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História Eu, Kindred - Um passo descuidado. E então... os dentes.


Escrita por: MaurraseC

Notas do Autor


Kindred é um campeão que gosto muito, sua criação e filosofia de existência é algo que me trouxe admiração desde o dia que o conheci.
Essa é uma homenagem para esse campeão.
Espero que gostem.

"-Diga-me de novo, Ovelhinha, que coisas posso tomar?
-Tudo o que existir, caro Lobo.

Capítulo 2 - Um passo descuidado. E então... os dentes.


Fanfic / Fanfiction Eu, Kindred - Um passo descuidado. E então... os dentes.

- Olá minha criança, vejo que hoje não é seu dia.

- Que pena, queria muito te conhecer – o lobo abria um sorriso sádico.

- Sim, lobo, tenho certeza que um dia iremos nos encontrar.

- E então iremos nos divertir?

- Como nosso convidado... desejar.

- Fale-me, ovelha, quem é nossa caça?

- Iremos caça-lo, logo. Mas antes deixe-me entreter nosso convidado.

- Mais palavras?

- Paciência, caro lobo. Tudo em seu tempo. Vamos?

- Sim.

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“Estamos numa capital bastante movimentada. As pessoas perderam o significado de viver e só pensam em trabalho e lucro”.

- Olhe quantas presas, ovelhinha.

- Sim, caro lobo. Mas ainda não é chegado o momento.

- Por quanto tempo tenho de esperar?

- Não muito. Lembre-se, toda vida é temporária.

- Quero devora-los!

- Claro que sim. Me diga, lobo, qual a sensação da fome?

- É eterna – respondeu numa rouquidão.

“Os carros buzinam em furor ignorando os sons da natureza. A luz vindo deles é cegante, um verdadeiro incômodo. As pessoas continuam a correr em seus cotidianos. Nem nos sentem andar ao lado delas. Estamos tão próximo, mas não percebem”.

- Ovelha, tenho fome – a voz era impaciente.

- Então não demoraremos mais.

“No meio de tantas pessoas, há uma em especial. Ela carrega nossa marca, por isso devemos pegá-la de volta. Uma vez que tenha nossa marca, jamais pode fugir do seu destino”.

- O que é isso?

- Qual o problema, ovelhinha?

- Nossa marca está sendo roubada.

- Quem ousa?

- Eu não sei. Temos que correr, lobo.

- Rápido, ovelhinha rápido.

“Numa ruela escura, onde um simples poste mal iluminava o local. Havia um homem cercado por um trio de assaltantes. O problema da vida é que não se sabe o que irá lhe acontecer a cada passo que der.

O homem estava sendo intimidado a entregar um pequeno envelope de papel que segurava com todas as forças. Provavelmente era o valor do seu trabalho mensal. O único objetivo pelo qual os humanos se esforçam tanto.

O trio empurrava o homem contra a parede com violência. Eu pude ver no dorso de sua mão, minha marca brilhante”.

- Ali estar – disse o lobo. – Vamos pegar nossa marca!

“Antes que pudéssemos nos aproximar. O homem foi apunhalado no peito por uma faca. Seu sangue escorreu pelo peito manchando sua pele. Abaixo dele, uma pequena poça vermelha ia se formando.

Nossa marca que normalmente desaparece quando a buscamos, ficou quebrada e então sumiu sem destino.

O trio riu quando pegou o envelope. Estavam satisfeitos em mata-lo por dinheiro”.

- Não! Isso era meu! – gritou o lobo. – Você roubou minha presa.

- Isso deveria ser nosso – eu disse com minha voz ameaçadoramente serena.

“O trio nos encarou assustado. Não era de se entranhar, já estamos acostumados com os olhares de medo.

Amedrontados, correram ruela a baixo. Mas eu pude sentir que em suas mãos minha marca brilhava nitidamente”.

- Ovelha?

- Aqueles que correm são os que mais nos dão poder.

- Posso? – sua língua lambia os lábios.

- Vá, Lobo!

- Eu os devorarei! - Partimos para nossa nova caçada.

“Mesmo que não nos visse mais em suas costas, o trio continuou correndo desesperadamente. Viraram ruelas agilmente mostrando o conhecimento que tinham sobre a área.

