História Feel Free, But Do Not Deny - Com pocky para finalizar!

“Eu recebi uma notícia dos médicos que podem explicar melhor essa minha gravidez... Eu tenho útero e ovários... Me liguem, por favor.”

Baekhyun e Chanyeol olhavam incrédulos para o celular depois de lerem o conteúdo e depois de mais algum tempo com a mesma expressão e na mesma posição começam a rir que nem dois retardados.

- ELE É UMA HERMAFRODITA HAHAHAHAHAHAHAHA. – Chanyeol diz entre risadas acompanhado de Byun que já nem segurava as lágrimas.

- Aigo, aigo, vou ligar para a princesa para saber o que se passa. – Baek diz marcando os números tão conhecidos para si.

Bastou três toques e logo o Do já estava atendendo.

- E aí gata?! Eu sempre soube que em alguma parte de você, você era mulher! Me diz que homem sabe fazer cookies que nem os seus? – Baek diz ainda em meio das risadas e quase pôde sentir o Kyung revirando os olhos.

- Olá para você também drama queen. – a coruja falou sarcástico.

- Yah! Drama queen minha bunda. – Byun resmungou

- Você que sabe se é na bunda, i don’t care. – Kyung respondeu recebendo um bufar do olhos delineados.

- Enfim, se explique homem fantasiado de mulher. – Byun disse implicando com o amigo grávido.

- Ignorando a sua gentileza, vou explicar melhor o que o doutor me disse e ao Jongin… O termo hermafrodita não existe no conceito humano e eu pelos vistos nasci com uma deficiência que fez desenvolver útero e ovários. – Kyung termina a sua explicação.

- Nossa… E isso pega? – Baek pergunta ainda zoando.

- BAEKHYUN! SE VOCÊ NÃO QUER SABER BASTA DIZER QUE EU DESLIGO E ACABOU. – Kyung já estava sem paciência.

- Pronto me desculpe Kyunggie, eu não fiz por mal só estava te zoando.

- Então pare com essa merda porque já estou irritado e se eu fico irritado meto todo mundo irritado e se todo mundo fica irritado o meu bebé também e isso pode fazer mal aí eu me desespero e pode acontecer alguma coisa e depois a culpa é sua porque eu morri incluindo o meu bebé e aí morre você a seguir porque o Kai irá matar você e no fim o mundo é invadido por extraterrestres e acaba o mundo. – Kyung diz sem ao menos parar para respirar de tão rápido que falava.

- Respire Kyung e ninguém irá morrer okay? Nem vão extraterrestres invadir o planeta. Me desculpe por irritar você, não quero que aconteça nada ao baby Soo que vai ser meu afilhado ou afilhada.

- Okay… okay… um… dois… três… - Kyung respirava fundo devagar para tentar se acalmar. – Bom, era só isso que queria falar depois quando tivermos todos juntos pessoalmente eu explico com mais detalhes. – Kyung disse.

- Tudo bem. Vê se descanse um pouco. Nos vemos amanha. – Baek disse.

- Sim vou tentar… amanha será o grande dia. – Kyung diz suspirando recebendo um “sim” do amigo. – Até amanha.

- Até, beijos e se cuide.

E assim a ligação encerrou.

- Como correu? – Chan perguntou.

- Bem, todos iremos morrer e o mundo será invadido por extraterrestres.

- O... Que?

- Estou ficando com fome... Vamos pedir comida chinesa? – Desviou o assunto e riu com a cara perdida do corretor, que apenas assentiu com a cabeça. – Olha, ele não entrou em detalhes, só que ele nasceu com uma deficiência que o fez desenvolver úteros e ovários. Agora, eu vou querer yakissoba.

- Ah... Tá. Eu também! – Sorriu infantilmente, fazendo Byun revirar os olhos, enquanto discava o número do restaurante.

