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História Blessing or Curse? - 28


Escrita por: MissHunter

Notas do Autor


ooi morecos! Era para eu postar amanhã, mas eu resolvi postar hoje (ah não diga)
Espero que gostem <3

Capítulo 28 - 28


                                   P O V  SAM

            Sentado ao lado de sua cova, me sentindo perdido, completamente vazio, como se uma parte de mim tivesse sido arrancado sem piedade alguma. Eu não consigo parar de relembrar a cena de seus olhos tristes me mirando pela última vez, o peso de seu corpo frio em meus braços. Aquelas palavras, ditas com a voz mais adorável do mundo inteiro ecoam em minha mente sem parar " Eu amo muito você". Como eu pude deixa-la morrer? Minha função era protege-la, e por que eu não fiz isso? Agora sua alma deve estar com aquele maldito do Crowley! Eu nem consigo imaginar o que ela deve estar passando, do quanto ele vai faze-la sofrer. Se eu encontrar esse desgraçado, eu juro que eu acabo com a raça dele, vou faze-lo sofrer mais do que estou sofrendo e mais do que a minha Jen está sofrendo. Se for possível aquele desalmado poder sofrer mais do que nós.
              Voltamos ao Impala, Dean guarda as pás no porta malas.
             Eu detesto o jeito dele fingir que está tudo bem, de que não sofre, de que é do tipo que não se abala. Cara! Custava expressar suas emoções? As vezes eu queria ser como ele, não demonstrar a fraqueza.
             Duas quadras depois chegamos a casa de Bobby. Passamos pelas latas velhas e batemos a sua porta.
            -Que caras de funeral são essa? -ele pergunta um pouco preocupado abrindo a porta, e em seguida abraça Dean e logo a mim. -Cade a garota? Não me diga que ela... -ele olha para nossas faces e lê as nossas expressões. -Que bosta! Eu sinto muito garotos.
              -Tudo bem Bobby. -diz Dean forçando um sorriso. Adentramos a casa e solto a bolsa de armas num canto da sala. Vou direto para o armário onde Bobby guarda seus whyskies. -O maldito do Crowley elaborou uma emboscada e ela... -continua Dean explicando, entre suas palavras percebo agonia. Pego uma garrafa cheia e enfio garganta adentro. Preciso me sentir mais leve, preciso amenizar essa dor, tentar esquecer nem que seja por alguns minutos. Nos últimos goles alguém tira rapidamente a garrafa das minhas mãos e da minha boca, me fazendo dar uma leve tossida. Dean. Ele coloca a garrafa em cima da pia e fica me encarando com sua expressão fechada. -Qual é Sammy?
             -Quer acabar como eu seu idiota? -diz Bobby. -Um velho bêbado sem nada? -os dois ficam me mirando, abaixo a cabeça e seguro as lágrimas. Bobby dá uma leve batida no meu ombro. -Não faça isso Sam!
            Assinto e vou subindo as escadas. Dean se senta no sofá tomando uma gelada enquanto conta a Bobby o que houve. Entro no meu quarto e vou ao banheiro tomar um banho. Não consigo evitar que lágrimas escorram, me sento debaixo da ducha e deixo que a água caia sobre mim por um bom tempo para tentar lavar toda essa agonia. Mas tenho a sensação que a cada mais tempo que se passa pior eu fico.
               Eu estou sentindo o perfume da Jen, e não sei como mas sinto que ela está aqui, bem do meu lado, como se ela estivesse com sua cabeça no meu ombro, igual quando fazia quando estava chateada. Eu devo estar enlouquecendo. Isso não pode ser real. Castiel disse que sua alma estava perdida e consequentemente não pode estar aqui. Deve ser coisa da minha cabeça, desejando que ela estivesse por perto.
               Saio da água, me enxugo e me visto. Vou direto para cama. Fico um bom tempo deitado tentando dormir, mas não consigo. Alguém bate a porta e em seguida a abre. Dean estava segurando um prato com aqueles sanduíches com salada que eu gosto. Uma pena que to sem vontade alguma de comer.
              -Olha o que eu fiz Sammy! -diz ele se esforçando para parecer feliz. -Come um pouco aí cara.
