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História Feels Like Home - Capítulo 16


Escrita por: GuaxiLexa

Notas do Autor


Migas, eu esqueci de por nas notas antes, mas eu queria muito saber se vocês preferem que o baby Clexon seja menino ou menina ruehruher Então se você está lendo agora, ou relendo, me avisem suas preferencias xD

:3

Capítulo 16 - Capítulo 16


Organizar uma exposição, foi talvez uma das coisas mais estressantes que Clarke já tinha feito em sua vida. Porém, ela tem o prazer adicional de assistir esse tipo de estresse nos seus três companheiros de exposição, na verdade, era bem interessante observar eles pirando. Na noite antes da exposição, os quatro estavam na galeria observando o ultimo polimento do salão principal e admirando todo o trabalho que foi feito na galeria ao longo desses nove meses.

Bellamy estava inquieto, ele se movia sem parar, quase compulsivamente. Ele estende a mão para endireitar uma pilha de panfletos ou para mover o tapete que ficava embaixo de um vaso de planas no hall de entrada. Então seus braços iria voltar para baixo e ele ficaria perfeitamente imóvel, antes de voltar a procurar alguma coisa para fazer, evitando morrer de estresse. Ele tinha um tom ligeiramente verde em seu rosto, como se estivesse pronto para vomitar a qualquer momento.

Wells parecia ter sofrido algum tipo de metamorfose, ele iria ficar zumbido como inseto enquanto rodava toda a galeria, sem contar que sempre resmungava para si mesmo quando encontrava uma coisa que ele achava melhor mudar e sobre o quanto eles ainda tinham que fazer antes da abertura. O obvio, eles já tinham feito tudo, não havia mais nada a fazer, mas aparentemente o termo ‘’Se ocupando com problemas inexistentes’’ era um mecanismo de ansiedade do Wells. Ele já tinha dado um monólogo tenso sobre como todos deveriam prestar atenção no que usar para amanhã à noite, e sempre enfatizando que tem que ser algo especial. Porque um desastre ‘’Fashion’’ poderia arruinar toda produção, o que não era verdade, claro. Nem um crítico daria a mínima para o que os artistas estavam vestindo, mas Wells parecia pensar que as coisas mais simples poderiam arruinar tudo.

Murphy também foi completamente afetado pelo estresse, porém ele ainda era o mais calmo dos três. Ele andava pela galeria devagar e assentindo pensativamente enquanto olhava para as pinturas. – Elas ficam bem juntas. – Ele sussurrou para Clarke, gesticulando em volta para as pinturas.

E elas ficam. Elas realmente ficam. O nome da exposição ‘’Estações’’ fazia todo o sentido, quando você olhava para todas as pinturas penduradas no mesmo lugar, alimentando uns aos outros de uma forma interessante e surpreendente, até mais do que Clarke poderia ter esperado. Com explosões brilhantes de ouro e vermelho, a arte de Wells era ‘’Verão’’. As obras de Bellamy ‘’Primavera’’, com rajadas de cor, vida e grossas pinturas texturizadas com uma sensibilidade decididamente floral. Murphy tinha tons em sépia melancólicas, em formas de quedas ‘’Outono’’. E o trabalho de Clarke? As pinturas dela representavam o ‘’Inverno’’, para o verão do Wells, sombria e em um azul desesperado, ela foi subitamente chocada com o quão diferente sua vida era na época que ela tinha pintado.

Talvez aquele tenha sido o seu próprio inverno, seu próprio tempo frio de fome e escuridão. Talvez isso significasse que ela estaria indo para a Primavera agora. Clarke sinceramente esperava por isso.

- E se ninguém aparecer, - Bellamy disse, assim que apareceu ao lado de Clarke. Seus nervos estavam a flor da pele. – E se der o tempo de início da abertura amanhã e ninguém aparecer? Ou pior, se tiver uma ou duas pessoas?

Clarke olhou para ele, uniformemente. – Você distribuiu os folhetos?

Bellamy deu de ombros. – Centenas deles.

- E você colocou os cartazes? Pendurou os folhetos nas escolas de artes e perto de outras galerias?

- Sim. Mas tem uma grande diferença entre ver um panfleto e ir para uma abertura. – Bellamy disse exasperado.

Clarke levantou uma sobrancelha. – Nós fomos pare centenas de aberturas na faculdade, Bellamy. E você sabe o porquê?

Bellamy suspirou. – O vinho

- O vinho – Clarke disse com firmeza. – Estamos completamente abastecidos com vinhos e champanhe, se nada mais der certo, talvez possamos dar uma festa incrível. – Ela deu um tapa no ombro dele. – Vamos lá, você é apenas um pouco nervoso agora. Pense no quão bom vai ser quando você estiver falando com um grande crítico ou comprador, sobre o seu material.

Ballemy resmungou algo em voz baixa e cruzou os braços, ainda olhando as pinturas. – Deus, eu espero que tudo dê certo nessa abertura. Nós colocamos muito dinheiro nisso.

