1. Spirit Fanfics >
  2. Eventually; toji fushiguro >
  3. Sexto;

História Eventually; toji fushiguro - Sexto;


Escrita por: binnyan

Notas do Autor


OLÁ!! gostaria de pedir perdão à querida leitora q eu enganei falando q soltaria um capítulo anteontem, não me odeie: eu realmente tentei, mas foi difícil.
aviso q esse aqui tá tenso, ou vcs acham q podem pegar pai e filho ao mesmo tempo sem se fuderem um pouco???
andei ocupada esses dias, eu juro, mas meu script continua aqui, estou seguindo ele, tentando desenvolver esse troço!! não é uma sad fic, mas a vida é feita de perrengues, então vamos aproveitar todos.

peço perdão por qualquer erro, voltarei pra corrigir assim q encontrar algum. obrigada por lerem e comentarem, eu adoro todas

- enjoy :)

Capítulo 7 - Sexto;


Megumi não gostava de dias ensolarados, simplesmente não era a praia dele. Essa história de verão só fazia ele perceber que era magrelo, branquelo e todos os outros elos demais para sair nessa época, mas lá estava ele, abaixo do sol do centro, te esperando.

Porque não saía há bastante tempo, especialmente com uma menina, e só o fato dessa menina ser você fez com que ele se levantasse alegremente da cama naquela manhã, flexionando os braços em frente ao espelho e se perguntando se você curtia o tipo dele. Deveria ter escutado Toji e começado a  frequentar alguma academia, pensou. Odiava a rosácea que tinha no nariz e os cílios extremamente longos que deixavam seu olhar feminino; riu quando percebeu que não se analisava tão drasticamente assim desde seus 14 anos. Às vezes, nada nunca mudava.

Ele gostava, no entanto, da maneira como o vento era sempre mais forte e as tardes aparentavam ser mais coloridas: seria um momento perfeito para sair com a menina que ele gostava.

E Megumi apenas ficou mais ainda certo disso quando a viu chegando, os olhos perdidos buscando por ele em um vestido florido de verão. Talvez aquela estação não fosse tão ruim assim, afinal. Foi atrás de você e segurou seu pulso delicadamente, para avisar que estava ali, esperando.

- Que susto! - você disse, colocando a mão no peito. Ele não conseguia parar de olhar para a sua boca que brilhava por causa do batom que estava usando; nunca havia te visto maquiada. - Não faz isso, meu deus, Megumi.

- Desculpa, - ele riu, ainda com os olhos nos seus lábios. - Você tava indo embora.

- Relaxa, eu tava brincando, mas você ainda não disse que filme a gente vai ver. 

Fushiguro segurou o riso e manteve a cara séria:

- Ah, na verdade os bilhetes esgotaram - sorriu sem graça. - Tá lotado agora.

Mentira. Ele só tinha se arrependido de ter te chamado para o cinema, já que vocês mal poderiam conversar, e ele estava morrendo para te beijar naquela tarde, quase tão desesperado quanto um garoto atrás do primeiro beijo. 

Sua franja balançava com o vento e por algum motivo Megumi nunca imaginou que poderia se apaixonar por uma mecha de cabelo em movimento, mas lá estava ele, mais uma vez, encantado com o feixe dourado do sol de verão que iluminava seus ombros desnudos. Ele estava acabado, completamente perdido e envolto no cheiro suave de jasmim do seu perfume. Ficou feliz por ter mentido, nenhuma sala escura e fechada de cinema poderia proporcionar aquela visão para ele.

- Poxa vida. - Você suspirou, queria assistir o filme que ele escolheu. - E agora?

- A gente pode dar uma volta pelo parque, tem muita coisa bacana pra fazer por aqui. - Ele sabia exatamente para onde te levaria. 

Seus olhos brilharam, porque você amava o verão e a maneira como tudo aparentava ser mais colorido, especialmente as tardes. Aquela, em especial, estava linda e você quis agradecer Megumi por tê-la tirado de casa e da rotina noturna que tinha com Toji.

- Ah, isso seria perfeito, Gumi! 

Megumi sorriu, pôs o braço em suas costas e a conduziu para fora do cinema. Ele ainda sabia como tratar uma garota, afinal.

- Eu imaginei que fosse gostar.

(...)

O dia estava quente, mais quente que o normal, e você se perguntava se Megumi podia perceber seu rosto suado com todo o sol que queimava sua pele. Por outro lado, o Fushiguro se perguntava como você podia brilhar naturalmente, como algum tipo de ser mágico; estava apaixonado, de fato.