Depois de minutos de espera, a comida chegou e, por causa de um aviso que Chanyeol deu dizendo que teriam que dormir cedo porque no dia seguinte trabalhariam, comeram rápido e se recolheram para dormir.


~//~


O despertador de Chanyeol tocou cedo, acordando os dois coreanos com uma música qualquer de k-pop. O mais alto levantou se espreguiçando e indo em direção à janela para abri-la. O dia estava incrível, passarinhos voando e cantando, o Sol brilhantemente brilhante, crianças correndo pelo parquinho – o que era um absurdo para Chanyeol já que era muito cedo para isso –, exceto pelo fato de que ele e Baekhyun teriam que ir trabalhar. Ainda mais com câmeras gravando tudo.

Revirou os olhos ao lembrar-se desse pequeno – mas importante – fator e caminhou até o mangaka, beijando seus lábios e dizendo:

- Baek, vamos que ainda temos que passar na sua casa para pegarmos uma roupa para você.

O coreano menor foi se sentando vagarosamente na cama e coçou os olhos como uma criança, deixando Chanyeol extremamente abobado com essa cena.

- Eu tô com sono, Channie... – Falou manhoso. – Me carrega. – Pediu, meio que parecendo um ordem, esticando os braços como um bebê pedindo colo para a mãe.

E claro que Chanyeol o negou.

Só que não.

Só faltava Park começar a babar. Ele pegou Byun no colo, só que se lembrou de que tinha que se trocar, já que estava de pijama, então o deitou na cama de novo, falando que iria se vestir e Baekhyun agradeceu aos deuses por ter esses minutinhos a mais na cama. Não demorou muito para sentir como se estivesse voando – se não fosse pelo fato que tinha dois braços abaixo de si – e só voltou à realidade ao ser colocado no banco do carro.

Chegaram ao apartamento do menor e, além de trocar de roupa, aproveitou para pegar os novos projetos de mangá que tinha feito. Baekhyun andava como se fosse um zumbi de tanto sono e isso rendeu uma piada por parte de Chanyeol:

- Tomou Dramin, é? – Recebeu um soco molenga no braço. – Wah, você realmente está cansado, aconteceu algo?

- Não sei... Só estou com muito sono. – Respondeu. – Pode ser por causa do frio... Frio me deixa com sono.

- Ou você é só preguiçoso. – Recebeu outro soco fraco. – Vamos logo, senão nos atrasaremos.

- Ah, nem quero ir... Aquilo que o Joonmyeon fez é invasão de privacidade... Imagina quando a barriga do Kyungsoo começar a aparecer! Ou se deixamos escapar alguma merda nossa! Estaremos ferrados. – Reclamou entrando no carro.

- Acho que não temos como escapar... – Começou a dirigir e, em 20 minutos, chegaram à editora.

Desceram do automóvel, caminharam lentamente para dentro do prédio e arregalaram os olhos ao ver todo mundo na recepção.

- Ah! Baek, Chan, chegaram na hora certa! – Joonmyeon falou, sorrindo e os dois estranharam tal ato.

- Agora que todos estão aqui - o produtor do programa começou a falar -, vou dar as regras básicas: ajam naturalmente, como vocês agiriam todos os dias. Tenham um bom dia. – Se despediu de todos e saiu.

Então, como se nada tivesse acontecido, todos subiram aos seus respectivos andares indo para suas bancadas. Seguiram os conselhos do produtor e começaram a fazer seus trabalhos como se não tivesse uma câmera lhes gravando.

A não ser por Heechul.

- Escuta aqui! – Falou olhando para a câmera de sua mesa. – Eu sou a diva desse local, a única estrela que brilha, não ligue para esses outros recalcados, a única pessoa que se dá bem nas frentes das câmeras sou eu: Kim Heechul! A DIVA DA PURPURINA, A ESTRELA MAIS BRILHANTE DESSE UNIVERSO! AJOELHEM-SE PERANTE A MIM! SOU EU QUEM MANDA NESSA POR-

- KIM HEECHUL! – Kyungsoo gritou. – Cala essa boca e vem corrigir meus mangás. AGORA!