- Colocamos tudo nisso. – Clarke repetiu de forma suave. O bebê mirou um chute particularmente inoportuno bem no meio de seu estômago. O bebê estava ficando nervoso e chutando ela, enquanto a loira se estressava com a abertura da galeria, que o bebê ajudou a construir. Ela devia tudo isso a ele. Bom, ela devia a Lexa, tudo isso. Mas Lexa se recusava a aceitar que ela era responsável por essas conquistas da Loira. Então, Clarke iria ter que doar os seus agradecimentos ao seu pequeno passageiro. Colocando uma mão em seu estômago e sorrindo para ele sempre que podia. – Você tá bem? – Bellamy perguntou, olhando para ela.

- Sim. – Clarke disse. – É só o monstrinho chutando.

Ele sorriu um pouco, em algum lugar desses meses, os três tinham aceitado que ela estava grávida e pararam de agir como se a Loira fosse feita de vidro e estivesse prestes a quebrar. – Você já sabe se é um menino ou uma menina?

- Não – Clarke suspirou. – E nem quero saber.

- Você que quis assim? – Bellamy perguntou. – Ou Lexa que não queria saber?

Clarke fez uma pausa. Honestamente, isso tinha sido ela, não Lexa. Ela que se recusou a saber o sexo do bebê. Lexa apenas deu de ombros e embarcou com ela nesse navio. – Vai ser melhor se for uma surpresa, - Ela disse na defensiva. Quanto menos eu ficar ligada à ele, melhor. Ela pensou em particular

- Quando vai nascer? – Murphy perguntou, chegando mais perto. – Já deve estar perto.

Clarke deu de ombros. – Em breve. No próximo mês ou no final desse, eu acho. – Ela, especificamente, tinha evitado pensar muito sobre o parto. Ela leu livros, assistiu a alguns vídeos, o que não tinha ajudado ela com a animação. Ela realmente evitava pensar sobre isso. Então, novamente, quando você é do tamanho de um planeta, em cima de suas próprias pernas demasiadamente finas, você tende a pensar sobre o dia em que você vai poder andar sem a intensa dor nas costas e joelhos. A única animação que ela tinha.

Ballemy tinha a expressão de quem ia pedir algo mais sobre o bebê, mas Wells apareceu logo em seguida, contraindo descontroladamente o seu olho e perguntando se eles achavam que as luzes UV tinham um tom roxo para o resto deles, ou se só ele estava vendo coisas. Todos decidiram que depois disso, era hora de ir para casa, eles declaram que Wells estava demasiado louco de estresse, preocupação e de ser útil a todos, e além disso, não havia mais nada a ser feito. A galeria tinha sido construída, agora tudo que faltava era abrir a exposição. 

Ela entrou em um ônibus e rapidamente alguém ofereceu o seu lugar à ela. Outra das vantagens de estar enorme, ela conseguia abrir espaço com sua barriga, colocando as pessoas que estavam no seu caminho, para o lado e poder se sentar. Sentar e tirar seu peso de seus pés, era a melhor sensação do mundo. 

Quando Clarke finalmente chegou, ela estava em um estado ofegante pelo esforço. Tudo era um esforço, quando você tinha o mesmo peso que uma baleia azul. Lexa olhou por cima de onde ela estava encostada na bancada da cozinha, digitando em seu Laptop. Ela acenou com a cabeça para a direção e uma tigela quente. – Eu fiz sopa para você.

Clarke sorriu. – Obrigada. Isso é tudo que eu preciso – Ela disse agradecida, caminhando até o banco. – Como foi seu dia?

Lexa deu de ombros, fechando o laptop com um pequeno sorriso em seu rosto, olhando Clarke de uma forma bem calorosa. – Ocupado.

Quando se tratava de Lexa, a Loira sentia como se ela nunca tinha estado em uma situação mais bizarra. Porque, não é como o tipo de química que ela iria negar e iria se dissipar. Só faltava algumas semanas para Clarke dizer o seu adeus para sempre, e seu desejo de estar com Lexa novamente, deveria desaparecer, mas ele só estava se fortalecendo. Clarke foi a única que pós um fim nisso tudo, ela dizia a si mesma, repetidas vezes que ela não iria se arrepender. Mas ai, ela se lembrava que tinha que ter um pensamento racional sobre Lexa, nada iria mudar depois que o bebê nascer, ela iria embora e faltava poucas semanas para isso. Ela só esperava que pudesse sobreviver a essa sensação dolorosa. Por falta de palavra melhor, o desejo, que esmagava o seu coração cada vez mais, ao decorrer dessas últimas semanas, se ela sobreviver a isso, talvez ela tenha uma chance de superar tudo isso. Bom, ela disse a si mesma. Se superar tudo isso, significa que você vai ser completamente desligada de Lexa e seu filho, então você iria estar completamente ferrada. Talvez em um universo diferente, onde elas se encontrassem em circunstâncias diferentes, elas poderiam ir em encontros como pessoas normais. Clarke desejava mais do que tudo, viver nesse universo, um mundo onde ela poderia declarar com toda a honestidade que ela queria Lexa, queria algo que durasse mais que um período de gestação.

