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História Eyes on you - Chanbaek - Hello, can you hear me?


Escrita por: DeadMoon

Notas do Autor


Preciso dizer o quão agradecida pelo amor de vocês eu estou? Sério, eu estou muito feliz que vocês tenham gostado e vão apoiar a fic! <3
Desculpem os erros e boa leitura! <3

Capítulo 2 - Hello, can you hear me?


Fanfic / Fanfiction Eyes on you - Chanbaek - Hello, can you hear me?

Baekhyun’s POV


Depois daquele incidente na escola, minha mãe começou a me deixar dentro da sala e sempre chegava 5 minutos antes de acabar para que eu não corresse mais riscos. Lucky sempre ficava inquieto nos lugares e eu sabia que algo ruim estava pra acontecer. Fazia três dias que ninguém falava comigo a não serem os professores, então estava tudo muito estranho.

Claro que eu ainda ouvia uns murmúrios sobre minha cegueira, mas aquilo não passava do normal. Eu não estava mais sendo insultado e ameaçado pelo menos. Era o que eu imaginava.

Era o quarto dia desde que ninguém mexia comigo, então eu estava mais tranquilo e minha guarda começou a baixar, mesmo eu sabendo o perigo que eu corria. Aqueles garotos eu nunca mais ouvi falar e muito menos senti eles perto de mim. Eles não eram de minha sala, pelo menos pela chamada eu pude perceber que não.

- Baekhyun?

- Sim? –Era a professora de matemática. Eu a adorava.

- Você está inquieto hoje... Precisa de alguma coisa? –Nego com a cabeça e procuro pela minha garrafa de água na mesa. –Se precisar é só fazer o sinal que eu venho, está lembrado, não está?

- Estou sim, professora. Obrigado. –Sorrio e volto a minha atenção aos problemas que ela havia passado.

Ela havia me ensinado um tipo de sinal com a mão para chamá-la sem que eu chame a atenção de todos os outros alunos. Essa professora foi a única que me acatou por completo em suas aulas e era a aula que eu mais estava gostando por saber que ela não falava comigo por obrigação e sim por empatia.

- E por hoje foi só! Lembrem-se do dever de casa e não corram nos corredores. –A professora alerta e então eu ouço todos saírem da sala quase correndo. –Não vai sair, Baek?

- Eu vou apenas ao banheiro e voltarei. Não gosto de ficar andando... Eu tenho medo. –Confesso e sinto sua mão leve em meus ombros.

- Está tudo bem agora, Baekhyun, ninguém mais vai lhe machucar.

- Eu espero que não, pois estou andando com Lucky em modo de defesa sempre.

- Espero que você fique bem, Baek.

- Eu vou. Obrigado. –Me curvo levemente e então pego Lucky e peço para ele me guiar ao banheiro. Quando eu chego, ele dá o primeiro passo me dando segurança para que eu entrasse.

Entrei na cabine de deficientes com ele e então me aliviei tranquilo por estar tudo em silêncio naquele banheiro. Eu sabia que não podia ficar ali muito tempo, mas eu realmente precisava fazer xixi. Puxei a descarga e sai da cabine sussurrando para o labrador ficar em modo de defesa, mesmo estando sozinho ali. Lavei minhas mãos e então segurei firme em sua guia e sai do banheiro.

Fiquei extremamente tenso quando me seguraram pelos braços e me empurraram novamente para dentro. Eram aqueles mesmos garotos, eu podia sentir pelo perfume. Lucky latiu várias vezes e bem alto. Ouvi um deles gritar e então ouvi o choro de meu cachorro.

- NÃO MACHUQUEM ELE!

– Acha mesmo que tem direito de pedir alguma coisa, cegueta? O que eu disse pra você sobre falar para alguém?

- Eu não falei! –Digo sem hesitar.

- É claro que não... Eu levei suspensão, pirralho! Por sua causa!

