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História Blessing or Curse? - 27


Escrita por: MissHunter

Notas do Autor


ooi morecos!
mais um capítulo postado, POV do Castiel. Espero que vocês gostem do mesmo jeito que gostei de escrever!

Capítulo 27 - 27


                                  P O V  CASTIEL

            Eu falhei. Falhei como anjo, falhei nessa missão e falhei como amigo. Como eu pude não perceber o que Crowley planejava? Eu deveria ter procurado mais informações, e observado mais e também deveria ter...ter...é...eu não sei. E como pude deixar que Crowley me golpeasse e a matasse com meu próprio sangue? Sei que devia ter dado o meu melhor. Mas eu ao menos sei o que mais poderia ter feito, afinal eu estou sozinho nessa situação.
              Não completamente sozinho. Dean e Sam Winchester são os únicos dispostos a me ajudar. Leziel, meu amigo de outras batalhas me ajudou um pouco, pois ele não quis desobedecer as ordens do céu. Eu procurei por ajuda de um outro amigo, Balthazar, ele até que tentou mas nada podia fazer.
              Há um tempo eu ando torturando e matando demônios e até criaturas sem que os Winchester e a Jen saibam. Eu consegui capturar um demônio, um dos últimos na face da Terra que trabalha para Lúcifer, e aparentemente o único que possui uma informação valiosa. No começo ele não abriu a boca e então eu dei uma pausa e fui até a Jen, Dean e Sam.
            Eles estavam num restaurante, com um monte de demônios. Uma armadilha. Jennifer não me ouviu e fez exatamente o que Crowley queria. Eu não sabia muito bem o que ele queria, mas eu vi que coletaram o sangue dela, e isso com certeza faz parte do plano dele. Depois eu voltei ao armazém onde tinha deixado o demônio e o torturei mais ainda até que ele liberou a tal informação, porém ele disse que não sabe se dá certo. Voltei para contar, mas apareci numa casa. Miro para Dean, que estava sentado tomando cerveja em um, como que dizem? Sofá.
             Pela porta da cozinha vem aquela garota que a Jen insistiu em salvar e que eu curei. No momento em que ela me mira solta o prato que estava segurando com um pedaço de torta no chão e grita. Por que ela fez isso? Eu não consigo entender o motivo que as pessoas gritam desse jeito. Ela deve ter se assustado. Mas por que? Eu me aproximo dela e toco sua cabeça e em seguida ela dorme e cai no chão. Dean solta sua cerveja e corre para pegá-la e a coloca no sofá. Quando ela acordar vai achar que foi tudo um pesadelo.
              Dean volta ao carro e o acaricia. Eu o miro tentando compreender tal gesto. Então entro e sento no banco ao seu lado e rapidamente, sem pausa alguma, falo a solução para o problema de Jennifer enquanto ele dirige para voltar ao restaurante.
              Um anjo precisa doar sua graça a ela e se sacrificar, assim purificando e renovando sua alma e ficando literalmente invisel para qualquer entidade maligna. Ainda bem que ele não questionou de onde eu tinha tirado essa informação, não quero ficar dando explicações. Até esse momento ele não tinha se exaltado, mas quando mencionei que estava disposto a fazer isso pela Jen, ele ficou nervoso e começou a berrar que não era para me arriscar a fazer uma coisa que não tinha certeza e também não era pra contar para o Sam.

