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História - A espiã


Escrita por: vanlima625

Notas do Autor


Oi amados! Conforme prometido a atualização foi realizada. Perdoem os possíveis erros. Não tenho ninguém betando pra mim. Espero vocês nos comentários com suas opiniões. Um enorme abraço e obrigada por continuarem comigo.

Capítulo 4 - A espiã


______FÉ______

 

Na casa do chefe dos ministros do rei de Konoha, encontrava-se uma jovem de cabelos tão negros com reflexos azulados e olhos tão claros quanto a neblina das manhãs frias. Essa jovem fora adotada ainda em tenra idade pelo líder dos ministros do rei de Konoha, Orochimaru. A jovem Hinata amava de verdade o seu “pai” e não poupava esforços para agradá-lo, pois em sua visão, se não fosse a generosidade de tal homem em tomá-la pra si como filha, a mesma jamais teria sobrevivido naquele universo tão machista e violento. A menina caminhava pelos corredores do que conhecia como lar em direção ao gabinete do pai, o dito cujo havia enviado um servo a seus aposentos avisando-a que ansiava em vê-la para pedir-lhe um favor. Claro que Hinata fora imediatamente ao encontro do pai, sua gratidão não lhe permitia titubear de modo algum a um pedido daquele que lhe dera uma família quando ninguém mais a quis.

 

No gabinete de  Orochimaru

- Sasori, recebi esta manhã um mensageiro em minha casa. Sabe o que dizia tal mensagem? – Grita o Homem de pele pálida e olho  de serpente para um ruivo tão pálido quanto ele.

- Não cheguei a ler o conteúdo de tal carta, meu lorde. – Respondeu o ruivo de nome Sasori.

- Aqui diz que nossa emboscada para matar o maldito rei falhou. Além disso, o maldito rei chegou à Konoha ainda na madrugada de hoje com vida. Dizem que uma curandeira milagrosa o curou. Ademais, o Capitão Uchiha e os Taka, embora em menor número conseguiram derrotar os mercenários que contratamos. Temos que ficar de olho no palácio, não posso deixar que descubram meus planos, tão pouco que aquele rei permaneça no trono por mais tempo.

- E como pretende proceder a partir de agora, meu lorde? O plano que traçamos durante meses falhou. O que podemos fazer? Agora que o rei está no palácio, sua proteção e vigilância é maior, não podemos fazer nada sem o risco de nos revelar. – Argumenta Sasori.

- Imbecíl! – Brada Orochimaru. – Esses anos todos te treinando, educando-o para pensar em táticas de guerra e sobrevivência de nada te serviram? Pois não valeu o investimento que fiz ao te coletar daquela pocilga que era teu lar. Espero que Hinata valha mais para mim do que você. Se ao menos aquela débil da minha falecida esposa tivesse conseguido gerar, teria eu meus próprios herdeiros. Não teria que adotar crianças cuja procedência me é duvidosa.

- Perdoe-me ,Pai! Sou-lhe grato por tudo que fez por mim e Hinata.

- Cale-se! Plantarei Hinata no palácio com a desculpa que a mesma possui interesse na arte da cura. Pedirei ao Rei que a deixe ser treinada por Neji. Assim, ela tanto irá vigiar a curandeira vadia que estragou os meus planos, e de quebra, terá acesso ao rei. Quero que ela o seduza! Hinata já não é mais uma criança e já está mais do que na hora de casá-la. Quando a adotei, escolhi ela ao invés de Neji, porque uma mulher poderia ser usada mais à frente para uma aliança. Mas, ao invés de ti, deveria eu ter adotado Neji. No entanto, quando tornei aquele maldito orfanato, soube que o palácio o havia levado.

- ....- Sasori absorveu as palavras daquele que chamava de pai. As absorveu com ódio. Sabia que ele e Hinata não eram amados, não passavam de meras ferramentas nas mãos do ambicioso chefe dos ministros do rei. Enquanto refletia para si, o ruivo ouviu passos e uma leve batida na porta se fez presente segundos depois. Era Hinata, afinal o pai pedira a um servo para chamá-la. Pobre coitada! Iria ser a puta do rei em troca de informações. Mas conhecendo a irmã, e sabendo o quanto a mesma era cega quanto ao pai, claro que faria qualquer coisa por aquele a quem via como seu salvador.

