História Excentricidade Lapidada (Omegaverso) - Fora do seio Diamond

Estavam na oficina, Yellow acabava de pagar a conta com seu cartão de crédito. Blue sorrindo, simplesmente me perguntou:

—Você sabe trocar o pneu de um carro?

Engasguei, como o atendente me olhou de forma a me julgar, eu só falei:

—Durgh… É claro que eu sei trocar pneu de carro, que tipo de Alpha eu seria se não soubesse?

—Quer fazer uma competição de quem troca pneu mais rápido? — Os olhos dela se encheram de estrela — Pareceu uma ideia interessante agora.

— Mas você sabe trocar pneu? — Perguntei curiosa.

Rezando para não saber, claro… Porque eu mesma não sabia.

—Sim, minha mãe ensinou quando era criança ainda, para não depender de ninguém para isso. Mamãe me criou para eu me virar sozinha — Blue deu uma risadinha sem graça — Ela só esqueceu de me deixar exercer isso.

—Bom… — Eu ia responder, quando do nada alguém me chamou a atenção.

—Helleennaaa… — Olhei para o lado, era  Cindy Carmellow — Quanto tempo, menina!

Lembra da peguete da Gael? A filha da diretora que a Gael passava a vara quando eu não tava comendo a Gael. Então, era justamente a loirinha que estava me chamando naquele momento.

—Cindy, quanto tempo mesmo — Falei sorrindo.

Ela pulou nos meus braços e ao sentir seu cheiro, lembrei dos únicos sete orgamos que tive em função do privilégio que tive comendo a raba daquela Alpha.

Saudades do ensino médio, faz pouco tempo que me formei, mas já sinto saudades da putaria sem medidas que era meu colégio.

Desde que noivei, ao invés de melhorar minha vida sexual, eu pareço estar regressando à virgindade simbólica.

—Menina do céu, você tá mais forte ou é impressão minha? — Ela falou passando as mãos nos meus braços.

Fiquei sem graça, olhei de rabo de olho para Blue, mas antes que pudesse dizer algo ela continuou.

—É, tá maior do que eu me lembrava, deve estar malhando para caramba, fiquei sabendo que agora você trabalha para o Clube Margoth.

—Er… Bem… Eu estou, é — Olhei para Blue, mas novamente a tagarela não me deixou apresentá-la.

—E a Gael?! Como ela anda? Fiquei sabendo que esta grávida, achei um cúmulo que não era seu… Vocês viviam grudadas no ensino médio, até nas nossas "festinhas" vocês se pegavam mais que tudo.

Meu Deus! Sirius do céu, por que tanta exposição assim? Eu fiquei amarela naquele momento.

—Mas e você, tá casada?! Como tá a vida? Sabia que eu fui "emancipada"? Não preciso me casar — Estava em choque ainda depois de um tempo eu só escutava — Blá Blá Blá…

Ela continuou falando sem se importar comigo, e quando eu vi, Bryanna estava agarrada ao meu braço.

—Ei, quem é você? — Cindy perguntou.

—Ninguém — Blue falou bem meiga e sarcástica.

—Hellena quem é essa baixinha aí? — Cindy me perguntou.

—Bom é… — Comecei a falar.

—Ninguém… Sou só uma miragem da sua cabeça — Minha esposa falou meiga e sarcástica novamente, então sussurrou — Eu nem estou aqui, sabia?

Minha ex colega de escola se assustou.

—Essa é minha esposa, Bryanna… — Falei calmamente.

—É estranho não te ver com a Gael, querida — Cindy falou ainda olhando minha esposa com estranheza — Até porque ela poderia me comer se ainda estivesse com você. Bom, eu já vou indo, querida… Aqui meu cartãozinho para você.

Ela me entregou um cartãozinho e nem se aproximou mais, acho que ficou com medo de Blue.

Quando se afastou, fiquei olhando para Bryanna. Ela me sorria meiga e irônica, sei que ela é mais séria que isso, então não engoli tanta falsidade.

Mas discutir isso naquele lugar, era impensável. Após colocar os carros para despachar para a pista de golfe, assim que entramos em nosso carro e fomos acompanhando a carreta de transporte, ela enfim falou comigo:

—Então essa é uma de suas ficantes? 