Se aconchegando com sua sopa, ela lançou um olhar de volta a Lexa, que estava franzido a testa para seu celular. – Você está bem?

Lexa olhou para ela e o olhar perturbado que tinha em seu rosto sumiu. – Sim, tá tudo bem.

Clarke olhou para ela. – Tem certeza? Você está se sentindo bem? Tá estressada?

Lexa riu. – Eu estou bem, Clarke. Você não tem que se preocupar. – Ela encolheu os ombros e guardou seu celular. – É apenas algo que eu pensei que ia ficar pronto hoje, mas não está. Eu vou ter que buscar amanhã.

Clarke engoliu a sopa. – Material do trabalho?

Encolhendo os ombros mais uma vez, Lexa se esquivou da pergunta de forma suave, com toda sua pode de advogada. – Mais ou menos. Eu não vou chegar tarde para a exposição, eu prometo.

- É melhor não chegar – Clarke sorriu. – Você é minha convidada de honra.

A sobrancelha de Lexa se curvou e ela sorriu um pouco, um desses pequenos sorrisos arrogantes que fazia Clarke se sentir como uma adolescente, agindo de forma estranha na frente da sua grande paixão. – Então, ser convidada de honra vem com quaisquer regalias?

Clarke revirou os olhos. – Meu eterno amor e gratidão? – Ela riu internamente com amargura.

- Não é muito – Lexa brincou. – Mas eu vou aceitar.

- Ah, qual é – Clarke brincou. – Eu já vou ter o seu bebê, o que mais você quer de mim?

Lexa riu baixinho e abriu seu computador, teclando silenciosamente enquanto Clarke levava sua tigela até a pia. Estes eram os tipos de silêncios confortáveis que Clarke vivia, especialmente quando ela estava sentada em um ônibus lotado, ansiando pelo sossego do apartamento, a batida dos teclados do Laptop de Lexa, ou o giro de uma página de livro. Esses eram os únicos sons que se tornavam audível. Esse apartamento, ao que parece, era um santuário que tinha sido ausente durante a última década de sua vida. Tranquila, segura e caseira. E não selvagem e barulhento, que era os que ela compartilhava com Finn. Às vezes, ela se pegava chamando este apartamento de ‘’Casa’’ Lexa nunca percebeu, ou se percebeu, ela nunca disse nada. Mas Clarke pensava muito sobre isso. Este lugar, era mais uma casa do que qualquer outro em que ela esteve, e o pensamento de dizer adeus, deixava ela imensamente triste.

Era uma situação estranha de se estar. Ela queria que o bebê nascesse logo, para que ela pudesse se apressar com suas despedidas, e queria que isso não fosse muito doloroso. E ela queria também que o bebê não nascesse nunca, para que ela pudesse ficar nesses silêncios confortáveis com Lexa para sempre. Era um pensamento que aterrorizava ela se ela ficasse entretida com ele em sua mente por muito tempo. Clarke iria ficar nesse apartamento com Lexa para sempre, se pudesse.

Secando a tigela com um pano de prato, a loira não demorou muito para notar que Lexa estava olhando para ela. Em momentos como este, ela venderia qualquer membro do seu corpo para saber o que ela estava pensando. Ela encontrou o olhar quente de Lexa com um sorriso cauteloso. – O que foi? – Ela perguntou.

O olhar de Lexa caiu de volta para o computador e seu sorriso ficou maior. – Nada – Ela disse de forma muito inocente para ser genuíno. Clarke estreitou seus olhos, Lexa sabia de alguma coisa e estava mantendo silêncio sobre o assunto.

- No que você está pensando? – Clarke perguntou em voz alta, avançado para inclinar contra o balcão.

Lexa deu de ombros, cruzando os braços sobre o peito e olhando Clarke de uma forma quente, que deixava os joelhos da loira igual gelatina. – Nada. Eu só estou de bom humor, só isso. Tô ansiosa para a exposição amanhã. Já está tudo pronto?

Clarke zombou. – Mas do que pronto. Wells tá histérico, é engraçado.

- E você?

- Eu? – Clarke pensou por um momento. – Eu estou animada, eu acho. – Ela riu, pensando na conversa com seus amigos naquela manhã. – Quer dizer, talvez as pessoas irão, talvez não. Não há muito que possamos fazer sobre isso agora. Mas eu estou orgulhosa do que eu fiz, eu acho que isso é tudo que importa.

Lexa olhou para ela de forma pensativa. – Me manda um e-mail com o folheto.

Clarke estreitou os olhos. – Por quê?

- Eu preciso do endereço para saber aonde eu devo ir – Lexa disse com aquela voz inocente, que significava que ela estava mentido. Clarke se perguntou quando ela chegou ao ponto de que poderia dizer instantaneamente quando Lexa não estava dizendo a verdade. Provavelmente no mesmo ponto em que Clarke tinha percebido que ela mentalmente observava cada expressão fácil minúscula de Lexa.

