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História Fake Fairytale - Life is made of insanity


Escrita por: tt4keyou

Capítulo 18 - Life is made of insanity


Narrado por Lauren

Em todos os momentos que estive naquele veículo lutei contra meu interior para não desabar-me em lágrimas. As palavras de Justin soavam em minha mente em cada maldito segundo, e nada que eu fazia parecia me livrar delas. O fato de eu ter engolido o orgulho e tê-lo pedido ajuda também não me ajudava muito, eu havia me arrependido profundamente de ter feito. Mas, agora eu já não podia voltar atrás.

Já me encontrava na sala de espera do Hospital de Miami logo após de uma breve discussão com Justin frente ao local, e eu ter dito que não precisava dele para mais nada. A feição dele poderia até ter me assustado porém eu estava mais preocupada com o novo herdeiro que estava por vir.

Nem meu pai apareceu para me dar uma noticia. Tudo que sabia era que Ashley já estava em sendo operada e em pouco tempo meu irmão já estaria conhecendo o mundo.

Afundei-me naquele banco duro que me encontrava sentada, jogando a cabeça para trás e consequentemente batendo com a mesma na parede provocando um alto barulho.

- Cuidado. – uma voz soou ao meu lado.

Virei a cabeça assustada querendo saber quem comigo falava e espantei-me ao ver que era Mark.

- Mark? – perguntei enquanto passava a mão onde havia batido.

- Eu mesmo. – sorriu com o canto da boca.

- O que você...

- Estágio. – respondeu mais rápido. – E você?

- Estou esperando meu irmãozinho nascer. – respondi.

- Seus pais devem estar bem felizes.

- Hm, bem, ele é filho da minha madrasta. – respondi sem jeito.

- Ah, desculpe. – disse envergonhada.

- Tudo bem!

- Ahn... Lauren... Bem, eu queria... você sabe... chamá-la para sair comigo. – disse esfregando uma das mãos em sua nuca. – Naquele dia ambos não estavam nas melhores condições, nem pudemos nos conhecer melhor.

Justin veio em minha cabeça. Eu não sabia qual seria sua reação ao saber que eu sairia com outro, muito menos se a mesma seria boa. Além do mais não sabia se aquilo era o certo levando em conta que eu nem ao menos o conhecia direito, e tinha Justin e meu estúpido... Mas por que diabos eu estou me preocupando com aquele idiota?

- Toma meu número. – disse pegando a caneta que prendia meus cabelos e anotando o número em sua mão direito. – Quem sabe eu aceite. – pisquei para ele liberando ao mesmo tempo um sorriso com um dos cantos da boca.

Certo, o que está havendo comigo?

- Nos vemos por aí então. – ele disse sorrindo fraco.

Assenti com a cabeça vendo-o se distanciar logo em seguida.

Voltei a me afundar naquele assento desconfortável, e eu já me encontrava impaciente. Virei a cabeça para o meu lado esquerdo tendo a visão de Justin sentado ao meu lado encarando-me.

- Puta merda! – exclamei assustada.

Meu coração batia forte eu não sabia se era devido a sua presença ali ou porque havia acabado de levar o maior susto de toda a minha vida. Algo me dizia que era por ambos. Meu peito descia e sobia com movimentos rápidos, o susto havia mexido até com a minha respiração.

- Oi. – ele disse sem jeito.

- Qual parte do “vai embora pois eu não preciso de você para nada” – disse fazendo aspas com as mãos. – você não entendeu, Justin?

- Todas. Você precisa de mim mais do que qualquer coisa.

Meu corpo se arrepiou. Ignorando sua frase anterior e com a voz um pouco trêmula, perguntei:

- O q-que está fazendo aqui?

- Eu vim lhe fazer companhia.

- Eu não preciso da sua companhia.

- Será que pode deixar seu lado grosso de lado pelo menos uma vez?

- Posso. Mas não com você. Esqueceu que eu sou um nada?

- Eu não quis dizer aquilo.

- Oh, não? – o encarei irônica. – Adivinha? Foda-se! Você já disse e nada muda isso!

A reação de Justin me assustou. Ele abaixou a cabeça, parecia pensar no que me responder, ou até havia perdido as palavras. Pensei em dizer mais coisas para aproveitar aquele momento o qual ele estava tão desconcertado, mas fui impedida pelo meu pai, que apareceu dizendo:

- Oi Lauren.

- Oi. – respondi tímida. – O neném já nasceu?

- Já. Estão dando-lhe banho e daqui a pouco a Ashley já vai amamentá-lo.

- E o sexo?

- Uma menina. Stephanie.

- Oh, meu Deus! – exclamei um pouco emocionada. – Quando poderei vê-la?

- Em breve. Peço para uma enfermeira vir lhe chamar.

- Ok, obrigada. – sorri fraco.

- Quem é esse? – perguntou com desdém sobre Justin.

Justin já tinha a cabeça levantada novamente desde que meu pai apareceu. Ele encarava nossa conversa a todo momento, e quando passava a encarar apenas meu pai podia perceber que havia uma certa ironia. Meu pai fazia o mesmo quanto a Justin. E, devo dizer que aquele momento deveria ir para uma lista de mais constrangedores pelos quais passei.

- Esse é... o Justin. – respondi sem jeito.

- Não se pode trazer pessoas a mais para dentro do quarto. – rosnou.

- Eu sei... desculpe... é que ele me trouxe.

- Então são amigos. – cerrou os olhos.

- Sim? – respondi desconcertada.

Ele deu de ombros parecendo não gostar muito da ideia. Em seguida se retirou com braços cruzados, entrando num dos quartos daquele extenso corredor posteriormente.

Justin levantou-se impaciente e se retirou. Pensei em perguntar para onde estava indo mas meu orgulho e fúria dessa vez falaram mais alto, então apenas ignorei.