—Hã?! — Falei meio avoada, então enfim respondi — Não, quer dizer, eu já transei com ela sim, mas foi no ensino médio. E ela gostava mesmo era da minha amiga, a Gael.

—Gael… Esse era o nome da sua namorada antes da gente se casar neh? — Blue falou fria, olhando a paisagem através do vidro.

—Não, ela era minha amiga.

—Amiga de foda, certo? — Blue me perguntou fingindo desinteresse.

—Também… — Falei calmamente então — Por que? Ficou triste em saber do meu passado?

Blue suspirou e depois de um longo e torturante tempo de silêncio, minha esposa falou:

—Não sei, tem tanto zelo comigo que em algum momento eu até pensei que você fosse virgem também.

Quis rir, mas senti que seria ofensivo, então só falei calma:

—Tive uma vida sexual muito ativa no meu ensino médio, mas desde a metade do nosso ano de noivado, eu não me deito com mais ninguém.

Ela ficou em silêncio, então, do nada começou a chorar.

—Está feliz por isso? — Perguntei sem entender o choro.

—Claro que não, droga! Você parou sua vida por conta do nosso casamento idiota!

Ela jogou um papelzinho que estava em suas mãos sobre o painel do carro, e logo em seguida tapou os olhos.

Não sabia o que fazer, mas fiquei em silêncio um minuto.

—Não é verdade… Eu só não quis, não quis pegar ninguém — Falei calmamente — Se fosse de minha vontade, teria pegado.

—Isso não é verdade… Você morre de vontade de me pegar, mas não te dou isso — Ela falou chorosa — Você tem vontade e eu não ajudo.

—Bom… Sobre isso… Eu sinto vontade porque você mexe comigo, tem uma sensibilidade natural. Mas eu me resolvo sozinha quando estou muito agoniada. No mais, está tudo certo para mim.

—Você precisa arrumar uma amante, Yellow — Bryanna falou chorando.

Parei naquele momento, foda-se o caminhão de transporte.

—Mas… Eu já tenho uma namorada, será que eu preciso mesmo de uma amante? — Falei calma.

Isso a calou, ela ficou chorando o resto do caminho. Não sabia o que fazer.

Treinamos nos carros, estava aceitável, Blue deu dez voltas na pista, estava concentrada.

O tempo dela estava até melhor que o meu, que já conhecia a pista. Mas depois que acabou aquilo, as coisas ficaram estranhas entre a gente.

Fomos pra casa, ela foi estudar, como já era esperado e eu fui para uma reunião no clube. Voltei por volta das seis da noite.

—Gael sabia beijar? — Blue perguntou, me surpreendendo logo na entrada.

—Sim… Sabia… — Respondi friamente.

Falei indo me trocar, quando estava l

—Gael sabia transar? — Bryanna perguntou me pressionando a algo, que eu não sabia o que era.

—Sim, sabia… Perdeu a virgindade comigo inclusive, era exclusivamente passiva comigo — Falei sendo sincera — Mas comia aquela que você viu aquela hora quase toda semana.

—Pensei que alphas não eram passivas… —Blue falou surpresa.

Me trocava enquanto conversávamos, mas aquele não era exatamente o melhor momento. Eu mal estava achando o buraco da minha blusa para colocar meu top.

—Bom… Gael também era, a Cindy ainda era tecnicamente "virgem", já que ela ainda tinha o hímen intacto.

Blue parou, pensou… Então concluiu:

—Não entendi, se ela mantinha a vida sexual dela ativa, como era virgem?

—Ela dava o cu, Bryanna — Falei meio sem paciência.

Bryanna riu de mim, e ainda morrendo de tanto gargalhar ela falou:

—Eu já tinha entendido… Mas mesmo assim, virgem é quem NUNCA fez nada sexual. Eu sou virgem, nunca cheguei nem perto de sexo até hoje.

Terminei de vestir minha blusa, tive que me sentar para tirar a calça, conversando daquele jeito não conseguia pensar, conversar e me trocar ao mesmo tempo.

—Bom… Tem também quem é do signo de Virgem… — Falei descontraindo — Esses também nunca deixaram de ser virgem.

