História Eu faço o mau pelo bem! (Yaoi) - Não somos tão diferentes no fim... Ou somos?

- Sabe eu raramente vou contra as suas  decisões, gosto do seu modo de agir, você sempre foi prudente e racional... Pelo menos depois que entrou nesse cargo tão importante, sabe as vezes eu me gabo? Nada de mas, só quero que todos saibam o quão competente você é, e como eu tenho sorte por ter você ao meu lado, mais hoje você realmente está aqui me pedindo ou melhor, exigindo que eu tire um terrorista da prisão? - O moreno falou baixo, ainda fitando o teto com os braços acima da cabeça, estava deitado em uma coma com apenas um lençou cobrindo sua intimidade.

Madara já vestido com sua calça e em pé, procurando o resto de suas roupas pelo chão daquele quarto de hotel, parou sua caça e olhou para Hashirama que ainda estava na cama, um olhar de desprezo e rancor, porém quando o mesmo desviou seu olhar do teto para fita o Uchiha o mesmo, voltou a sua expressão neutra.

- Vai ser uma mudança um pouco drástica, mas não estou te pedindo para dar liberdade a ele, mas sim, para mudar a ordem de prisão para domiciliar, você pode fazer isso, pelo menos por alguns meses.

O Senju suspirou, já avia escutado aquela ladainha toda, várias e várias vezes, você pode fazer isso? Sim, ele pode, afinal mandava em cada presídio daquele país, como representante da justiça e do direito , era mais difícil esconder suas saídas do gabinete para encontrar o  atual líder da Anbu do que tirar um terrorista do presídio de segurança máxima "PSM2", porém oque seu querido companheiro e amante pedia era de mais mesmo que estivesse ao seu alcance, ele não poderia fazer isso, era como colocar uma corda no pescoço e se jogar ao mar, o mar no caso era a imprensa, oque seus eleitores iriam pensar se isso viesse a tona? Ele já via as manchetes. 

" Presidente, Re-eleito deixa  Web terrorista a solta" 

- Madara você sabe que eu faço qualquer coisa por você, mais eu não posso simplimete passar por cima da lei... 

Parou com seus argumentos após sentir o Uchiha sentado em seu colo, levantou o busto apoiando o corpo com as mãos. 

- Eu sei que está preocupado com a repercussão que vai gerar, mais eu só quero ele por uns meses, depois esse desgraçado pode voltar a apodrecer naquele inferno. - O moreno falava isso enquanto fazia carinho nos ombros de Hashirama. 

- Eu... Posso passar uma toalha pra você, mas só por um mês, okay? É o tempo que eu posso manter isso acobertado. 

Madara o beijou, como agradecimento, era sempre assim, tinha que atura Hashirama o tocando com aquelas mãos pegajosas, quanto tempo fazia des da última vez que precisou de algo que só ele poderia o dar? Há sim, quatro meses, sempre esperava que fosse a última vez, mesmo sabendo que nunca era. Já não lembrava mais de quando começau a ter esses pequenos e raros encontros com o mesmo, gostaria de esquecer até o dia em que conheceu esse homem desprezível e nojento que era Senju Hashirama. 

Infelizmente Hashirama não via aquele desprezo que recebeu des do primeiro momento, em sua cabeça Madara era louco por ele, mais quem poderia o julgar? Era um homem apaixonado, cego e principalmente, ingênuo de mas. Era como se existisse uma barreira em seu cérebro que o impedia de sofrer, essa barreira que tinha nome e sobrenome... Senju Tobirama. 

Quando o Uchiha sentiu que o Senju iria pedir uma segundo rodada separou o beijo e desviando-se dos braços ágeis de Hashirama. 

- Eu tenho que ir... Uma coisa pra resolver. - Finalmente avistou seus sapatos, nem iria tomar um banho já estava cheio de olhar para o Senju. 

- Quando vamos nos ver de novo? - Perguntou esperançoso. 

- Já falei que é muito difícil encontrar um tempo... Nossos horários não batem, e ainda tem o risco de alguém flagrar nós dois. 