              -Não obrigado. -forço um sorriso. -To sem fome.
               Ele rola os olhos e se senta na beirada da cama, e coloca o prato no criado mudo.
              -Sammy você tem que comer. Ela não ia querer te ver desse jeito. -Ficamos nos entreolhando. Sim, o Dean também está triste. Ele da uma leve batida no meu braço. -Vou dormir maninho, até depois.
               Fim de madrugada, ainda não consegui pregar meus olhos. Eu não sei como vou conseguir superar isso. Como que posso dormir sabendo que ela se foi? Como que vou acordar sabendo que ela não está mais aqui? Como que vou seguir em frente sabendo que nunca mais vou ver o seu sorriso? Eu nem me lembro mais como era a vida sem ela. Com ela eu nem me importava com essa merda de vida que é a minha, de caçar, de me privar da normalidade, de ter perdido quase toda minha família, de enfrentar todos os dias as piores coisas do mundo, ela fazia minha vida ser perfeita.
              Olho na tela do celular e já são quase meio dia. Resolvo descer para beber uma agua, aquela bebida ta queimando meu estomago. Bobby ta dormindo entre livros e na mesa tem uma garrafa de bebida quase vazia. Dean está sentando no sofá assistindo o que parece novela mexicana, com uma cena bem melosa,  escuto ele fungando e suspirando, está chorando. Isso é muito estranho, eu sempre o pego vendo essas porcarias e ele nunca fica desse jeito. Ele percebe minha presença e rapidamente troca de canal.
              -Cisco no olho...
              -Sei. Já chamou o Cas?
              -Tentei duas vezes...-Dean responde. -Mas ele não quer trazer seu traseiro celestial pra cá.
              -Será que ele ta bem?
              -Ele sabe se virar. -ele dá de ombros.
              -O que faremos agora Dean? -questiono me sentando ao seu lado.
              -O que fazemos sempre...seguimos em frente e fingimos que está tudo bem.
               Eu já sabia que ele ia responder isso, mas é que eu queria saber se eu estava enganado e se poderíamos fazer alguma coisa. Pego o notebook e começo a fazer pesquisas, durante muitas horas não encontro nada. Chamo Castiel mentalmente e nem sinal dele. Eu não devia ter pressionado Cas para me ajudar, ele também estava muito chateado. Talvez agora ele não queira ajudar mais. As vezes eu faço coisas tão estúpidas.
               Os dias se passam, completando uma semana. Eu achei que essa dor iria aliviar. Mas nem um pouco dela se foi, na verdade aumentou mais ainda. Eu mal consigo comer, nem dormir,  ao menos sair da casa do Bobby, nem para olhar a luz do dia. Surgiu dois casos durante esse período de tempo, mas eu recusei os convites de Dean. No primeiro caso ele foi sozinho, no segundo desistiu e pediu para que Bobby mandasse outros caçadores. Dean chamou Cas varias vezes, mas ele não aparece. Eu também tentei, até pedi desculpas, mas não adiantou.
                Como eu desejei poder sonhar com ela, nem que seja para poder só observa-la. Seus olhos encantadores, seu belo sorriso, o seu jeito um pouco mimado ao mesmo tempo tão único, escutar a sua doce voz. Já que eu não conseguia dormir direito, tomei uns três comprimidos do Bobby, do que eu acho e espero ser calmantes e tomo uma cerveja para rebater. Deito na cama e fico esperando meus olhos se cansarem, mas parece que eles não faziam isso, e não fariam nunca mais. Fico apertando o pingente do colar que Jen me deu.
              Sinto cheiro de úmido, de dor, não sei como é possível isso ter cheiro. Vejo o carro do Dean estacionado na frente da casa do Bobby. Adentro o ferro velho e apareço num jardim todo seco. Dean está sentado encostado numa arvore e tomando cerveja, ao seu lado há várias garrafas vazias e ele dizia coisas sem sentido, como "pequenos idiotas e confusos..." e também "...o camaleão tem cores engraçadas" "eu sempre consigo todas, mas você é a melhor que eu nunca vou ter". Deve estar muito bêbado. Continua andando até que esbarro num crucifixo no chão, é a cova da Jen. Começo a chorar e me ajoelho pedindo para ela voltar, até que sinto alguém tocando meu ombro. Eu reconheço esse toque inconfundível. Me viro desesperadamente e a vejo. Com um grande sorriso ao mesmo tempo lágrimas escorrendo, a abraço bem forte e a giro no ar, a fazendo retribuir o sorriso mais perfeito de todos. Quando a solto ela me beija, com tanto carinho e com tanta saudade, meu coração se enche de amor novamente.
