1. Spirit Fanfics >
  2. Feelings >
  3. O despertar da maternidade

História Feelings - O despertar da maternidade


Escrita por: Dotty-chan

Notas do Autor


Olá gente gata!!

Inverti a postagem das fics hoje, mas cheguei... *risos*

Eu já começarei a dar algumas cenas da vida nova do nosso casal Jerza e espero que todos curtam, pois não sou acostumada a escrever nesse ambiente... *cora*

Boa leitura!

Capítulo 12 - O despertar da maternidade


Fanfic / Fanfiction Feelings - O despertar da maternidade

Erza engoliu em seco ao ouvir a declaração de Jellal, pois por mais que ainda se sentisse enganada, não podia negar que ele tinha acertado em algumas coisas. Em seu desejo por vê-lo ao invés de Mystogan, por exemplo.

Não era como se ela soubesse que eram duas pessoas diferentes, mas em sua forma mais prática de pensar na época, se ele tivesse duas personalidades, a de Jellal era a que mais mexia com ela.

— Você é bem apressadinho pra alguém que está de luto. – Disse ela tentando disfarçar o fato de todo o seu corpo estar em alerta com a proximidade dele.

— Eu não estou apressando nada, só quero que saiba que não estou pra brincadeiras. Eu quero você. – Retrucou o rapaz e se levantou, deixando claro que não a forçaria a nada, mas que seus sentimentos não mudariam.

— Você é mesmo louco... Agora vá pro seu quarto. – Pediu a ruiva, o levando até a porta com as duas mãos em suas costas.

— Esse vai ser o meu quarto, junto de você, pois o meu era aquele todo rosa que agora é da Wendy. – Afirmou o rapaz se virando de frente para ela e então pegou seus pulsos e colocou as mãos da ruiva sobre seu peito. Ela as puxou de volta rapidamente.

— Claro que não! Então vá pro quarto do seu irmão... – Argumentou a garota sentindo as maçãs de seu rosto começando a esquentar.

— O quarto do meu irmão não me servirá. – Disse ele com um sorriso de canto e em seguida a puxou pelo pulso pelo corredor.

— O que está fazendo? – Questionou ela já amedrontada pelo que poderia acontecer quando chegasse ao tal quarto de Mystogan.

— Quero que veja isso... Tenho a impressão de que você vai gostar. – Respondeu ele e os dois pararam diante da porta.

Assim que Erza teve a visão do interior do quarto, sua boca entreabriu involuntariamente.

— Esse é o ateliê da minha prima... – Murmurou ela ao ver as diversas formas de arte que poderiam ser criadas ali. Caminhava a passos lentos, tocando com as pontas dos dedos as obras iniciadas bem como os materiais e instrumentos que a outra ruiva usava.

— Entendeu agora o porquê de nós termos que dormir juntos? Não dá pra dormir aqui. – Argumentou ele enquanto ela se mantinha com os olhos atentos a cada item daquele quarto.

— Não se preocupe, o sofá é bem confortável também... – Replicou ela sem sequer olhá-lo, mas logo encontrou algo muito interessante: O diário de Erza Knightwalker.

— Um diário. – Notou ele ao bater os olhos no livreto nas mãos de Erza – Você vai ler?

— Não sei... Talvez seja uma invasão de privacidade. – Respondeu a ruiva ao deslizar os dedos sobre a capa de couro.

— Seria se ela estivesse viva. – Retrucou o azulado e já tomou um tapa do ombro.

— Não fale assim! Você não tem respeito pelos mortos não? – Esbravejou ela irritada.

Erza continuaria sua inspeção ao ateliê de sua prima, mas um barulho agudo tirou a atenção dos dois de qualquer outra coisa: O choro de Wendy.

— Ela acordou. – Disse Jellal ao ficar frente a frente com a ruiva.

— Isso é óbvio, mas o que faremos agora? – Questionou a moça enquanto ambos se dirigiam ao quarto da garotinha.

— Vamos cuidar dela, oras... – Respondeu ele e assim que abriram a porta do quarto, lá estava ela, já mais calma e tentando pegar os penduricalhos que ficava acima de seu berço.

Jellal já chegou brincando com a pequena e de cara notou que tinha um cheirinho bem desagradável no ar.

— Acho que é a hora de trocar a fralda dela. – Comentou o rapaz sem sequer tocá-la.

— Descobriu isso sozinho, Sherlock Holmes? – Ironizou ela imediatamente, mas também não se moveu.

— Engraçadinha... Vá logo trocá-la. – Ordenou ele ao dar as costas para as duas.

— N-nem pense nisso! Eu não sei como fazer algo assim! – Exclamava a ruiva já amedrontada com a possibilidade de ter que fazer algo como aquilo.

— Eu sou homem, então é a sua deixa. – Disse ele risonho.

— Ela é só uma bebê, seu idiota... Ah quer saber? Eu faço isso, mas só dessa vez... Pra provar que posso muito bem cuidar de uma criança. – Retrucou a ruiva enraivecida.

