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História Estrangeira - A encenação.


Escrita por: Nidam e JheyA

Notas do Autor


Boa Leitura!!

Capítulo 18 - A encenação.


Jin 

Mais um dia normal, tirando o calor que estava hoje, que para os dias normais da Coreia estava realmente quente, até Soon disse que estava quente, ela disse que nada comparado ao verão no Brasil, mas que ainda assim estava quente. 

Na saída do colégio Jhey estava esperando a gente de novo, mas hoje ela estava tão diferente, estava de saia longa azul escura e blusa de alças finas branca, ela estava muito bonita, paro meus pensamentos quando sinto alguém bater no meu queixo e falar. 

- Fecha a boca e seca a baba. – Olho para a voz e vejo todo mundo rindo, com certeza foi a Soon, percebo que eu estava realmente de boca aberta, então a fecho e por garantia verifico se eu estava mesmo com a baba escorrendo, fazendo com que a Soon quase caia no chão de tanto rir. 

- O que aconteceu de tão engraçado? – Jhey pergunta se aproximando. 

- O bobão aqui, quase babou quando te viu. – Soon fala me fazendo ficar quase roxo de vergonha. 

- Soon você tem que aprender a respeitar seus Oppas. – Eu falo fazendo bico inconscientemente. 

- Ai meu Deus ele tá fazendo aegyo. – Jhey fala apertando minhas bochechas. 

Todo mundo ri. 

- Eu também posso fazer aegyo, na verdade eu sou o que mais tem aegyo aqui. – Hoseok fala sorridente. 

- Qual é, batalha de aegyo na porta da escola não, eu não mereço essa vergonha. – Soon passa por nos, Jhey dá risada da Soon que tá saindo, mas logo grita. 

- Para ai doida, eu tenho algumas coisas pra resolver com você hoje, pra ser mais exata, agora. – Jhey fala é incrível, como qualquer coisa que ela diga me parece interessante, não sei como ela faz isso. 

Soon para e se vira, volta pra perto de nós sem muita vontade. 

- Você colocou seu plano em pratica? Como você conseguiu tudo tão rápido. – Soon fala naturalmente, mas do que elas estão falando. 

- Que plano é esse? – Pergunta o Jimin tirando as palavras da minha boca. Eu troco o olhar de uma pra outra tentando ler suas reações. Jhey deu o sorriso mais cheio de cinismo que eu já vi. 

- E ai, eu falo? – Jhey falou olhando diretamente para Soon. 

- Não, vamos resolver isso logo, e depois a gente conversa. – Soon olha para todos nós que a olhávamos confusos. – A gente se separa aqui, se eu pegar algum de vocês nos seguindo, vocês saberão o que é confusão, fui. 

Ela fala, vira e sai andando em direção ao carro da Jhey, a ruiva que ainda estava próxima a mim nos olha seria. 

- Sei que vocês não me conhecem, mais confiem em mim, eu só quero o bem daquela maluca ali. – Ela fala indicando a Soon com a cabeça, ela destrava o carro com a chave sem nem olhar pra trás. – Eu vou pedir delicadamente e espero não ter que fazer de outra forma, não nos sigam. Até mais bonitinhos. – Ela termina sorrindo pra gente e mandando um beijo. 

Mas o que foi isso? O que essas malucas estão inventando? Aigoo agora eu estou até com coceira pra descobrir que raios elas inventaram, mas eu não sou maluco o bastante pra enfrenta-las e segui-las, eu sou doido mas nem tanto. 

O jeito é esperar pra descobrir. 

 

Soon 

Sai de lá andando com aquela ameaça pairando no ar, Jhey abre o carro sem nem olhar pra mim, mantenho a pose e dou uma ultima olhada pra eles, todos estão concentrado no que a Jhey esta falando, menos o Kook que me encara sério, entro no carro pra não ficar sustentando aquele olhar, aquele menino tem dupla personalidade só pode, uma é doce, inocente e brincalhona, a outra e mais ousada e ao mesmo tempo séria, eu não entendo esse menino. 

Enquanto divagava sobre isso Jhey entrou no carro sem falar nada ligou o carro e saímos de lá, algumas quadras depois ela começa a conversar comigo. 

- Você vai contar. - Ela diz afirmando, aquele tipo de pergunta retorica, era quase como se falasse com ela mesma, mas mesmo assim eu respondi. 