Não porque você certo dia sorriu gentilmente para ele, com suas unhas coloridas e cabelo bem arrumado, mas pela maneira que fazia com que ele se sentisse calmo, mesmo no meio de tanto estresse e autosabotagem. Ele sentia isso em todas as tardes que tiravam para estudar juntos, em silêncio; poder compartilhar aquilo em paz com alguém era um sentimento precioso demais para ele. 

Naquele momento, enquanto tentava lamber a ponta do próprio nariz sujo de sorvete, Megumi pôde rir como não conseguia há meses. Estava com o celular nas mãos, tentando registrar a memória.

- VOCÊ TÁ ME SABOTANDO, MEGUMI! 

- A culpa não é minha se a sua língua é pequena demais pra encostar aí! - ele disse, rindo. - Limpa logo isso, vai acabar se sujando ainda mais.

- Não quero se não for com a língua. - cruzou os braços, ainda enquanto tentava.

E, antes que seu cérebro pudesse processar o que estava acontecendo, apenas sentiu o indicador do Fushiguro levantando suavemente seu queixo, o nariz afilado e rosado extremamente próximo do seu, próximo ao ponto de você conseguir ver com clareza todos os traços delicados do olhar escuro, com pequenos desenhos ondulados ao redor da íris castanha. Estava sem ar, surpresa, quando sentiu algo molhado na ponta do seu nariz.

Só percebeu do que se tratava quando Megumi se afastou, voltando a se encostar no banco da praça em que estavam sentados.

- Pronto. Limpa. - ele falou simplista e você se perguntou se ele sempre foi sagaz assim.

- Que porra foi essa, Fushiguro?

- Você queria se limpar com uma língua, nunca especificou qual. - piscou para você, apenas para cair na gargalhada. - Desculpa, a cara que você fez foi muito engraçada.

- Você é nojento. - revirou os olhos, mas no fundo havia gostado.

Megumi levou os olhos aos seus, sério como só ele sabia ficar, subitamente sério, como você sempre se assustava com as mudanças repentinas de expressão.

- Olha, eu -

E o mundo inteiro pareceu ficar em câmera lenta enquanto ele falava, quando você finalmente se deu conta do que estava fazendo, de onde havia se enfiado. O garoto gostava de você, era óbvio, quem não gostaria? Você, sempre tão atirada e desesperada por intimidade, por atenção. Andava tão triste nos últimos meses que sequer se deu conta do egoísmo que tomava conta de cada decisão tomada, como a de sair com Megumi mesmo após ter dormido com o seu pai em várias outras noites anteriores. Era horrível, e o pior era só se dar conta daquilo tudo no momento em que desejava, mais do que tudo, poder ao menos andar de mãos dadas pela rua com o Fushiguro mais novo. 

Seu peito subia e descia rapidamente, imersa em ansiedade enquanto a voz de Megumi soava abafada por trás dos pensamentos que te atropelavam. O que faria? Adorava os dois, por mais egoísta que pudesse ser. Não conseguia, não queria largar Toji e seu humor ácido de velho amargurado, mas dizer adeus para os sonhos coloridos e olhos delicados de Megumi passava longe de ser algo que você gostaria de fazer.

Não era justo, não para ele.

- Megumi, eu acho que - 

- Eu acho que você é a coisa mais linda que eu já vi. - cortou sua fala com um sorriso terno que você nunca havia visto em seus lábios. Os lábios de Megumi, levemente rosados e estranhamente hidratados, sempre brilhando. Se perguntou se seria tão ruim assim agir com imprudência como andava fazendo, mas algo na doçura com que ele te encarava, diferente do pai, te fez querer agir como uma garota da sua idade agiria.

E então o beijou, antes que seus pensamentos a sufocassem ainda mais, antes que pudesse se arrepender do que andava fazendo nas últimas semanas, jogando entre pessoas e torcendo para se dar bem no fim da história e, finalmente, o beijou porque o céu de verão daquela tarde estava mais azul do que o normal e os barulhos das crianças correndo ao seu redor enquanto as folhas das árvores balançavam inquietantemente pelo vento forte apenas tornavam o ambiente ainda mais agradável.

Megumi, com o coração saindo do peito, segurou seu rosto com delicadeza, ainda surpreso pela maneira como sua respiração quente rapidamente havia se misturado com a dele, e encantado pela textura suave da sua pele. Não queria tocá-la com força, porque você parecia uma boneca, então seus polegares subiam e desciam sutilmente pela sua bochecha enquanto ele podia sentir o gosto do seu sorvete de baunilha nos lábios dele.