- Não fui eu! Eu não falei nada! Eu juro.

- Jure para a privada! Babaca.

Foi tudo muito rápido eu apenas senti a água em meu rosto e meus joelhos arderem no chão. Minha cabeça estava sendo pressionada contra o fundo do vaso sanitário e eu lutava para respirar. Aquilo doía, ardia e nenhum deles estava com vontade de me deixar ir.

-Lucky! Ajuda! - Grito e os meninos riem.

- Seu cachorrinho foi embora, Byun! E agora?

Não respondo. Lucky recebeu o meu comando e era isso o que importava. Logo ele voltaria com ajuda e eu ficaria bem. Eu esperava ficar bem.

-Já que aquele inútil foi embora, podemos nos divertir mais. -Eu podia sentir a maldade dele, era quase palpável, mas eu não queria acreditar que ele era tão mal assim.

Eu estava desesperado e não podia me cuidar sozinho. Eu tinha plena consciência disso e sem Lucky por perto eu era completamente vulnerável.

Não me assustei quando senti o primeiro soco… Nem quando vieram o segundo, o terceiro, muito menos o décimo. Meu óculos já não estava mais no meu rosto e eu já não tinha mais noção do que estava acontecendo.

-Meu Deus! O que vocês fizeram com o garoto?! -Era a diretora. Graças a Deus Lucky soube quem chamar. - Pra minha sala, os dois!

- Você vai ver ainda, seu bosta! -O menino grita e eu me sinto aliviado ao saber que ele já não estava mais ali.

- Consegue levantar, Byun? -Afirmo e sinto sua mão na minha para ajudar e então eu vou caminhando com ela, me apoiando em Lucky também.

- Eu preciso ligar pra minha mãe. -Resmungo.

- Ligaremos para sua mãe, Byun. Não se preocupe com isso.

- Não… Eu quero falar com ela.

- Vamos para minha sala, sim? -Afirmo e ela continua me guiando, até me sentar em uma cadeira acolchoada, logo saindo da sala sem aviso algum.

A primeira coisa que fiz foi pegar meu celular e apertar o botão que ligava pra ela automaticamente.


Ligação ON

-Filho?

- Mãe! Mãe eles me bateram! Eles me bateram de novo!

- O que?! Quem te bateu? Onde você está?

- Eu estou na diretoria… A diretora me trouxe pra cá, mas ela me deixou sozinho aqui. O que eu faço, mãe? Meu corpo todo dói… Eu quero ir embora.

- Calma filho. Estou indo te buscar, ok?

- Você chega logo?

- Dez minutos, meu coração.

Ligação OFF


-Já falou com sua mãe, Byun? -Afirmo e ela suspira. - Eu vou limpar esses seus machucados, está bem? Fique tranquilo, não vai arder.

- Tudo bem… Eu já sei como é. -Suspiro triste e nos próximos minutos tudo o que eu senti foi o algodão em meu rosto.

- Cadê meu filho?! -Minha mãe entra com um quase grito e eu sorrio largo, segurando as lágrimas. - Filho! Ah meu Deus! Meu amor, você está bem? -Ela pega em meu rosto e eu a abraço com força.

- Vamos embora… Por favor. -Peço quase chorando e ela acaricia meu rosto, tentando me acalmar.

- Vamos sim, meu amor. Vamos pra casa.

- Mãe… O Lucky…

- O que tem o Lucky, meu amor?

- A senhora pode ver se ele está bem? Eles o machucaram também…

- Claro, meu amor… Quer levá-lo ao veterinário?

- Se ele estiver machucado…

- Tá bem, vou dar uma olhada nele.


[...]


-Vai ficar bem hoje, filhote?

- Eu espero que sim, né mãe?! -Sorrio nervoso por estar na escola de novo. Aquele lugar não era pra mim, mas era a única escola que tinha integração na cidade.