- Papai? O Senhor me chamou e eu vim! – Hinata entrara na sala se pronunciando e dirigindo-se para onde estava seu irmão.

- Sim, menina! Mandei chamá-la sim. Vamos direto ao ponto. Você irá se infiltrar no palácio com o pretexto de aprender técnicas de cura na casa médica do rei. Lá você será amiga da curandeira vadia que salvou a vida do rei. Além disso, veja se serve de alguma coisa e tente seduzir o rei. A criei para fazer um casamento vantajoso e me deixar mais poderoso e obter alianças vantajosas. Já é hora de me pagar o bem que fiz em criar-lhe. – Pronunciou-se friamente o homem sedento por poder.  A menina a sua frente o olhava assustada, mas em sua mente pedia para ser forte e conseguir cumprir os desejos do “pai”, o homem a quem devia a vida.

- Assim farei, Papai! – Disse ela engolindo o choro que insistia em querer sair por suas cordas vocais em forma de negativa. Ela era gentil demais e sabia dos planos do pai. Ele queria o trono e faria qualquer coisa para obter excito em sua empreitada. No entanto, apesar de ser contra a forma como ele queria conseguir sentar no trono real, ela faria o que ele pedisse, visto que ele era sua família.

- Ótimo! Vá e ordene um servo que prepare tuas coisas, assim que o miserável do rei estiver recebendo visitas irei até o mesmo e pedirei que ele a aceite como aprendiz na casa médica do palácio. Lembre-se, Hinata...seja amiga da vadia, não seja tonta e fraca a ponto de arruinar meus planos ou eu arruíno sua vida. Não tolerarei ninharias e surtos de bondade. Seja uma boa filha e honre os desejos de seu pai. – Orochimaru decretou friamente e deu as costas a ambos os filhos. Saiu da sala rumo ao seu laboratório, lugar estritamente proibido para quem quer que fosse. Ninguém além dele pisava ali.

 

Casa médica do palácio, ala D

 

Acordei cedinho. Como sei que era cedo? Meu relógio de pulso aparentemente funcionava naquele local, ele marcava 6 da manhã. Meu estômago protesta em ânsia por ser saciado. Vou em direção ao que me parece o banheiro daquele local, não vejo vaso sanitário algum. Tratava-se apenas de uma sala adjacente ao quarto e lá havia uma espécie de tina. Deduzi que se eu quisesse um banho teria que pegar água em um poço ou outra fonte por mim ainda desconhecida. Caso quisesse saciar minhas necessidades fisiológicas creio que terei que frequentar aos “banheiros” daquela época. Lavei o rosto com a água que estava em uma jarra ao lado de minha cama, peguei um pouco dessa água para escovar, visto que em minhas coisas haviam dentre tantos itens aqueles de higiene oral. Feito isto, penteei meus cabelos e fiz um coque rosquinha deixando alguns fios soltos. Não poderia ficar o dia todo sem um banho, saí do quarto e fui buscar quem me ajudasse. Aparentemente, o corredor o qual ficava meu quarto e mais alguns, era adjacente ao jardim da ala médica. O jardim possuía muitas ervas, haviam várias panelas de barro dispostas em fogaréus improvisados, de certo para a confecção de lambedores e outros produtos medicinais. Atravessei o jardim em direção a sala a qual conversei com o Dr. Hyuuga no dia anterior. Tinha esperança de vê-lo ou até mesmo aquela moça Tenten. Por falar nela, a dita cuja estava fazendo reposição de alguns vidrinhos em uma das muitas prateleiras que essa espécie de consultório médico. Essas prateleiras eram feitas de madeira e tinham detalhes talhados, algo bem rústico. A grande mesa, com lugar para 12 pessoas,também era de madeira e as cadeiras eram confeccionadas com bambu e eram estofadas. O tecido me parecia couro. Tudo ali era muito limpo, o chão apesar de não ter piso em cerâmica, aparentava ser bem esfregado e os cheiros ali se assemelhavam em partes ao de hospitais no futuro. Saí de minhas divagações e fui encontrar-me com Tenten.