Novamente ela riu de mim, foi sincero, nunca tinha visto ou sequer ouvindo Blue rindo tanto até hoje. Não sabia que era possível.

—Boba… Mas enfim… Então a Gael nunca te comeu? Porque tipo… Tem muitos dildos no seu armário, supõe-se que… — Interrompi Blue nesse momento.

—Supõe-se que eu gosto de penetração… Mas não significa que eu já dei pra alguém — Falei na defensiva, mas logo depois eu desarmei, vi que ela ficou sem graça, então me sentei ao seu lado na cama, então falei mais calma — Olha, nesse âmbito eu sou virgem também. Não por falta de estímulo, porque meus consolos e eu já brincamos muito, mas por falta de interação com outro ser humano. Eu nunca dei pra ninguém, Blue.

Droga, não acredito que disse isso! Que vergonha!

Ela ficou calada, me olhava com uma cara diferente. Não sabia se tinha faísca ou estrelas em seu olhar, estava difícil determinar se ela queria me matar ou se estava admirada.

E eu realmente nunca saberei ao certo a resposta disso… Porque ela saiu do quarto. Me deixando sozinha com minhas ideias e incompreensões.

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ESBO - Encontro Semanal de Betas e Ômegas - Basicamente uma reunião de donxs de casa da elite

Nem sempre Dennise ia nesses encontros, mas precisava socializar, extravasar um pouco. Então, além do psicólogo, também frequentava aquele clube. Ficava muito tempo por conta de casa, mulher e filhos; precisava de amigos para distrair, não tinha nenhum amigo, mas esses encontros pelo menos tiravam seus pensamentos dos problemas de seu dia a dia.

Foi até um condomínio no centro da cidade, onde havia casas que valiam mais de dois ou três milhões de dinheiros, e apesar de parecer muito chique, aquilo ainda era "pobre" comparado ao patrimônio e poder aquisitivo de Dennise e Winny.

Mas não julgavam, só sabiam que eram superiores.

Dennise chegou, trazendo uma bandeja de canapés com caviar, salmão e queijo gorgonzola. A anfitriã da ESBO daquela semana, a recebeu com sorriso no rosto e Dennise então entrou.

Todos os integrantes daquela comunidade de donxs de casa de alta classe estavam perto da piscina, bebiam piña collada e comiam H porções caras, de comidas exóticas.

Merlir, o ômega dono da casa, tinha feito sushi e bebidas tropicais para servir, mas conversavam tanto, que nem lembravam de comer.

Dennise chegou quando o assunto já estava em andamento.

—Não, o George ontem resolveu comparecer lá em casa — Falou um ômega.

Todos se alvoroçaram na roda, Dennise ainda se sentava, estava meio voada.

—Foi??!!… Conta mais… E como foi? — outra pessoa perguntou ao marido do George.

—Ele chegou, já me procurando, eu tava dormindo. O homem já chegou me pegando, rasgou  minha calça e me colocando de quatro... 

Dennise olhou seu celular e se distraiu um pouco do papo, até que alguém a perguntou:

—E você, Dennise?

—Oi… eu… — Dennise perguntou meio distante — Eu o que, gente?

—Você é sempre tão calada, sabe... Sempre falamos dos nossos alphas e você... Só ri e parece distante — O anfitrião falou.

Cochicharam ao redor. 

—Não é verdade, antes de você viajar, eu contei sobre minha filha e como era irritante ter que organizar o closet dela de mês em mês.

—Ah, mas isso não é grande coisa — Uma beta de cabelo loiro falou comendo um dos canapés que Dennise trouxe — Todos estamos falando de nossos maridos e esposas, mas enquanto a você... E a Whinny, bom, você nunca falou dela para nós.

—Não achei que fosse interessante... — Dennise comeu a primeira besteirinha que viu, um tanto nervosa — Mas se quiserem perguntar, eu respondo com prazer.

Se alvoroçaram, todos ficaram comentando em um zunido que mal dava pra entender alguma coisa. Dennise não se sentiu bem com aquilo, não gostava de falar da mulher dela, pra ninguém.