— Ok, você troca a fralda e eu faço a mamadeira. – Encerrou o rapaz e logo em seguida pegou a lata de leite solúvel na bolsa da menina, algo que Mira tinha deixado até com as instruções para que eles não errassem.

Assim que o rapaz saiu do quarto, Erza pegou seu celular rapidamente e então digitou no Google: “Como trocar um bebê?”

Ela olhou bem para os resultados e encontrou um vídeo. Já de cara ouviu a moça dizer que uma pessoa trocaria em média duzentas e cinquenta fraldas só no primeiro mês de vida de uma criança. Ela quase que teve uma crise de pânico, mas logo a seguir veio o passo a passo de como fazê-lo e ela, apoiando o celular perto do trocador, foi fazendo exatamente como deveria.

Ao terminar de colocar a fralda nova, a ruiva ficou extremamente contente com sua nova habilidade, então comemorou alegremente. Foi nesse momento que a pequenina sorriu para ela, emitindo alguns sons que pareciam uma risadinha.

— Você ficou contente não é mesmo Wendy? Eu me pareço com a sua mãe não é? Queria poder ser como ela e não deixar que sofra jamais... Vou me esforçar para isso... Eu prometo. – Declarava a ruiva com a pequena nos braços e foi nesse momento que a garotinha voltava sua boca para o corpo de Erza.

Jellal, que já estava ouvindo as palavras da ruiva em silêncio por uma fresta na porta, adentrou o quarto com a mamadeira.

— Pode parecer uma fonte imensa de leite Wendy, mas aí não tem nada pra você... Embora eu também tenha a vontade de tocá-los... – Disse o azulado ao se aproximar com o leite da garotinha e já tomou um tapa na nuca por parte de Erza.

— Idiota pervertido! Faça algo de útil e me dê essa mamadeira! – Exclamou a garota e Wendy deu um pulinho de susto, mas riu ao ver o sorriso de Jellal.

— Eu vou dar de mamar a ela. – Afirmou o rapaz ao tirar a mamadeira de perto da garota.

— Ok então, faça como quiser, mas é muito fácil dar mamadeira depois que eu já fiz a pior parte. – Resmungou a ruiva ao estender a menina para ele, que se sentou em uma poltrona no canto do quarto e tentava alimentá-la, mas a pequena se negava.

Erza já tinha saído do quarto e tinha ido para a cozinha, onde tomaria um pouco de água e depois ligaria para Lucy, dando a loira a noticia de que se mudaria ainda naquela noite.

Enquanto contava à sua amiga o que tinha acontecido, ouvia o choro de Wendy ao longe. Aquilo não mexia consigo somente no sentido de ser irritante, mas de certa forma sentia que não queria que a pequena sofresse, então se despediu de Lucy e voltou ao quarto, onde Jellal já estava desesperado.

— Bem que a Mira disse que não seria fácil... – Concluiu o azulado ao ver que não tinha conseguido nada nos minutos em que tentava fazer a pequena se alimentar.

— O que faremos...? Deixe-me tentar. – Pediu a ruiva ao dar os braços na direção da garotinha.

A garota até tentou, mas Wendy mamou bem pouco e acabou se deixando vencer pelo cansaço, adormecendo novamente.

Erza ficou imaginando o que poderia fazer para que a menina não acabasse doente por conta de má alimentação até a consulta com o médico.

Jellal estava cansado e disse que iria tomar um banho, então a ruiva, que tinha pensado em ir buscar suas coisas, acabou indo até o quarto ao lado, imaginando que se ficasse em meio às coisas de sua prima, poderia imaginar seu modo de agir e saber melhor o que fazer. Foi então que ela visualizou o diário novamente.

A ruiva se sentia meio que culpada por ler algo tão pessoal da prima, mas prometeu que não olharia para nada que não tivesse relação com a filhinha da mesma. Nessa busca acabou descobrindo algo...

“Wendy está cada vez mais mal acostumada, só quer mamar deitadinha, mas devo confessar que a culpa é minha por viver tão cansada e dar a ela esse hábito por querer aproveitar as mamadas pra descansar...”

Ela fechou rapidamente o livreto e voltou a ouvir o choro de Wendy. Decidiu que naquele momento testaria a tese do diário na tentativa de fazer a garotinha mamar.

— Venha com a titia... – Sussurrou a ruiva ao pegar a menina nos braços, ainda meio desajeitada por não ser um hábito, mas seguiu até a cama da prima e lá se deitou com Wendy.

A garotinha então resmungou um pouco, mas logo começou a mamar rapidamente. A pobrezinha estava faminta.

— Peguei você... – Balbuciou Erza satisfeita por ter feito duas coisas certas no mesmo dia e em seguida a colocou sentada por uns minutinhos, brincando com a azulada. Quando percebeu que a menininha coçava os olhinhos, a ruiva a colocou ao seu lado e, depois de acariciar os cabelos da pequena, ambas pegaram no sono.