Se afastou dele, ainda com os olhos assustados e incertos e viu o Fushiguro beijar lentamente o dorso da sua mão direita.

- Foi divertido, não foi? 

Você concordou, dando um sorriso breve para Megumi. Você queria ele, afinal de contas.

- Foi sim, mas eu não entendi a parada do beijo na mão. Você acha que tá em orgulho e preconceito? Que cafona, Fushiguro. - zombou dele.

- Foi por isso que seu namorado de chutou por telefone. - ele disse, segurando o topo da sua cabeça com força. Você riu, riu de verdade. - Porque você é insuportável!

- Mas você acabou de me beijar, quer dizer... 

- VOCÊ me beijou, e sim, infelizmente eu adorei.

Os dois riram, ainda se olhando sem jeito, como se não soubessem como agir naquela situação. 

- Eu também gostei, você sabe. 

- Eu sei. - ele disse, se levantando do banco e estendendo a mão para que você se levantasse também.

(...)

Você estava cansada, exausta, enquanto sua mão não tinha descanso porque as aulas de Gojo eram sinônimo de tendinite, especialmente quando o professor enchia o quadro negro de anotações apenas para apagar todas e escrever mais outras.

Tentava manter se manter concentrada nas palavras de seu professor, nas escritas e nas faladas, mas sua mente voava pelas janelas de vidro de sua sala, que te davam a visão perfeita da grama aparada do campus, onde Yuuji costumava desenhar. Se perguntou por onde andava ele, nunca mais haviam se falado ou esbarrado. Passou as mãos pela testa, estressada. Andava tão ocupada com a loucura das aulas e com a rotatividade de Fushiguros que havia se esquecido de seu melhor amigo. Olheiras ao redor os olhos e a boca ressecada: se sentia péssima.

Às 14 horas da tarde, a aula de Satoru tinha chegado ao fim e você foi esperta o suficiente para sair da sala antes que o professor tentasse puxar algum assunto esquisito, como sempre fazia com as alunas mais novas. As alças da sua bolsa escorregavam pelo ombro, apenas queria ir para casa, não era um bom dia, a culpa do que havia feito com Megumi no fim de semana anterior te consumia, e você apenas queria chorar. Gostava dele, realmente gostava, mas não conseguia deixar de atender Toji no fim de cada noite, sempre que ele ligava estressado, perguntando como tinha sido seu dia.

Estava encurralada, pensou. Presa entre dois, e no fim não poderia ficar com nenhum, achava que merecia isso por ter sido tão egocêntrica. Apressou o seu passo para evitar encontrar Megumi, por mais que tivessem horários diferentes; nunca se sabe. Apenas queria ir logo embora, chegar em casa e tomar um banho: talvez a água limpasse seus pensamentos. Olhava fixamente para seus tênis enquanto seguia para fora da universidade sem olhar para trás.

Apenas para ser surpreendida pela leve buzinada de um carro que estava parado no estacionamento, esperando por você. 

Juntou as sobrancelhas e forçou os olhos para ter certeza do que estava vendo: um Toji Fushiguro perfeitamente engravatado dentro de seu carro preto encerado. Tinha um pirulito entre os lábios e uma feição entediada. Você se aproximou.

- Eu queria entender. - disse, ainda perdida.

- Decorei seus horários, florzinha. - ele sorriu irônico e tombou para o lado para conseguir abrir a sua porta. - Você tava reclamando do atraso do ônibus um dia desses e hoje eu tive que passar aqui por perto. Entra.

Você olhou ao seu redor, se perguntando se alguém poderia ver e interpretar a situação errado. No fim das contas, Toji parecia e tinha idade o suficiente para ser seu pai, então quem se importaria? 

Entrou no carro ainda se sentindo culpada, mas feliz por ele ter feito aquilo. Pequenos gestos que a faziam perceber o quanto ele se importava com você.

- Valeu, sério. - apertou sua mão como agradecimento.

- Você tá com uma cara péssima, sério. - uma facada em seu peito.

- Morra, Toji.

- Você sentiria minha falta. - beijou o topo de sua mão do mesmo modo que Megumi havia feito, você sentiu uma pontada no coração. - Sério, eu tenho notado você muito estressada com essas provas, tô ficando preocupado.

Ele suspirou, admitindo que se importava, apesar de não fazer o estilo dele. Você o encarou, séria, voltando a esquecer Megumi ao estar de frente para Toji.

- Eu tô muito mal, na verdade. - lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto, era incrível como ele conseguia ter um acesso tão fácil e rápido ao seu lado mais sensível. Talvez fossem seus olhos curiosos ou a maneira como ele sempre te ouvia, concordando com a cabeça, ou a maneira como seus toques eliminavam todos os seus medos e inseguranças por breves momentos, mas apenas se sentia confortável o suficiente para fazer isso com ele.