Uma vez seu pai lhe disse: Se você gosta da sua esposa, não diga a ninguém, guarda pra você. Porque se você fala bem, está fazendo propaganda para os outros. Mas se fala mal, você está dando brecha para alguém roubar ela também, afinal... Você não dá valor. Então, se você gosta da Winny, fica caladinha, e não comente com qualquer um sobre isso... Comigo pode, porque sou seu pai, e curioso, mas aí já é diferente também.

Imaginava seu pai gesticulando com as mãos e mexendo a sobrancelha de uma forma engraçada, como sempre fazia quando conversavam.

Mas então voltou à si, e se viu intimada com a seguinte pergunta:

—White comparece muito?

—Então... — Ela pensou muito, mas então falou — Acho que comparece muito, na verdade, três vezes por semana, quase sempre.

Não achava que isso fosse causar nenhum alvoroço, ou algo parecido.

Bebeu sua piña colada enquanto olhava todos comentando. Por um segundo ela se esqueceu que quase todos lá só viam sexo uma ou duas vezes no mês, alguns nem viam... Só quando seus cônjuges queriam mais filhos.

Porém, a repercussão de sua palavra foi positiva. Ouviu comentários como:

"Ahhhhhhhhhhh"

"Menina que sortuda"

"Mas a white é uma alfa tão... Hmmmmmmm"

"Ahhhhh, ela é um sonho"

"Três vezes??!"

Então do nada alguém falou:

"O dela deve ser enorme né????" 

E todos se voltaram para Dennise, a secando com o olhar. Dennise parou, pensou, arregalou os olhos, engoliu o seco.

Falar do pau da mulher dela...  Isso era algo ético? Era certo falar disso? Afinal, não achava que tamanho importasse, apesar de todos se gabarem dos paus enormes de seus cônjuges. Não tinha essa pretensão, nem se sentia confortável fazendo aquilo.

—Na verdade, eu não sei, nunca vi o pau de mais ninguém — Dennise falava acanhada — Só sei que some quando não estamos... Neh ...

Todos ficaram com uma cara que podia ser lida, elas diziam mentalmente

 "como assim, Dennise?" Com certeza não aceitaram aquela resposta como aceitável.

— Como assim você não sabe, Dennise? — Alguém perguntou.

—Não sei dizer... Só sei que, nossa, sangrou tanto nossa primeira vez... — Aquele não era o papo que queria ter naquele momento — Às vezes dói minha barriga quando ela tá metendo em mim também, não sei dizer porquê, mas vem de dentro a dor.

—Uhh... Conte mais, querida — Todos olharam e Dennise ficou vermelha vendo todo o alvoroço.

Não se sentia bem ao falar daquilo, não falava nem com a psicóloga de nada picante, para se ter noção.

—Mais o que?! — Dennise perguntou pegando um copo de água com gás.

"É grande?"

"Fala que é grande"

"Quão grande?"

"É GRANDE O PAU DA WHITE?!" 

Ouviu-se quase um coro de todos naquela reunião. Quase excitados em imaginar. Conheciam a Alpha, mas como não sabiam, imaginavam além do necessário.

—Ela é Alpha... É claro que é grande, gente — Dennise falou já incomodada.

—Tá, mas grande como? — o anfitrião perguntou — Qual o tamanho, em centímetros, sabe.

—Ué... Grande — Dennise encheu a mão de nozes cascadas e começou a comer de nervosismo — Meu Deus, eu não sei o cumprimento, o que vocês tem na cabeça?! — Dennise olhou para todos e pensou "tem só pau na cabeça, pelo visto". Então riu sem graça — Vocês querem que eu apareça com uma régua pra medir o pau da minha esposa durante o sexo?

Ela disse ironicamente, mas todos pensaram. Um ainda tentou falar "não seria má id....".

—Não, não... Isso é uma má ideia sim — Dennise falou quase gritando.

Uma beta mais velha, rancorosa de tudo, ainda falou: sei não, falando desse jeito... Capaz que a Alpha dela só pegou ela pra engravidar e ela deve tá na seca desde então.

Todos tornaram a cochichar, Dennise estava de saco cheio, então simplesmente levantou um pouco a blusa que vestia, até poderem ver a marca de dentes cravada um pouco abaixo das costelas. Era bem recente aquela marca.