- O que você quer dizer é que vai demorar bastante. - O moreno já se encontrava cabisbaixo. 

- É melhor assim... 

O Uchiha pronunciou e pegou seus sapatos, queria sair dali o mais rápido possível. 

- Soube que Obito conseguiu entrar na Anbu... - Disse assim que Madara estava atravessando a porta o fazendo parar. - Como ele está? 

Madara virou para fitar o Senju, não sabia se aquilo era uma alfinetada ou se realmente Hashirama não estava a par dos acontecimentos atuais envolvendo os dois agentes de campo, conhecendo Hashirama com certeza ele não sabia, o mesmo não era de provocações, diferente de seu irmão. Era menos um problema para Madara, ter Hashirama o cobrando novidades sobre o caso era oque ele menos queria no momento. 

- Está se saindo muito bem... Não é pra menos, afinal ele é meu filho. 

O Senju sorriu de lado, amava ver aquele jeito orgulhoso de Madara. Como ele se referia as pessoas que ama, oque Hashirama não sabia ou sua barreira o impedia de ver, era que no coração de Madara não tinha espaço para ninguém além do seu irmão e seu filho o resto que não se resumia a isso era apenas passagem ou uma história desnecessário que ele não fazia questão de ler ou se importar emocionalmente. 

- De lembranças a ele por mim... 

Madara sabia que o mesmo não estava fazendo de propósito, não era culpa de Hashirama o fato de Obito está desaparecido, não era culpa dele se Madara era um pai ausente e principalmente não era culpado do mesmo que a consciência de Madara estava o corroendo por dentro, mesmo sabendo que aquele homem apaixonado não tinha culpa nem uma foi impossível não disse oque veio a seguir. 

- Mande lembranças a Mito por mim... - E saiu sem olhar para trás. 

Deixando um Hashirama melancólico e culpado. 

Quem disse que Madara se importava? A pessoa que ele mais odiava na face da terra era Hashirama. Tudo bem poderia está exagerando, o Senju só estava apaixonado. Pode se culpar um homem por isso? Não... Mais Madara o culpava, maldito seja Senju Hashirama sua paixão e essa barreira mental desgraçada que o impedia de sofrer. 

Agora já fora daquele hotel maldito, ele entrou dentro do seu carro que estava estacionado em uma vaga perto dali, sabia que Hashirama iria o cobrar mais tarde os motivos de ter saído com tanta preça mas foda-se, ele realmente não estava com paciência parar atuar no momento nunca foi um bom ator, lembrava que no teatro da escola sempre deixava a desejar, não pensou que depois de adulto iria ter que voltar a lembrar das dicas de seu professor nada agradável e impaciente sobre como convencer o público de suas palavras e expressões, seu público no caso era um homem de meia idade que não conseguia ouvir um não, e não poderia sofrer uma decepção amorosa.

Bufou, já estava farto disso tudo e quando dizia tudo, não queria dizer " sua vida" e sim daqueles Senju's que só viviam para o atormentar. 

Ao chegar na sede da Anbu, Madara entrou no prédio pela garagem, não gostava muito de estacionar um uma vaga qualquer na rua, sempre tinha a impressão de que estava sendo comido com os olhos quando passava pelas recepcionistas do primeiro andar. 

É claro que ele não as culpava, afinal era um homem de muitos atrativos, nem aparentava ter a idade que possuía. Deve ter sido isso que chamou a atenção de Hashirama. 

- Chega... - Bateu na própria testa com a palma da mão, tinha que pensar em outras coisas, muito mais importante que sua dignidade no momento. 

Apertou no 12° andar e esperou chegar ao seu destino, escutando aquela música ambiente chata mas suportável. Iria pegar seu IPhone do bolso quando observou a porta sendo aberta no 4° andar, sentiu um leve amargor na boca ao visualizar o ser que entrava por aquela porta. 

- Meu dia acabou de ficar bem melhor. 

Soltou ríspido e sem cerimônia após Senju Tobirama parar de frente para si. 

