão perdidos. Parece até que estou me vendo, há alguns anos atrás, quando você me mandava bilhetes. 

Até agora, isso não parecia ser nenhum detalhe que deveria me fazer pensar que ele estava falando com alguma garota. Mas olhando bem, quando seu sorriso morreu e ele tentou disfarcar colocando o celular no bolso e pegando Seya no colo, quando Sara se aproximou, fazia todo o sentido. 

– Mas ele só tem doze anos! – achei que esse era o melhor argumento que eu poderia ter. 

Sasuke riu, me fazendo virar o corpo de forma que eu estava parcialmente deitada sobre o seu. 

– Eu vivi para te ver sendo uma mãe babona. 

– Não estou sendo uma mãe babona! 

Ele ergueu uma sobrancelha, tentando conter seu riso, no entanto, no fim, ele riu, escondendo seu rosto em meu pescoço e me fanzendo, no fim, rir também. 

– Eu odeio você. – murmurei, com diversão e frustração. 

Ele riu ainda mais e eu dei um soco de brincadeira em seu ombro.

– Quero só ver quando Mia apresentar um namorado, se você vai rir dessa forma. 

Como imaginei, sua risada cessou para dar lugar a uma expressão de assombro. 

– E você tem mais duas chances para isso, querido. 

Ele abre a boca várias vezes e, no fim, suspira e sorri com o mesmo sentimento que o meu: impotência. Certamente, teríamos que lidar com isso um dia. 

Olhei para minhas crianças: uma ainda sequer tinha entrado na puberdade, outra já estava deixando de usar Maria Chiquinha, outra estava suja de terra e os outros dois mal falavam. 

– Bem... Isso vai demorar um pouco ainda. – eu ri, e ele me acompanhou enquanto observávamos nossos filhos. 

Eu volto a olhar para Sasuke e seu olhar também desvia para mim. Me aproximo de seu rosto e, percebendo a minha intenção, ele se inclina para poder me beijar. É rápido, apenas um tocar dos meus lábios com os dele, mas ainda tem aquele mesmo sentimento puro e único de sempre. 

– Eu já te agradeci hoje por me fazer a mulher mais feliz do mundo? 

Ele se inclinou para o lado, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. 

– Não faça isso agora; eu te contarei mais tarde, em casa, a melhor forma de me agradecer. 

Eu rio, mordendo levemente seu queixo. 

– Humm... Tenho vários modos de te agradecer. Posso usar as mãos, a boca... O corpo todo, se quiser. Essa noite, você comanda. 

– Ah, querida, eu vou comandar. – Sasuke fechou os olhos e mordeu os lábios, como se eu estivesse o torturando da forma mais deliciosa. Eu ri, acariciando seu cabelo negro para trás. 

Eu me inclinei para beijá-lo de novo, e dessa vez nosso beijo foi profundo e intenso. Nossos beijos nunca deixavam de ser fortes, cheios de sentimentos e milhares de formas de demonstrações do nosso amor. Eu queria apenas beijá-lo para sempre, sentindo em meu coração a vontade de fazer aquele momento infinito. 

Sentimentos vários corpos caindo entre nós, e nosso beijo se acaba com risadas minhas e de Sasuke. Mei e Seya  rolam por nossos corpos, enquanto Sara tenta se juntar a eles correndo para o colo de Sasuke. Mia se inclina para entrar entre nós e Daisuke, com uma câmera, grava tudo em pé. 

– Estamos aqui no aniversário da mamãe Shion, quando na terceira vez no dia, a família Uchiha interrompeu um beijo de Sasuke e Sakura Uchiha! — Mia inclinou sua mão em punho, como se esta fosse um microfone, em direção a Sasuke – Papai, nos conte qual é o sentimento de não poder beijar a mamãe em paz. 

Sasuke fez uma careta, me olhando brevemente em busca de socorro. Eu apertei minha mão contra boca, sentindo Seya puxar levemente meu cabelo enquanto resmunga algo sem nexo. 

– Bem, é um pouco frustrante devo admitir. – ele falou, exibindo um sorriso sacana – Quero dizer, é muito importante para mim beijar a sua mãe. E devo dizer que para ela muito mais. 

As crianças riam em uníssono. Daisuke gravava tudo como se fosse o câmera man. 

– Acho que, já que todos concordamos que beijos entre mim e sua mãe são importantes, vocês merecem um castigo por nos interromper. 

Ele já estava se levantando quando disse isso, e antes que Sara ou Mia pudessem correr, já estavam envolvidas nos braços de Sasuke, sendo bombardeadas por cócegas e gargalhadas. Mei, rindo à toa com a imagem, mal parava quieta em seu lugar. 
Daisuke, também rindo, se aproximou de mim. Eu ergui meu olhar para ele e observei seus traços. Não eram mais tão infantis, e ele parecia mais maduro do que já era. Parecia que meu menino estava crescendo... 

– O que foi, mãe? — ele perguntou, percebendo minha expressão. 

Eu balancei a cabeça, bagunçando seus cabelos e o fazendo corar levemente. 

– Nada. Eu amo você. Só isso. 

Ele abriu um sorriso tímido. Bem, certas coisas não mudavam. Seya ainda brincava com meu cabelo, e Sara se juntou a ele para penteá-los enquanto Sasuke, agora, corria com Mei no colo, fingindo que ela era um avião e levando-a loucura. Mia decidiu que sua outra mãe devia saber sobre isso e voltou a lápide, enquanto Daisuke voltou a se afastar com seu celular e o sorriso perdido.

– Seu cabelo é tão lindo, mamãe. – Saa murmura, fazendo uma trança toda torta com o meu cabelo. 

Eu rio, pegando sua pequena mão e dando um pequeno beijo nela. 

– Os seus também são, querida. 

Ela começa a falar sobre como deixaria seus cabelos róseos quando crescer, iguais aos meus. Eu balanço Seya em meu colo, que já está quase adormecido e observo a bagunça dos meus bebês em minha frente. 

Sasuke olhou para mim. Seu cabelo estava bagunçado e suas bochechas levemente coradas enquanto ele ofegava um pouco. Ele reparou que meus olhos focavam nele e sorriu, sibilando apenas com os lábios três palavras, que entendi perfeitamente e me fizeram sorrir ainda mais. 

– Eu também te amo. 

Era aniversário de Shion. Eu esperava honestamente que ela estivesse ali, vendo que, depois de tudo, eu estava feliz. Tinha o que eu sempre quis, então, com a pessoa que sempre amei. 

Eu me sentia incapaz de não acreditar que era a mulher mais feliz do mundo. 

 


Notas Finais


Queria ter feito eles um pouco maiores. Mas ainda não consigo vê-los assim. Já me cortou o coração insinuar que Daisuke tinha uma namorada Hahahah

Espero que vocês tenham gostado. Quem sabe um dia, não vem outro especial?


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