- Ok - Clarke deu de ombros, levantando a voz com desconfiança. A loira limpou as mãos no pano de prato e se sentou no banco. - Então, acho que amanhã eu vou te ver bem cedo lá.

Lexa cantarolou em acordo. - Amanhã é o grande dia - Ela disse, e havia uma corrente de excitação e diversão em sua voz que cimentou todas as suspeitas de Clarke, Lexa sabia algo que a loira não tinha ideia do que era.

- Você ta agindo de forma estranha - Clarke acusa em brincadeira. - O que você tá escondendo?

Lexa sorriu largamente. - Nada. Vá para a cama, você tem que descansar!

Clarke olhou para trás, para ver Lexa diversas vezes enquanto fazia seu caminho para o quarto. Lexa riu da Loira antes de voltar para o Laptop. Clarke balançou a cabeça antes de fechar a porta atrás dela, Lexa de bom humor sempre foi o suficiente para fazer a Loira sorrir, era quase irritante a maneira que o humor dela poderia ter um efeito tão grande em como Clarke se sentia. Às vezes, quando Lexa estava estressada com alguma coisa do trabalho, havia uma espécie de tensão dentro de Clarke que ela não conseguia explicar. Bom, talvez ela pudesse, mas seria perigoso ir muito perto de considerar o tipo de sentimento que ela tinha pela morena que dormia no outro quarto.

Ela beliscou a ponta de seu nariz e sacudiu a cabeça. Ela já tinha chegado à conclusão que amava Lexa e restava poucas semanas antes de ter que dizer adeus a Lexa e o bebê para sempre.

Você é e sempre será apenas uma barriga de aluguel. Clarke disse a si mesma, se sentindo subitamente mais triste. Qualquer coisa que você pensou, qualquer dor que você sente, é quem você é.

Ela foi para a cama mais cedo naquela noite, porém não dormiu por muitas horas. Seus pensamentos foram ocupados com a exposição de arte e a imagem de cabelos escuros espalhados sobre um travesseiro branco no quarto principal.

 

                                                                                      * * * * *

 

A organização tinha sido difícil, mas a abertura real era mais estressante do que Clarke poderia ter previsto.

A tarde foi gasta com as limpezas finais em torno de tudo, Wells tinha exigido isso, apesar do local estar impecavelmente limpo. Ontem à noite, esse tipo de histeria nervosa do Wells tinha sido engraçado, mas essa mesma histeria na noite da exposição, começou a deixar um clima pesado entre todos eles.

Ballemy ficava perguntando – Não importa se não vier muitas pessoas para a abertura, não é? – Mas ele perguntava para si mesmo, ou para qualquer um que chegasse muito perto dele. Seus olhos estavam nublados de preocupação enquanto olhava para suas pinturas. Clarke sabia no que ele estava pensando, se ele era bom o suficiente, se fez o suficiente, se trabalhou o suficiente. Se ele desperdiçou uma quantidade absurda de dinheiro para um sonho sem fundamento. Clarke conhecia muito bem esses sentimentos, já que nessa última hora, ele também estava rondando em sua cabeça.

Wells havia caído em um silencio severo, apenas mexendo nas caixas de vinho e champanhe do refrigerador.

Murphy mesmo de forma melancólica, tinha uma pequena tensão com ele hoje, ele até começou a ajudar Wells com as caixas, apenas sussurrando em voz baixa e evitando o contato visual. Ele geralmente recuava para um lugar dentro de si mesmo, que era para onde ele sempre iria quando se sentia muito tenso.

E Clarke? Clarke estava lidando com a tensão da melhor forma possível, ela tinha pego algumas boas dicas de ‘’Como se trata o Stress’’ através dos livros de gravidez que ela tinha lido e foi agradavelmente surpreendente o quanto esses livros ajudaram ela. Ela estava enorme e era frustrante não ser capaz de ajudar a mover as coisas, mas ela ajudou da melhor forma possível, arrumando os panfletos e fichas de informação, Wells imprimiu tudo em um papel brilhante. Quando ela olhou para a galeria, teve que admitir, parecia uma coisa extremamente profissional. Mas ela olhou para Bellamy e ele estava verde de preocupação e seu próprio coração começou a gaguejar um pouco com os nervos.

Ela tinha passado tanto tempo sem qualquer tipo de atenção ou apreciação de sua arte. E se isso fosse uma perda de tempo? E se o universo já tiver deixado bastante claro que ela era uma artista terrível e era melhor perseguir outra coisa?

Ela podia sentir seu ataque de pânico atingindo os seus nervos, mas não havia tempo para isso, já era quatro e meia e as outras meninas tinham acabado de chegar.

As meninas, vulgo, Octavia e a namorada do Murphy, Emori. Elas tinham sido convocadas para servir bebidas e alimentos a dedo por Wells nessa abertura. Elas arrumaram comida suficiente para afundar um navio de guerra, cozinharam em suas próprias casas e trouxeram tudo coberto com papel de alumínio para manter tudo aquecido.