Todos gritaram eufóricos, e então ouviu-se várias perguntas do mesmo tipo:

" Então ela boa de cama"

"Boa de cama!!" 

"BOA DE CAMA?!?!"

“WHITE É BOA DE CAMA??!!"

Todos ali conheciam White Diamond, seja pessoalmente ou pelo fato de White ter a maior empresa de saúde sexual do mundo. E como todos já sabem, saúde sexual é muito importante na vida de qual indivíduo seja ele Alpha, Beta ou Ômega. E obviamente isso vai além de paus de borracha, camisinhas e bloqueadores de cio.

Dennise riu enquanto a pressionavam a responder. Ela só balançou a cabeça positivamente. Novamente se alvoroçaram. 

"Mas como vocês fazem?"

"De quatro?... Mamãe e mamãe..."

 "Conta mais sobre isso mulher"

—Hehe... Na cama, eu acho — Dennise falou sem graça — Podemos parar de falar sobre isso.

—Não não... Para não — Uma ômega falou exaltada.

Todos estavam alvoroçados, ela até viu uma ereção por conta do volume na calça de um dos machos ômega, mas realmente seu pintinho era pequeno, mal dava pra perceber.

A pressionaram e então uma ômega compartilhou do nada, mudando ligeiramente o foco da conversa:

—Ai, o Edgar não aparece muito lá em casa, viaja muito à viagem. As vezes eu imagino que a sua esposa me come quando tô no cio.

Essa mulher era esposa de um parceiro de negócios da Empresa de sua esposa. Já haviam viajado juntos uma vez, em família.

Dennise achou um abuso aquele comentário. Mas mal deixaram ela se irritar, pois as outras pessoas ainda estavam paradas na discussão sobre o pau da esposa de White.

"Ela demora muito no sexo?! Sabe... Tem vigor?"

"Qual o tamanho o negócio deeelaa??"

—Gente, o que importa se ela demora ou não?... — Dennise falava rindo, pegando uma piña colada.

—Só responde — Alguém falou arrogante.

A beta fechou a cara pela arrogância, mas após um Momento ela falou marrenta:

—Eu não sei, perco a noção de tempo no sexo, vocês não?

Todos olharam para o lado, então coçaram a nuca. Visto aquilo, Dennise concluiu que devia ser péssimo transar com os respectivos cônjuges.

Mais uma vez tornaram a perguntar:

"QUAL O TAMANHO O PÊNIS DA WHITE DIAMOND??!!"

Um macho ômega, exaltado, ainda abaixou as calças e então mostrando seu membro ele falou: 

—Eu tenho 10cm, pronto, agora você tem algo de base.

Quase caindo do banco pela surpresa de ter um pinto quase que jogado na sua cara, ela riu sem graça e então falou:

—É, é maior... Se não for o dobro ou mais, ou menos... Sei lá... 

Todos ficaram alvoroçados. Uma mulher beta então falou:

—Minha mulher Alpha só tem 15cm, e eu já achava grande... Acho que o dela deve ser então tão grande quanto o de um macho Alpha.

Todos comentaram e ficaram novamente zunindo em meio aos seus comentários, Dennise até tremendo nervosismo.

Então do nada uma beta perguntou a todos:

—Vocês já tiveram um orgasmo?. 

E todos simplesmente pararam, ficaram se olhando, e um ômega macho então falou:

—Um dia eu gozei e meu Alpha pegou meu pau, apertou e falou que só ele podia gozar — O ômega deu uma pausa na fala — Foi tenso isso, mas sabe uma coisa?! Eu gozei mais ainda só pelo tom dominante dele.

Todos riram e então Dennise foi se afastando um pouco, ficou observando aquele povo rindo de algo tão… Triste.

Mas nem ela nunca tinha gozado, em anos de casamento. Já havia sentido muito prazer, mas sempre que tá quase enlouquecendo na cama, a mulher dela para.

Dennise nunca entendeu isso, mas era melhor ela sair de perto daquelas pessoas, antes que perguntassem pela décima segunda vez o tamanho do pau da esposa dela.