O grisalho sorriu de lado, de forma sarcástica, cruzou os braços olhando Madara de cima a baixo, esse já teve dias melhores. 

- O encontro foi bom? - Disse como se fosse superior a ele, o olhando com nítido desprezo. 

- Horrível como sempre. - Na frente dele Madara não precisava fingir.

Tobirama já não ligava mais para aquelas alfinetadas a muito tempo se acostumou com o jeito frio do Uchiha. Apenas se pós ao lado de Madara esperando chegar ao andar designado.

- Posso saber o que está fazendo aqui?

- Eu tenho que ter um motivo para querer visitar o Órgão que eu mesmo fundei?

- Normalmente você só vem quando quer algo. - Madara odiava aquelas visitas inesperadas.

- É incrível como meu irmão até hoje não disse essas palavras pra você, Madara.

- Que bom pra você não é mesmo? - O olhou de relance.

- Pra mim? - Colocou a mão no peito.

- Quem começou com tudo isso foi você. - Apesar de suas palavras durar Madara conseguia mater sua elegância. - O mais interessado nesse maldito acordo...

- Não fale como se você não tirasse proveito disso. - Tobirama aproximou-se do Uchiha ficando a um passo de distância do mesmo. - Afinal é tão ruim assim, transar com meu irmão? Ou prefere o mais novo?

- Não me faça rir. - Sorriu sarcástico e com um olhar penetrante sobre o Senju.Como ele é atrevido. - O quão vaidoso você é Senju?

Antes que Tobirama tivesse a chance de responder, a porta do elevador se abriu, Madara empurrou o Senju para longe e saio o deixando para trás porem o grisalho o seguiu.

- Queria conversar com você sobre um certo assunto, Uchiha.

- Na minha sala. - Falou em meio a um suspiro já imaginando o conteúdo da conversa.

Após passarem pela secretaria de Madara sem mesmo responder ao bom dia da moça, os dois entraram no espaçoso escritório de Madara onde avistaram Izuna que já o esperava lá a bastante tempo, quando viu o grisalho ao lado de seu irmão, levantou da poltrona que se encontrava e com um olhar de ódio sobre o Senju disse.

- Meu dia acabou de ficar bem melhor.

Tobirama sorriu de lado, e cruzou os braços o olhando como um predador encara sua presa prestes a atacar. Iria ser um longo dia.

O clima ficou extremamente pesado naquele escritório mais que espaçoso, sempre que Tobirama estava ali, Izuna sentia como se fosse um cubículo apertado, não conseguia respirar direito e sua adrenalina ia as alturas.

Todos naquela agencia já avia percebido o quanto os irmãos Uchiha's e o primogênito Senju não se davam bem, era nítido a tenção que emanava sempre que os três estavam juntos mais porque? Isso ninguém sabia, poderia ser apenas por não ir com a cara um do outro, mas não era isso o passado entre Madara, Izuna, Tobirama e Hashirama era bem mais obscuro. Trancado a sete chaves em um baú no fundo do mar, mais fundo que o próprio Titanic.

Após uma breve discussão entre Izuna e Tobirama, o Senju foi ao assunto que interessava mais a si próprio. Claro a atual situação da Anbu, sobre mas dois agentes que provavelmente estão mortos ou sendo torturados, ele não estava preocupado com os dois quem nem sabia o nome e sim, irritado com mais um fracasso de Madara.

- Como assim fracasso? - Perguntou o Uchiha mas novo, visivelmente irritado.

- Pelo que fui informado, você tem mas dois óbitos...

- Desaparecidos... - Izuna tratou de o corrigir.

- Mortos, desaparecidos... Isso realmente importa?

- A vida de duas pessoas é muito importante para nós... Se não para você, porque está aqui?

- Quando coloquei seu irmão, foi com a promessa que teria 100% de satisfação.

- Sinto muito se eu sou humano, Senju. - A voz rouca de Madara fez a discussão entre Izuna e Tobirama acabar e o foco dos dois ir para o mais velho. 

- Eu não esperava humanidade vinda de você, Madara... Esperei eficiência. - Disse frio. 