           Sinceramente eu não entendo Dean. Ele é um bom homem e quer ajudar, por isso confiei nele e em seu irmão para me ajudar nessa situação, mas por que ele não quer me deixar fazer isso? Sacrifícios tem que ser feitos.
               Agora estou aqui, fitando o corpo sem vida de Jennifer. Eu não devia ter obedecido Dean, se eu tivesse feito o que era para fazer, ela estaria vivendo feliz e longe daqui, sem lembrar disso tudo e com uma vida normal.
                Quando eu a toquei para cura-la, não senti sua alma. Tentei localizar ao redor mas não consegui e também não vi sinais de anjo da morte, ou como diz Sam e Dean, ceifeiro. A única coisa que senti de seu corpo foi a angústia e a tristeza, a mesma coisa que Sam está sentido agora, vejo em seus olhos.
              Será que esse era o tal plano de Crowley? De tomar sua alma com aquele ritual? Eu pensei que ele ia a transformar instantaneamente em sua arma de destruição. Mas agora eu não sei mais. Eu não entendo o que está acontecendo. Mais uma coisa que eu não entendo, entre tantas outras. Eu sou tão confuso.
                Por exemplo, eu queria entender esse sentimento, que os homens chamam de amor. Pelo que observei durante milênios, é uma coisa muito revigorante e que é bom de se sentir, mas ao mesmo tempo é uma desgraça e é devastadora. Muitas coisas me intrigam. 
               Os acompanho até o carro, Sam levando o corpo de Jen, e Dean em repleto silencio, sem nenhuma daquelas "piadas", na qual eu não entendo e não acho graça.
              Dean ia fazer um enterro de caçador, mas Sam não quis. Ele quer que eu faça algo para traze-la de volta. Eu não creio que isso seja possível, afinal o paradeiro é desconhecido e pode ser que demore muito tempo para encontra-la. Pode ser dias, semanas, meses, anos ou até séculos, e também pode ser que eu nunca encontre sua alma, pois ao menos consigo senti-la. 
             Quando Sam começa a insistir para eu fazer algo eu fico invisível. Por mais que tenho muitas coisas para fazer, como continuar a procura pelo meu Pai, impedir que o céu seja controlado por aqueles que não sabem como fazer, buscar e fazer descobertas por esse maravilhoso mundo, prefiro ficar aqui. Eles ficam em silêncio por um grande tempo, por muitas horas, até que começam a discutir. Eu já os vi fazendo isso várias e várias vezes. Entre diversos gritos e argumentações o vidro traseiro do carro de Dean se quebra os silenciando imediatamente.
                Eles saem do carro e vão rapidamente para trás, e eu vou também. Sam examina atenciosamente e Dean olha ao redor a procura do que pode ter causado isso. Eu faço o mesmo, mas não vejo nada. Nem demônio ou espirito, muito menos Jen.
              Dean e Sam se entreolham e abrem o porta malas. Pegam pás e adentram a mata através da neblina dessa madrugada. Permaneço aqui, perdido a tantos pensamentos.
                Depois de algum tempo, sou interrompido por Sam que retorna e pega o corpo de Jen. Eu o sigo até o buraco que cavaram, e nesse período de tempo percebo alguns suspiros e soluços dele. Chegando vejo que Dean está descansando apoiado sobre sua pá enquanto em seu rosto escorre uma lágrima.
             Sam coloca cuidadosamente o corpo na cova e ajeita o cabelo dela. Isso é muito triste, e só de pensar que a culpa é minha me entristece mais ainda. Enquanto eles terminam de enterra-la escuto um bater de asas ao meu lado. Leziel.
                -Você fez o seu melhor Castiel.
                -Não, eu não fiz.
                -Claro que fez caro amigo! Você ignorou as ordens dos céus, matou seus irmãos que queriam matá-la, matou demônios...-Leziel dá uma pausa e observa os Winchester. Eles tinham acabado. Sam estava sentado cabisbaixo ao lado da terra recém mexida e Dean fincando um crucifixo em madeira. -fez tudo que estava ao seu alcance.
                -Mas eu sinto que não fiz. -digo suspirando. Eu sei que ele está certo, eu matei todos que ousaram tentar mata-la, mesmo que nem perto dela chegaram, inclusive matei bons anjos, meus irmãos para salva-la. E quantas vezes passou por mim para fazer o sacrifício? Perdi as contas. Eu fiz o melhor mas não o suficiente.
                -Nós precisamos conversar, -ele diz sério. - e não aqui.
               -Tudo bem.