- Vai dar tudo certo, amor. -Ela beija minha testa e em seguida dá um selinho de mãe em meus lábios, me ajudando a sair do carro.

- Você sempre diz isso, mãe…

- Mas hoje eu sinto que realmente vai!

- Eu realmente não posso ficar os meus outros dois dias de atestado em casa?

- Você sabe que não, Baekhyun. Já faltou muito.

- Foram três dias só… -Faço um bico e ela ri alto.

- Fofo, mas não vai me convencer. Vem logo, meu amor. -Ela me guia pela mão até a entrada do colégio. - Tchau, meu amor.

- Tchau, mãe. - Sorrio e pego a guia do Lucky. - Vamos lá, garotão! Vamos pra sala. Fui andando tranquilamente, pensando nos deveres que eu perdi durante aqueles três dias.

- Mas olha só quem nós achamos aqui… -Suspirei triste e continuei andando. - A princesa não vai falar comigo, não? -Ignoro e continuo andando. - Escuta aqui, Byun, ninguém me ignora!

O tal garoto me puxou pela gola e me derrubou assim que conseguiu. Eu não consegui identificar onde estava, mas Lucky o atacou e ele me soltou por um momento.

-Cachorro desgraçado! -O menino grita e então os gritos do Lucky foram mais altos que qualquer coisa. Foram 5 gritos de agonia total.

- PARA! PARA, NÃO MACHUCA ELE! POR FAVOR, NÃO MACHUCA ELE! -Imploro, mas nada adiantava.

- Sua vez agora, panaca!

Não foram socos leves. Meu corpo não reagia mais. Minha cabeça era acertada cada vez com mais força e meu cérebro já queria desistir de ficar presenciando aquilo.

-SOLTA ELE! - Ouço alguém gritar. Era um garoto… Um garoto que eu nunca tinha ouvido a voz antes. - Eu disse pra soltar, Seungcheol!

Eu já não ouvia mais nada. O garoto havia saído de cima de mim e tudo em que eu pensava era em como o Lucky estava… Onde ele estava e se aquele tal de Seungcheol havia o machucado muito. Tentei me levantar, mas tudo doía e eu desisti quando senti meu braço fraquejar e meu corpo fazer um baque quando se encontrou ao chão novamente.

-Garoto! Garoto, você está bem? -Era o mesmo garoto que havia me salvado.

- Lucky… Ache o Lucky, por favor… -Choramingo e ele me solta, correndo para longe.

Esperei por alguns minutos e então ele voltou até mim.

-Ele está sendo cuidado pela diretora… Vão levá-lo para o hospital veterinário mais próximo… Ele estava com muita dor. -Ele respira por alguns segundos. - Você está bem? Eu vou te levar à enfermaria.

Eu não conseguia mais pensar, senti o garoto colocar meus braços em seu pescoço e me pegar no colo sem minha autorização.

-Eu preciso ligar pra minha mãe…

- Eu te ajudo assim que chegarmos na enfermaria.

- Mas o Lucky…

- A escola é responsável pelo tratamento dele, assim como o seu, não se preocupe está bem? -Ele me tranquiliza.

- Meu Deus, o que houve com esse garoto? -Era uma mulher… Provavelmente a enfermeira.

- Seungcheol bateu nele sem motivo…

- Ah meu Deus… Você foi a vítima da última vez também, não foi? -Afirmo. - Já ligou para sua mãe, querido?

- Não… Eu vou ligar.

- Já liguei, Baekhyun… Ela está a caminho. -A diretora diz seca e eu suspiro.

- Então você é o famoso Baekhyun… - O garoto diz em tom curioso…

- O garoto cego… Eu mesmo. -Digo triste e sinto a mão dele em minha perna.

- Eles são um bando de babacas, Baekhyun… Sou Park Chanyeol, afinal… Mas pode me chamar de Chanyeol. 


Notas Finais


E por hoje foi só! Espero que tenham gostado!
Até logo! <3


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