- Nossa, acha que é dono da razão só porque está grá... – Ia falar, mas foi interrompido por todos.

- HEECHUL! – Gritaram.

- Pelo amor de Deus, fale algo que presta pelo menos uma vez. – Luhan falou.

- Há! Como você é engraçado, Luhan! – Baekhyun disse irônico. – Até parece que isso vai acontecer algum dia.

- Yaaah! Eu tenho sentimentos! – O corretor de Soo falou e os outros o olharam com cara de “ah é? Sei.” – Tá, nem tantos, mas não me desvalorizem.

Os lá presentes reviraram os olhos e deixaram o dia correr normal. Ou pelo menos tentaram, já que, por algum motivo que ninguém sabia porque, Ryeowook estava mais distraído que o normal.

O faxineiro estava limpando uma estante de livros que ficava em uma das paredes do andar e acabou derrubando tudo; deixou a vassoura cair na cabeça de Luhan – de novo –; misturou todos os mangás que estavam em cima da máquina de cópias; esqueceu-se de colocar a plaquinha de “cuidado, piso molhado”, que fez com que vários funcionários escorregassem; esbarrou com Lay, fazendo as duas caixas de pizza caírem e muitas outras coisas aconteceram.

- O QUE TEM NA CABEÇA RYEOWOOK?! MERD-

- LUHAN! – Kyungsoo gritou, novamente. – Por que tanto estresse garoto?! O homem está distraído, não é novidade.

- Nossa depois fala de mim. – Heechul falou.

- Acontece que sempre que esse menino anda distraído de mais eu é que levo. – Lu disse irritado.

- Desculpe… - Ryeo estava sem jeito. – Me desculpem vocês todos. – Corrigiu-se olhando para algumas pessoas ainda no chão por causa do piso molhado e para o Lay que tinha que voltar para buscar mais pizzas.

De resto tudo continuou calmamente… Mentira! Nada naquela editora acontecia calmamente. Xiumin não gostava muito de câmeras por isso de vez enquanto se via um Minseok escondendo a sua cara com algumas folhas e andando meio curvo quando se tinha de levantar para ir algum lado, fazendo assim o garoto esbarrar em algumas câmeras; Heechul reclamava para um dos garotos das câmeras que devia mudar o lugar da máquina porque segundo a diva “O lado direito realça mais a minha beleza”; Kris que estava tirando cópias se irrita porque de repente a fotocopiadora para de funcionar por isso se vê um Kris calmo virando um Kris dando pontapés na máquina; um Chanyeol encarando fixamente a câmera apontada para sim (vai-se lá saber o porquê) e muito mais coisas acontecendo.

- Heechul, tome aqui mais folhas para corrigir e… - Kyung fala se levantando, mas de repente a sua fala evapora ao sentir uma enorme dor no seu baixo ventre.

- Kyung? – Baek chama preocupado mas Kyung nada diz, ele apenas se apoia na parede.

- Você está bem? – desta vez foi o Xiumin que perguntou.

- O homem está pálido e apoiado numa parede e acha que ele está bem?? – Key responde.

- G-G-G-Gente… – Kyung tenta dizer alguma coisa enquanto via tudo andar à volta.

- Ai coração… Kyung… - Hee estava preocupado… Como todo mundo.

- E-Eu… - Kyung já não consegue dizer nada e o seu ultimo ato é desmaiar.

- KYUNGSOO! – Baek grita.

- ALGUÉM CHAME O KAI! – Luhan grita enquanto segurava o corpo do Kyung que estava no chão.

- O KAI? CHAMEM UMA AMBULÂNCIA QUE É MAIS ÚTIL! – Hee grita.