Jellal saiu do banho somente de toalha e decidiu procurar algumas roupas do irmão, mas ao entrar no quarto viu as duas dormindo serenamente. Sorriu ao imaginar que aquela poderia ser a sua família agora.

O rapaz se vestiu e em seguida se sentou ao lado da ruiva, na verdade ele se deitaria ao lado dela naquele momento, mas a garota acordou assustada com o movimento na cama.

— Wendy... – Murmurou ela ofegante e depois respirou aliviada por ver a menina dormindo tranquilamente ao seu lado.

— Já se parece com uma mãe. – Comentou o azulado com um sorriso cheio de dentes.

— Que susto você me deu, achei que ela tinha caído da cama. – Disse ela em tom de repreensão, mas com a voz muito baixa, para não acordar Wendy.

— Ainda está assustada? Pois se estiver, eu posso abraçá-la. – Sugeriu ele ao se aproximar ainda mais da garota.

— Nem pense nisso. – Reprovou a moça ao afastá-lo ao ponto de poder se levantar da cama.

— Já ouviu a expressão “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”? – Questionou ele ainda risonho.

— Já sim, mas a única coisa que será furada aqui será o seu crânio com a pedrada que eu vou te dar se continuar a me tocar como bem entende. – Retrucou ela com um sorriso claramente forçado.

— Nossa, que garota hostil... – Protestou ele ao pegar Wendy nos braços, em seguida a levou para o quarto da mesma.

— Eu ia até meu apartamento buscar as minhas coisas, mas estou sem carro... – Disse ela cabisbaixo assim que ele saiu do quarto de Wendy.

— Pegue um carro lá na garagem. – Ofereceu ele enquanto caminhava até a cozinha, pois procuraria algo para comer.

— Me dê a chave do seu. – Pediu ela ao rodeá-lo.

— A cadeirinha da Wendy está lá e se você demorar a voltar a ponto de eu precisar sair com ela, vai ser um incômodo, então pegue o carro do Mystogan. – Sugeriu ele ao jogar as chaves para a garota.

— N-não quero pegar o carro dele... – Resmungou ela ao colocar as chaves sobre o balcão.

— O que foi? Ainda pensa nele? – Perguntou o azulado ao se voltar para ela.

— Você tem algum tipo de problema? Não havia mais nada entre a gente e ele era meu primo! – Respondeu ela irada.

— Então porque não quer pegar o carro dele? – Questionou ele novamente.

— Porque eu não quero, ué. – Respondeu ela evitando o contato direto com o olhar do rapaz.

— Eu não vou insistir nisso por enquanto, pois está muito recente a morte deles, mas quero que deixe de se mostrar tão emotiva quando o assunto for o meu irmão. – Pediu ele ao cercá-la próximo ao balcão.

— Não estou emotiva... – Relutava ela enquanto tentava escapar do azulado.

— Ok... Já que é assim então porque vive evitando olhar pra mim ou, quando o faz, me trata como se quisesse me afastar? – Indagou ele prendendo-a entre seus braços, com as mãos recostadas ao balcão, fazendo com que a garota se sentisse pressionada ao ponto de dizer de uma vez tudo o que se passava pela sua mente e coração:

— É porque você fica me olhando com esses olhos parecidos com os dele... Porque me toca com essas mãos que são idênticas às dele... E porque sua boca é tão atraente como a dele... Mesmo que eu não tivesse sentido nada tão sério por ele, foi difícil ter que deixá-lo na noite em que ele me pediu em casamento... E agora você aparece dizendo que quer que a Wendy e eu sejamos a sua família... Eu me sinto tão perdida...

O rapaz baixou a cabeça mantendo as testas dos dois alinhadas e então voltou novamente a fitá-la, com aquilo que seria uma boa solução do ponto de vista dele:

— Eu estou tão perdido quanto você, mas acho que não foi por acaso que nos encontramos... Então talvez seja a hora de nós dois deixarmos o passado de lado e começarmos a construir um futuro pra gente...


Notas Finais


A Erza ainda está em uma fase de desconfiança com relação ao Jellal, não é pra menos, já que ele aprontou muito no passado, mas eu tenho curtido isso de aprontar com o casal de "pais" de primeira viagem... *piscadinha*

Vou deixar aqui uma musica que retrata bem o que a nossa ruiva está sentindo, espero que curtam...

Don't think that your charm
And the fact that your arm is now around my neck
Will get you in my pants
I'll have to kick your ass and make you never forget
I'm gonna ask you to stop
I thought I liked you a lot but I'm really upset
So get out of my head, get off of my bed

Tradução~
Não pense que o seu charme
E o fato de que o seu braço está em volta do meu pescoço
Fará você entrar em minhas calças
Eu terei que chutar sua bunda e fazê-lo não esquecer
Eu te pedirei para parar
Achei que gostava muito de você mas estou realmente chateada
Então saia da minha cabeça, saia da minha cama

Don't Tell Me
Avril Lavigne


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...