- Larguem tudo que estão fazendo e vão se vestir – Wells disse, parecendo tão triste como se estivesse em um funeral, não uma exposição de arte.

- Eu sou uma profissional na minha área, ok? – Octavia resmungou amargamente. – Uma advogada fantástica, só pra você ficar sabendo.

Todos os quatros já tinham se vestido, Wells, Murphy e Bellamy. Eles estavam em uma variação de terno e camisa social banca. Wells foi tão longe a ponto de usar uma gravata. Quanto a Clarke, roupa desgastada formal tende a ser bastante limitada quando você está tão grande como uma bola de praia. Ela encontrou um vestido razoavelmente agradável, preto que ia até o seu joelho e com bastante espaço para seu estômago, que era o que ela precisava. Octavia e Emori estavam em vestidos pretos lisos e Clarke quase riu quando ele parecia está ferindo o orgulho de sua amiga, já que ela estaria indo para servir bebidas está noite.

- Vamos, O – Bellamy sorriu. – Você está fazendo isso como um favor.

Octavia parecia chocada. – Quer dizer que eu não vou ser paga?

À medida que o sol ia embora, Clarke oficialmente foi para fora, tentando manter sua mente sem nervos para abertura, que iria começar em menos de uma hora. Wells chamou a todos com uma salva de palmas, como se estivesse comandando uma companhia de teatro. – Ok equipe, vamos lembrar do plano de jogo aqui. – Ele disse de forma eficiente e Clarke alterou sua observação anterior, esquece o teatro, um time de futebol cairia melhor.

- Tem um plano de jogo? – Octavia perguntou com curiosidade. – Honestamente, eu pensei que isso era só uma festa chata para pessoas ricas.

- Pessoas ricas – Ponderou Bellamy. – Se nós formos tão sortudos assim...-

Wells ignorou. – É claro que tem um plano de jogo – Ele disse de forma tensa. – Nós vamos acolher as pessoas na primeira hora e em seguida vamos nos misturar. Octavia e Emori, vocês estarão servindo a todos, só passem por ai levando champanhe e vinho para todo mundo.

- Parece complicado. Eu espero consegui gerenciar. – Emori disse, secamente e completamente inexpressiva. Octavia suprimiu uma risada.

- Então eu vou dar o discurso de abertura – Wells disse, como se essa ideia o fizesse querer vomitar agora mesmo. – Depois, vamos continuar nos misturando. Tudo certo?

- Eu espero que eu possa me lembrar deste plano. – Octavia disse, fingindo preocupação e Emori riu.

- Ok, quinze minutos até abrir as portas – Wells disse, ignorando as duas. – Alguém já deu uma olhada lá fora?

- Eu não vou fazer isso – Bellamy balançou a cabeça.

- Nós vamos descobrir quantas pessoas vieram em quinze minutos. – Murphy disse, soando um pouco tenso e Emori apertou o seu braço.

Eles se dispersaram, vagando para longe com olhares iguais de nervosismos estampados em seus rostos. Octavia seguiu Clarke, pegou a loira no pulso e olhou interrogativamente para ela. – Ei, você ta bem Griffin?

Clarke fez um barulho que soou como um gemido indefinido. – Eu estou tentando lidar com isso.

- Nervosa?

Clarke engoliu a seco. – E se ninguém aparecer...-

- Clarke, - Octavia interrompeu. – Isso não vai acontecer. Bell e Wells passaram a semana toda distribuindo panfletos para as pessoas. Elas iram vir. 

As seguintes palavras de Clarke saíram em um sussurro. – Mas e se elas odiarem as minhas pinturas? Eu não pintei por muito tempo depois que eu pensei que minha carreira não iria para lugar nenhum. O, e se isso acontecer de novo? – Ela balançou a cabeça, olhando para seus pés. – Eu não posso lidar com isso, a pintura vai ser a única coisa que vai me restar depois... –

- Clarke – Octavia disse com clareza. – Eu não tenho, literalmente nenhuma dúvida de as pessoas vão odiar suas pinturas só porque você ficou alguns anos sem pintar, ok? Esses anos que você ficou sem pintar não tem nada a ver com sua falta de crença na sua carreira, mas tinha a ver com as coisas que estavam acontecendo com você. Finn, viver se mudando, tudo. – Ela encolheu os ombros. – Clarke, se você tivesse desistido da sua carreira, você não estaria aqui agora. Esse é o seu momento.