- MAS O KAI É MAIS RÁPIDO E MAIS FORTE PARA PEGAR NO KYUNG! – Luhan responde ao Heechul.

- MAS ELE É MÉDICO POR ACASO? – Hee foi irónico.

- NÃO, MAS PELO MENOS LEVA O KYUNG MAIS RÁPIDO AO HOSPITAL! SE VOCÊ FOR ESPERAR UMA AMBULÂNCIA ATÉ LÁ O KYUNG JÁ FEZ 80 ANOS! – Luhan diz irritado.

- CALEM ESSAS BOCAS IDIOTAS E CHAMEM O JONGIN DE UMA VEZ! – Baek berra.

- Ele está ali…

- KYUNGSOO! – Kai grita correndo até ao seu amado grávido nos braços do Lu. – SAIA DAQUI. – Jongin empurra o Luhan para o lado.

- Nossa não tem que agradecer não. – Lu falou irônico.

- O QUE ACONTECEU AQUI?! – o moreno perguntou quando já tinha a coruja nos seus braços.

- Ele levantou, andou e desmaiou. – Baek respondeu. – Nossaaa eu estou rimando para caraca e-

- NÃO INTERESSA! – Jongin gritou… novidade né?

- Desculpe…

Jongin não disse mais nada, apenas saiu correndo com um desmaiado Kyung nos braços para fora da editora, enquanto todo mundo ficou olhando eles em pé e todos juntos (parecia até uma seita concentrada no local), até o Lay estava ali com as duas pizzas na mão, juntamente com Suho olhando seus funcionários.

- Nossa… E isso foi só o primeiro dia de filmagens… Imagina o resto do mês… - Chanyeol comentou.

Depois disso, todos continuaram os seus trabalhos, mas sempre preocupados com o amigo.

- Olhem o correio gente. – Yesung diz assim que entre na editora, mas logo seus olhos aumentam um pouco quando vê a quantidade de câmeras e pessoas com câmeras. – Então… Se eu precisar de uma câmera já sei onde buscar hein? – Ye faz uma piada forçada.

- Oi Yesung! – Algumas pessoas cumprimentam o rapaz.

- Oi! – Ye responde sorrindo logo parando o seu olhar no Ryeo que o ignorava completamente, mas tinha um sorriso brilhante no rosto. – Feliz ele hein? – Yesung comenta se referindo ao Ryeo.

- Ah sim… Não sei o porquê de estar tão alegre, sabe? – Baek diz.

- Hum… - Ye apenas murmura e depois se despede e vai embora.

- Gente… - uma voz se pronuncia e um monte de cabeças se vira ao mesmo tempo (que nem no filme do exorcista) para essa voz.

- KYUNGSOO! – Todos. Mas TODOS gritam (até as pessoas que seguravam as câmeras)

- Credo para quê esse show todo? – Jongin pergunta vendo como todo mundo parece gostar demasiado da sua coruja… repito: da SUA coruja.

- Vai meter esses ciúmes no cú amigo, estamos todos preocupados. – Hee fala, recebendo um bufar de Kai.

- O que se passou Kyunggie? – Lu pergunta.

- São dores normais da gra... Da gripe que ele tem. – Kai responde.

- Você agora virou “Kyunggie”? – Lu pergunta recebendo um olhar mortal do moreno.

- Não era melhor ir para casa Kyung? – Baek pergunta.

- Também falei isso para ele, mas ele não quer. – Kai diz indignado.

- Eu estou bem, não é necessário eu ir para casa, posso perfeitamente trabalhar. – Kyung diz.

- Se você o diz…

- Amor e se acontecer alguma coisa novamente? – Kai pergunta choramingando.

- Não vai. – O moreno suspira derrotado.

- Tudo bem… Até logo. – Kai diz beijando a testa do menor e depois estreita os seus olhos quando vê o monte de câmeras apontadas para ele. – Essas merdas são necessárias? Eu até tenho uma lá fora fixamente olhando para mim… Eu sou segurança, não faço nada além de ficar olhando a rua. – Kai diz indignado apontando para as câmeras.