               Num piscar de olhos apareço numa grande biblioteca. Estaria completamente vazia se não fosse por alguns jovens silenciosos e distraídos com livros numa pequena e mesa e uma mulher em uma máquina que faz pesquisas, parecida com que Sam usa. Permanecemos invisíveis.
               -Eu tive que fazer um coisa... -Leziel vai até uma pratilheira e começa a folhar alguns livros.
               -O que você fez?
               -Eu me obriguei a apelar para ocultar a alma daquela garota.
               -Por que você fez isso? -indago. -Isso é contra as regras da vida. Você não tem o direito de fazer isso com ela.
              -Você não entende mesmo Castiel. -ele diz batendo o pó de suas mãos. -Não vê o quanto está sendo egoísta?
             -Eu egoísta? Você que condenou aquela alma a uma eternidade sem descanso!
              -Não tive escolha! -ele aumenta um pouco seu tom de voz. -É para o bem maior, eu simplesmente não podia deixar o senhor graça derretida pelos humanos, você, estragar tudo.
              -Você a privou do livre arbítrio, da escolha de ficar ou ir.
             -É melhor que ela fique assim, ninguém pode localiza-la e nem senti-la, e também... -ele continua e eu o interrompo.
            -Você não podia ter feito isso. É proibido! Quando descobrirem vão...
             -Vão o que? -ele questiona com um pouco de deboche. -Vão me agradecer, eu os livrei de um monstro, de uma aberração. Se ela descobrisse do que é capaz poderia tomar o mundo e nos destruir.
             -É só sobre isso que você e nossos irmãos se importam, sobre a nossa destruição. -hesito pensativo. -Ela era apenas uma garota, uma garota com um bom coração.
             -É...pode ser que ela era, -sinto deboche em sua voz -mas depois do que aquele sujo do Crowley fez a sua alma seria comprometida e eu impedi isso.
              -Isso é verdade, mas tinha que ter outro jeito. A alma dela está perdida agora.
              -Aceite irmão, não tinha outro jeito. Até tinha mas você e nem o fraco do nosso irmão que tinha a missão de cuidá-la, fizeram. Vocês tinha que ter a destruído antes de tudo. Já esqueceu Castiel que eu sempre encubro suas falhas?
             Depois dessas palavras ele bate as asas e se vai. 
             Eu estou tão intrigado, angustiado, nem sei como explicar o que está passando aqui por dentro. Eu sei que ele está certo como das outras vezes que errei. Ele sempre concertou as consequências dos meus atos seguidos pelo coração. 
            Tenho que por na minha cabeça que isso é melhor para todos. Jen vai ficar afastada de todas as tentações de seu destino, mesmo que sua alma não tenha descanso. Crowley não vai poder ter a sua tão desejada arma. E a humanidade, os anjos, a Terra vai estar salva, assim supondo, poi eu não tenho ideia do que Crowley queria conquistar com Jennifer.
             Mesmo refletindo sobre esses acontecimentos, não consigo me convencer que tudo está resolvido, que tudo vai ficar bem , que posso meditar em paz. Não é justo com ela. Não posso fingir que isso está certo. Ela não merecia isso. Não era sua culpa de ser a filha do mal, e muito menos das coisas aconteceram assim.
              Eu preciso encontrar uma maneira de ajuda-la novamente. Mas agora ajudar de verdade. Não importa o que eu tenha que fazer, nem que eu passe a eternidade procurando ou que eu tenha que dar minha graça e desistir da minha vida. Ninguém vai me impedir.
              Num piscar de olhos voo até um belo jardim numa bela e enorme selva da África. Para resfrecar minha mente, observo a natureza, as mais variadas espécies de animais. Passa-se algum tempo, não sei exatamente quanto, pode ser horas ou até dias. Até ignoro as orações feitas para mim, eu preciso ficar só.
              Vou até India, para aquele secreto depósito de grande sabedoria, onde tem livros com conteúdos realmente interessantes. Eu já consegui muitas informações e soluções daqui. Segundo Balthazar quem escreveu a maioria desses conteúdos foi alguns dos nossos irmãos, excelentes guerreiros e infelizmente caídos e desprezados. Pelo que sei, ouvi entre conversas no céu, foram mortos ou apenas desapareceram.
             


Notas Finais


E então o que acharam? Por favor comente a opinião de vocês <3
Muuuito obrigada por tudo meus amores
Beijinhos :3


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