Clarke olhou para ela, com meio sorriso no rosto. Octavia não estava errada, ela se sentia como se tivesse dormindo por um longo tempo, perdida em um poço de desesperança e desespero por tantos anos após chegar nessa cidade. Ela se lembrou da conversa que teve com Murphy, ela não lamentava essa parte da sua vida, porque essa vida foi seu caminho para suas artes que agora estavam penduradas sobre essas paredes. Naquela época, quando Finn era a única coisa constante e tudo parecia desesperado, era como se ela estivesse à deriva em um mundo indiferente, tudo que Clarke queria era um novo começo, mas o que ela realmente precisava era um novo caminho para seguir, e esse caminho foi a exposição, o bebê e Lexa. Um caminho a seguir. A próxima parte da sua vida. A loira olhou para sua melhor amiga, que estava olhando para ela com as sobrancelhas levantadas e com preocupação – Sabe – Clarke disse. – Você está perdida servindo tudo isso.

Octavia revirou os olhos. – Me conte mais sobre isso – Ela resmungou.

- As portas iriam se abrir! – Bellamy disse, cruzando a galeria. – Jogadores, entrem em suas posições.

- Eu não tenho uma posição – Octavia gritou de volta, e até ela ficou nervosa quando as mãos de Bellamy caíram sobre as portas duplas. Ele virou as alças e puxou, deixando as portas abertas.

Clarke se esforçou para ver lá fora e sentiu seu coração gaguejar em seu peito.

As pessoas começaram a passar pela porta, pegando os panfletos enquanto entravam, conversando e sussurrando entre eles.

Clarke olhou para Wells, cujo queixo tinha caído. Ela deu um sorriso para seu amigo e ele respondeu com dois polegares para cima.

 

                                                                                           * * * * *

Clarke nunca teve que falar com outras pessoas sobre sua arte. Finn certamente nunca perguntava a ela sobre isso, e uma vez que ela não tinha nenhum outro amigo, até recentemente, ela nem sequer teve a oportunidade de tirar fotos delas para mostrar a alguém.

Então, falando sobre sua prática e obras de artes com uma série de pessoas que se aproximavam dela e perguntavam se ela era a artista que pintou isso, foi uma das experiências mais bizarras da sua vida.

A exposição atraiu um grupo modesto de frequentadores de galerias e alguns indivíduos que gostavam de uma boa festa, pessoas que normalmente não iriam ir em uma galeria de arte, mas vivia pela área, então vieram dar uma olhada. Depois de meia hora com as portas abertas, o grupo em quantidade modesta, tinha se transformando em uma verdadeira multidão de pessoas. Enchia tudo com sons e conversas, Clarke ficou impressionando pelo fato que era exatamente assim que ela tinha imaginado a galeria, mesmo quando era apenas um armazém.

Havia casais bem vestidos, bebendo vinho e se queixando sobre ele ‘’ É livre, senhora, não custa nada’’ Octavia tinha dito a eles com os dentes cerrados. Havia um barbudo moderno que estava olhando as artes e vagando por lá, fazendo comentários sem sentido sobre eles. Havia estudantes de arte estudando as pinturas e fazendo perguntas inteligentes para qualquer um dos quatro pintores, e eles eram mais do que felizes em responder. E então, haviam os homens de meia idade, vestindo terno e armados com cadernos e Iphones, estudando com uma carranca cada obra de arte. – Os críticos – Wells sussurrou quando passou por Clarke. E ela concordou, esses eram, definitivamente os críticos. Clarke se perguntou se havia algum colecionador rico no meio dessa multidão que queria comprar alguma peça. Ela disse a si mesma que isso era insano, ninguém estaria interessado em comprar sua arte.

- Formas bonitas – Clarke ouviu uma mulher dizer de forma pensativa, enquanto apontava para um dos trabalhos de Clarke, fazendo a loira sorrir.

- Evocativa. – Outro homem falou sobre outra de suas artes.

Chegou o tempo para Wells fazer seu discurso (O local estava tão cheio que eles atrasaram um pouco um discurso), o chão parecia ter aberto e Wells estava bem no meio dele. Os nervos de mais cedo, pareciam ter desaparecidos completamente, dando lugar a um confiante e sorridente, Wells. Clarke sorriu para seu amigo, ninguém merecia isso mais do que ele.

- Em primeiro lugar, eu gostaria de agradecer a todos por terem vindo esta noite – Wells começou, sua voz estava crescendo por toda galeria. – Essa galeria foi um trabalho cheio de amor, levou um longo tempo para tudo ficar pronto, mas aqui estamos. Não estamos apenas fazendo uma abertura desta exposição, também estamos abrindo a galeria hoje à noite. E espero que todos vocês se juntem a mim, agradecendo a todos os envolvidos na criação desse belo espaço, que vai abrigar muitas outras mais exposições de obras de artes. – Houve aplausos e Clarke não podia deixar de admirar a capacidade de Wells para ficar à frente de um grande evento. Ele foi feito pra isso. – Em segundo lugar, eu gostaria de falar um pouco sobre os meus amigos, os outros artistas desta exposição – Wells começou e a multidão ficou em silencio novamente. Clarke sentiu um arrepio percorrer sua espinha. – A construção desta galeria foi um processo longo e difícil, e assim foi a estrada que nossos artistas percorreram até aqui. Tenho certeza que qualquer um pode falar sobre os problemas de artistas mortos de fome, mas eu sei que cada um de nós, trabalhou duro para isso, essa exposição significa mais para todos nós do que podemos expressar em palavras. – Wells chamou a atenção de Clarke e sorriu. Ela sorriu de volta. – Então, eu não vou mais tomar o seu tempo. – Wells disse, batendo as mãos. – Há vinho e aperitivos, encorajo vocês a terem uma noite fantástica. Obrigado. – Ele acenou e a multidão aplaudiu.