- Jongin olhe a linguagem. – Kyung repreende.

- Mas é verdade… porque eu preciso de uma câmera apontada para mim? Não sou mangaka, corretor, chefe, secretario… então porque preciso de câmera? – o moreno estava mesmo indignado.

- Não sei, mas vai trabalhar. – Kyung diz e Kai suspira.

- Okay, okay… Até logo. – Ele disse.

- ATÉ LOGO! – Todo mundo gritou.

- EU FALEI PARA O KYUNG E NÃO PARA VOCÊS! NÃO É NECESSÁRIO RESPONDEREM! – Kai grita porque já estava um pouco mais longe.

- Idiota… - Algumas pessoas xingaram e Kyung só riu começando a caminhar para a sua secretária.

O resto do dia não foi lá grande coisa. Eles saíram para almoçar (e um câmera man os seguiu o percurso todo), voltaram à editora e trabalharam até o fim do expediente. Até aí, o dia tinha acabado para vários que estavam lá, menos para Baekhyun e Chanyeol. Eles ainda tinham um encontro pela frente.

O quase casal saiu da editora em um clima misterioso criado pelo mais alto. Byun perguntou aonde iam e o que Park respondeu foi “a um encontro”. Foi cuzão? Foi. Mas gostava de ver Baek curioso, deixava-o fazendo manha direto. Manha do tipo:

- Channie! Diga-me aonde vamos, por favooooor!

- Anda, Channie, please!

- Aigoo, eu faço gwiyomi!

- Ildeohagi ileun gwiyomi
Ideohagi ineun gwiyomi
Samdeohagi sameun gwiyomi
Gwigwi gwiyomi gwigwi gwiyomi
Sadeohagi sado gwiyomi
Odeohagi odo gwiyomi
Yukdeohagi yugeun jjokjjokjjokjjokjjokjjok gwiyomi nan gwiyomi! GWIYOMIIIIIIII!

- GWIYOMI CHANYEOL!

- Eu falo em japonês!

- Onegai, senpai!

- Pera, eu sou o mais velho aqui, eu sou o senpai!

- Aigoo, eu desis... OMO CHANYEOL! NÃO ACREDITO QUE ESTAMOS AQUI! EU TE AMO!

Ok, aqui jaz Park Chanyeol, um homem bom, mais ou menos trabalhador, de coração puro, que não faria mal a ninguém e que ama Byun Baekhyun, o causador de sua morte. E a causa para Baekkie matar Channie desse jeito é pelo simples fato de ambos estarem parados na entrada do melhor evento de animes de todos os tempos: SMAnime MangaKo.

Claro que o mangaka sabia que o preço da entrada é um absurdo, que Chanyeol deve ter gastado pelo menos metade do salário só com os dois ingressos e que ele devia se sentir mal por isso, mas ele estava tão abobalhado pelo fato de estar lá.

Após entrarem, tudo o que Chanyeol conseguia fazer era rir da carinha de Baekhyun, parecia uma criança que tinha acabado de ganhar um balde de doces.

- Aonde quer ir primeiro, Baek? – O corretor perguntou.

- Hm... Vamos dar uma volta e ir parando em barraca por barraca. – Respondeu com um sorriso infantil e Park não se conteu em roubar um selinho. – C-Channie, aqui não! – Sentiu o rosto ferver, mas o maior apenas riu.

A primeira barraquinha que passaram foi para começar a jornada de aumentar as coxas deliciosas de Byun Baekhyun: a barraquinha de tempura (e cá entre nós, essa desgraça é deliciosa). O mais baixo pediu de legumes e o mais alto de frutos do mar, o que rendeu entre um roubando um pouco de outro e xingamentos por fazerem tal ato.

- Mas você pegou do meu também, Baekkie... – Chan falou manhoso.