- Sim. Só estava fazendo cena, eu me mato de rir com esses meninos, eles agem como se eu fosse a Angelina Jolie em "O Procurado". - Falo rindo e Jhey me acompanha. 

- Enfim, mas você sabe que essa gangue é da pesada. A polícia está sempre tentando pega-los, mas nunca consegue, se existe um significado para crime organizado, é esse grupinho. - Jhey fala agora séria. - Chegamos. 

- Uma cafeteria? Você tá ficando doida, em público. - Eu falo encarando-a. 

- E você acha que eu vou me encontrar com informantes num beco escuro, melhor vamos leva-las pra sua casa, assim se elas resolverem pular fora elas já se redimem dando seu endereço pra quem quer te matar. Que tal? - Ela está certa. 

- Tá, tá, vamos logo. Você disse elas? - Pergunto intrigada. 

- Sim elas, são duas, assim ficaria mais fácil "sair na mão" se fosse preciso. - Ela fala e já me indica com a cabeça pra sair do carro, ela pega a bolsa. 

Entramos na cafeteria e sentamos em uma mesa no canto um pouco mais afastada, vejo através da porta de vidro duas garotas olhando o carro da Jhey e em seguida pra cafeteria, nossos olhares se cruzaram e eu levanto as sobrancelhas ainda encarando-as, a morena dá um sorriso de lado e entra na cafeteria seguida de outra menina de cabelos claros. Elas se aproximam da mesa e Jhey que agora estava seria faz um sinal com a cabeça para que elas se sentem, elas estavam de frente pra gente naquela mesa quadrada. Jhey pega um guardanapo e uma caneta e anota algo que eu não vi o que era já que ainda estava encarando as garotas a minha frente, nenhuma de nos abaixava o olhar, a de cabelos claros prestava atenção ao que Jhey fazia e a morena me encarava. Jhey empurra o papel pra elas, cruza os braços e encosta na cadeira em uma postura quase relaxada e começa a falar. 

 - Acho que esse é um preço bem justo. - Jhey fala em tom de voz normal, nem alto nem baixo, mas todos a nossa volta conversavam, nós éramos só mais um grupo de garotas conversando, apesar de chamarmos atenção por sermos estrangeiras. 

- O que contêm o pacote? - A morena pergunta seria. 

- Primeiro seus nomes, verdadeiros ou fictícios não me interessa, mas preciso trata-las por algum nome. - Jhey fala e logo um garçom nos traz os cardápios as impossibilitando de falar. - Podem pedir afinal isso é uma reunião de negócios. 

Ela sorri de lado, quem olhasse ia parecer normal, mas o brilho nos olhos dela era assassino e assustador, chamamos o garçom fizemos os pedidos e o garçom saiu. 

- Pode me chamar de Mae. - Diz a morena. - E essa é Yul. 

- Como vocês conseguem as informações? - Eu pergunto direta. 

- Vocês podem dizer seus nomes também. - Yul fala. 

- Pra que? - Eu falo com deboche. 

- Não é necessário, sabemos quem você é, a garota que atrapalhou os planos do "Chefe" - Mae fala fazendo aspas com as mãos para falar chefe. - A garota de cabelos rosa que escolheu a própria morte por ter se metido onde não devia você o atrapalhou duas vezes, correto? 

Agora quem me olhava com ironia era ela. 

- Vou perguntar de novo. - Eu falo apoiando os cotovelos na mesa me aproximando dela, abaixando meu tom de voz. - Como conseguem as informações? 

Ela também apoia os cotovelos na mesa se aproximando de mim, parecíamos amigas contado segredos uma para a outra, claro se não fossem os olharem assassinos. 

- Você não me assusta, eu lido com gente muito pior que você. – Ela fala e eu sorrio de lado e falo. 

- Você nunca lidou com nada pior que eu. - Ficamos nos encarando até que Jhey me puxa pra trás e Yul também puxa Mae. 

- Ameaças veladas, enfim estamos nos dando bem. - Jhey fala com a habitual ironia quase me fazendo sorrir, mas é a velha história eu tenho que manter a pose. O garçom se aproxima e entrega os nossos pedidos e se afasta. - Enfim, como conseguem. 

Jhey pergunta seria, mas com o semblante tranquilo. 

- Nossos irmãos são dessa gangue. - Yul fala tímida e visivelmente envergonhada. - Nossas famílias não tem muito dinheiro e nossos irmão são amigos como eu e Mae, então acabaram se envolvendo com o que não devia, para que não faltasse nada a nos duas. 