Clarke aproveitou a oportunidade para olhar ao redor da multidão, vários rostos sorridentes, conversas alegres e olhos colados nas pinturas. Todos os tipos de pessoas, pessoas que Clarke não imaginaria nem em seus sonhos mais selvagens, estavam aqui. Ela estava sorrindo, vendo a galeria lotada quando seus olhos caíram sobre um rosto familiar.

Lexa estava vestindo um vestido verde que Clarke nunca tinha visto antes, ele deixou a boca da loira seca. Ela estava segurando uma pilha de papeis e estava olhando diretamente para Clarke, dando um largo sorriso para a loira. Clarke devolveu o sorriso de forma ampla. Ela fez seu caminho para Lexa, mas um homem de meia idade se aproximou dela antes disso e começou uma conversa. Ambos apertaram as mãos e Clarke estava prestes a passar por cima disso, mas Wells apareceu em seu campo de visão.

- Clarke – Ele sussurrou. – Puta merda você não vai acreditar... – Ele fez uma pausa e balançou a cabeça como se não pudesse falar.

- O quê? – Clarke exigiu, agarrando seus braços. – O que, o que aconteceu?!

- Um cara, - Wells disse com euforia total – Ele disse que queria falar sobre uma potencial oportunidade de negócios comigo – Ele parecia perdido em êxtase.

- Você acha que ele vai comprar suas pinturas?

- Clarke – Wells disse, rindo. – Eu acho que ele quer comprar toda a coleção. Toda as nossas pinturas.

O queixo de Clarke caiu. – Você está brincando...

Wells sorriu. – Quer dizer, bom, eu não sei ao certo, mas Clarke, se isso acontecer, vai ser incrível.

- Eu sei que vai ser – Clarke disse.

- Eu tenho que ir encontrar Murphy e Bell – Wells disse, rindo.

Clarke se voltou para onde Lexa estava, ela franziu a testa quando só viu o homem que cumprimentou Lexa, olhando para um folheto em sua mão. Seus olhos procuraram por qualquer sinal da morena entre a multidão. Ela não precisou procurar por muito tempo.

- Oi – Lexa apareceu ao lado de Clarke, sorrindo.

Clarke devolveu fácil o sorriso. – Ei você – Ela riu – Com quem você estava conversando ali? Eu não achava que você era do tipo artística e que tinha conexões de arte!

- Sr Kane é um antigo cliente – Lexa deu de ombros.

Clarke estreitou os olhos, brincando em suspeita. – Mhn, que coincidência!

Lexa revirou os olhos mais riu. – Ok, você venceu. Eu posso ter convidado algumas pessoas que eu conheço e que tem algumas participações no mundo da arte local. Apenas alguns críticos, colecionadores e apreciadores. – Clarke balançou a cabeça lentamente e Lexa parecia ter ficado desconfortável. – Você tá irritada com isso?

- Você está brincando comigo? – Clarke começou a rir sem acreditar – Isso é incrível, Lexa. Wells acha que um cara pode ter acabado de comprar todas as nossas pinturas!

Lexa fez uma cara triste de brincadeira. – Isso é uma vergonha. Eu queria comprar um de seus quadros para o meu escritório.

- Eu vou pintar outro – Clarke disse. – Eu vou pintar mais cem deles e te dar, pelo que Octavia disse, seu escritório precisa de cor.

- Eu vou estar esperando por isso – Lexa disse com firmeza.

- Feito – Clarke sorriu para ela e havia uma espécie de calor que estava florescendo dentro dela e que não tinha nada a ver com estar grávida.

- Hey... uh – Lexa disse, quase nervosa. – Posso falar com você por um segundo? Em outro lugar? Eu prometo que não vai demorar muito.

Clarke deu de ombros, ainda sorrindo. Ela não achava que ia parar de sorrir tão cedo durante essa noite. – Claro. – Ela abriu caminho para os fundos da galeria.

Lá fora, o ar da noite estava frio e elas foram iluminadas apenas por luzes do outro lado do edifício. Aqui você podia ver facilmente as raízes da antiga indústria que agora era a galeria. Clarke sorriu ao redor, aliviada pelo ar frio beber de sua pele e corou um pouco, vendo a constate multidão se movendo lá dentro.

Ela se virou para Lexa e parecia um pouco nervosa. - Então?

- Eu... bom... – Lexa parecia engolir seus nervos que estavam tomando conta dela. – Eu queria te dar uma coisa. Era para ter ficado pronto ontem, mas eu só pude pegar hoje à tarde. – Ela estendeu uma pilha de papéis. Clarke hesitou e franziu sua testa em confusão, mas pegou os papeis.