Toji estava impassível como sempre enquanto dirigia e ria das suas expressões estressadas acerca da faculdade e da saudade de Yuuji, ria de como você chorava ao dizer que não sabia o que fazer da vida e que andava se cobrando demais, mas nunca eram risadas maldosas.

Ele apenas achava engraçado como a mente das pessoas mais novas funcionava, complicando tudo. 

- Ah, tô te levando pra lá pra casa, tá? - ele falou em meio aos seus soluços. 

- O quê? - você se levantou abruptamente. - Fala sério, Toji! Isso é sequestro! EU NÃO QUERO TRANSAR!

Ele virou a cabeça para trás, gargalhando. 

- E EU NÃO QUERO TE COMER! - gritou que nem você, apenas para te ver voltando os olhos tristes para ele, confusa. - Não agora. - piscou. - Só quero passar a tarde com você, NORMALMENTE; vai ser gostoso. 

Você sorriu, ele havia sentido sua falta. 

- Tá certo, pai. 

- FALA PAPAI, POR FAVOR! - você riu com a fala e encostou a cabeça no banco, fechando os olhos.

(...)

Toji Fushiguro não era uma má pessoa, ele apenas fazia o que era necessário, e em alguns momentos, de fato, era necessário ser mau.

Ele conseguia te imaginar perfeitamente agora, deitada em seu sofá, incerta se deveria ou não pendurar seus pés, por mais que estivesse de meia; conseguia te ler como se fosse transparente, era muito fofa. 

A água caía em seus fios negros no banho enquanto ele se perguntava como havia parado ali, completamente de joelhos por uma garota de dezoito anos que sequer sabia onde colocar as mãos enquanto falava, mas não conseguiu deixar de se apaixonar. No fim dos dias, por mais patético que soasse, ele apenas queria ouvir sua voz. 

E seria uma pena perder você, ele sabia, porque não se sentia assim há muito tempo. Às vezes as pessoas precisam ser egoístas, ele pensava. 

E foi o que ele continuou pensando enquanto ouvia o barulho da porta de entrada do apartamento se abrindo, porque aquele era o horário que Megumi sempre chegava em casa. Continuou pensando que precisava ser egoísta quando saiu de seu quarto apenas de cueca e uma toalha no pescoço, fresco do banho recém tomado.

Seus olhos estavam arregalados de uma maneira que você sequer imaginou que fosse possível; o coração tentava sair pela boca e você tinha certeza de que se a abrisse, ele poderia facilmente escapar.

Megumi estava na porta, sorria para você com olhos confusos. 

- Oi? Não imaginei que você fizesse o tipo stalker. - fez graça, jogando a bolsa no chão.

Você respirou fundo, tentando acordar do coma.

- Megumi, eu - foi cortada por outra voz que vinha dos fundos da casa.

- Ah, oi, filho! - Toji apareceu no fim do corredor, o corpo perfeitamente definido ainda molhado do banho, estava praticamente nu, sem vergonha alguma. - Desculpa, eu me esqueci completamente que você chegava essa hora. - mentira.

O brilho no olhar de Megumi sumia aos poucos enquanto ele tentava juntar os pontos, sua cabeça iria explodir, porque nada ali fazia sentido. Não, não quando seu pai estava sem roupas e você reagia tranquilamente àquilo, quase como se já estivesse habituada.

- Vocês se conhecem? - Toji perguntou, enxugando os cabelos e agindo tranquilamente, não se importava. - Olha, Megumi, essa é a - 

- Eu sei quem ela é. - olhou sério para o pai, não queria voltar o olhar para você, não quando você parecia um rato assustado porque havia sido pego na armadilha. - Sei bem quem é. Olha, eu só vim dizer que vou passar o dia fora hoje. Aproveitem a casa. 

Deu meia volta e partiu, simplesmente daquele jeito, terrivelmente frio, te tratando como uma estranha.

Eu mereci, você pensou enquanto olhava para baixo, uma pequena lágrima escorrendo pelo canto de sua bochecha.

Toji apenas soltou um leve sorriso de quem conseguiu o que queria.

Os fins justificavam os meios, e você era dele.

Tão dele que só ele poderia cuidar do seu coração magoado no momento, como ele fez na noite em que se conheceram. 


Notas Finais


JOGUEI a bomba e saí correndo!!! also:::: gosto muito de um querido rapaz, queria beijálo.......


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...