                -Jen!! -digo ofegante. -Você voltou pra mim?
                -Sam...-ela abaixa o olhar, eu pego em seu delicado queixo e trago seus olhos para os meus. -Isso só é um sonho...
               -Por favor, me leva com você.
               -Não posso. -uma lagrima escorre em seu belo rosto.
               -Então volta.
               -Olha Sam, eu não sei por quanto tempo vou aguentar ficar aqui. Eu preciso te falar uma coisa!
               -Então fala Jen.
               -Dói tanto te ver assim...Eu só queria que você voltasse a viver normalmente, não quero que fique doente.
              -Mas nada mais importa pra mim...
              -Claro que importa, olha o Dean. -diz ela. Miro ele, está chorando e falando mais coisas sem sentido. -Ele está muito mal também.
               -Isso é um sonho, e aquele Dean não é real. Dean não ta tão mal assim, ele sabe superar.
               -Sam ele ta fingindo que ta tudo bem, eu andei observando ele também e percebi isso. Só cuida dele, ele é sua única família. E para de ficar obsessivo, por favor, isso está te fazendo mal.- mais lágrimas escorrem em seu rosto.
               -Você esta perto de nós? Nos observando?
               -Desde quando... -ela hesita e suspira. -Eu fiquei com você, eu não consegui ir a lugar algum.
              -Foi você quem quebrou o vidro do carro?
               -Dãh...claro que fui eu, seu bobinho. -ela força um sorriso.
               -Você se recusou a ir com um ceifeiro?
               -Nenhum veio me procurar.
               -Como Cas não consegue te localizar?
               -Eu não sei...só sei que ninguém consegue me ver e...-ela se contorce de dor, e eu a seguro.
               -O que está... Você ta bem?
               -E-eu tenho q-que ir. -ela gagueja.- Sam siga sua vida, não fique assim p-por favor, não quero te ver a-assim!
               -Jen eu te amo muito não posso deixar v...
               Pisco os olhos e acordo dando um pulo na cama tentando recuperar o folego. Vejo Dean e Bobby com suas expressões abismadas e preocupadas.
              -SAMMY! -Dean berra e me dá um abraço.
              -J-Jen...-murmuro.
              -O que filho? -pergunta Bobby
              -Sam você ta bem? Faz 24 horas que você estava apagado cara!
              -24 horas? -indago confuso. Ambos concordam. -É eu to legal. -respondo não tendo certeza. Meu coração está muito disparado e  sinto um aperto nele. Massageio minha cabeça, que dói muito e pergunto. - E você Dean como você ta?
               -É... -ele dá uma pausa. -eu to bem.
               -Você disse algo com a Jennifer... -diz Bobby.-O que foi garoto?
                Eu os conto, eles se entreolham e ficam me encarando. É claro que oculto a parte que ela disse que estou obcecado, eu não estou obcecado! Só estou preocupado com ela e sinto muito sua falta.
               -CAS! CAS! CAS! -começo a chamar desesperadamente. Mas nada acontece. 
               -Cas! -chama Dean. -Cadê você? Seu filho de uma puta! 
             Mas ainda assim ele não aparece. Eu estou começando a achar que algo o aconteceu, ele nunca nos ignorou, não desse jeito e nem por tanto tempo.


Notas Finais


E então? O que acharam? Por favor comentem a opinião de vocês, vale muito para mim.
E você leitor fantasma, é você mesmo, por favor comente algo coisa, nem que seja um simples "oi".
muito Obrigada a todos vocês, beijinhos docinhos meus lindos :3


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