- Ainda não entendi o que quer dizer, pare de enrolar. - O moreno mais novo falou. 

- O que eu quero dizer é o seguinte... - Limpou a garganta e continuou. - Eu sei que existem algumas almas ignorantes que acreditam que eu sou algum tipo de herói de terceira classe, Madara, mas eu acho que você, de todas as pessoas, saberia melhor. Mas como você parece um pouco confuso, vou deixar isso perfeitamente claro... Eu estou nessa brincadeira de "salvar o mundo" desde quando caras como o Rock Lee e Neji estavam usando fraldas... Eu trabalhei duro para ganhar o respeito e a confiança de cada criatura viva de vários gabinetes pelo mundo – e eu levo meu trabalho muito a sério... então, coloque isso na sua cabeça, idiota... Eu sou o Senju Tobirama, criador da Anbu ... e eu sou o MELHOR no que faço... Mesmo que para isso tenha que ser um vilão. 

Madara escutou tudo o que o grisalho falava atentamente, mesmo que a metade pareça papo de gótico sad, ele conseguiu entender o que o Senju queria dizer com aquilo tudo. 

- Se a ideia de viver em um mundo onde tentar respeitar os direitos básicos daqueles que estão ao seu redor e valorizar cada um simplesmente porque existimos é tão assustadora, uma tarefa impossível, então que tipo de mundo nos é deixado? E em que tipo de mundo você quer viver? - O Uchiha perguntou. 

- Em um mundo junto... E pra isso eu não me importo em suja as minhas mãos, se no fim do dia uma mãe não ter medo de sair para comprar um remédio para o filho, e um pai de família não ser assaltado e morto enquanto volta para casa. 

Izuna sentiu um arrepio percorrer todo o seu corpo, olhando fixamente para o Senju, viu ele virar o rosto lentamente e o encarar. 

- Você já estudou o olho humano? Existem 6 movimentos que revelam motivo, depois mais 15 variações para cada um. Em qualquer pessoa, você os encara, mesmo os criminosos mais duros, e as pupilas contraem ou expandem, dependendo da emoção. Alegria, riso, afeição. As pupilas abrem. Medo, raiva, ódio, as pupilas fecham.

- O que quer dizer com isso? - Madara perguntou ao seu irmão, não entendendo porque falou isso para Tobirama.

- Que só existe uma diferença entre nós e as pessoas que queremos ver atrás de uma cela... Não nos entregamos aos nossos instintos primitivos... - O Uchiha mais novo levantou, não queria estar ali vendo seu irmão se entregar ainda mais nas mãos daquele Senju, desgraçado. - E pelo que parece não somos muito diferentes deles.

Após falar isso ele olhou para Madara, um olhar de reprovação e decepção. Logo depois saiu deixando os dois sozinhos, um silêncio permaneceu por minutos que pareceram segundos para Tobirama, já para Madara era uma eternidade.

- Izuna é uma boa pessoa. - Tobirama falou, dessa vez não avia sarcasmo em suas palavras. - Não consigo ver ele matando algum...

Madara apenas concordou com a cabeça, seu irmão era o único que conseguiu fazer Madara permanecer na linha de ética, o mais novo sempre foi sua consciência. O problema é que Madara já não aguentava ver seus esforços serem em vão. 

- O que passa por sua cabeça?

O grisalho sorriu de lado, mais não estava nem um pouco animado.

- Soube que você que tirar o Yamanaka da prisão! Achei a ideia interessante, vai ser bem útil daqui por diante. 

O Uchiha levatou uma sobrancelha sem entender o que Tobirama estava tentando dizer.

- Mais acho que certos limites dessa vez, não precisam ser respeitados. Tanto eu quanto você já estamos de saco cheio desses lixos que se chamam de " Akatsuki"... Então acho que está na hora de cortar o mal pela raiz.

Madara olhou para o porta retrato na sua mesa com uma foto de seu irmão com Obito ainda com 10 anos, abaixou o porta retrato para não vê a foto.

- De acordo...