E ela não estava afim de responder isso, não mesmo.

Horas depois, naquele mesmo dia, Dennise passou na casa dos pais, a caminho de casa.

Seu pai Ômega estava lá. Aproveitou a situação e então contou sobre a reunião e o fascínios dos colegas pelo pau da esposa dela. Compartilhava muita coisa com o pai, era seu melhor amigo e mais fiel ouvinte que tinha.

—Ah filha, aquelas lá são um bando de gazelas mal comidas pelos maridos e esposas delas, sai daquele grupo, você não precisa disso — Loui falou debochadamente.

—É que eu queria arrumar um amigo, alguém pra sair e conversar, sabe? — Falou Dennise sem graça.

—Mas você tem a mim, querida, pode sempre vir falar com o papai — Loui falou pegando nas mãos de sua filha — Você sabe que eu estou aqui para você, amor.

—Sim pai, mas é que eu precisava de amigos mais ou menos da minha idade, eu queria pelo menos.

—Ah bom, você quer… Você sabe que não precisa neh? — Loui foi muito sincero — Amigos mesmo é só os pais, os filhos, com muita sorte os cônjuges. O resto, são só colegas, serve pra sair, brindar, mas nunca para as horas difíceis.

—Eu sei pai, mas eu queria… Só para não ficar só com os problemas de casa — Dennise falou calma — A White tem a Amai… Aquela amiga japonesa dela, mas eu não tenho ninguém.

—A Amai num é aquela Japonesa que pediu sua mão antes da Winny? — Loui perguntou cruzando as perninhas — É ela mesmo? Aquela que queria casar com você, era Amazona também, mas a mãe forçou ela a casar com um homem por conta do dote?

—Essa mesma…

—Nossa, elas são amigas até hoje? — Loui falou calmo —Estou passado.

—Mas faz mais de um ano que as duas não se vêem, estava até pensando em comentar com a White, para ela viajar ou fazer algo com a Amai — Dennise falou meio sem jeito — Ela fica mais calma quando viaja sozinha.

—Nossa… Mas você não odiava que ela te deixasse sozinha?! O que aconteceu para estar tão liberal — Loui falou admirado.

—Sei lá, só quero melhorar com a Winny… — Dennise falou calma — E se eu tô sofrendo, ela também sofre, não adianta eu achar que só eu sou afetada.

—Você tá tendo muita paciência com ela, não era assim.

—Antes não tinha a Pink nas nossas vidas, pai — Dennise admitiu — E sabe… Eu descobri que ela é minha filha também. Deus só mandou ela no endereço errado.

Loui riu do comentário da filha, e então falou:

—Só você para ver uma traição assim, filha.

—Ah… Acontece que eu me apaixonei pela Stephanie, então até esqueci de onde ela veio — Dennise sorriu — Ela é mais doce que a Hellena era, fica atrás da gente o tempo todo, quer carinho e atenção sempre. Não tem como não amar.

Loui sorriu meigo, ficou dengoso com a filha, fez carinho em seu rosto e deu uma risadinha marota.

—Fico feliz que esteja feliz com a criança, por isso está tentando se dar bem com a Winny? — Disse o ômega servindo mais chá para sua filha — Pra ser mãe da Stephanie?

—Antes fosse… Eu verdadeiramente amo essa mulher, pai.

—Gente, mas o pau dela deve ser grande mesmo para você ficar tentando tanto dar certo casamento, querida — Loui falou rindo, fazendo graça com o assunto que a filha iniciou a conversa — Eu amo seu pai, mas eu não sei se faria tanto por ele. 

—Eu sei que é mentira, pai, você é doido pelo papai que eu sei — Dennise falou calma.

—Sim mas… Ele nunca teve um herdeiro fora do casamento, então não sei o que eu faria se ele aparecesse com uma criança aqui, sério mesmo.

—Provavelmente serviria uma chá pra ele… que começa com a letra C — Dennise falou polêmica, queria ver a reação do pai.

—De cu?! — Loui perguntou instintivamente.

—Não, de cicuta.

A beta falou e rachou de rir da reação do pai, se abria mais com ele que se abriu com o grupo de donxs de casa.