- Bom dia, Tenten né?! Você poderia me informar como que eu tomo banho por aqui? – Perguntei meio hesitante, afinal ela não tinha cara de muitos amigos para o meu lado.

- Para uma mulher que veio do céu você não é muito esperta. Claro que aqui tomamos banho com água. – Ela disse isso revirando os olhos e juro por Deus que eu senti minhas veias saltarem na testa por tamanha grosseria dessa garota. Que mal eu havia feito pra ela? Respirei fundo, precisava conseguir um banho e tirar aquela roupa, pois na madrugada ao ir verificar o Capitão psicopata eu me molhei com a bacia de água enquanto mergulhava um pano para limpar o suor de sua tes.  

- Tenten, eu sei que tomamos banho com água, mas de onde venho a água sai direto na banheira. Aqui me parece que terei que pegar para transportar até a banheira. O que quero saber é de onde vocês pegam a água para o banho. – Ela me olhou abismada quando falei da parte que a água saia direto na banheira. No entanto, posteriormente ela virou o rosto e me ignorou. Já não estava indo com a cara daquela garota. Quanta petulância! Deixa só ela precisar de mim, saberei não ajudar da mesma forma que ela está fazendo. Pareço uma criança pensando assim, mas acreditem, estou sendo bem madura e aceitando as coisas de maneira até calma pra quem aparentemente viajou no tempo.

- Tudo bem, Tenten! Já que não quer me ajudar, irei procurar o Dr. Hyuuga. Tenha um bom dia. – Ia dar-lhe as costas, mas a mesma segurou meu pulso e me pediu para segui-la. Que bipolar!

- Está vendo aquele caminho de pedras? Ele irá dar na casa de banhos da ala D do palácio. Há fontes termais e piscinas naturais. Passar bem! – Dito isto, ela saiu em direção ao hospital. Fui explorar o local e constatei que de fato era um casa de banho e cada piscina natural ( feita pelas formas rochosas) eram divididas por biombos de bambu. As formas rochosas eram magníficas! A água tão cristalina! Observei que mais afastado das fontes, haviam casinhas. Já desconfiei de cara que aquilo eram as “privadas” daquele local onde fui parar. Céus! Voltei para o meu quarto, peguei minha mala e fui em direção as casinhas. Em seguida, tomei banho nas fontes termais das piscinas naturais. Como estava de plantão, minha mala tinha toalha e alguns pertences pessoais. Vasculhei rezando para ter me lembrado de por uma muda de roupa para quando fosse embora do hospital no dia seguinte. Lembrei que tinha marcado de ir à praia com meu noivo no amanhecer, após minhas horas de plantão findarem. Então havia um short jeans e uma regata vermelha em minha mala. Me enxuguei e vesti essas roupas. Fui em direção ao meu quarto, deixei minhas coisas ali e me dirigi para onde ficavam os leitos dos acamados, a fim de verificar meu paciente ( o psicopata sequestrador). Cheguei lá e o mesmo ainda estava dormindo. Passei uma de minhas mãos pela cabeça dele, seus cabelos saíram de foco e deixaram o espaço de sua testa livre para que eu verificasse sua temperatura. Quando o fiz, um par de olhos negros se abriram e me olharam fixamente, vasculharam cada cantinho do meu rosto. O dono desses olhos levantou seu tronco para apoiá-lo na cabeceira da cama. Feito isso, olhou-me mais uma vez e juro que o vi corar quando olhou minhas pernas.

- Minha senhora! Como ousa vir de encontro a um homem em tais trajes? Quem mais além de mim a viu assim? – Sua voz era fria e aquilo me amedrontou. Do que esse louco estava falando? Porque aquela irritação comigo?


Notas Finais


O que acharam? ^^


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