Um deles gritou assustado quando nos viu perseguindo-os sobre os telhados e sacadas acima deles”.

- O quão rápido você pode correr? – perguntou o Lobo se divertindo.

“Eles correram com mais intensidade. Mas o terceiro já estava mostrando seu limite. Ofegava fortemente, as pernas tremiam e sua visão ficava turva”.

- Pés se cansam com facilidade – disse o Lobo.

“Quando virou-se para nos observar, deparou-se com os dentes afiados do lobo rasgando sua mandíbula firmemente. Ele arquejou e caiu na poça vermelha do próprio sangue”.

- Jonas! – gritou um dos seus amigos presenciando o momento.

- Vamos para as ruas principais – disse o outro. – Eles não podem nos perseguir em público.

“Assim eles saíram da ruela para uma rua movimentada. Se sentiram seguros por estarem em multidão. Pobres crianças, não entendem que é impossível fugir de mim”.

- Nossa marca paira sobre vocês agora – eu disse.

“Eles nos procuravam assustados. Mas no meio da multidão nós estávamos invisíveis. O que pensaram ser uma solução, se tornou uma ameaça maior.

- Sua hora chegou... – continuei.

- Prontos ou não – completou o Lobo sorridente.

“Percebendo que na multidão estavam mais expostos do que antes. Decidiram voltar para as ruelas e quem sabe nos despistar... Inutilmente começaram a correr de nós”.

- Espero que tenham pernas fortes – o Lobo ameaçava.

“Voltamos a caça-los avidamente. Fazíamos questão de ficar no campo de visão deles todo vez que viraram seus olharem para trás. Não nego que estava me divertindo. Mas que também começava a ficar chato”.

- Chega a hora...

- de acabar com isso – ele completou impaciente.

“Dito isso, desaparecemos da visão deles. A dupla aliviou-se quando não nos viram perseguindo-os. Finalmente estavam livres, devem ter pensado”.

- Agora! – gritei.

“Da escuridão o Lobo surgiu de uma ruela ao lado pegando um deles desprevenido pelas costelas. Os dentes cravados violentamente destruindo todo o lado esquerdo do garoto. Ele arquejou penosamente e então a inercia. A marca de sua mão desaparecia.

O último tropeçou nos próprios pés caindo pateticamente na nossa frente. Sua expressão assustada junto das lágrimas mostrava o quão fraco ele era. Abaixo de sua camisa, entra a calça e a cintura estava o pequeno envelope que havia roubado.

O que lembrava que ele havia roubado nossa presa... nossa marca”.

- Que insensatez é essa de roubar nossa marca? – perguntei.

- Marca? Que marca? Não roubei marca nenhuma – ele revelou o envelope de papel. – Se é isso que querem podem pegar!

- Não queremos seu papel, queremos o que é nosso – eu disse.

- Ovelha, me deixe brincar mais – o lobo dançava pelo meu corpo.

- Não, por favor – implorou. – Não me matem, por favor!

“O Lobo gargalhou”.

- Toda a sua vida – eu dizia -, conduziu a esse momento.

“Ele arregalou os olhos em desespero”.

- Chega de palavras! – vociferou o lobo.

“Sem que a presa pudesse reagir ou dizer algo, seus dentes cravaram em sua jugular fazendo-o se contorcer pela dor. Instantes depois arquejava perdendo o brilho da vida. Ele ainda podia ouvir os dentes do lobo em sua carne”.

- Você rouba de nós..

- Nós roubamos de você – O Lobo afundou mais seus dentes encerrando a vida do garoto.

“A noite mostrava uma lua cheia brilhante. Pena que os homens em sua pressa, não consigam admira-la”.

- Bela caça, caro lobo.

- Não foi páreo para nós.

- Poucos são, caro lobo.

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- Pegamos nossa marca... – O Lobo estava contente.

- ... somente para coloca-la em outro lugar – eu, a ovelha, respondi serenamente pronta para a próxima caçada.


Notas Finais


Aqui encerro esse conto.
Rezo para que no nosso próximo encontro, tu não tenhas a marca de Kindred.
"- O próximo vai ser fácil
- E se não for?
- Mais divertido ainda".


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