- Aish, tá, pega! – Ia tentar parecer bravo, mas acabou rindo ao ver o outro tão animado com o fato de dividirem comida. É como se fossem mesmo um casal...

Depois de terminarem de comer, saíram andando pelo evento, até que pararam em frente a uma área de karaokê. E com sorrisos divertidos, entraram na fila para cantar, afinal quem não se diverte cantando Vocaloid?

- Isso não é meio gay? Tipo, cantarmos Vocaloid? – Baekhyun perguntou.

- Byun, nós somos o que?

- Ah... É. Esquece que eu fiz essa pergunta.

Quando chegou a vez deles cantarem, escolheram uma “clássica” que a Hatsune Miku canta: World Is Mine. E aquela cena estava bem engraçada. Enquanto Byun cantava perfeitamente em japonês, afinal fazia aulas online, Park cantava algumas partes aleatórias, aquelas que lembrava de quando sua irmã saía cantando (ou de acordo com ele, gritando) pela casa.

Depois de terminarem de cantar e várias pessoas lhe elogiarem pelas belas vozes seguiram para as próximas barraquinhas: a de yakissoba, gyoza, harumaki, missoshiro, teppan yaki e de bichinhos de pelúcia (veja só, UMA que não é de comida!). Resultado: os dois reclamando de dor de barriga e um Baek cheio de ursinhos fofinhos.

- Chan! Chan! Chan! Chan! – O baixinho chamou afoito. – Chan! Chan!

- Jesus, Baek! Pare com isso, parece o Sheldon! – Riu com a comparação. – O que foi?

- Concurso de pockys! Vamos lá! Vamos, vamos, vamos!

- Sim, vamos, não precisa ficar! O concurso não vai fugir, não!

Caminharam com os passos apressados do mangaka e, por sorte, conseguiram ser um dos primeiros a entrarem para participar do concurso daquele horário. As regras são simples: não rele suas mãos no pocky, tem que comer sem o auxilio delas.

Após a área da competição estar cheia o suficiente, os competidores foram autorizados a começar o “desafio”. E como nossos protagonistas são pessoas cheias de sorte, era óbvio que eles perderiam. Acontece que tinha mais pocky no chão do que no estômago deles e olha que nem é tão difícil assim pegar esse doce com a boca.

- Droga, eu queria ter ganhado o pocky gigante... – O mais velho falou emburrado.

- Eu compro pra você. – O corretor entrelaçou sua mão à do mangaka.

- Channie, não precisa ficar gastando todo o seu dinheiro comigo...

- Mas eu te chamei para um encontro e... Eu te amo, Baekkie. Por você, eu compro tudo.

- Chan... Você tem mesmo o poder de me desarmar... Mas eu ainda vou te pagar uma parte pelo menos.

- Eu quero te beijar. – Aproximou seu rosto ao do outro.

- Faça-o.

- Aqui?

- Agora.

Sem pestanejar, Chanyeol uniu os lábios aos de seu quase namorado. Era um beijo singelo e sensual, porém sem malícia. Um beijo repleto de sentimentos e todas essas gayzisses. Um beijo para se recordar.

- Namora comigo? – Foi o que Baekhyun ouviu após o término do beijo.

- Namoro, sim!

- Eu te amo! – Roubou um selo do outro. – Agora vamos à barraquinha de pockys.

Aos risos, foram andando até o local mencionado e o mais alto comprou o tão esperado pocky gigante (digamos que o tamanho desse pocky é do tamanho de um notebook). Escolheram uma mesa para sentarem e comerem tranquilamente. Foi quando ouviram uma risada conhecida.

Olharam para o lado e viram Ryeowook. Até pensaram em ir falar com ele, mas travaram quando viram Kyuhyun se aproximar do faxineiro e lhe roubar um selinho. Então era esse o motivo da felicidade de Ryeo, huh?