- O que é isso? – Ela disse, olhando para a primeira página familiar, um sentimento mergulhou em seu estômago. – Esse é o nosso contrato? – Ela folheou as páginas familiares. Como a loira poderia esquecer essas páginas? Esse documento foi a causa da maioria de suas preocupações e receio sobre seu futuro.

- Eu alterei ele. – Lexa disse, tomando uma respiração profunda. Clarke ficou congelada enquanto olhava para ela com os olhos arregalados. Seu coração começou a bater mais rápido e uma excitação foi correndo por ela, embora sua mente ainda estivesse congelada de surpresa. – Eu removi as restrições sobre você ver o bebê. – Lexa disse, encontrando o olhar de Clarke. – Porque eu acho que percebi uma coisa depois de falar com Indra. Talvez ela esteja meio certa e eu não vou ser uma mãe quente – Clarke fez um gesto de quem ia protestar mais Lexa levantou uma mão e balançou a cabeça. – Apesar de tudo, isso não quer dizer que eu não vou ser uma boa mãe. E meu primeiro ato como uma boa mãe, é pedir para você fazer parte da vida do bebê. Porque não importa o que existe entre nos duas, seja o que for... que aconteça entre nós. Eu quero que você seja parte da vida do bebê, porque eu não consigo pensar em ninguém melhor para ele ou ela, agora eu sei que eu posso ser uma boa mãe, mas juntas, eu acho que seria a coisa mais incrível do mundo. Depois de tudo, nós fazemos uma grande equipe. – Lexa sorriu um pouco. – Eu não quero que você vá, Clarke. E eu sei que essa exposição é só o começo de algo grande e novo para você, e isso é emocionante, eu estou muito animada por você e eu nunca iria querer te forçar a fazer qualquer coisa que você não queira, mas eu adoraria se você ficasse com a gente. Com o bebê, comigo. Você só tem que assinar e tornar isso oficial. 

Não foram muitas as vezes que Clarke se viu completamente e totalmente congelada, incapaz de dizer ou fazer qualquer coisa coerente. Um desses momentos foi quando seu pai tinha morrido. Outro foi quando ela chegou na faculdade. Mas esse, foi o melhor de todos. Ela olhava para Lexa, tomada por várias sensações que ela só podia descrever como amor, apenas amor, o mais cafona e ridículo tipo de amor. Ela tinha total adoração para essa mulher na frente dela. Sua boca abria e fechava, Clarke tentava encontrar as palavras, mas nenhuma delas viriam. E de qualquer forma, as palavras não iria resumir tudo o que ela estava sentido agora.

Lexa olhava com curiosidade para ela. – Você não está dizendo nada – Ela ressaltou.

Antes mesmo que ela soubesse o que estava fazendo, antes mesmo que ela soubesse o que estava prestes a fazer, Clarke se moveu para frente, colocando sua mão em cada lado da mandíbula de Lexa e apertou seus lábios contra os da morena. A loira inclinou a cabeça para aprofundar o beijo e sentiu os fogos de artifício explodirem a sua mente, cada vez que Lexa movia seus lábios contra os dela. Ela sentiu as mãos da morena escovarem ao lado de seu rosto, seus polegares roçavam nas maças de seu rosto e ela riu por nenhuma razão.

Lexa também riu e puxou ela para mais perto, apesar dela ser enorme. Mesmo que houvesse uma festa na galeria e Clarke tivesse que estar lá, mesmo que estivesse frio e elas só tivessem a luz de um velho e úmido edifico iluminando elas. Ambas se beijaram da maneira que deveria ter sido na noite natal, antes de Clarke ficar com medo do adeus, um adeus que agora nem iria acontecer. Elas se beijaram como se estivessem concretizando alguma coisa, elas poderiam ficar aqui fora, juntas por toda a noite.

Se separaram apenas por um momento, recuperaram suas respirações e voltaram a se puxar para outro beijo, que era meio sorrisos e meio beijos, beijos salpicados através da pele ligeiramente suada de ficar andando pela multidão.

Wells estava certo, a estrada até aqui tinha sido longa e cansativa, mas de alguma forma, ao longo dessa estrada, Clarke tinha tropeçado em seu novo caminho, o caminho que ia levar a vida dela para frente, para coisas melhores e para tempos mais felizes.

Esse foi o melhor caminho. Porque nele tinha Lexa, o Bebê, sua arte e seus amigos.

Esse caminho fez ela se sentir em casa.

 

 

 


Notas Finais


Finaaaaaaaaaaaaaalmente heim lexlex
Bom, o próximo capítulo vai ser o ultimo, como eu já disse antes... Então se você está feliz por elas finalmente terem se acertado, ou se esta triste por estar chegando ao fim, venham dar uma olhada na nova tradução:

https://spiritfanfics.com/historia/le-beau-monde-6841929/capitulo1





E desculpem os erros, seeem tempo mesmo para revisar direitinho.


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