Mae segura a mão de Yul e faz sinal com a cabeça para que ela não falasse mais. 

- Então porque cargas d'agua vocês querem ferrar seus irmãos. - Pergunto nada sensível. 

- Não queremos ferra-los, mas também não queremos ninguém saindo machucado, e precisamos do dinheiro, se meu irmão for preso ele não precisara machucar ninguém. - Mae fala, Yul já estava com lagrimas nos olhos, eu já estava começando a ficar com dó, "Mantem a pose Soon.", era o que eu dizia pra mim mesma. 

- Então porque eles não se entregam a polícia. - Falo sem tanto ódio na voz, droga estou começando a amolecer. Jhey não se pronunciava e parecia nem prestar atenção na conversa, mesmo eu sabendo que isso não era verdade. 

- Porque se eles fizerem isso, eles vão se vingar de nós, meu irmão não suportaria isso, eu sou a única coisa que ele tem na vida. - Yul fala com tom de desespero. 

- A gangue conhece vocês? - Jhey perguntou tranquilamente enquanto bebia seu cappuccino como se estivesse realmente entre amigos. 

- Não, meu irmão fez de tudo para nos manter afastadas, e só nos falamos por cartas em uma caixa postal com um nome aleatório para que não corramos perigo. - Mae fala, com a voz também baixa, ela também sofria com a situação. 

- Entendo, eu não vou perguntar mais nada, mas eu preciso que vocês me deixem informada, de todos os planos, principalmente contra ela e os envolvidos com ela. - Jhey fala apontando pra mim. 

- Sim, entendemos, agora nos já vamos. - Mae fala terminando seu café. 

- Não precisam sair correndo, já que ninguém as conhece, não tem problema vocês ficarem com a gente. - Jhey fala a olhando nos olhos. 

- Prefiro não arriscar. Primeira informação: Eles ainda não sabem onde ela mora. Agora tchau. - Ela fala e se levanta puxando Yul. 

- Espera. - Jhey fala e Mae, Yul e eu a olhamos, ela mexe na bolsa e entrega um envelope a Mae. - Isso é pela sua lealdade. 

Jhey falou e levantou uma sobrancelha só, uma característica da Jhey. Mae nem olha o que tem dentro. 

-Me de seu celular. - Ela estica a mão para Jhey que o entrega sem nem perguntar pra que. - Eu estou salvando meu número nele, me mande uma mensagem do celular para qual você quer que eu mande os avisos. 

Ela devolve o celular da Jhey. 

- Marcaremos de nos encontrar de novo, para decidir algumas estratégias eu te mando uma mensagem com dia, hora e local, além dos números para onde você pode enviar as informações, podem ir. Boa Tarde. 

Jhey fala enquanto levanta e faz uma reverência recebendo a delas em resposta, eu nem me levanto. 

Elas foram embora, depois de alguns minutos Jhey pagou a conta, rasgou o papel com o preço que ela ofereceu a elas e jogo em uma lata de lixo qualquer, fomos pra minha casa em silêncio, quando estávamos chegando percebo uma comitiva no meu portão. 

- Eu queria descansar, porque eles estão aqui. - Eu falo, recebendo com resposta da Jhey uma sonora gargalhada e palavras de deboche. 

- Quem mandou fazer aquele suspense todo. - Ela fala ainda rindo de mim. 

Kook andava de um lado para o outro quando viu o carro da Jhey se aproximando, eu desço, ele logo olha pra mim e começa a me bombardear de perguntas, enquanto me olhava procurando por machucados. 

- Você tá bem? Mas o que foi aquilo? Aonde vocês foram? Você se machucou? Você.... 

- Kook. - Eu grito e ele para de falar. - Eu estou bem mãe, relaxa, vamos todos pro meu quarto que eu vou explicar pra vocês o que está acontecendo, eu só estava fazendo cena pra vocês. 

Olho pra todos que riam da minha palhaçada. 

- Agora vamos. - Falo entrando em casa com aquele bando me seguindo, fomos pro meu quarto, cada um se acomodou em um canto, Jhey estava deitada na minha cama mexendo no celular enquanto eu explicava o que tinha acontecido. 


Notas Finais


Foi isso, espero que estejam gostando, não esqueçam de dizer o que vocês estão achando ou qualquer erro também.
Flw.


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