Mais alguns minutos se passaram e eu estava sozinha novamente sentada no mesmo lugar. Até que – finalmente – uma enfermeira apareceu dizendo-me que eu já poderia entrar para conhecer minha irmãzinha, e indicou-me qual quarto se encontravam.

Andei pelo corredor, parei frente a porta indicada e que vi meu pai passando, respirei fundo e toquei  a maçaneta, em seguida respirei fundo mais uma vez e então girei-a. Com a porta já aberta, pus apenas a cabeça para dentro do local, em seguida dando leves batidinhas na porta, indicando que estava entrando.

- Oh, entre, Lauren! – Ashley disse gentil ao notar minha presença.

Ashley se encontrava deitada na cama com Stephanie em seus braços, meu pai estava deitado no sofá ao lado, e em momento algum demonstrou qualquer reação ao ver-me ali.

- Venha conhecer sua irmãzinha. – completou.

Cautelosamente eu me aproximei, e então tive uma melhor visão de Stephanie. Ela era tão linda, tão pequena, tão... perfeita.

- Pegue. – ela disse.

Hesitei um pouco, mas depois cedi, pegando Stephanie em meus braços um pouco sem jeito.

- Ela gosta de você. – afirmou. – Com todas as pessoas que já a pegaram no colo ela chorou, e com você foi justamente o contrário.

Sorri ao ouvir suas palavras.

- Ela é linda. – disse.

- Ela parece muito com você.

Sorri mais uma vez, agora acariciando seu pequeno e delicado rosto. Meus olhos já estavam se inundando, aquela cena me emocionara, e o fato de ter uma irmã ainda mais.

[...]

Alguns minutos depois, ainda estava naquele quarto de hospital com Stephanie em meus braços. Ashley e meu pai dormiam. O único som do cômodo era o meu, no qual tentava fazer Stephanie dormir.

Balançando Stephanie de um lado para outro com meus braços, fraco e delicadamente, o som da porta se abrindo chamou minha atenção. Justin apareceu pela brecha da porta olhando-me como se pedisse para entrar. Apenas assenti com a cabeça depois de verificar se todos ainda dormiam, e ele o fez logo em seguida.

Se aproximando de mim, Justin estendeu a mão para me entregar um copo de café, em seguida dizendo:

- Achei que iria gostar.

Olhei para meus braços certificando se Stephanie já dormia. Pu-la em seu berço logo ao lado da cama de Ashley. E, depois finalmente peguei o café da mão de Justin.

- Parece que seu pai não gosta muito de mim. – sussurrou.

- Ele não gosta de ninguém. – dei de ombros. – A não ser Ashley e agora Stephanie. – completei.

- Ele gosta de você, só não demonstra. – disse convicto.

- Talvez.

Naquele momento as palavras de Justin voltaram a ecoar em minha cabeça. Encarei o chão, envergonhada, por alguns segundos, até que Justin quebrou o silencio que pairou entre nós:

- Lauren?

- Sim?

- Me desculpa. Eu não queria ter dito aquilo.

Bufei antes de encará-lo.

- E por que disse?

- A verdade? – ele perguntou passando a mão desocupada em sua nuca.

- Não... pode mentir! É claro que eu quero a verdade!

- É que eu estou confuso, Lauren. E o motivo é você! – meus olhos se arregalaram, estava espantada. – E antes que diga algo, eu vou dizer. – se aproximou olhando fundo em meus olhos. – Você está mexendo com meu coração de pedra que eu nem sabia que podia bater por alguém. Mas ele bate. E é por você, Lauren! Naquele momento eu ainda estava querendo enganar a mim mesmo mas estava sendo impossível. Achei que lhe dizendo aquelas palavras, aquelas coisas parariam de atormentar meu coração, porém foi quando percebi que era impossível. De algum jeito, eu me sinto diferente quando estou com você, um diferente bom. Quando disse que lhe queria fazer companhia não era a toa, é bom estar com você, Lauren, eu gosto de estar junto a ti para me certificar que está tudo bem, pois, de um jeito ou de outro, eu me preocupo muito com você. Lauren, você e a sua timidez, sua ingenuidade, e seu modo certinho estão mexendo comigo, caralho! Aqueles poucos minutos que fiquei pensando depois que foi embora serviram-me para pensar e cair na real que nada que eu faça pode mudar isso, serviram também para eu perceber que você sente o mesmo, e... Nós temos que dar uma chance para essa coisa nova para ambos. Porra, me perdoa por ter sido um completo babaca.

Meu coração pulsava forte, minha respiração já estava descompassada, meu corpo gelou-se até a espinha se me permite dizer.

- Você tem razão.

- Sobre o que ambos sentimos?

- Não, você é um babaca completo.

Ele sorriu fraco e se aproximou mais de mim. Pondo a mecha de cabelo que cobria minha face para atrás da orelha, ele acariciou minha bochecha com as costas de uma das mãos, enquanto a outra se posicionava em minha nuca, e, em seguida me trazendo para  perto dele, e então colasse nossos lábios.

Aquele beijo havia sido melhor que o anterior, ambos o aprofundamos, antes de lembrarmos de onde nos encontrávamos e o fato de meu pai não gostar muito de Justin.

Ele partiu o beijo com dois selinhos então dizendo:

- Você me perdoa?

- Sim.

- Obrigado.

- Isso é insano.

- O que?

- Você dizendo tais palavras e por fim ainda agradecendo.

Justin sorriu com o canto da boca antes de selar nossos lábios mais uma vez.

- A vida é feita de insanidade. É só darmos uma chance a ela. – disse.


Notas Finais


Imaginem o Mark como o Keaton Stromberg, beleza gente? Depois eu atualizo os personagens lá no meu tumblr!


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